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SEXTA-FEIRA, DIA 26 DE SETEMBRO DE 2025

XXV semana do tempo comum
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Ag 1,15b-2,9
– Leitura da profecia de Ageu: 1,15bNo segundo ano do reinado de Dario, 2,1no dia vinte e um do sétimo mês, fez-se ouvir a palavra do Senhor, mediante o profeta Ageu: 2“Vai dizer a Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Josedec, sumo sacerdote, e ao resto do povo:3Há dentre vós algum sobrevivente que tenha visto esta casa em seu primitivo esplendor? E como a vedes agora? Não parece aos vossos olhos uma sombra do que era? 4Mas agora, toma coragem, Zorobabel, diz o Senhor, coragem, Josué, filho de Josedec, sumo sacerdote; coragem, povo todo desta terra, diz o Senhor dos exércitos; ponde mãos à obra, pois eu estou convosco, diz o Senhor dos exércitos. 5Eu assumi um compromisso convosco, quando saístes do Egito, e meu espírito permaneceu no meio de vós: não temais. 6Isto diz o Senhor dos exércitos: Ainda um momento, e eu hei de mover o céu e a terra, o mar e a terra firme. 7Sacudirei todos os povos, e começarão a chegar tesouros de todas as nações, hei de encher de esplendor esta casa, diz o Senhor dos exércitos. 8Pertence-me a prata, pertence-me o ouro, diz o Senhor dos exércitos. 9O esplendor desta nova casa será maior que o da primeira, diz o Senhor dos exércitos; e, neste lugar, estabelecerei a paz, diz o Senhor dos exércitos.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl 43,1.2-3.4 (R: 5bc)
– Espera em Deus! Louvarei novamente o meu Deus Salvador.
R: Espera em Deus! Louvarei novamente o meu Deus Salvador.
– Fazei justiça, meu Deus, e defendei-me contra a gente impiedosa; do homem perverso e mentiroso libertai-me, ó Senhor!
R: Espera em Deus! Louvarei novamente o meu Deus Salvador.
– Sois vós o meu Deus e meu refúgio: por que me afastais? Por que ando tão triste e abatido pela opressão do inimigo?
R: Espera em Deus! Louvarei novamente o meu Deus Salvador.
– Enviai vossa luz, vossa verdade: elas serão o meu guia; que me levem ao vosso Monte santo, até a vossa morada!
R: Espera em Deus! Louvarei novamente o meu Deus Salvador.
– Então irei aos altares do Senhor, Deus da minha alegria. Vosso louvor cantarei, ao som da harpa, meu Senhor e meu Deus!
R: Espera em Deus! Louvarei novamente o meu Deus Salvador.

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Veio o Filho do Homem, a fim de servir e dar sua vida em resgate por muitos (Mc 10,45). 
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 9,18-22 
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!
– Aconteceu que Jesus 18estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou-lhes: “Quem diz o povo que eu sou?” 19Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”. 20Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. 21Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém. 22E acrescentou: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Cosme e São Damião

Hoje a Igreja celebra São Cosme e São Damião, gêmeos mártires e padroeiros dos médicos
Sao-Cosme-e-daminhao-II
Cosme e Damião eram irmãos e cristãos. Desde muito jovens ambos manifestaram um enorme talento para a medicina. Estudaram e se diplomaram na Síria, exercendo a profissão de médico com muita competência e dignidade. Inspirados pelo Espírito Santo, usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos.
Os irmãos não cobravam absolutamente nada pelos tratamentos, mas tudo faziam com caridade e dedicação. A fama de Cosme e Damião despertou a ira do imperador Diocleciano, implacável perseguidor do povo cristão. O governador deu ordens imediatas para que os dois médicos cristãos fossem presos, acusados de feitiçaria e de usarem meios diabólicos em suas curas.
Mandou que fossem barbaramente torturados por se negarem a aceitar os deuses pagãos. E em seguida, foram decapitados. O ano não pode ser confirmado, mas com certeza foi no século IV. Os Santos Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos, dos farmacêuticos e das faculdades de medicina.
Reflexão
Entre meados de setembro e outubro ocorrem as Festas de Cosme e Damião. De forma mais sincrética, envolve católicos, outras confissões religiosas e cidadãos sem identidade confessional, de todas as classes sociais. É a festa das crianças, sempre com distribuição de balas, brinquedos, doces e guloseimas em geral. A distribuição é feita no interior nas portas dos templos, de passagem pelas ruas, nas residências, em salões de festas dos prédios, em orfanatos e creches.
Oração
Deus Pai de amor e bondade, pela intercessão de São Cosme e São Damião, conserve meu coração simples e sincero. Que vossa inocência e simplicidade acompanhem e protejam todas as nossas crianças. Que a alegria da consciência tranquila, que sempre vos acompanhou, repouse também em meu coração. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
A12 / Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
São Cosme e São Damião, roguem a Deus por nós!

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QUINTA-FEIRA, DIA 25 DE SETEMBRO DE 2025

XXV semana do tempo comum
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Ag 1,1-8
– Início da profecia de Ageu: 1No segundo ano do reinado de Dario, no sexto mês, no primeiro dia, foi dirigida a palavra do Senhor, mediante o profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Josedec, sumo sacerdote: 2“Isto diz o Senhor dos exércitos: Este povo diz: Ainda não chegou o momento de edificar a casa do Senhor”. 3A palavra do Senhor foi assim dirigida, por intermédio do profeta Ageu: 4“Acaso para vós é tempo de morardes em casas revestidas de lambris, enquanto esta casa está em ruínas?
5Isto diz, agora, o Senhor dos exércitos: Considerai com todo o coração, a conjuntura que estais passando: 6tendes semeado muito, e colhido pouco; tende-vos alimentado, e não vos sentis satisfeitos, bebeis e não vos embriagais; estais vestidos e não vos aqueceis; quem trabalha por salário, guarda-o em saco roto. 7Isto diz o Senhor dos exércitos: Considerai, com todo o coração, a difícil conjuntura que estais passando: 8mas subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; ela me será aceitável, nela me glorificarei, diz o Senhor.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl 149,1-2.3-4.5-6a.9b (R: 4a)
– O Senhor ama seu povo de verdade.
R: O Senhor ama seu povo de verdade.
– Cantai ao Senhor Deus um canto novo, e o seu louvor na assembleia dos fiéis! Alegre-se Israel em quem o fez, e Sião se rejubile no seu Rei!
R: O Senhor ama seu povo de verdade.
– Com danças glorifiquem o seu nome, toquem harpa e tambor em sua honra! Porque, de fato, o Senhor ama seu povo e coroa com vitória os seus humildes.
R: O Senhor ama seu povo de verdade.
– Exultem os fiéis por sua glória, e cantando se levantem de seus leitos; com louvores do Senhor em sua boca; eis a glória para todos os seus santos. 
R: O Senhor ama seu povo de verdade.

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim 
(Jo 14,6). 
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 9,7-9.
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 7o tetrarca Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou perplexo, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. 8Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. 9Então Herodes disse: “Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?” E procurava ver Jesus.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santo Alberto de Jerusalém

