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DOMINGO, DIA 21 DE SETEMBRO DE 2025

XXV DOMINGO DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica verde

Dia nacional da Luta da Pessoa com Deficiência

Primeira LEITURA
– Am 8,4-7
LEITURA DA PROFECIA DE AMÓS –
Ouvi isto, vós que maltratais os humildes e causais
a prostração dos pobres da terra; vós que andais
dizendo: “Quando passará a lua nova, para vendermos bem a mercadoria? E o sábado, para darmos pronta saída ao trigo, para diminuir medidas,
aumentar pesos, e adulterar balanças, dominar
os pobres com dinheiro e os humildes com um
par de sandálias, e para pôr à venda o refugo do
trigo?” Por causa da soberba de Jacó, jurou o Senhor: “Nunca mais esquecerei o que eles fizeram.”
PALAVRA DO SENHOR.
– Graças a Deus.

SALMO RESPONSORIAL – Sl 112

R. Louvai o Senhor que eleva os pobres!

1. Louvai, louvai, ó servos do Senhor, louvai, louvai
o nome do Senhor! Bendito seja o nome do Senhor,
agora e por toda a eternidade!

R. Louvai o Senhor que eleva os pobres!

2. O Senhor está acima das nações, sua glória vai
além dos altos céus. Quem pode comparar-se ao
nosso Deus, ao Senhor, que no alto céu tem o seu
trono e se inclina para olhar o céu e a terra?

R. Louvai o Senhor que eleva os pobres!

3. Levanta da poeira o indigente e do lixo ele retira
o pobrezinho, para fazê-lo assentar-se com os
nobres, assentar-se com nobres do seu povo. – 1Tm 2,1-8

R. Louvai o Senhor que eleva os pobres!

Segunda leitura
– 1Tm 2,1-8

10. LEITURA DA PRIMEIRA CARTA DE SÃO PAULO
A TIMÓTEO – Caríssimo: Antes de tudo, recomendo
que se façam preces e orações, súplicas e ações
de graças, por todos os homens; pelos que governam e por todos que ocupam altos cargos, a fim de
que possamos levar uma vida tranquila e serena,
com toda piedade e dignidade. Isto é bom e agradável a Deus, nosso Salvador; ele quer que todos os
homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento
da verdade. Pois há um só Deus, e um só mediador
entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus,
que se entregou em resgate por todos. Este é o
testemunho dado no tempo estabelecido por Deus,
e para este testemunho eu fui designado pregador
e apóstolo, e – falo a verdade, não minto – mestre das nações pagãs na fé e na verdade. Quero,
portanto, que em todo lugar os homens façam a
oração, erguendo mãos santas, sem ira e sem
discussões.
– PALAVRA DO SENHOR.
– Graças a Deus.

ACLAMAÇÃO
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia!
1. Jesus Cristo, sendo rico, se fez pobre e por amor;
para que sua pobreza nos, assim, enriquecesse.
EVANGELHO – Lc 16,10-13 (mais breve)
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO SEGUNDO LUCAS
– Glória a Vóz, Senhor.
– Naquele tempo, dizia
Jesus aos seus discípulos: Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem
é injusto nas pequenas também é injusto nas
grandes. Por isso, se vós não sois fiéis no uso do
dinheiro injusto, quem vos confiará o verdadeiro
bem? E se não sois fiéis no que é dos outros, quem
vos dará aquilo que é vosso? Ninguém pode servir
a dois senhores. Porque ou odiará um e amará o
outro, ou se apegará a um e desprezará o outro.
Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro”.
– PALAVRA DA SALVAÇÃO.
– Glória a Vóz, Senhor.

SANTO DO DIA
São Mateus

São Mateus é representado na arte litúrgica por um anjo segurando uma lança, uma moeda e uma pena
Matheus22
Segundo a tradição evangélica Mateus (ou Levi) era um cobrador de impostos e por isso não era bem visto pela sociedade, sendo considerado um pecador. Um dia, depois de falar ao povo, Jesus passa por Mateus, olha com firmeza nos seus olhos e disse: “Segue-me”. Mateus imediatamente levantou-se, abandonou seu rendoso negócio, mudou de vida, de nome e seguiu Jesus.
Daquele dia em diante Mateus tornou-se um dos maiores seguidores e apóstolos de Cristo, acompanhando-o em todas as suas caminhadas e pregações pela Palestina. Mateus nasceu em Cafarnaum. Não se conhece a data do seu nascimento. Seu pai, Alfeu, deu-lhe o nome de Levi. Sua cidade natal era cortada pelas principais estradas da Palestina, ponto de convergência e centro comercial da região.
Mateus marcou a virada de sua vida com um banquete que ofereceu aos amigos. Nele compareceu Jesus, alguns fariseus e outras classes dominantes. Diziam sobre Jesus: “Como é que vosso Mestre se senta à mesa com os pecadores?” Tais críticas mereceram as famosas palavras de Jesus Cristo: “Não são os saudáveis, mas sim os doentes, que necessitam de médico. Não vim para chamar os justos, senão os pecadores.”
Diz São Clemente que Mateus era um santo de penitência e mortificações. Alimentava-se de ervas, frutas e raízes. Sofreu maus tratos e foi hostilizado na Arábia e na Pérsia. Teve os olhos arrancados e foi colocado na prisão onde aguardaria sua execução. Na prisão, onde estava acorrentado, recebe o milagre divino da restituição dos seus olhos e da sua libertação. Alcança a Etiópia, onde prega a doutrina cristã pela última vez. É repelido e encontra forte oposição dos guias religiosos pagãos etíopes. Logo em seguida é martirizado.
No ano de 930 as relíquias mortais do apóstolo São Mateus foram transportadas para Salermo, na Itália, onde, até hoje, é festejado como padroeiro da cidade.
Reflexão
São Mateus escreveu um dos evangelhos considerados inspirados pela Igreja. Todo o seu evangelho é destinado a prover um verdadeiro reconhecimento de que Cristo é o Messias. São Mateus é representado na arte litúrgica por um anjo segurando uma lança, uma moeda e uma pena.
Oração
São Mateus que deixastes a riqueza para seguir com entusiasmo o chamado do Mestre, fazendo da pobreza um hino de louvor a Jesus, intercedei por mim, que me encontro em aflição. Ensinai-me por fim, a ajuntar tesouros no céu e a servir a Deus e não ao dinheiro. Amém!
A12 / Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
São Mateus, rogai por nós!

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SÁBADO, DIA 20 DE SETEMBRO DE 2025

Santos André Kim Tae-gon Paulo Chóng Hasang e companheiros, mártires
Cor Litúrgica branca

Primeira leitura
1Tm 6,13-16
– Leitura da primeira carta de São Paulo a Timóteo: Caríssimo, 13diante de Deus, que dá a vida a todas as coisas, e de Cristo Jesus, que deu o bom testemunho da verdade perante Pôncio Pilatos, eu te ordeno: 14guarda o teu mandato íntegro e sem mancha até a manifestação gloriosa de nosso Senhor Jesus Cristo. 15Esta manifestação será feita no tempo oportuno pelo bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, 16o único que possui a imortalidade e que habita numa luz inacessível, que nenhum homem viu, nem pode ver. A ele, honra e poder eterno. Amém.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl 100, 2.3.4.5 (R: 2c)
– Com canto apresentai-vos diante do Senhor!
R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!

– Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos!
R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!

– Sabei que o Senhor, só ele é Deus. Ele mesmo nos fez, e somos seus, nós somos seu povo e seu rebanho.
R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!

– Entrai por suas portas dando graças, e em seus átrios com hinos de louvor; dai-lhe graças, seu nome bendizei!
R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!

– Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente.
R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Felizes os que observam a Palavra do Senhor de reto coração e que produzem muitos frutos, até o fim perseverantes! (Lc 8-15)
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 8,4-15
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 4reuniu-se uma grande multidão, e de todas as cidades iam ter com Jesus. Então ele contou esta parábola: 5“O semeador saiu para semear a sua semente. Enquanto semeava, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada e os pássaros do céu a comeram. 6Outra parte caiu sobre pedras; brotou e secou, porque não havia umidade. 7Outra parte caiu no meio de espinhos; os espinhos cresceram juntos, e a sufocaram. 8Outra parte caiu em terra boa; brotou e deu fruto, cem por um”. Dizendo isso, Jesus exclamou: “Quem tem ouvidos para ouvir ouça”. 9Os discípulos lhe perguntaram o significado dessa parábola. 10Jesus respondeu: “A vós foi dado conhecer os mistérios do Reino de Deus. Mas aos outros, só por meio de parábolas, para que olhando não vejam, e ouvindo não compreendam. 11A parábola quer dizer o seguinte: A semente é a Palavra de Deus. 12Os que estão à beira do caminho são aqueles que ouviram, mas, depois, vem o diabo e tira a Palavra do coração deles, para que não acreditem e não se salvem. 13Os que estão sobre a pedra são aqueles que, ouvindo, acolhem a Palavra com alegria. Mas eles não têm raiz: por um momento acreditam; mas na hora da tentação voltam atrás. 14Aquilo que caiu entre os espinhos são os que ouvem, mas, com o passar do tempo são sufocados pelas preocupações, pela riqueza e pelos prazeres da vida, e não chegam a amadurecer. 15E o que caiu em terra boa são aqueles que, ouvindo com um coração bom e generoso, conservam a Palavra, e dão fruto com sua perseverança”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santo André Kim e companheiros mártires da Coreia

Origens 
A Igreja coreana foi fundada por leigos: eis a peculiaridade que a distingue das demais Igrejas. Segundo o Missal Romano, o Espírito sopra onde quer. Por isso, naquela estreita península, na extremidade oriental do mundo, o mesmo Espírito inspirou o coração de alguns homens, que abriram suas almas à nova fé, transmitida pelas delegações eclesiásticas chinesas, que visitavam a Coreia, anualmente, desde o início do século XVII.
Chegada de Sacerdotes à Coreia 
Com o passar do tempo, os sacerdotes iam à Coreia e levavam consigo escritos religiosos e livros para aprofundar a fé. No entanto, a comunidade nascente, cada vez mais fecunda e prometedora, começou a pedir a Pequim para mandar mais missionários às suas terras e foi atendida. O Padre Chu-mun-mo chegou à Coreia e, assim, tiveram início as celebrações litúrgicas.
A Perseguição 
Entretanto, a prosperidade da fé da nova comunidade não passou despercebida. O governo coreano não via com bons olhos o novo culto, que levou ao país novos ritos, bem diferentes dos tradicionais. Assim, em 1802, foi promulgado um édito estatal, que não proibia apenas a crença cristã, mas também mandava exterminar os cristãos. 
O primeiro a ser assassinado foi o único sacerdote chinês. Contudo, em 1837, chegaram mais dois, acompanhados por um Bispo, pertencentes às Missões Estrangeiras de Paris, embora houvesse ainda perseguições.
André Kim Taegon, primeiro sacerdote da Coreia
André foi um dos primeiros sacerdotes coreanos, nascidos e criados no país. Nasceu em 1821, em uma família convertida e muito fervorosa, tanto que seu pai transformou sua casa em igreja doméstica, onde se reuniam muitos fiéis para ser batizados.
André Kim respirava a fé, desde criança, e conheceu de perto o martírio precoce com a morte do seu pai, assassinado aos 44 anos. Tais episódios, porém, fortaleceram ainda mais a sua fé, a ponto de ir a Macau para receber a ordenação sacerdotal. Ao regressar à Coreia como diácono, em 1844, favoreceu, às ocultas, a entrada no país do Bispo Ferréol. Juntos, trabalharam como missionários, sempre em segredo, apesar do eterno clima de perseguição. 
André, de modo particular, conhecendo os costumes e a mentalidade locais, obteve resultados extraordinários em seu apostolado. Contudo, foi descoberto e preso, por tentar enviar documentações e testemunhos para a Europa. Padre André Kim Taegon foi martirizado em 16 de setembro de 1846.
Companheiros Mártires
Foram dez mil mártires. Desses, a Igreja canonizou muitos que foram agrupados para uma só festa, liderados por André Kim Taegon. Neste dia, veneram-se na mesma celebração todos os cento e três mártires que na Coreia deram testemunho da fé cristã. Todos estes atletas de Cristo – entre os quais três bispos, oito presbíteros e todos os outros leigos: homens e mulheres, casados ou não, anciãos, jovens e crianças – suportando o suplício, consagraram com o seu precioso sangue os primórdios da Igreja na Coreia.
Paulo Chong Hasang, catequista peregrino
A história de Paulo é a de um herói da fé, pois, ainda jovem, presenciou ao martírio de metade da sua família. Paulo Chong, natural de Mahyan, nasceu em 1795; foi preso, com sua mãe e irmã, e privado de todos os seus bens. Ao readquirir a sua liberdade, sua fé ficou mais forte do que nunca; transferiu-se para Seul, onde se uniu à comunidade cristã local, com a qual trabalhou muito, obtendo novas conversões. Sozinho e a pé, apesar das enormes dificuldades, fez pelo menos 15 peregrinações à China, comprometendo-se para levar sacerdotes e missionários às terras coreanas de Pequim. Hospedado na casa do Bispo francês de Imbert, que ajudou a entrar na Coreia, recebeu o convite para ser sacerdote. Porém, Paulo foi preso, durante as perseguições anticristãs, e martirizado em 22 de setembro de 1839.
Via de Santificação
A canonização ocorreu em 06 de maio de 1984, pelo Papa João Paulo II. Determinando o dia 20 de setembro para a celebração litúrgica.
Minha oração
“Pedimos a intercessão dos mártires pelo povo coreano e seus descendentes, pedimos pelo país e seus governantes, para que sejam conforme os valores cristãos e a fé possa florescer nessa região através desse testemunho. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém!”
Santo André Kim e companheiros mártires, rogai por nós!

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SEXTA-FEIRA, DIA 19 DE SETEMBRO DE 2025

XXIV semana do tempo comum
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
1 Tm 6,2c-12
– Leitura da primeira carta de São Paulo a Timóteo: Caríssimo,2ensina e recomenda estas coisas. 3Quem ensina doutrina estranhas e discorda das palavras salutares de nosso Senhor Jesus Cristo e da doutrina conforme à piedade, 4é um obcecado pelo orgulho, um ignorante que morbidamente se compraz em questões e discussões de palavras. Daí é que nascem invejas, contendas, insultos, suspeitas, 5porfias de homens com mente corrompida e privados da verdade que fazem da piedade assunto de lucro. 6Sem dúvida, grande fonte de lucro é a piedade, mas quando acompanhada do espírito de desprendimento. 7Porque nada trouxemos ao mundo como tampouco nada poderemos levar. 8Tendo alimento e vestuário, fiquemos satisfeitos. 9Os que desejam enriquecer caem em tentação e armadilhas, em muitos desejos loucos e perniciosos que afundam os homens na perdição e na ruína, 10porque a raiz de todos os males é a cobiça do dinheiro. Por se terem deixado levar por ela, muitos se extraviaram da fé e se atormentam a si mesmos com muito sofrimentos. 11Tu que és um homem de Deus, foge das coisas perversas, procura a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza, a mansidão. 12Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e pela qual fizeste tua nobre profissão de fé diante de muitas testemunhas.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl 49,6-7.8-10.17-18.19-20 (R: Mt 5,3)
– Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos céus.
R: Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos céus.

– Por que temer os dias maus e infelizes, quando a malícia dos perversos me circunda?  Por que temer os que confiam nas riquezas  
e se gloriam na abundância de seus bens?
R: Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos céus.

– Ninguém se livra de sua morte por dinheiro nem a Deus pode pagar o seu resgate.  A isenção da própria morte não tem preço; não há riqueza que a possa adquirir, nem dar ao homem uma vida sem limites e garantir-lhe uma existência imortal.
R: Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos céus.