Na última mudança no calendário litúrgico feita pela Igreja, o dia 25 de setembro foi escolhido para a celebração do mártir santo Alberto, patriarca de Jerusalém
Alberto nasceu no ano 1150 em Parma, na Itália, no seio da rica e nobre família Avogrado, dos condes Sabbioneta. Ainda muito jovem, resolveu deixar a vida mundana da Corte, ingressando no Convento dos Cônegos de Santo Agostinho de Mortara, em Pavia. Em pouco tempo, foi eleito prior pelos companheiros e, em 1184, foi nomeado bispo de Bobbio, cargo que recusou porque não se achava preparado e à altura da função.
Porém essa não era a opinião do papa Clemente III, que nesse mesmo ano o encarregou de assumir o bispado de Vercelli. Assim, Alberto não teve como recusar. Assumiu a missão com tanta vontade de fazer um bom ministério que ficou na função por vinte anos, levando o povo local a uma vida de penitência, oração e caridade. Era sempre tão conciliador e justo na intermediação de causas que o imperador Frederico Barbaroxa solicitou seus préstimos para solucionar uma disputa entre Parma e Piacenza, em 1194. Com sua intervenção junto à Sé, em Roma, a desavença chegou ao fim rapidamente.
Passados mais alguns anos de trabalho, em 1205 Alberto foi nomeado patriarca de Jerusalém, cargo que também só aceitou por insistência do papa Inocêncio III. O argumento usado pelo papa foi definitivo: a Palestina sofria uma pressão fortíssima por parte dos muçulmanos e era preciso ter entre os católicos alguém com carisma e disciplina de “mão forte”, pois havia o risco do desaparecimento do cristianismo naquela região.
Alberto não fugiu da responsabilidade, mas como Jerusalém estava sob domínio dos árabes sarracenos, foi para lá em 1206, fixando residência na cidade de Acra. Foi necessário pouco tempo para que ele reconduzisse as ovelhas desgarradas ao rebanho, ganhando o respeito tanto dos cristãos como dos árabes muçulmanos.
Ele foi o patriarca da Palestina durante oito anos. E durante esse período reuniu todos os eremitas de Monte Carmelo, redigindo ele mesmo as regras para a comunidade. Morreu assassinado pelo professor e prior do Hospital do Espírito Santo, ao qual ele havia primeiro advertido e depois afastado, por suas atrocidades. Quando Alberto conduzia uma procissão, o malfeitor investiu contra ele com um punhal, matando-o na frente de todos os fiéis. Era o dia 14 de setembro de 1214.
Na última mudança no calendário litúrgico feita pela Igreja, o dia 25 de setembro foi escolhido para a celebração do mártir santo Alberto, patriarca de Jerusalém.
Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas
Santo Alberto de Jerusalém, rogai por nós!

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QUARTA-FEIRA, DIA 24 DE SETEMBRO DE 2025

XXV semana do tempo comum
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Esd 9,5-9
– Leitura do livro de Esdras: 5Na hora da oblação da tarde, eu, Esdras, levantei-me da minha prostração. E, com as vestes e o manto rasgados, caí de joelhos, estendi as mãos para o Senhor, meu Deus. 6E disse: “Meu Deus, estou coberto de vergonha e confusão ao levantar a minha face para ti, porque nossas iniquidades multiplicaram-se acima de nossas cabeças e nossas faltas se acumularam até o céu. 7Desde os tempos de nossos pais até este dia, uma grande culpa pesa sobre nós: por causa de nossas iniquidades, nós, nossos reis e nossos sacerdotes, fomos entregues às mãos dos reis estrangeiros, à espada, ao cativeiro, à pilhagem e à vergonha, como acontece ainda hoje.
8Mas agora, por um breve instante, o Senhor nosso Deus concedeu-nos a graça de preservar dentre nós um resto, e de permitir que nos fixemos em seu lugar santo. Assim o nosso Deus deu brilho aos nossos olhos e concedeu-nos um pouco de vida no meio de nossa servidão. 9Pois éramos escravos, mas em nossa servidão o nosso Deus não nos abandonou. Antes, conseguiu para nós o favor dos reis da Pérsia, deu-nos bastante vida para podermos reconstruir o templo de nosso Deus e restaurar suas ruínas, e concedeu-nos um abrigo seguro em Judá e em Jerusalém.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl (Tb) 13,2.3-4.5.8 (R: 2a)
– Bendito seja Deus que vive eternamente!
R: Bendito seja Deus que vive eternamente!
– Vós sois grande, Senhor, para sempre, e vosso reino se estende nos séculos! Porque vós castigais e salvais, fazeis descer aos abismos da terra, e de lá nos trazeis novamente: de vossa mão nada pode escapar.
R: Bendito seja Deus que vive eternamente!
– Vós que sois de Israel, dai-lhe graças e por entre as nações celebrai-o! O Senhor dispersou-vos na terra para narrardes sua glória entre os povos, e fazê-los saber, para sempre, que não há outro Deus além dele.
R: Bendito seja Deus que vive eternamente!
– Castigou-nos por nossos pecados, seu amor haverá de salvar-nos. Compreendei o que fez para nós, dai-lhe graças com todo o respeito!
R: Bendito seja Deus que vive eternamente!
– Bendizei o Senhor, seus eleitos, fazei festa e alegres louvai-o!
R: Bendito seja Deus que vive eternamente!

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Convertei-vos e crede no Evangelho, pois o Reino de Deus está chegando! (Mc 1,15)
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 9,1-6
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 1Jesus convocou os Doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças, 2e enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os enfermos. 3E disse-lhes: “Não leveis nada para o caminho: nem cajado nem sacola nem pão nem dinheiro nem mesmo duas túnicas. 4Em qualquer casa onde entrardes, ficai aí; e daí é que partireis de novo. 5Todos aqueles que não vos acolherem, ao sairdes daquela cidade, sacudi a poeira dos vossos pés, como protesto contra eles”. 6Os discípulos partiram e percorriam os povoados, anunciando a Boa Nova e fazendo curas em todos os lugares.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Gerardo Sagredo, apóstolo e padroeiro da Hungria

Origens
Na Panônia, no território da atual Hungria, São Gerardo Sagredo, bispo de Csanad e mártir, foi professor de São Emérico, príncipe adolescente, filho do rei Santo Estêvão. Morreu apedrejado no Danúbio, na revolta de alguns pagãos locais. O santo bispo une vários países europeus em sua vida, desde as suas origens até sua morte. Ele é Patrono da Hungria.
Raízes 
Nasceu em Veneza, em um ano não especificado, por volta de 980, em 23 de abril. Em seu batismo foi dado o nome de Giorgio. De uma família da Dalmácia, segundo a tradição do século XVI, descendia da linhagem de Sagredo. Giorgio, aos cinco anos, foi acometido por uma febre forte e seus pais pediram a intercessão de São Giorgio. Uma vez curado e atingido uma idade adequada, ele entrou no mosteiro beneditino de São Giorgio Maior, na Isola Maggiore em Veneza. No mosteiro, em memória de seu pai recentemente falecido, ele assumiu o nome de Gerardo.
Peregrino
Depois de alguns anos, tornou-se prior do mosteiro. Mais tarde, São Gerardo Sagredo tornou-se abade, mas, depois de um tempo, desistiu de seu cargo porque queria sair para uma peregrinação a Belém na Palestina. Partindo com um navio, chegou a Zadar, de onde, em vez de seguir para a Terra Santa, partiu para a Hungria, onde se estabeleceu.
A condução de Deus, bispado
Foi-lhe dado o cargo de “magister” (professor) do príncipe Emeric, filho do rei Estevão I,  primeiro rei da Hungria. Depois, retirou-se para Bakonybél, para viver como eremita. Um tempo depois, o rei Estêvão I o chamou de volta do eremitério e lhe confiou o bispado de Csanád.  São Gerardo Sagredo participou ativamente da obra de evangelização do povo húngaro, fortemente desejada pelo rei Estêvão ‘o santo’, tanto que ganhou o título de apóstolo da Hungria.
Páscoa
Parece que ele escreveu várias obras com sua própria mão, mas, atualmente, apenas o “Comentário sobre Daniel” é conhecido. São Gerardo Sagredo morreu em 24 de setembro de 1046, no portão de Pest, na margem direita do Danúbio, pela mão de um grupo de pagãos, que o empurrou para baixo do monte Kelen. O monte levou seu nome,  chamando monte Gerardo. Apóstolo da Hungria, a antiga Panônia, o santo bispo e mártir teve um culto oficial a partir de 1083 com a aprovação do Papa Gregório VII. Nos séculos seguintes houve uma vasta produção biográfica a seu respeito.
Minha oração
“Tu que se tornaste bispo pela vontade divina, ajudai-nos a reconhecer os caminhos de Deus em nossa vida e a ter a força de segui-los com toda a dedicação. Que nos tornemos apóstolos do Evangelho onde estivermos. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém!”
São Gerardo Sagredo, rogai por nós!

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TERÇA-FEIRA, DIA 23 DE SETEMBRO DE 2025

SÃO PIO DE PIETRELCINA, PRESBÍTERO
Cor Litúrgica branco

Primeira leitura
Esd 6,7-8.12b.14-20
Leitura do Livro de Esdras 6,7-8.12b.14-20
  Naqueles dias,
7 o rei Dario escreveu ao governador do território da outra margem do rio Eufrates: “Deixa que prossigam os trabalhos no templo de Deus. Que o governador de Judá e os anciãos dos judeus edifiquem a casa de Deus no seu lugar.
8 Também ordenei como se deve proceder com aqueles anciãos dos judeus que constroem aquela casa de Deus: com os bens do rei, deveis reembolsar religiosamente e sem interrupção aqueles homens por tudo o que gastarem.
12b Eu, Dario, dei esta ordem. Que ela seja pontualmente executada!”
14 E os anciãos dos judeus continuaram a construir, com êxito, de acordo com a profecia de Ageu, o profeta, e de Zacarias, filho de Ado, e puderam terminar a construção conforme a ordem do Deus de Israel  e as ordens de Ciro, de Dario e de Artaxerxes, reis da Pérsia.
15 Esta casa de Deus foi concluída no terceiro dia do mês de Adar, no sexto ano do reinado de Dario.
16 Os filhos de Israel, os sacerdotes, os levitas e o resto dos repatriados, celebraram com alegria  a dedicação desta casa de Deus.
17 Ofereceram, para a inauguração desta casa de Deus, cem touros, duzentos carneiros,  quatrocentos cordeiros e, como sacrifício pelo pecado de todo o Israel, doze bodes, segundo o número das tribos de Israel.
18 Estabeleceram também os sacerdotes, segundo suas categorias, e os levitas, segundo suas classes, para o serviço de Deus, em Jerusalém, como está escrito no livro de Moisés.
19 Os deportados celebraram a Páscoa no dia catorze do primeiro mês.
20 Como todos os levitas se haviam purificado, juntamente com os sacerdotes, estavam puros; e, assim, imolaram a Páscoa para todos os filhos do cativeiro, para os sacerdotes seus irmãos  e para eles próprios.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Salmo responsorial
Sl 121(122),1-2.3-4a.4b-5 (R. cf. 1)
R. Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

1 Que alegria, quando ouvi que me disseram: * “Vamos à casa do Senhor!”
2 E agora nossos pés já se detêm, * Jerusalém, em tuas portas.  R.

R. Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

3 Jerusalém, cidade bem edificada * num conjunto harmonioso;
4a para lá sobem as tribos de Israel, * as tribos do Senhor.  

R. Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

  b Para louvar, segundo a lei de Israel, * o nome do Senhor.
5 A sede da justiça lá está * e o trono de Davi.  R.

R. Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Feliz quem ouve e observa a palavra de Deus!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
Evangelho
Lc 8,19-21
Minha mãe e meus irmãos são aqueles
que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 8,19-21
– Glória a Vos, Senhor!
  Naquele tempo,
19 a mãe e os irmãos de Jesus aproximaram-se, mas não podiam chegar perto dele,  por causa da multidão.
20 Então anunciaram a Jesus: “Tua mãe e teus irmãos estão aí fora  e querem te ver”.
21 Jesus respondeu: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática”.
– Palavra da Salvação.
– Glória a Vós, Senhor.

SANTO DO DIA
São Pio de Pietrelcina da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos

Origens 
São Pio nasceu em 25 de maio de 1887, no seio de uma família de camponeses, em Pietrelcina, na arquidiocese de Benevento, filho de Grazio Forgione e Maria Giuseppa De Nunzio. 
Ele foi batizado no dia seguinte com o nome de Francesco Forgione. Aos 12 anos, recebeu o sacramento da Confirmação e da Primeira Comunhão. Aos 16 anos, entrou para o Noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone, adotando o nome de Frei Pio.
Vida Sacerdotal 
Em 1910, recebeu a ordenação sacerdotal. Seis anos depois, entrou para o Convento de Santa Maria das Graças, em San Giovanni Rotondo, onde dedicava muitas horas do dia ao sacramento da Confissão. O cume das suas atividades pastorais era a celebração da Santa Missa. Ele se definia “um pobre frade que reza”. “A oração – afirmava – é a melhor arma que temos, é a chave que abre o coração de Deus”.
Vocação
Padre Pio viveu em plenitude a vocação de contribuir para a redenção do homem, segundo a missão especial que caracterizou toda a sua vida e que realizou por meio da direção espiritual dos fiéis, pela reconciliação sacramental dos penitentes e pela celebração da Eucaristia. O momento mais alto de sua atividade apostólica foi aquele em que celebrou a Santa Missa. Os fiéis que dela participaram perceberam o ápice e a plenitude de sua espiritualidade.
Caridade
O amor de Deus o encheu, satisfazendo todas as suas expectativas; a caridade era o princípio inspirador de seus dias: Deus ser amado e ser amado. Sua preocupação particular: crescer e fazer crescer na caridade.
Ele expressou o máximo de sua caridade para com o próximo, ao acolher, por mais de 50 anos, muitas pessoas que acorreram ao seu ministério e ao seu confessionário, ao seu conselho e ao seu conforto. Era quase um cerco: procuravam-no na igreja, na sacristia, no convento. E ele se entregou a todos, vivificando a fé, distribuindo graça, trazendo luz. Mas sobretudo nos pobres, nos sofredores e nos doentes, ele viu a imagem de Cristo e se entregou especialmente por eles.
Ao nível da caridade social, trabalhou para aliviar a dor e a miséria de muitas famílias, principalmente com a fundação da “Casa Alívio do Sofrimento”, inaugurada em 5 de maio de 1956.
A Fé
Para Padre Pio, fé era vida: ele queria tudo e fazia tudo à luz da fé. Ele estava assiduamente engajado em oração. Passava o dia e a maior parte da noite conversando com Deus. A fé sempre o levou a aceitar a misteriosa vontade de Deus.
Ele sempre esteve imerso em realidades sobrenaturais. Não só era um homem de esperança e de total confiança em Deus, mas incutia estas virtudes em todos os que se aproximavam dele, com palavras e exemplo.
Confiança em Deus
A virtude da fortaleza brilhava nele. Logo compreendeu que seu caminho seria o da Cruz e o aceitou com coragem e por amor. Ele experimentou os sofrimentos da alma por muitos anos. Durante anos ele suportou as dores de suas feridas com admirável serenidade. 
Quando teve que passar por investigações e restrições em seu serviço sacerdotal, aceitou tudo com profunda humildade e resignação. Diante de acusações e calúnias injustificadas, sempre se calou, confiando no julgamento de Deus, de seus superiores diretos e de sua própria consciência.
Páscoa
Sua saúde, desde a juventude, não foi muito próspera e, principalmente nos últimos anos de sua vida, declinou rapidamente. A Irmã Morte o pegou preparado e sereno em 23 de setembro de 1968, aos 81 anos. Seu funeral foi caracterizado por um concurso de pessoas completamente extraordinário.
Via de Santificação
Foi beatificado em 02 de maio de 1999. Em 16 de junho de 2002, foi proclamado Santo pelo Papa João Paulo II, que afirmou na sua homilia: “A vida e a missão do Padre Pio são um testemunho das dificuldades e dores, que, se aceitos por amor, se transformam em um caminho privilegiado de santidade, que se abre ainda mais rumo a perspectivas de um bem muito maior, aceitável somente pelo Senhor”. Na notificação da canonização de São Pio de Pietrelcina, apresenta a motivação de sua canonização: 
 “A Igreja, ao inscrever o Beato Pio de Pietrelcina no Registo dos Santos, oferece aos fiéis uma imagem viva da bondade do Pai, imitador apaixonado de Jesus Crucificado e instrumento dócil do Espírito Santo ao serviço dos fiéis enfermos em corpo e espírito.” 
Seus restos mortais são venerados em San Giovanni Rotondo, no santuário dedicado a ele.
Minha oração
“Tu foste modelo de entrega de vida, mas, acima de tudo, modelo de sacerdote e vítima, rogai pelos padre do mundo todo. Socorrei os teus filhos espirituais e aqueles que querem juntar-se a eles. Dai a nós um ardente amor a Jesus, como tu tiveste. Amém!”
São Pio de Pietrelcina, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 22 DE SETEMBRO DE 2025