– Não te inquietes, quando um homem fica rico e aumenta a opulência de sua casa; pois ao morrer não levará nada consigo, nem seu prestígio poderá acompanhá-lo.
R: Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos céus.

– Felicitava-se a si mesmo enquanto vivo: ‘Todos te aplaudem, tudo bem, isto que é vida!’ Mas vai-se ele para junto de seus pais, que nunca mais e nunca mais veróo a luz! 
R: Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos céus.

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu Reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25)
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 8,1-3
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 1Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus. Os doze iam com ele; 2e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; 3Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e várias outras mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Januário, o milagre do sangue que se liquefaz

Origens 
São Januário nasceu em Nápoles, na segunda metade do século III, e foi eleito bispo de Benevento, onde exerceu seu apostolado, amado pela comunidade cristã e respeitado também pelos pagãos. 
A Visão
O episódio, que levou Januário ao martírio, aconteceu no início do século IV, com a retomada das perseguições contra os cristãos. Há algum tempo, Januário era muito amigo de Sóssio, diácono da cidade de Miseno. Certo dia, enquanto lia o Evangelho na igreja, teve uma visão: apareceu uma chama sobre a sua cabeça. Reconhecendo nela o símbolo do seu futuro martírio, Januário deu graças ao Senhor e pediu para que aquele fosse o seu destino. 
Páscoa 
Reconhecendo o seu destino, o Bispo convidou Sóssio a participar da visita pastoral, que se realizaria em Pozzuoli, para falar sobre a fé. O diácono pôs-se a caminho, mas, durante a viagem, foi preso pelos guardas, enviados por Dragôncio, governador da Campânia. 
Na prisão, recebeu a visita de Januário, acompanhado pelo diácono Festo e o leitor Desidério: os três tentaram interceder, junto a Sóssio, pela sua libertação. Mas, em resposta, todos foram condenados a serem dilacerados publicamente pelos ursos. No entanto, a notícia da sua condenação à morte não foi bem vista pelo povo. Por isso, temendo uma revolta, o governador mudou a sentença para uma decapitação discreta, longe dos olhos do povo. Foram martirizados também Próculo, diácono da igreja de Pozzuoli, e os fiéis Eutíquio e Acúcio, por terem criticado a execução publicamente.
Outra versão do seu martírio
Nem todas as fontes, tão antigas, concordavam com o martírio de São Januário e, por isso, há outra hipótese do que, provavelmente, poderia ter acontecido: enquanto Januário se encaminhava para Nola, o pérfido juiz, Timóteo, o prendeu com a acusação de proselitismo, que violava os decretos imperiais. No entanto, as torturas perpetradas contra o Santo não afetaram seu corpo ou sua fé. 
Por isso, Timóteo o jogou em uma fornalha da qual, mais uma vez, Januário saiu ileso. Enfim, foi condenado à decapitação em um lugar perto da chamada Solfatara. Durante a sua transferência, encontrou um mendigo, que lhe pede um pedaço do seu manto para guardar como relíquia: o Santo respondeu que podia ficar com todo o lenço, que estava amarrado em seu pescoço, antes da execução. Antes de morrer, Januário colocou um dedo na garganta, que também foi decepado pela lâmina, junto com o lenço, depois conservados como relíquia.
O Milagre do Sangue 
Segundo o costume, por ocasião da execução dos mártires, uma mulher, Eusébia, chegou ao lugar da morte de Januário e recolheu, em duas ampolas, o sangue derramado pelo Bispo, já em odor de santidade. Ela as entregou ao Bispo de Nápoles, que mandou construir duas capelas em homenagem ao sagrado traslado: São Januarinho em Vômero e São Januário em Antignano. Seu corpo, ao invés, sepultado na zona rural de Marciano, teve uma primeira translação, no século V, quando o culto ao Santo já era bem difundido. São Januário foi canonizado por Sisto V, em 1586. 
Relíquia
Quanto à relíquia do seu sangue, foi exposta, pela primeira vez, em 1305. Porém, o milagre do seu sangue, que parece quase ferver e voltar ao estado líquido, permanecendo até a oitava seguinte, ocorreu, pela primeira vez, em 17 de agosto de 1389, após uma grande escassez. Hoje, o milagre se repete três vezes ao ano: no primeiro sábado de maio, em memória da primeira translação; em 19 de setembro, memória litúrgica do Santo e data do seu martírio; e em 16 de dezembro, para comemorar a desastrosa erupção do Vesúvio, em 1631, bloqueada por intercessão do Santo. As duas ampolas estão conservadas em uma teca de prata, por desejo de Roberto d’Angiò, na Capela do Tesouro de São Januário, na Catedral de Nápoles.
Via de Santificação 
São Januário é venerado desde o século V, mas sua confirmação canônica veio somente por meio do Papa Sisto V em 1586.
Minha oração
“Querido bispo, levai o teu povo ao mais profundo mistério dos milagres. Curai os doentes e socorrei os necessitados, assim como Cristo deseja realizar em nós. Que através das tuas relíquias aconteçam grandes conversões. Amém!”
São Januário, rogai por nós!

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QUINTA-FEIRA, DIA 18 DE SETEMBRO DE 2025

XXIV semana do tempo comum
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
1 Tm 4,12-16
– Leitura da primeira carta de São Paulo a Timóteo – Caríssimo: 12Ninguém te despreze por seres jovem. Pelo contrário, serve de exemplo para os fiéis, na palavra, na conduta, na caridade, na fé, na pureza. 13Até que eu chegue, dedica-te à leitura, à exortação, ao ensino. 14Não descuides o dom da graça que tu tens e que te foi dada por indicação da profecia, acompanhada da imposição das mãos do presbitério. 15Com perseverança, põe estas coisas em prática, para que todos vejam o teu progresso. 16Cuida de ti mesmo e daquilo que ensinas. Mostra-te perseverante. Assim te salvarás a ti mesmo e também àqueles que te escutam. 
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 111,7-8.9-10 (R: 2a)
– Grandiosas são as obras do Senhor!
R: Grandiosas são as obras do Senhor!
– Suas obras são verdade e são justiça, seus preceitos, todos eles são estáveis, confirmados para sempre e pelos séculos realizados na verdade e retidão.
R: Grandiosas são as obras do Senhor!
– Enviou a seu povo a redenção, concluiu com ele uma aliança eterna. Santo e venerável é o seu nome. 
R: Grandiosas são as obras do Senhor!
– O temor do Senhor é o começo da sabedoria; sábios são aqueles que o adoram. Sua glória subsiste eternamente.
R: Grandiosas são as obras do Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
 – Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o Senhor (Mt 11,28).
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 7,36-50
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 36Um fariseu convidou Jesus a ir comer com ele. Jesus entrou na casa dele e pôs-se à mesa. 37Uma mulher pecadora da cidade, quando soube que estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro cheio de perfume; 38e, estando a seus pés, por detrás dele, começou a chorar. Pouco depois suas lágrimas banhavam os pés do Senhor e ela os enxugava com os cabelos, beijava-os e os ungia com o perfume. 39Ao presenciar isto, o fariseu, que o tinha convidado, dizia consigo mesmo: Se este homem fosse profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que o toca, pois é pecadora. 40Então Jesus lhe disse: Simão, tenho uma coisa a dizer-te. Fala, Mestre, disse ele. 41Um credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinquenta. 42Não tendo eles com que pagar, perdoou a ambos a sua dívida. Qual deles o amará mais? 43Simão respondeu: A meu ver, aquele a quem ele mais perdoou. Jesus replicou-lhe: Julgaste bem. 44E voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para lavar os pés; mas esta, com as suas lágrimas, regou-me os pés e enxugou-os com os seus cabelos. 45Não me deste o ósculo; mas esta, desde que entrou, não cessou de beijar-me os pés. 46Não me ungiste a cabeça com óleo; mas esta, com perfume, ungiu-me os pés. 47Por isso te digo: seus numerosos pecados lhe foram perdoados, porque ela tem demonstrado muito amor. Mas ao que pouco se perdoa, pouco ama. 48E disse a ela: Perdoados te são os pecados. 49Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer, então: Quem é este homem que até perdoa pecados? 50Mas Jesus, dirigindo-se à mulher, disse-lhe: Tua fé te salvou; vai em paz. 
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São José de Cupertino, o padroeiro dos estudantes

Origens
Quando José Maria Desa nasceu, em 17 de junho de 1603, na cidadezinha de Cupertino, na província italiana de Lecce, sua família não levava uma vida fácil. Seu pai, Félix, foi envolvido na falência financeira de um conhecido, a quem havia emprestado dinheiro, acabando na miséria. Por isso, José veio ao mundo em uma estrebaria, como Jesus, e, desde criança, teve de arregaçar as mangas para contribuir com as despesas de casa, trabalhando em uma venda. 
São José de Cupertino até começou a ir à escola, mas foi acometido por uma úlcera gangrenosa, que o obrigou a deixar os estudos por cinco anos. Sua mãe, Francisca Panaca, mulher forte e vigorosa, tentou dar-lhe uma formação básica, mediante a narração da vida dos Santos, como a de São Francisco. Assim, amadureceu em José o desejo de seguir e imitar a vida do “Pobrezinho de Assis”.
Franciscanos
Aos 16 anos, pediu para entrar na Ordem dos Frades Franciscanos Conventuais, no convento da “Grottella”. Entretanto, a sua pouca formação escolar não o ajudou, sendo obrigado a voltar à sua vida de antes. Com o tempo, São José de Cupertino dirigiu-se aos Franciscanos Reformados e, depois, aos Capuchinhos de Martina Franca, mas a resposta era sempre a mesma: pouca instrução, além das suas primeiras manifestações de êxtase, durante as quais deixava cair tudo das mãos, que o tornaram inadequado para a vida comunitária. 
Neste ínterim, o Supremo Tribunal de Nápoles estabeleceu que, ao se tornar maior de idade, José devia trabalhar, sem remuneração, até pagar toda a dívida do pai, já falecido. Diante de tal sentença, que na verdade era uma verdadeira escravidão, o jovem voltou a pedir para entrar no convento de “Grottella”. Os Frades levaram a sério a sua situação e o ajudaram a fazer um verdadeiro percurso de estudos. 
Sacerdócio milagroso
Entre milhares de dificuldades, mas graças à sua grande força de vontade, chegou a hora de enfrentar o exame para o Diaconato. Ali, realizou-se um prodígio: José conhecia a fundo apenas uma passagem do Evangelho, precisamente aquela que, por acaso, o Bispo examinador lhe pediu para comentar. Um acontecimento extraordinário semelhante deu-se, novamente, três anos depois, durante o exame para o Sacerdócio: o Bispo interrogou alguns candidatos e, achando-os particularmente preparados, estendeu a admissão ao Sacerdócio a todos os outros candidatos. Enfim, em 1628, José foi ordenado sacerdote.
“Irmão burro” e dom de ciência infusa
A humildade de São José de Cupertino, porém, permaneceu proverbial: ciente das suas limitações culturais, nunca renunciava aos trabalhos manuais mais simples, chegando até a se apelidar “Irmão burro”; no entanto, dedicava-se ao serviço dos mais pobres. José viveu seu amor à Igreja de forma incondicional: colocou Cristo ao centro da sua vida e tinha uma profunda devoção a Maria, Mãe de Deus. Contudo, quem o ouvia falar reconhecia nele a luz de uma teologia madura, com a qual fazia debates profundos: era o dom da ciência infundida (Deus que revela o conhecimento ao homem), que o tornou um grande sábio.
Êxtases e levitações
No entanto, se acentuavam em José os fenômenos de êxtases e levitações, sobretudo quando pronunciava os nomes de Jesus e Maria. Tais episódios não passaram despercebidos à Inquisição de Nápoles, que o convocou para saber se o jovem de Cupertino estivesse abusando ou não da credulidade popular. E, precisamente, diante dos Juízes, reunidos no Mosteiro de São Gregório Armênio, José teve uma levitação. Por isso, foi absolvido de todas as acusações, mas o Santo Ofício o obrigou ao isolamento, longe das multidões.
O ponto mais alto: a Eucaristia 
Desta forma, o futuro Santo passou de um convento ao outro – Roma, Assis, Pietrarubbia, Fossombrone – até chegar a Ósimo, perto de Ancona. Finalmente, ao chegar ali, em 1656, por ordem do Papa Alexandre VII, encontrou a paz. De fato, ali permaneceu sempre até a morte, levando sempre uma vida humilde, ao serviço do próximo e em colóquio pessoal com Deus, que culminava na celebração Eucarística.
Páscoa
São José de Cupertino faleceu, em 18 de setembro de 1663, aos 60 anos. Bento XIV o beatificou, em 1753, e Clemente XIII o canonizou em 16 de julho de 1767. Hoje, seus restos mortais descansam em uma urna de bronze dourado, na cripta da igreja de Ósimo, a ele dedicada. Foi construído também um Santuário, em sua homenagem, em Cupertino, sobre a estrebaria onde o Santo nasceu.
Padroeiro dos Estudantes
“Capacidade de voar, com a mente e com o corpo”: eis a chave estilística, que caracterizava a vida de São José de Cupertino. No entanto, apesar das suas dificuldades nos estudos, recebeu o dom da ciência infundida e momentos de êxtase com levitações. Isso tornou-o padroeiro dos estudantes e universitários. 
Minha oração
“Tu, que alcançastes as mais altas ciências, não pela via intelectual, mas sim pelas vias místicas, ajudai-nos nos nossos estudos e no desejo mais sincero de conhecer a Deus. Ensinai-nos a descobrir em Jesus o caminho da sabedoria. Amém!”
São José de Cupertino, rogai por nós!

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QUARTA-FEIRA, DIA 17 DE SETEMBRO DE 2025

XXIV semana do tempo comum
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
1 Tm 3,14-16
– Leitura da primeira carta de São Paulo a Timóteo – Caríssimo, 14escrevo com a esperança de ir ver-te em breve. 15Se tardar, porém, quero que saibas como proceder na casa de Deus, que é a Igreja de Deus vivo, coluna e fundamento da verdade. 16Não pode haver dúvida de que é grande o mistério da piedade: Ele foi manifestado na carne, foi justificado no espírito, contemplado pelos anjos, pregado às nações, acreditado no mundo, exaltado na glória!
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 111,1-2. 3-4.5-6 (R: 2a)
– Grandiosas são as obras do Senhor!
R: Grandiosas são as obras do Senhor!
– Eu agradeço a Deus de todo o coração junto com todos os seus justos reunidos! Que grandiosas são as obras do Senhor, elas merecem todo o amor e admiração!.
R: Grandiosas são as obras do Senhor!
– Que beleza e esplendor são os seus feitos! Sua justiça permanece eternamente! O Senhor bom e clemente nos deixou a lembrança de suas grandes maravilhas.
R: Grandiosas são as obras do Senhor!
– Ele dá o alimento aos que o temem e jamais esquecerá sua Aliança. Ao seu povo manifesta seu poder, dando a ele a herança das nações. 
R: Grandiosas são as obras do Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
 – Senhor, tuas palavras são espírito, são vida; só tu tens palavras de vida eterna (Jo 6,63.68).
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 7,31-35
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, disse Jesus: 31Com quem hei de comparar os homens desta geração? Com quem eles se parecem? 32São como crianças que se sentam nas praças, e se dirigem aos colegas, dizendo: ‘Tocamos flauta para vós e não dançastes; fizemos lamentações e não chorastes!’ 33Pois veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e vós dissestes: ‘Ele está com um demônio!’ 34Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e vós dizeis: ‘Ele é um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e dos pecadores!’ 35Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos.’ 
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Roberto Bellarmino, bispo, cardeal e doutor da Igreja