XXV SEMANA DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica branca

Primeira leitura
— Esd 1, 1-6
Início do Livro de Esdras
1No primeiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor pronunciada pela boca de Jeremias, o Senhor moveu o espírito de Ciro, rei da Pérsia, que mandou publicar em todo o seu reino, de viva voz e por escrito, a seguinte proclamação:
2“Assim fala Ciro, rei da Pérsia: O Senhor, Deus do Céu, me deu todos os reinos da terra e me encarregou de lhe construir um templo em Jerusalém, na terra de Judá. 3Quem, dentre vós todos, pertence ao seu povo? Que o Senhor, seu Deus, esteja com ele, e que se ponha a caminho e suba a Jerusalém, e construa o templo do Senhor, Deus de Israel, o Deus que está em Jerusalém. 4E a todos os sobreviventes, onde quer que residam, as pessoas do lugar proporcionem prata, ouro, bens e animais, além de donativos espontâneos para o templo de Deus, que está em Jerusalém”. 5Então se levantaram os chefes de família de Judá e de Benjamim, os sacerdotes e os levitas, todos aqueles que se sentiram inspirados por Deus para ir edificar o templo do Senhor, que está em Jerusalém. 6E todos os seus vizinhos lhes trouxeram toda espécie de ajuda em prata, ouro, bens, animais e objetos preciosos, sem falar em todas as doações espontâneas.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.

Salmo Responsorial — Sl 125(126), 1-2ab. 2cd-3. 4-5. 6 (R. 3a)

℟. Maravilhas fez conosco o Senhor!

— Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, parecíamos sonhar; encheu-se de sorriso nossa boca, nossos lábios, de canções. ℟.
— Entre os gentios se dizia: “Maravilhas fez com eles o Senhor!” Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria! ℟.

Maravilhas fez conosco o Senhor!

— Mudai a nossa sorte, ó Senhor, como torrentes no deserto. Os que lançam as sementes entre lágrimas, ceifarão com alegria. ℟.
— Chorando de tristeza sairão, espalhando suas sementes; cantando de alegria voltarão, carregando os seus feixes! ℟.

Maravilhas fez conosco o Senhor!

℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Vós sois a luz do mundo; brilhe a todos vossa luz. Vendo eles vossas obras, deem glória ao Pai celeste! (Mt 5, 16) ℟.
Evangelho — Lc 8, 16-18
O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo Lucas 
℟. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 16“Ninguém acende uma lâmpada para cobri-la com uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama; ao contrário, coloca-a no candeeiro, a fim de que todos os que entram, vejam a luz. 17Com efeito, tudo o que está escondido deverá tornar-se manifesto; e tudo o que está em segredo deverá tornar-se conhecido e claramente manifesto. 18Portanto, prestai atenção à maneira como vós ouvis! Pois a quem tem alguma coisa, será dado ainda mais; e àquele que não tem, será tirado até mesmo o que ele pensa ter”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

SANTO DO DIA
São Maurício, Exupério, Cândido e companheiros da Legião Tebana (Memória Facultativa)

Local: Saint-Maurice, França
Data: 22 de Setembro † c. 302

Pelos meados do século III, Orígenes escrevia que os novos recrutas do cristianismo provinham das classes populares, de modo especial, “entre os tecelões e sapateiros, populares”. Mas também as famílias da burguesia provincial forneciam à religião de Cristo novos fiéis: advogados, magistrados, funcionários imperiais e legionários engrossavam as fileiras do cristianismo. A presença dos cristãos na milícia desmentia a suspeita de que eles não fossem bons cidadãos, embora alguns deles praticassem a objeção de consciência, quando se tratou, como no caso de Maurício e companheiros, pertencentes à legião tebana, não de defender o império dos seus inimigos, mas da própria fé no único Deus, recusando um sacrifício aos deuses, equivalente à apostasia.

A mentalidade cristã não podia naturalmente coincidir com a pagã. Embora respeitando as leis e sendo leais ao império, não punham a pátria terrena acima de tudo. Certo desinteresse pela extensão do império foi frequentemente trocado pela aversão e punido com extremo rigor. A prova disso é o episódio que tem como protagonista Maurício, Exupério, Cândido e todos os seus comilicianos cristãos. Submetidos à flagelação e depois decapitados por se recusarem a prosseguir contra a Gália numa expedição que iria punir os cristãos ou (conforme outra narração) por se recusarem a sacrificar aos deuses antes de marchar contra os rebeldes bagaudi. A primeira versão é tirada da Paixão dos mártires, escrita pelo bispo de Lião, Euquério, em 450. Segundo esta narração, Maurício e companheiros pertenciam à legião tebana, que Maximiano Hércules, associado ao governo em 286, como colega do imperador Diocleciano, transferira com outras tropas do Egito à Gália para barrar a difusão do cristianismo. Chegados a Agaunum (atual São Maurice, no Valese), junto a Martigny, Maurício e companheiros não quiseram prosseguir por uma razão muito compreensível.

Maximiano, após ter feito aplicar aos revoltosos humilhante flagelação pública, por dizimação, não tendo conseguido dobrar-lhes a obediência, fez decapitar a legião toda (milhares de soldados; segundo a paixão, talvez seis mil, é mais provável que tenha sido uma coorte). Não obstante o juízo contrastante dos estudiosos sobre a Paixão escrita pelo bispo Euquério, existem testemunhos muito antigos do culto dos mártires de Agaunum, onde as escavações efetuadas em 1893 descobriram os restos de uma basílica primitiva do século IV.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Maurício e companheiros, rogai por nós!

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DOMINGO, DIA 21 DE SETEMBRO DE 2025

XXV DOMINGO DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica verde

Dia nacional da Luta da Pessoa com Deficiência

Primeira LEITURA
– Am 8,4-7
LEITURA DA PROFECIA DE AMÓS –
Ouvi isto, vós que maltratais os humildes e causais
a prostração dos pobres da terra; vós que andais
dizendo: “Quando passará a lua nova, para vendermos bem a mercadoria? E o sábado, para darmos pronta saída ao trigo, para diminuir medidas,
aumentar pesos, e adulterar balanças, dominar
os pobres com dinheiro e os humildes com um
par de sandálias, e para pôr à venda o refugo do
trigo?” Por causa da soberba de Jacó, jurou o Senhor: “Nunca mais esquecerei o que eles fizeram.”
PALAVRA DO SENHOR.
– Graças a Deus.

SALMO RESPONSORIAL – Sl 112

R. Louvai o Senhor que eleva os pobres!

1. Louvai, louvai, ó servos do Senhor, louvai, louvai
o nome do Senhor! Bendito seja o nome do Senhor,
agora e por toda a eternidade!

R. Louvai o Senhor que eleva os pobres!

2. O Senhor está acima das nações, sua glória vai
além dos altos céus. Quem pode comparar-se ao
nosso Deus, ao Senhor, que no alto céu tem o seu
trono e se inclina para olhar o céu e a terra?

R. Louvai o Senhor que eleva os pobres!

3. Levanta da poeira o indigente e do lixo ele retira
o pobrezinho, para fazê-lo assentar-se com os
nobres, assentar-se com nobres do seu povo. – 1Tm 2,1-8

R. Louvai o Senhor que eleva os pobres!

Segunda leitura
– 1Tm 2,1-8

10. LEITURA DA PRIMEIRA CARTA DE SÃO PAULO
A TIMÓTEO – Caríssimo: Antes de tudo, recomendo
que se façam preces e orações, súplicas e ações
de graças, por todos os homens; pelos que governam e por todos que ocupam altos cargos, a fim de
que possamos levar uma vida tranquila e serena,
com toda piedade e dignidade. Isto é bom e agradável a Deus, nosso Salvador; ele quer que todos os
homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento
da verdade. Pois há um só Deus, e um só mediador
entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus,
que se entregou em resgate por todos. Este é o
testemunho dado no tempo estabelecido por Deus,
e para este testemunho eu fui designado pregador
e apóstolo, e – falo a verdade, não minto – mestre das nações pagãs na fé e na verdade. Quero,
portanto, que em todo lugar os homens façam a
oração, erguendo mãos santas, sem ira e sem
discussões.
– PALAVRA DO SENHOR.
– Graças a Deus.

ACLAMAÇÃO
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia!
1. Jesus Cristo, sendo rico, se fez pobre e por amor;
para que sua pobreza nos, assim, enriquecesse.
EVANGELHO – Lc 16,10-13 (mais breve)
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO SEGUNDO LUCAS
– Glória a Vóz, Senhor.
– Naquele tempo, dizia
Jesus aos seus discípulos: Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem
é injusto nas pequenas também é injusto nas
grandes. Por isso, se vós não sois fiéis no uso do
dinheiro injusto, quem vos confiará o verdadeiro
bem? E se não sois fiéis no que é dos outros, quem
vos dará aquilo que é vosso? Ninguém pode servir
a dois senhores. Porque ou odiará um e amará o
outro, ou se apegará a um e desprezará o outro.
Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro”.
– PALAVRA DA SALVAÇÃO.
– Glória a Vóz, Senhor.

SANTO DO DIA
São Mateus

São Mateus é representado na arte litúrgica por um anjo segurando uma lança, uma moeda e uma pena
Matheus22
Segundo a tradição evangélica Mateus (ou Levi) era um cobrador de impostos e por isso não era bem visto pela sociedade, sendo considerado um pecador. Um dia, depois de falar ao povo, Jesus passa por Mateus, olha com firmeza nos seus olhos e disse: “Segue-me”. Mateus imediatamente levantou-se, abandonou seu rendoso negócio, mudou de vida, de nome e seguiu Jesus.
Daquele dia em diante Mateus tornou-se um dos maiores seguidores e apóstolos de Cristo, acompanhando-o em todas as suas caminhadas e pregações pela Palestina. Mateus nasceu em Cafarnaum. Não se conhece a data do seu nascimento. Seu pai, Alfeu, deu-lhe o nome de Levi. Sua cidade natal era cortada pelas principais estradas da Palestina, ponto de convergência e centro comercial da região.
Mateus marcou a virada de sua vida com um banquete que ofereceu aos amigos. Nele compareceu Jesus, alguns fariseus e outras classes dominantes. Diziam sobre Jesus: “Como é que vosso Mestre se senta à mesa com os pecadores?” Tais críticas mereceram as famosas palavras de Jesus Cristo: “Não são os saudáveis, mas sim os doentes, que necessitam de médico. Não vim para chamar os justos, senão os pecadores.”
Diz São Clemente que Mateus era um santo de penitência e mortificações. Alimentava-se de ervas, frutas e raízes. Sofreu maus tratos e foi hostilizado na Arábia e na Pérsia. Teve os olhos arrancados e foi colocado na prisão onde aguardaria sua execução. Na prisão, onde estava acorrentado, recebe o milagre divino da restituição dos seus olhos e da sua libertação. Alcança a Etiópia, onde prega a doutrina cristã pela última vez. É repelido e encontra forte oposição dos guias religiosos pagãos etíopes. Logo em seguida é martirizado.
No ano de 930 as relíquias mortais do apóstolo São Mateus foram transportadas para Salermo, na Itália, onde, até hoje, é festejado como padroeiro da cidade.
Reflexão
São Mateus escreveu um dos evangelhos considerados inspirados pela Igreja. Todo o seu evangelho é destinado a prover um verdadeiro reconhecimento de que Cristo é o Messias. São Mateus é representado na arte litúrgica por um anjo segurando uma lança, uma moeda e uma pena.
Oração
São Mateus que deixastes a riqueza para seguir com entusiasmo o chamado do Mestre, fazendo da pobreza um hino de louvor a Jesus, intercedei por mim, que me encontro em aflição. Ensinai-me por fim, a ajuntar tesouros no céu e a servir a Deus e não ao dinheiro. Amém!
A12 / Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
São Mateus, rogai por nós!

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SÁBADO, DIA 20 DE SETEMBRO DE 2025

Santos André Kim Tae-gon Paulo Chóng Hasang e companheiros, mártires
Cor Litúrgica branca

Primeira leitura
1Tm 6,13-16
– Leitura da primeira carta de São Paulo a Timóteo: Caríssimo, 13diante de Deus, que dá a vida a todas as coisas, e de Cristo Jesus, que deu o bom testemunho da verdade perante Pôncio Pilatos, eu te ordeno: 14guarda o teu mandato íntegro e sem mancha até a manifestação gloriosa de nosso Senhor Jesus Cristo. 15Esta manifestação será feita no tempo oportuno pelo bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, 16o único que possui a imortalidade e que habita numa luz inacessível, que nenhum homem viu, nem pode ver. A ele, honra e poder eterno. Amém.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl 100, 2.3.4.5 (R: 2c)
– Com canto apresentai-vos diante do Senhor!
R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!

– Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos!
R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!

– Sabei que o Senhor, só ele é Deus. Ele mesmo nos fez, e somos seus, nós somos seu povo e seu rebanho.
R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!

– Entrai por suas portas dando graças, e em seus átrios com hinos de louvor; dai-lhe graças, seu nome bendizei!
R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!

– Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente.
R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Felizes os que observam a Palavra do Senhor de reto coração e que produzem muitos frutos, até o fim perseverantes! (Lc 8-15)
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 8,4-15
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 4reuniu-se uma grande multidão, e de todas as cidades iam ter com Jesus. Então ele contou esta parábola: 5“O semeador saiu para semear a sua semente. Enquanto semeava, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada e os pássaros do céu a comeram. 6Outra parte caiu sobre pedras; brotou e secou, porque não havia umidade. 7Outra parte caiu no meio de espinhos; os espinhos cresceram juntos, e a sufocaram. 8Outra parte caiu em terra boa; brotou e deu fruto, cem por um”. Dizendo isso, Jesus exclamou: “Quem tem ouvidos para ouvir ouça”. 9Os discípulos lhe perguntaram o significado dessa parábola. 10Jesus respondeu: “A vós foi dado conhecer os mistérios do Reino de Deus. Mas aos outros, só por meio de parábolas, para que olhando não vejam, e ouvindo não compreendam. 11A parábola quer dizer o seguinte: A semente é a Palavra de Deus. 12Os que estão à beira do caminho são aqueles que ouviram, mas, depois, vem o diabo e tira a Palavra do coração deles, para que não acreditem e não se salvem. 13Os que estão sobre a pedra são aqueles que, ouvindo, acolhem a Palavra com alegria. Mas eles não têm raiz: por um momento acreditam; mas na hora da tentação voltam atrás. 14Aquilo que caiu entre os espinhos são os que ouvem, mas, com o passar do tempo são sufocados pelas preocupações, pela riqueza e pelos prazeres da vida, e não chegam a amadurecer. 15E o que caiu em terra boa são aqueles que, ouvindo com um coração bom e generoso, conservam a Palavra, e dão fruto com sua perseverança”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santo André Kim e companheiros mártires da Coreia