Origens
Nascido em 4 de outubro de 1542, em Montepulciano, perto de Siena, São Roberto Bellarmino era filho dos nobres empobrecidos Vincenzo Bellarmino e Cinzia Cervini, que era irmã do Papa Marcelo II. Ele teve uma excelente educação humanista antes de entrar na Companhia de Jesus em 20 de setembro de 1560. Os estudos em filosofia e teologia, que realizou entre o Colégio Romano, Pádua e Louvain, centraram-se em São Tomás e os padres da Igreja, foram decisivos para sua orientação teológica. Ordenado sacerdote em 25 de março de 1570.
Professor e Orientador da Fé
São Roberto Bellarmino foi professor de teologia em Louvain por alguns anos. Posteriormente, chamado à Roma como professor do Colégio Romano, foi-lhe confiada a cátedra de “Apologética”; na década em que ocupou esse cargo (1576-1586), elaborou um curso de lições que, mais tarde, se fundiu na Controversiae , obra que imediatamente se tornou famosa pela clareza e riqueza de conteúdo e pelo viés predominantemente histórico. O Concílio de Trento acabava de terminar, e para a Igreja Católica era necessário fortalecer e confirmar sua identidade também em relação à Reforma Protestante. A ação do Bellarmino se insere nesse contexto. 
De 1588 a 1594, foi o primeiro pai espiritual dos alunos jesuítas do Colégio Romano, entre os quais conheceu e dirigiu São Luís Gonzaga, e, mais tarde, superior religioso. O Papa Clemente VIII o nomeou teólogo pontifício, consultor do Santo Ofício e reitor do Colégio das Penitenciárias da Basílica de São Pedro. Seu catecismo, Breve Doutrina Cristã , que foi sua obra mais popular, remonta ao biênio 1597-1598.
Cardeal 
Em 3 de março de 1599, foi criado cardeal pelo Papa Clemente VIII e, em 18 de março de 1602, foi nomeado arcebispo de Cápua. Recebeu a ordenação episcopal em 21 de abril do mesmo ano. Nos três anos em que foi bispo diocesano, destacou-se pelo zelo de pregador em sua catedral, pela visita semanal às paróquias, pelos três sínodos diocesanos e por um conselho provincial ao qual deu vida. Depois de ter participado dos conclaves que elegeram o Papa Leão XI e Paulo V, foi chamado a Roma, onde foi membro das Congregações do Santo Ofício, do Índice, dos Ritos, dos Bispos e da Propagação da Fé. Ele também teve cargos diplomáticos, com a República de Veneza e Inglaterra, em defesa dos direitos da Sé Apostólica. 
Páscoa
São Roberto Bellarmino, em seus últimos anos, compôs vários livros sobre espiritualidade, nos quais condensou o fruto de seus exercícios espirituais anuais. Ao lê-los, o povo cristão ainda hoje recebe grande edificação. Morreu em Roma em 17 de setembro de 1621. O Papa Pio XI o beatificou em 1923, o canonizou em 1930 e o proclamou Doutor da Igreja em 1931.
Minha oração
“Grande santo professor e apologista, educa-nos no caminho da fé, livrai-nos das heresias e leva-nos ao conhecimento mais profundo de Jesus Cristo Nosso Senhor. Por meio da tua intercessão, confiamos a Santa Igreja, Cardeais e Bispos, para que sejam modelos do Bom Pastor. Amém!”
São Roberto Bellarmino, rogai por nós!

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TERÇA-FEIRA, DIA 16 DE SETEMBRO DE 2025

Santos Cornélio e Cipriano – Papa e Bispo martires
Cor Litúrgica vermelha

Primeira leitura
1Tm 3,1-13
– Leitura da primeira carta de São Paulo a Timóteo: Caríssimo, 1eis uma palavra verdadeira: quem aspira ao episcopado saiba que está desejando uma função sublime. 2Porque o bispo tem o dever de ser irrepreensível, marido de uma só mulher, sóbrio, prudente, modesto, hospitaleiro, capaz de ensinar. 3Não deve ser dado a bebidas nem violento, mas condescendente, pacífico, desinteressado. 4Deve saber governar bem sua casa, educar os filhos na obediência e castidade. 5Pois, quem não sabe governar a própria casa, como governará a Igreja de Deus? 6Não pode ser um recém-convertido para não acontecer que, ofuscado pela vaidade, venha a cair na mesma condenação que o demônio. 7Importa também que goze de boa consideração da parte dos de fora para que não se exponha à infâmia e caia nas armadilhas do diabo. 8Do mesmo modo os diáconos devem ser pessoas de respeito, homens de palavra, não inclinados à bebida, nem a lucro vergonhoso. 9Possuam o mistério da fé junto com uma consciência limpa. 10Antes de receber o cargo sejam examinados; se forem considerados dignos, poderão exercer o ministério. 11Também as mulheres devem ser honradas sem difamação mas sóbrias e fiéis em tudo. 12Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, e saibam dirigir bem os seus filhos e a sua própria casa. 13Pois os que exercem bem o ministério, recebem uma posição de estima e muita liberdade para falar da fé em Cristo Jesus.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 101,1-2ab.2cd-3ab.5.6 (R: 2c)
– Viverei na pureza do meu coração!
R: Viverei na pureza do meu coração!

– Eu quero cantar o amor e a justiça, cantar os meus hinos a vós, ó Senhor! Desejo trilhar o caminho do bem, mas quando vireis até mim, ó Senhor?
R: Viverei na pureza do meu coração!

– Viverei na pureza do meu coração, no meio de toda a minha família. Diante dos olhos eu nunca terei qualquer coisa má, injustiça ou pecado.
R: Viverei na pureza do meu coração!

– Farei que se cale diante de mim quem é falso e às ocultas difama seu próximo; o coração orgulhoso, o olhar arrogante não vou suportar e não quero nem ver.
R: Viverei na pureza do meu coração!

– Aos fiéis desta terra eu volto meus olhos; que eles estejam bem perto de mim! Aquele que vive fazendo o bem será meu ministro, será meu amigo.
R: Viverei na pureza do meu coração!

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Um grande profeta surgiu entre nós, e Deus visitou o seu povo (Lc 7,16). 
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 7,11-17
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 11Jesus dirigiu-se a uma cidade chamada Naim. Com ele iam seus discípulos e uma grande multidão. 12Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único; e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade a acompanhava. 13Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão para com ela e lhe disse: “Não chores!”  14Aproximou-se, tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Então, Jesus disse: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” 15O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. 16Todos ficaram com muito medo e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta apareceu entre nós e Deus veio visitar o seu povo”. 17E a notícia do fato espalhou-se pela Judeia inteira e por toda a redondeza.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Cornélio e São Cipriano