Origens 
A Igreja coreana foi fundada por leigos: eis a peculiaridade que a distingue das demais Igrejas. Segundo o Missal Romano, o Espírito sopra onde quer. Por isso, naquela estreita península, na extremidade oriental do mundo, o mesmo Espírito inspirou o coração de alguns homens, que abriram suas almas à nova fé, transmitida pelas delegações eclesiásticas chinesas, que visitavam a Coreia, anualmente, desde o início do século XVII.
Chegada de Sacerdotes à Coreia 
Com o passar do tempo, os sacerdotes iam à Coreia e levavam consigo escritos religiosos e livros para aprofundar a fé. No entanto, a comunidade nascente, cada vez mais fecunda e prometedora, começou a pedir a Pequim para mandar mais missionários às suas terras e foi atendida. O Padre Chu-mun-mo chegou à Coreia e, assim, tiveram início as celebrações litúrgicas.
A Perseguição 
Entretanto, a prosperidade da fé da nova comunidade não passou despercebida. O governo coreano não via com bons olhos o novo culto, que levou ao país novos ritos, bem diferentes dos tradicionais. Assim, em 1802, foi promulgado um édito estatal, que não proibia apenas a crença cristã, mas também mandava exterminar os cristãos. 
O primeiro a ser assassinado foi o único sacerdote chinês. Contudo, em 1837, chegaram mais dois, acompanhados por um Bispo, pertencentes às Missões Estrangeiras de Paris, embora houvesse ainda perseguições.
André Kim Taegon, primeiro sacerdote da Coreia
André foi um dos primeiros sacerdotes coreanos, nascidos e criados no país. Nasceu em 1821, em uma família convertida e muito fervorosa, tanto que seu pai transformou sua casa em igreja doméstica, onde se reuniam muitos fiéis para ser batizados.
André Kim respirava a fé, desde criança, e conheceu de perto o martírio precoce com a morte do seu pai, assassinado aos 44 anos. Tais episódios, porém, fortaleceram ainda mais a sua fé, a ponto de ir a Macau para receber a ordenação sacerdotal. Ao regressar à Coreia como diácono, em 1844, favoreceu, às ocultas, a entrada no país do Bispo Ferréol. Juntos, trabalharam como missionários, sempre em segredo, apesar do eterno clima de perseguição. 
André, de modo particular, conhecendo os costumes e a mentalidade locais, obteve resultados extraordinários em seu apostolado. Contudo, foi descoberto e preso, por tentar enviar documentações e testemunhos para a Europa. Padre André Kim Taegon foi martirizado em 16 de setembro de 1846.
Companheiros Mártires
Foram dez mil mártires. Desses, a Igreja canonizou muitos que foram agrupados para uma só festa, liderados por André Kim Taegon. Neste dia, veneram-se na mesma celebração todos os cento e três mártires que na Coreia deram testemunho da fé cristã. Todos estes atletas de Cristo – entre os quais três bispos, oito presbíteros e todos os outros leigos: homens e mulheres, casados ou não, anciãos, jovens e crianças – suportando o suplício, consagraram com o seu precioso sangue os primórdios da Igreja na Coreia.
Paulo Chong Hasang, catequista peregrino
A história de Paulo é a de um herói da fé, pois, ainda jovem, presenciou ao martírio de metade da sua família. Paulo Chong, natural de Mahyan, nasceu em 1795; foi preso, com sua mãe e irmã, e privado de todos os seus bens. Ao readquirir a sua liberdade, sua fé ficou mais forte do que nunca; transferiu-se para Seul, onde se uniu à comunidade cristã local, com a qual trabalhou muito, obtendo novas conversões. Sozinho e a pé, apesar das enormes dificuldades, fez pelo menos 15 peregrinações à China, comprometendo-se para levar sacerdotes e missionários às terras coreanas de Pequim. Hospedado na casa do Bispo francês de Imbert, que ajudou a entrar na Coreia, recebeu o convite para ser sacerdote. Porém, Paulo foi preso, durante as perseguições anticristãs, e martirizado em 22 de setembro de 1839.
Via de Santificação
A canonização ocorreu em 06 de maio de 1984, pelo Papa João Paulo II. Determinando o dia 20 de setembro para a celebração litúrgica.
Minha oração
“Pedimos a intercessão dos mártires pelo povo coreano e seus descendentes, pedimos pelo país e seus governantes, para que sejam conforme os valores cristãos e a fé possa florescer nessa região através desse testemunho. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém!”
Santo André Kim e companheiros mártires, rogai por nós!

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SEXTA-FEIRA, DIA 19 DE SETEMBRO DE 2025

XXIV semana do tempo comum
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
1 Tm 6,2c-12
– Leitura da primeira carta de São Paulo a Timóteo: Caríssimo,2ensina e recomenda estas coisas. 3Quem ensina doutrina estranhas e discorda das palavras salutares de nosso Senhor Jesus Cristo e da doutrina conforme à piedade, 4é um obcecado pelo orgulho, um ignorante que morbidamente se compraz em questões e discussões de palavras. Daí é que nascem invejas, contendas, insultos, suspeitas, 5porfias de homens com mente corrompida e privados da verdade que fazem da piedade assunto de lucro. 6Sem dúvida, grande fonte de lucro é a piedade, mas quando acompanhada do espírito de desprendimento. 7Porque nada trouxemos ao mundo como tampouco nada poderemos levar. 8Tendo alimento e vestuário, fiquemos satisfeitos. 9Os que desejam enriquecer caem em tentação e armadilhas, em muitos desejos loucos e perniciosos que afundam os homens na perdição e na ruína, 10porque a raiz de todos os males é a cobiça do dinheiro. Por se terem deixado levar por ela, muitos se extraviaram da fé e se atormentam a si mesmos com muito sofrimentos. 11Tu que és um homem de Deus, foge das coisas perversas, procura a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza, a mansidão. 12Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e pela qual fizeste tua nobre profissão de fé diante de muitas testemunhas.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl 49,6-7.8-10.17-18.19-20 (R: Mt 5,3)
– Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos céus.
R: Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos céus.

– Por que temer os dias maus e infelizes, quando a malícia dos perversos me circunda?  Por que temer os que confiam nas riquezas  
e se gloriam na abundância de seus bens?
R: Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos céus.

– Ninguém se livra de sua morte por dinheiro nem a Deus pode pagar o seu resgate.  A isenção da própria morte não tem preço; não há riqueza que a possa adquirir, nem dar ao homem uma vida sem limites e garantir-lhe uma existência imortal.
R: Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos céus.

– Não te inquietes, quando um homem fica rico e aumenta a opulência de sua casa; pois ao morrer não levará nada consigo, nem seu prestígio poderá acompanhá-lo.
R: Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos céus.

– Felicitava-se a si mesmo enquanto vivo: ‘Todos te aplaudem, tudo bem, isto que é vida!’ Mas vai-se ele para junto de seus pais, que nunca mais e nunca mais veróo a luz! 
R: Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos céus.

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu Reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25)
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 8,1-3
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 1Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus. Os doze iam com ele; 2e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; 3Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e várias outras mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Januário, o milagre do sangue que se liquefaz

Origens 
São Januário nasceu em Nápoles, na segunda metade do século III, e foi eleito bispo de Benevento, onde exerceu seu apostolado, amado pela comunidade cristã e respeitado também pelos pagãos. 
A Visão
O episódio, que levou Januário ao martírio, aconteceu no início do século IV, com a retomada das perseguições contra os cristãos. Há algum tempo, Januário era muito amigo de Sóssio, diácono da cidade de Miseno. Certo dia, enquanto lia o Evangelho na igreja, teve uma visão: apareceu uma chama sobre a sua cabeça. Reconhecendo nela o símbolo do seu futuro martírio, Januário deu graças ao Senhor e pediu para que aquele fosse o seu destino. 
Páscoa 
Reconhecendo o seu destino, o Bispo convidou Sóssio a participar da visita pastoral, que se realizaria em Pozzuoli, para falar sobre a fé. O diácono pôs-se a caminho, mas, durante a viagem, foi preso pelos guardas, enviados por Dragôncio, governador da Campânia. 
Na prisão, recebeu a visita de Januário, acompanhado pelo diácono Festo e o leitor Desidério: os três tentaram interceder, junto a Sóssio, pela sua libertação. Mas, em resposta, todos foram condenados a serem dilacerados publicamente pelos ursos. No entanto, a notícia da sua condenação à morte não foi bem vista pelo povo. Por isso, temendo uma revolta, o governador mudou a sentença para uma decapitação discreta, longe dos olhos do povo. Foram martirizados também Próculo, diácono da igreja de Pozzuoli, e os fiéis Eutíquio e Acúcio, por terem criticado a execução publicamente.
Outra versão do seu martírio
Nem todas as fontes, tão antigas, concordavam com o martírio de São Januário e, por isso, há outra hipótese do que, provavelmente, poderia ter acontecido: enquanto Januário se encaminhava para Nola, o pérfido juiz, Timóteo, o prendeu com a acusação de proselitismo, que violava os decretos imperiais. No entanto, as torturas perpetradas contra o Santo não afetaram seu corpo ou sua fé. 
Por isso, Timóteo o jogou em uma fornalha da qual, mais uma vez, Januário saiu ileso. Enfim, foi condenado à decapitação em um lugar perto da chamada Solfatara. Durante a sua transferência, encontrou um mendigo, que lhe pede um pedaço do seu manto para guardar como relíquia: o Santo respondeu que podia ficar com todo o lenço, que estava amarrado em seu pescoço, antes da execução. Antes de morrer, Januário colocou um dedo na garganta, que também foi decepado pela lâmina, junto com o lenço, depois conservados como relíquia.
O Milagre do Sangue 
Segundo o costume, por ocasião da execução dos mártires, uma mulher, Eusébia, chegou ao lugar da morte de Januário e recolheu, em duas ampolas, o sangue derramado pelo Bispo, já em odor de santidade. Ela as entregou ao Bispo de Nápoles, que mandou construir duas capelas em homenagem ao sagrado traslado: São Januarinho em Vômero e São Januário em Antignano. Seu corpo, ao invés, sepultado na zona rural de Marciano, teve uma primeira translação, no século V, quando o culto ao Santo já era bem difundido. São Januário foi canonizado por Sisto V, em 1586. 
Relíquia
Quanto à relíquia do seu sangue, foi exposta, pela primeira vez, em 1305. Porém, o milagre do seu sangue, que parece quase ferver e voltar ao estado líquido, permanecendo até a oitava seguinte, ocorreu, pela primeira vez, em 17 de agosto de 1389, após uma grande escassez. Hoje, o milagre se repete três vezes ao ano: no primeiro sábado de maio, em memória da primeira translação; em 19 de setembro, memória litúrgica do Santo e data do seu martírio; e em 16 de dezembro, para comemorar a desastrosa erupção do Vesúvio, em 1631, bloqueada por intercessão do Santo. As duas ampolas estão conservadas em uma teca de prata, por desejo de Roberto d’Angiò, na Capela do Tesouro de São Januário, na Catedral de Nápoles.
Via de Santificação 
São Januário é venerado desde o século V, mas sua confirmação canônica veio somente por meio do Papa Sisto V em 1586.
Minha oração
“Querido bispo, levai o teu povo ao mais profundo mistério dos milagres. Curai os doentes e socorrei os necessitados, assim como Cristo deseja realizar em nós. Que através das tuas relíquias aconteçam grandes conversões. Amém!”
São Januário, rogai por nós!