Origens 
A comemoração destes dois mártires, São Cornélio e São Cipriano, no mesmo dia, é muito antiga. O Martirológio de São Jerônimo já os celebrava juntos. Essa data escolhida indica, em particular, a renúncia ao trono papal do primeiro e a morte do segundo por decapitação. 
Cornélio, o Papa
Em Roma, no ano 251, após alguns anos de cargo vacante, devido à perseguição de Décio, Cornélio foi eleito Papa em 251. Era um romano, talvez, de origem nobre, mas, certamente, reconhecido como homem de fé, justo e amoroso.
Contudo, a sua eleição não foi aceita pelo herege Novaciano, que se fez consagrar antipapa e promoveu um cisma precisamente na Cidade de Roma. 
Cornélio — que apoiava a distância o Bispo Cipriano —, foi acusado de ser muito manso com os “lapsos”: estes eram apóstatas, que retornavam à Igreja, sem as devidas penitências. Estes voltavam às atividades, simplesmente com a apresentação de um certificado de reconciliação, obtido de algum suposto confessor.
Além do mais, uma epidemia abateu-se sobre Roma e, depois, teve início também a perseguição anticristã de Galo. O Papa Cornélio foi exilado e preso em Civitavecchia, onde faleceu em 253, mas foi sepultado nas catacumbas de São Calisto, em Roma.
Cipriano, Bispo
Cipriano nasceu em Cartago, no ano 210, era um hábil retórico, que exercia a profissão de advogado. Certo dia, ao ouvir a palavra de Jesus, converteu-se ao Cristianismo. Transcorria o ano 246.
Graças à sua fama de intelectual, foi imediatamente ordenado sacerdote e consagrado Bispo da sua cidade. Mas, em Cartago, a situação dos cristãos não era fácil: agravaram-se as perseguições de Décio, depois de Galo, Valeriano e Galieno. 
Assim, muitos fiéis, ao invés de morrer, decidiram voltar ao paganismo. Com o tempo, alguns se arrependeram, mas a conduta de acolhida e benevolência do Bispo Cipriano com eles não foi aceita pelos rigoristas. Envolvido na contenda dos “lapsos”, lutou contra o Padre Novato, que apoiava o antipapa Novaciano, e contra o diácono Felicissimo, que havia eleito Fortunato como antibispo. 
Em 252, Cipriano conseguiu convocar um Concílio, em Cartago, para condená-los, enquanto o Papa Cornélio, em Roma, confirmava a excomunhão deles. Durante a perseguição de Valeriano, o clandestino Cipriano retornou a Cartago, para dar testemunho da fé, mas ali foi martirizado.
Amor à verdade
A memória dos santos mártires São Cornélio e São Cipriano, os quais celebramos hoje, o mundo cristão os louva a uma só voz, como testemunhas de amor por aquela verdade que não pode ceder, professada por eles em tempos de perseguição diante da Igreja de Deus e do mundo.
Minha oração
“Os santos mártires doaram sua vida pela fé, e quão lindo testemunho é ver os pastores entregando-se como Jesus. Fazei que nossos líderes tenham a mesma coragem e força para sustentar a fé do povo de Deus, assim como testemunhar com a própria vida. Por Cristo, Senhor nosso. Amém!”
São Cornélio e São Cipriano, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 15 DE SETEMBRO DE 2025

Bem-aventurada Virgem Maria das Dores
Cor Litúrgica branca

Primeira leitura
Hb 5,7-9
– Leitura da carta aos Hebreus: 7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se a causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl 31,2-3a.3bc-4.5-6.15-16.20 R: 17b
– Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!
R: Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!

– Senhor, eu ponho em vós minha esperança; que eu não fique envergonhado eternamente. Porque sois justo, defendei-me e libertai-me; apressai-vos, ó Senhor, em socorrer-me!
R: Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!

– Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; por vossa honra orientai-me e conduzi-me!
R: Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!

– Retirai-me desta rede traiçoeira, porque sois o meu refúgio protetor! Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel!
R: Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!

– A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, e afirmo que só vós sois o meu Deus! Eu entrego em vossas mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor!
R: Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!

– Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, que reservastes para aqueles que vos temem! Para aqueles que em vós se refugiam, mostrando, assim, o vosso amor perante os homens.
R: Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Feliz a Virgem Maria, que, sem passar pela morte, do martírio ganha a palma, ao pé da cruz do Senhor!
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 2,33-35
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!
– 33O pai e a mãe ficavam admirados com aquilo que diziam do menino. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe: “Este me nino será causa de queda e de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição 35– e a ti, uma espada traspassará tua alma! – e assim serão revelados os pensa mentos de muitos corações”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Nossa Senhora das Dores, o sofrimento de Maria

Origens 
A devoção à “Mater Dolorosa”, muito difundida, sobretudo nos países do Mediterrâneo, desenvolveu-se a partir do final do século XI. Em 1814, o Papa Pio VII a incluiu no calendário litúrgico romano, fixando-a em 15 de setembro, no dia seguinte à festa da Exaltação da Santa Cruz. 
Esta devoção foi comprovada pelo “Stabat Mater”, atribuído ao Frei Jacopone de Todi (1230-1306), no qual compôs as “Laudes”. No século XV, encontramos as primeiras celebrações litúrgicas sobre Nossa Senhora das Dores, “em pé” junto à Cruz de Jesus. 
Ordem dos Servos de Maria
Recordamos que, em 1233, nasceu a “Ordem dos Servos de Maria”, que muito contribuiu para a difusão do culto a Nossa Senhora das Dores, tanto que, em 1668, seus membros receberam a autorização para celebrar a Missa votiva das Sete Dores de Maria.
A Data
Em 1692, o Papa Inocêncio XII permitiu a sua celebração oficial no terceiro domingo de setembro. Mas foi só por um período, pois, em 18 de agosto de 1714, a celebração foi transferida para a sexta-feira, que precedia o Domingo de Ramos. 
No dia 18 de setembro de 1814, Pio VII estendeu esta festa litúrgica a toda a Igreja, voltando a ser celebrada no terceiro domingo de setembro. 
Pio X (†1914) determinou que a celebração fosse celebrada em 15 de setembro, um dia após a festa da Exaltação da Santa Cruz, mas não com o título de “Sete Dores de Maria”, mas como “Nossa Senhora das Dores”.
Memória 
A memória de Nossa Senhora das Dores chama-nos a reviver o momento decisivo na história da salvação e a venerar a Mãe associada à Paixão do seu filho e, próxima d’Ele, levantada na cruz. A sua maternidade assume dimensões universais no Calvário. 
As sete dores de Nossa Senhora
As dores correspondem ao mesmo número de episódios narrados no Evangelho:
1. A profecia de Simeão sobre Jesus (Lucas, 2,34-35);
2. A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus, 2,13-21);
3. O desaparecimento do Menino Jesus durante três dias (Lucas 2,41-51);
4. O encontro de Maria e Jesus a caminho do Calvário (Lucas 23,27-31);
5. O sofrimento e morte de Jesus na Cruz (João 19,25-27);
6. Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz (Mateus 27, 55-61);
7. O sepultamento do corpo do filho no Santo Sepulcro (Lucas, 23, 55-56).
Imagem de Nossa Senhora das Dores
Nossa Senhora das Dores é representada com um semblante de dor e sofrimento, tendo sete espadas ferindo seu imaculado coração. Às vezes, uma só espada transpassa seu coração, simbolizando todas as dores que ela sofreu. Ela é também representada com uma expressão sofrida diante da Cruz, contemplando o filho morto. Foi daí que se originou o hino medieval chamado Stabat Mater Dolorosa (Estava a Mãe Dolorosa). Ela ainda é representada segurando Jesus morto nos braços, depois de seu corpo ser descido da Cruz, dando, assim, origem à famosa escultura chamada Pietà.
Minha oração
“Ó Mãe das dores, recolhei as nossas lágrimas e sofrimentos, acolhei os nossos pedidos para que sejamos consolados e cresçamos em nossa fé. Lembrai de nós vossos filhos tão necessitados. Amém!”
Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

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DOMINGO, DIA 14 DE SETEMBRO DE 2025

Exaltação da Santa Cruz
Cor Litúrgica vermela

Primeira leitura
Nm 21,4b-9
– Leitura do livro dos Números- Naqueles dias, 4os filhos de Israel partiram do monte Hor, pelo caminho que leva ao mar Vermelho, para contornarem o país de Edom. Durante a viagem o povo começou a impacientar-se, 5e se pôs a falar contra Deus e contra Moisés, dizendo: “Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável”. 6Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas, que os mordiam; e morreu muita gente em Israel. 7O povo foi ter com Moisés e disse: Pecamos, falando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós as serpentes”.  Moisés intercedeu pelo povo, 8e o Senhor respondeu: “Faze uma serpente de bronze e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá”. 9Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e colocou-a como sinal sobre uma haste. Quando alguém era mordido por uma serpente, e olhava para a serpente de bronze, ficava curado.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 78,1-2.34-35.36-37.38 (R: 7c)
– Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!
R: Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!
– Escuta, ó meu povo, a minha Lei, ouve atento as palavras que eu te digo; abrirei a minha boca em parábolas, os mistérios do passado lembrarei.
R: Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!
– Quando os feria, eles então o procuravam, convertiam-se correndo para ele; recordavam que o Senhor é sua rocha e que Deus, seu Redentor, é o Deus Altíssimo.
R: Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!
– Mas apenas o honravam com seus lábios e mentiam ao Senhor com suas línguas; seus corações enganadores eram falsos e, infiéis, eles rompiam a Aliança.
R: Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!
– Mas o Senhor, sempre benigno e compassivo, não os matava e perdoava seu pecado; quantas vezes dominou a sua ira e não deu largas à vazão de seu furor.
R: Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!