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QUINTA-FEIRA, DIA 18 DE SETEMBRO DE 2025

XXIV semana do tempo comum
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
1 Tm 4,12-16
– Leitura da primeira carta de São Paulo a Timóteo – Caríssimo: 12Ninguém te despreze por seres jovem. Pelo contrário, serve de exemplo para os fiéis, na palavra, na conduta, na caridade, na fé, na pureza. 13Até que eu chegue, dedica-te à leitura, à exortação, ao ensino. 14Não descuides o dom da graça que tu tens e que te foi dada por indicação da profecia, acompanhada da imposição das mãos do presbitério. 15Com perseverança, põe estas coisas em prática, para que todos vejam o teu progresso. 16Cuida de ti mesmo e daquilo que ensinas. Mostra-te perseverante. Assim te salvarás a ti mesmo e também àqueles que te escutam. 
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 111,7-8.9-10 (R: 2a)
– Grandiosas são as obras do Senhor!
R: Grandiosas são as obras do Senhor!
– Suas obras são verdade e são justiça, seus preceitos, todos eles são estáveis, confirmados para sempre e pelos séculos realizados na verdade e retidão.
R: Grandiosas são as obras do Senhor!
– Enviou a seu povo a redenção, concluiu com ele uma aliança eterna. Santo e venerável é o seu nome. 
R: Grandiosas são as obras do Senhor!
– O temor do Senhor é o começo da sabedoria; sábios são aqueles que o adoram. Sua glória subsiste eternamente.
R: Grandiosas são as obras do Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
 – Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o Senhor (Mt 11,28).
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 7,36-50
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 36Um fariseu convidou Jesus a ir comer com ele. Jesus entrou na casa dele e pôs-se à mesa. 37Uma mulher pecadora da cidade, quando soube que estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro cheio de perfume; 38e, estando a seus pés, por detrás dele, começou a chorar. Pouco depois suas lágrimas banhavam os pés do Senhor e ela os enxugava com os cabelos, beijava-os e os ungia com o perfume. 39Ao presenciar isto, o fariseu, que o tinha convidado, dizia consigo mesmo: Se este homem fosse profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que o toca, pois é pecadora. 40Então Jesus lhe disse: Simão, tenho uma coisa a dizer-te. Fala, Mestre, disse ele. 41Um credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinquenta. 42Não tendo eles com que pagar, perdoou a ambos a sua dívida. Qual deles o amará mais? 43Simão respondeu: A meu ver, aquele a quem ele mais perdoou. Jesus replicou-lhe: Julgaste bem. 44E voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para lavar os pés; mas esta, com as suas lágrimas, regou-me os pés e enxugou-os com os seus cabelos. 45Não me deste o ósculo; mas esta, desde que entrou, não cessou de beijar-me os pés. 46Não me ungiste a cabeça com óleo; mas esta, com perfume, ungiu-me os pés. 47Por isso te digo: seus numerosos pecados lhe foram perdoados, porque ela tem demonstrado muito amor. Mas ao que pouco se perdoa, pouco ama. 48E disse a ela: Perdoados te são os pecados. 49Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer, então: Quem é este homem que até perdoa pecados? 50Mas Jesus, dirigindo-se à mulher, disse-lhe: Tua fé te salvou; vai em paz. 
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São José de Cupertino, o padroeiro dos estudantes

Origens
Quando José Maria Desa nasceu, em 17 de junho de 1603, na cidadezinha de Cupertino, na província italiana de Lecce, sua família não levava uma vida fácil. Seu pai, Félix, foi envolvido na falência financeira de um conhecido, a quem havia emprestado dinheiro, acabando na miséria. Por isso, José veio ao mundo em uma estrebaria, como Jesus, e, desde criança, teve de arregaçar as mangas para contribuir com as despesas de casa, trabalhando em uma venda. 
São José de Cupertino até começou a ir à escola, mas foi acometido por uma úlcera gangrenosa, que o obrigou a deixar os estudos por cinco anos. Sua mãe, Francisca Panaca, mulher forte e vigorosa, tentou dar-lhe uma formação básica, mediante a narração da vida dos Santos, como a de São Francisco. Assim, amadureceu em José o desejo de seguir e imitar a vida do “Pobrezinho de Assis”.
Franciscanos
Aos 16 anos, pediu para entrar na Ordem dos Frades Franciscanos Conventuais, no convento da “Grottella”. Entretanto, a sua pouca formação escolar não o ajudou, sendo obrigado a voltar à sua vida de antes. Com o tempo, São José de Cupertino dirigiu-se aos Franciscanos Reformados e, depois, aos Capuchinhos de Martina Franca, mas a resposta era sempre a mesma: pouca instrução, além das suas primeiras manifestações de êxtase, durante as quais deixava cair tudo das mãos, que o tornaram inadequado para a vida comunitária. 
Neste ínterim, o Supremo Tribunal de Nápoles estabeleceu que, ao se tornar maior de idade, José devia trabalhar, sem remuneração, até pagar toda a dívida do pai, já falecido. Diante de tal sentença, que na verdade era uma verdadeira escravidão, o jovem voltou a pedir para entrar no convento de “Grottella”. Os Frades levaram a sério a sua situação e o ajudaram a fazer um verdadeiro percurso de estudos. 
Sacerdócio milagroso
Entre milhares de dificuldades, mas graças à sua grande força de vontade, chegou a hora de enfrentar o exame para o Diaconato. Ali, realizou-se um prodígio: José conhecia a fundo apenas uma passagem do Evangelho, precisamente aquela que, por acaso, o Bispo examinador lhe pediu para comentar. Um acontecimento extraordinário semelhante deu-se, novamente, três anos depois, durante o exame para o Sacerdócio: o Bispo interrogou alguns candidatos e, achando-os particularmente preparados, estendeu a admissão ao Sacerdócio a todos os outros candidatos. Enfim, em 1628, José foi ordenado sacerdote.
“Irmão burro” e dom de ciência infusa
A humildade de São José de Cupertino, porém, permaneceu proverbial: ciente das suas limitações culturais, nunca renunciava aos trabalhos manuais mais simples, chegando até a se apelidar “Irmão burro”; no entanto, dedicava-se ao serviço dos mais pobres. José viveu seu amor à Igreja de forma incondicional: colocou Cristo ao centro da sua vida e tinha uma profunda devoção a Maria, Mãe de Deus. Contudo, quem o ouvia falar reconhecia nele a luz de uma teologia madura, com a qual fazia debates profundos: era o dom da ciência infundida (Deus que revela o conhecimento ao homem), que o tornou um grande sábio.
Êxtases e levitações
No entanto, se acentuavam em José os fenômenos de êxtases e levitações, sobretudo quando pronunciava os nomes de Jesus e Maria. Tais episódios não passaram despercebidos à Inquisição de Nápoles, que o convocou para saber se o jovem de Cupertino estivesse abusando ou não da credulidade popular. E, precisamente, diante dos Juízes, reunidos no Mosteiro de São Gregório Armênio, José teve uma levitação. Por isso, foi absolvido de todas as acusações, mas o Santo Ofício o obrigou ao isolamento, longe das multidões.
O ponto mais alto: a Eucaristia 
Desta forma, o futuro Santo passou de um convento ao outro – Roma, Assis, Pietrarubbia, Fossombrone – até chegar a Ósimo, perto de Ancona. Finalmente, ao chegar ali, em 1656, por ordem do Papa Alexandre VII, encontrou a paz. De fato, ali permaneceu sempre até a morte, levando sempre uma vida humilde, ao serviço do próximo e em colóquio pessoal com Deus, que culminava na celebração Eucarística.
Páscoa
São José de Cupertino faleceu, em 18 de setembro de 1663, aos 60 anos. Bento XIV o beatificou, em 1753, e Clemente XIII o canonizou em 16 de julho de 1767. Hoje, seus restos mortais descansam em uma urna de bronze dourado, na cripta da igreja de Ósimo, a ele dedicada. Foi construído também um Santuário, em sua homenagem, em Cupertino, sobre a estrebaria onde o Santo nasceu.
Padroeiro dos Estudantes
“Capacidade de voar, com a mente e com o corpo”: eis a chave estilística, que caracterizava a vida de São José de Cupertino. No entanto, apesar das suas dificuldades nos estudos, recebeu o dom da ciência infundida e momentos de êxtase com levitações. Isso tornou-o padroeiro dos estudantes e universitários. 
Minha oração
“Tu, que alcançastes as mais altas ciências, não pela via intelectual, mas sim pelas vias místicas, ajudai-nos nos nossos estudos e no desejo mais sincero de conhecer a Deus. Ensinai-nos a descobrir em Jesus o caminho da sabedoria. Amém!”
São José de Cupertino, rogai por nós!