Segunda leitura
Fl 2,6-11
– Leitura da carta de São Paulo aos Filipenses– 6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11 e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor” – para a glória de Deus Pai.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus.

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
 – Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos, porque pela cruz remistes o mundo!
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 3,13-17
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos 13Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do céu, o Filho do Homem que está no céu. 14Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem, 15para que todo homem que nele crer tenha a vida eterna. 16Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. 17Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por ele. 
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Exaltação da Santa Cruz, o amor de Deus que se manifesta

Origens 
Esta festa de Exaltação da Santa Cruz nasceu em Jerusalém, em 13 de setembro de 335, no aniversário da dedicação das duas igrejas construídas por Constantino, uma sobre o Gólgota (ad Martyrium) e a outra perto do Santo Sepulcro (Ressurreição), após a descoberta das relíquias da cruz por Helena, a mãe do imperador. A cruz, instrumento da mais terrível das torturas, em 320, Constantino a proibiu de ser utilizada.
Restituição da Cruz 
Em 614, Cosroes II, rei dos Persas, travou uma guerra contra os Romanos. Depois de derrotar Jerusalém, levou consigo, entre os diversos tesouros, também a Cruz de Jesus. Heráclio, imperador romano de Bizâncio, propôs um pacto de paz com Cosroes, que não aceitou. Diante da sua negação, entrou em guerra com ele e venceu, perto de Nínive, e pediu a restituição da Cruz, que a levou de volta a Jerusalém. Neste dia da Exaltação da Santa Cruz, não se glorifica a crueldade da Cruz, mas o Amor que Deus manifestou aos homens ao aceitar morrer na Cruz.
Cruz: o amor de Deus para conosco
O Evangelho, que a liturgia nos propõe na festa da Exaltação da Santa Cruz, diz que Deus pretende construir uma relação de amor com cada um de nós; Ele se oferece na pessoa do seu Filho Jesus, pregado na Cruz.
O fato de levantarmos o olhar para Deus nos propõe uma verdade importante: somos convidados a voltar a nos relacionarmos de novo com Ele. 
A Misericórdia
O fato de elevar o nosso olhar não nos deve causar medo, mas gratidão, porque tal elevação é a medida do amor com a qual Deus ama os seus filhos no Filho. Com efeito, a misericórdia de Deus ilumina as noites da nossa vida e nos permite continuar o nosso caminho.
Não há espaço para indiferença
Não podemos permanecer indiferentes diante da Cruz de Jesus: nem com Ele nem contra Ele. Trata-se de uma escolha, que deve ser feita antes de qualquer ação. A vida do cristão é o testemunho de quanto “Deus nos amou a ponto de dar seu Filho Jesus”.
Festa
A festa da Exaltação da Santa Cruz, em 14 de setembro, conservou-se nos documentos. Contudo, na litúrgica, andou muito lentamente, sobretudo porque o dia 14 estava já ocupado pelos santos mártires Cipriano e Cornélio. A reforma litúrgica pós-conciliar restabeleceu a importância do dia de hoje, que é festa.
Significado da Cruz 
Para o cristão, a cruz significa a árvore da vida, o trono, o altar da Nova Aliança: de Cristo, o novo Adão adormecido na cruz, brotou o admirável sacramento de toda a Igreja. A cruz é o sinal de Cristo sobre aqueles que no Batismo são configurados a Ele em morte e glória.
Minha oração
“Sabemos que tudo neste mundo é passageiro, mas a tua salvação através da Cruz permanece. Fazei que aprendamos a adorar a Santa Cruz e nela alcancemos força e consolo. Amém!”
Santa Cruz, sede a nossa salvação!

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SÁBADO, DIA 13 DE SETEMBRO DE 2025

São João Crisóstomo – Bispo e doutor da Igreja
Cor Litúrgica branca

Primeira leitura
1Tm 1,15-17
– Leitura da primeira carta de São Paulo a Timóteo: 15Caríssimo, segura e digna de ser acolhida por todos é esta palavra: Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores. E eu sou o primeiro deles! 16Por isso encontrei misericórdia, para que em mim, como primeiro, Cristo Jesus demonstrasse toda a grandeza de seu coração; ele fez de mim um modelo de todos os que crerem nele para alcançar a vida eterna. 17Ao Rei dos séculos, ao único Deus, imortal e invisível, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl 113,1-2.3-4.5a.6-7 (R: 2)
– Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre!
R: Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre!

– Louvai, louvai, ó servos do Senhor; louvai, louvai o nome do Senhor! Bendito seja o nome do Senhor, agora e por toda a eternidade!
R: Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre!

– Do nascer do sol até o seu ocaso, louvado seja o nome do Senhor! O Senhor está acima das nações, sua glória vai além dos altos céus.
R: Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre!

– Quem pode comparar-se a nosso Deus, que se inclina para olhar o céu e a terra? Levanta da poeira o indigente e do lixo ele retira o pobrezinho.
R: Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre!

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Quem me ama realmente, guardará minha Palavra e meu Pai o amará, e a ele nós viremos! (Jo 14,23). 
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 6,43-49
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 43“Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons. 44Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos. Não se colhem figos de espinheiros, nem uvas de plantas espinhosas. 45O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração. Mas o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, pois sua boca fala o que transborda do coração 46Por que me chamais: ‘Senhor! Senhor!’, mas não fazeis o que eu digo?  47Vou mostrar-vos com quem se parece todo aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as põe em prática. 48É semelhante a um homem que construiu uma casa: cavou fundo e colocou o alicerce sobre a rocha. Veio a enchente, a torrente deu contra a casa, mas não conseguiu derrubá-la, porque estava bem construída.
49Aquele, porém, que ouve e não põe em prática, é semelhante a um homem que construiu uma casa no chão, sem alicerce. A torrente deu contra a casa, e ela imediatamente desabou; e foi grande a ruína dessa casa”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