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QUARTA-FEIRA, DIA 17 DE SETEMBRO DE 2025

XXIV semana do tempo comum
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
1 Tm 3,14-16
– Leitura da primeira carta de São Paulo a Timóteo – Caríssimo, 14escrevo com a esperança de ir ver-te em breve. 15Se tardar, porém, quero que saibas como proceder na casa de Deus, que é a Igreja de Deus vivo, coluna e fundamento da verdade. 16Não pode haver dúvida de que é grande o mistério da piedade: Ele foi manifestado na carne, foi justificado no espírito, contemplado pelos anjos, pregado às nações, acreditado no mundo, exaltado na glória!
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 111,1-2. 3-4.5-6 (R: 2a)
– Grandiosas são as obras do Senhor!
R: Grandiosas são as obras do Senhor!
– Eu agradeço a Deus de todo o coração junto com todos os seus justos reunidos! Que grandiosas são as obras do Senhor, elas merecem todo o amor e admiração!.
R: Grandiosas são as obras do Senhor!
– Que beleza e esplendor são os seus feitos! Sua justiça permanece eternamente! O Senhor bom e clemente nos deixou a lembrança de suas grandes maravilhas.
R: Grandiosas são as obras do Senhor!
– Ele dá o alimento aos que o temem e jamais esquecerá sua Aliança. Ao seu povo manifesta seu poder, dando a ele a herança das nações. 
R: Grandiosas são as obras do Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
 – Senhor, tuas palavras são espírito, são vida; só tu tens palavras de vida eterna (Jo 6,63.68).
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 7,31-35
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, disse Jesus: 31Com quem hei de comparar os homens desta geração? Com quem eles se parecem? 32São como crianças que se sentam nas praças, e se dirigem aos colegas, dizendo: ‘Tocamos flauta para vós e não dançastes; fizemos lamentações e não chorastes!’ 33Pois veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e vós dissestes: ‘Ele está com um demônio!’ 34Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e vós dizeis: ‘Ele é um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e dos pecadores!’ 35Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos.’ 
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Roberto Bellarmino, bispo, cardeal e doutor da Igreja

Origens
Nascido em 4 de outubro de 1542, em Montepulciano, perto de Siena, São Roberto Bellarmino era filho dos nobres empobrecidos Vincenzo Bellarmino e Cinzia Cervini, que era irmã do Papa Marcelo II. Ele teve uma excelente educação humanista antes de entrar na Companhia de Jesus em 20 de setembro de 1560. Os estudos em filosofia e teologia, que realizou entre o Colégio Romano, Pádua e Louvain, centraram-se em São Tomás e os padres da Igreja, foram decisivos para sua orientação teológica. Ordenado sacerdote em 25 de março de 1570.
Professor e Orientador da Fé
São Roberto Bellarmino foi professor de teologia em Louvain por alguns anos. Posteriormente, chamado à Roma como professor do Colégio Romano, foi-lhe confiada a cátedra de “Apologética”; na década em que ocupou esse cargo (1576-1586), elaborou um curso de lições que, mais tarde, se fundiu na Controversiae , obra que imediatamente se tornou famosa pela clareza e riqueza de conteúdo e pelo viés predominantemente histórico. O Concílio de Trento acabava de terminar, e para a Igreja Católica era necessário fortalecer e confirmar sua identidade também em relação à Reforma Protestante. A ação do Bellarmino se insere nesse contexto. 
De 1588 a 1594, foi o primeiro pai espiritual dos alunos jesuítas do Colégio Romano, entre os quais conheceu e dirigiu São Luís Gonzaga, e, mais tarde, superior religioso. O Papa Clemente VIII o nomeou teólogo pontifício, consultor do Santo Ofício e reitor do Colégio das Penitenciárias da Basílica de São Pedro. Seu catecismo, Breve Doutrina Cristã , que foi sua obra mais popular, remonta ao biênio 1597-1598.
Cardeal 
Em 3 de março de 1599, foi criado cardeal pelo Papa Clemente VIII e, em 18 de março de 1602, foi nomeado arcebispo de Cápua. Recebeu a ordenação episcopal em 21 de abril do mesmo ano. Nos três anos em que foi bispo diocesano, destacou-se pelo zelo de pregador em sua catedral, pela visita semanal às paróquias, pelos três sínodos diocesanos e por um conselho provincial ao qual deu vida. Depois de ter participado dos conclaves que elegeram o Papa Leão XI e Paulo V, foi chamado a Roma, onde foi membro das Congregações do Santo Ofício, do Índice, dos Ritos, dos Bispos e da Propagação da Fé. Ele também teve cargos diplomáticos, com a República de Veneza e Inglaterra, em defesa dos direitos da Sé Apostólica. 
Páscoa
São Roberto Bellarmino, em seus últimos anos, compôs vários livros sobre espiritualidade, nos quais condensou o fruto de seus exercícios espirituais anuais. Ao lê-los, o povo cristão ainda hoje recebe grande edificação. Morreu em Roma em 17 de setembro de 1621. O Papa Pio XI o beatificou em 1923, o canonizou em 1930 e o proclamou Doutor da Igreja em 1931.
Minha oração
“Grande santo professor e apologista, educa-nos no caminho da fé, livrai-nos das heresias e leva-nos ao conhecimento mais profundo de Jesus Cristo Nosso Senhor. Por meio da tua intercessão, confiamos a Santa Igreja, Cardeais e Bispos, para que sejam modelos do Bom Pastor. Amém!”
São Roberto Bellarmino, rogai por nós!