Santo do dia
São João Crisóstomo, bispo e doutor da Igreja

Origens 
São João Crisóstomo nasceu por volta do ano 349, em Antioquia, na Síria, Ásia Menor, procedente de uma família muito rica, assim considerada pela sociedade e pelo Estado. Seu pai era comandante de tropas imperiais no Oriente, um cargo que cedo causou sua morte. Sua mãe, Antusa, piedosa e caridosa, agora santa, providenciou para o filho ser educado pelos maiores mestres do seu tempo, tanto científicos quanto religiosos, não prejudicando sua formação.
Bom Orador 
Desde criança, João Crisóstomo foi um campeão da palavra. O famoso reitor Libônio, seu professor, que via no jovem seu sucessor natural. No entanto, ficou desapontado quando aquele estudante promissor preferiu o fascínio da fé ao da retórica, “se os cristãos não me o tivessem roubado”, exclamou!
Na verdade, João foi “roubado” pela atração que nutria pelas palavras sagradas, que estudava com atenção no círculo de amizades de Diodoro, futuro bispo de Tarso. Precisamente, São Paulo foi um dos seus favoritos, ao qual dedicou inúmeros pensamentos e escritos.
Vocação 
O bispo Fabiano o ordenou sacerdote, mas, desde o período de diaconato, João demonstrava claramente que a sua capacidade de falar das Escrituras ao povo era fora do comum.
Antes desta fase de vida, o jovem também fez a experiência eremítica: seis anos no deserto, dos quais, os dois últimos, em uma caverna. Essa experiência consolidou nele um caráter de sobriedade que reforçou ainda mais as suas palavras, que abalavam por sua franqueza.
Amor aos pobres
São João Crisóstomo pregava o amor concreto aos irmãos mais pobres; chamava a atenção dos monges para as obras de caridade e a se desapegarem do dinheiro; exortava os leigos a evitar a teia de aranha da devassidão. Enfim, dava mais espaço ao espírito e menos à carne.
João foi um moralista, no sentido positivo do termo, em uma época em que, extrair dos provérbios bíblicos normas de comportamento coerentes com a vida de um batizado era bastante normal.
A Mudança
Em 397, quando tinha 50 anos, deu-se a grande mudança. São João Crisóstomo estava em Constantinopla para suceder o Patriarca Nectário. Mudou sua função, teve maior visibilidade e proximidade da corte, mas quem não mudou nada foi João. Aquele que combatia a corrupção — que lotava os palácios do poder bizantino —, continuou fiel ao seu estilo. As pessoas o amavam por isso, diziam seus contemporâneos.
Inimigos
Quem começou a detestá-lo, cada vez mais abertamente, era a nobreza e o clero, apegados aos privilégios, mas também por culpa daquele homem que, ao invés de se alinhar com os companheiros do grupo, do qual fazia parte, lançava flechadas com sua língua impetuosa. A indolência e os vícios, sobretudo dos que usavam batina, eram seus alvos favoritos.
Às palavras, seguiram os fatos: muitos padres foram removidos por indignidade, inclusive o bispo de Éfeso. Para muitos, era exagerado demais e, contra um homem, que, no fundo, era mais ingênuo que astuto, começa a série de intrigas.
Condenação 
O partido contra João foi liderado pelo Patriarca de Alexandria, Teófilo, e pela Imperatriz Eudóxia. Em sua ausência, convocaram um sínodo, que obrigou João ao exílio, era o ano 403.
Mas a sua remoção não durou muito. Por furor popular, João Crisóstomo voltou para Constantinopla, porém, seus adversários relançaram o desafio.
Em 9 de junho de 404, uma nova condenação o afastou do centro do Império. O antigo eremita deparou-se com uma solidão forçada.
Páscoa
São João Crisóstomo foi condenado ao exílio, mas essa expulsão da cidade provocou revolta tão intensa na população, a ponto de o bispo ser trazido de volta para reassumir seu cargo. Entretanto, dois meses depois, foi exilado pela segunda vez. Agora, já com a saúde muito debilitada, ele não resistiu. João “boca de ouro”, como foi apelidado mais tarde, faleceu em 407, em Comana, no Ponto.
Minha oração
“Ó Santo, protetor da fé, ajuda-nos a não cair nas ciladas do demônio nem nas diversas ideologias mundanas da atualidade. Fazei que a nossa fé cresça cada dia mais e, com ela, possamos encontrar Jesus verdadeiramente. Pedimos também pelos pregadores da atualidade, a fim de que anunciem o Evangelho com ousadia. Amém!”
São João Crisóstomo, rogai por nós!

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SEXTA-FEIRA, DIA 12 DE SETEMBRO DE 2025

XXIII semana do tempo comum
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
1 Tm 1,1-2.12-14
– Início da primeira carta de São Paulo a Timóteo: 1Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, por ordem de Deus, nosso Salvador, e de Cristo Jesus, nossa esperança, 2a a Timóteo, verdadeiro filho na fé: a graça, a misericórdia e a paz de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor. 12Agradeço àquele que me deu força, Cristo Jesus, nosso Senhor, pela confiança que teve em mim ao designar-me para o seu serviço, 13a mim, que antes blasfemava, perseguia e insultava. Mas encontrei misericórdia, porque agia com a ignorância de quem não tem fé. 14Transbordou a graça de nosso Senhor com a fé e o amor que há em Cristo Jesus.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl 16,1-2a.5.7-8.11 (R: 5a)
– O Senhor é a porção da minha herança!
R: O Senhor é a porção da minha herança!
– Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Digo ao Senhor: “Somente vós sois meu Senhor. Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos!”
R: O Senhor é a porção da minha herança!
– Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo.
R: O Senhor é a porção da minha herança!
– Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!
R: O Senhor é a porção da minha herança!

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Vossa Palavra é a verdade; santificai-nos na verdade! (Jo 17,17). 
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 6,39-42
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 39Jesus contou uma parábola aos discípulos: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? 40Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. 41Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho?  42Como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então enxergarás direito para tirar o cisco do olho do teu irmão”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Bernardo de Corleone

Faleceu no dia 12 de janeiro de 1667, em Palermo, onde seus restos mortais repousam na igreja dos Capuchinhos, dessa cidade na Sicília, Itália
Bernardo nasceu na pequena cidade de Corleone, na Sicília, Itália aos 6 de fevereiro de 1605 e recebeu o nome de Filipe Latino ao ser batizado. Seus pais tinham cinco filhos, e eram bastante respeitados por todos, pelos princípios rígidos morais e de cristandade, com um dos filhos sacerdote. Consta que seu pai era um sapateiro e curtidor de peles, muito justo, bondoso e caridoso, que acolhia em sua casa os necessitados, dando-lhes condições de banharem-se para depois alimenta-los e vesti-los. Foi nesse ambiente que o jovem Filipe, alto forte e de caráter violento, amante das lutas e armas, se desenvolveu.
Certo dia, ele foi provocado por um rapaz e num momento de ira, bruscamente com a espada arrancou o braço do agressor. Nesse momento, nasceu um novo homem que arrependido pediu perdão ao rapaz, atitude que foi aceita. Depois disso os dois se tornaram amigos. Desde então modificou sua personalidade encontrando na vida religiosa sua verdadeira vocação, conforme a vontade de Deus, como disse até o momento de sua morte.
Ele deixou sua cidade natal e ingressou para o noviciado no convento de Caltanissetta em Palermo. Alí abraçou plenamente seu novo caminho tornando-se irmão leigo da Ordem terceira dos frades menores capuchinhos, no dia 13 de dezembro de 1631, adotando o nome de frei Bernardo.
Trabalhando como cozinheiro, viveu no mosteiro uma existência simples e humilde. Mas além dessa função, Bernardo se dedicava aos doentes como enfermeiro e tratava inclusive dos animais enfermos, pois na sua época eles eram muito úteis para a sobrevivência das famílias. Bernardo enriquecia ainda mais sua vida espiritual, fazendo penitências, mortificações e longos períodos de orações para o bem da comunidade, demonstrando assim sua personalidade forte, agora impregnada de um profundo amor por toda a humanidade.
Ele desenvolveu, uma forte paixão pela Eucaristia, que recebia todos dias. Quando se encontrava diante do Sacrário, concentrado em oração, o tempo, para ele, deixava de existir e não raro as pessoas se comoviam com a pureza de sua atitude. Além disso, ajudava o sacristão em suas tarefas diárias, para ficar ainda mais perto de Jesus Eucarístico.
Bernardo era muito solidário com seus companheiros frades e com toda a comunidade. Assim, quando ocorria uma catástrofe na cidade, como um terremoto ou furacão, típicos da região, Bernardo ajoelhava-se orando em penitência diante do Sacrário dizendo essas palavras: “Senhor, desejo essa graça!”. O resultado sempre era favorável, pois as calamidades cessavam, poupando uma desgraça maior.
A sua simplicidade se assemelhava aos primeiros e genuínos capuchinhos, nostálgico das origens e fascinado pela experiência da vida de ermitão. Um grande júbilo acompanhava esta sua devoção mariana, cheia de calor, fantasia e festividade, de fato contagiante. O seu amor a Nossa Senhora era incontestável e sublime.
Bernardo, comovia não só por sua extraordinária penitência. Mas porque tinha grande delicadeza e doçura na atenção para com os outros, uma alegria e plenitude de vida que impressionava. Aos frades forasteiros fazia festa, para os pobres estava sempre disponível e para os doentes tinha um coração materno. Assistir-lhes e servir-lhes era a sua felicidade.
Após trinta e cinco anos de vida religiosa, faleceu no dia 12 de janeiro de 1667, em Palermo, onde seus restos mortais repousam na igreja dos Capuchinhos, dessa cidade na Sicília, Itália. O Papa Clemente XIII o elevou ao altar da Igreja como Beato em 1768. Mais tarde, o Papa João Paulo II declarou Santo Frei Bernardo de Corleone em 2001.
*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas
São Bernardo de Corleone, rogai por nós!