Publicado em

SEGUNDA-FEIRA, DIA 04 DE DEZEMBRO DE 2023

I SEMANA DO ADVENTO – ANO B
Cor Litúrgica (roxo)

Primeira leitura
Is 2,1-5
– Leitura do livro do profeta Isaías: 1Visão de Isaías, filho de Amós, sobre Judá e Jerusalém. 2Acontecerá nos últimos tempos, que o monte da casa do Senhor estará firmemente estabelecido no ponto mais alto das montanhas e dominará as colinas. A ele acorrerão todas as nações, 3para lá irão numerosos povos e dirão: “Vamos subir ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que ele nos mostre seus caminhos e nos ensine a cumprir seus preceitos”; porque de Sião provém a lei e de Jerusalém, a Palavra do Senhor. 4Ele há de julgar as nações e arguir numerosos povos; estes transformarão suas espadas em arados e suas lanças em foices: não pegarão em armas uns contra os outros e não mais travarão combate. 5Vinde todos, da casa de Jacó, e deixemo-nos guiar pela luz do Senhor.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 122,1-2.3-4a.4b-5.6-7.8-9 (R: 1)
– Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”
R: Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

– Que alegria, quando ouvi que me disseram: “Vamos à casa do Senhor!” E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas.
R: Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

– Jerusalém, cidade bem edificada num conjunto harmonioso; para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor.
R: Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

– Para louvar, segundo a lei de Israel, o nome do Senhor. A sede da justiça lá está e o trono de Davi.
R: Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

– Rogai que viva em paz Jerusalém, e em segurança os que te amam! Que a paz habite dentro dos teus muros, tranquilidade em teus palácios!
R: Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”
– Por amor a meus irmãos e meus amigos, peço: “A paz esteja em ti!” Pelo amor que tenho à casa do Senhor, eu te desejo todo bem!
R: Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Ó vinde libertar-nos, Senhor e nosso Deus; mostrai a vossa face e nós seremos salvos! (Sl 79,4)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 8,5-11

– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 5quando Jesus entrou em Carfanaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: 6“Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia”. 7Jesus respondeu: “Vou curá-lo”. 😯 oficial disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. 9Pois eu também sou subordinado e tenho soldados sob minhas ordens. E digo a um: ‘Vai! e ele vai; e a outro: ‘Vem! e ele vem; e digo a meu escravo: ‘Faze isto! e ele o faz”. 10Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: “Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. 11Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São João Damasceno, o “São Tomás do Oriente”

Origens 
São João Damasceno, um santo Padre e Doutor da Igreja de Cristo. Nasceu em 675, em Damasco (Síria), num período em que o Cristianismo tinha uma certa liberdade. O pai de João era muito cristão e amigo dos Sarracenos, os quais, naquela época, eram senhores do país. Essa estima estendia-se também ao filho. Os raros talentos e méritos desse levaram o Califa a distingui-lo com a sua confiança e nomeá-lo prefeito (mansur) de Damasco.
Renúncia dos Bens
São João Damasceno, ainda jovem e ajudante, gozava de muitos privilégios financeiros do pai. Entretanto, ao crescer no amor ao Cristo pobre, deu atenção à Palavra, que mostra a dificuldade dos ricos (apegados) para entrarem no Reino dos Céus. Assim, num impulso para a santidade, renunciou a todos os bens e os deu aos pobres, concedeu liberdade aos servos e fez uma peregrinação a pé pela Palestina. Preferiu São João uma vida de maus tratos ao se entregar às “delícias venenosas” do pecado.
O Convento
Retirou-se para um convento de São Sabas, perto de Jerusalém, e passou a viver na humildade, caridade e alegria. Ordenado sacerdote, aceitou o cargo de pregador titular na Basílica do Santo Sepulcro em Jerusalém.
Início da Guerra
Uma herança, proveniente da tradição do Antigo Testamento, proibia toda e qualquer reprodução da imagem de Deus, sendo assim condenavam o uso de imagens nas Igrejas. O imperador bizantino Leão Isáurico empreendeu uma guerra contra o culto das imagens sagradas. Sendo assim, a pedido do Papa Gregório III, São João Damasceno assumiu o papel de defensor das imagens, travando uma luta contra os iconoclastas. 
A arma de São João Damasceno: a Teologia 
Teologia
Sua principal arma era a teologia, e sua principal tese foi um dos fundamentos da fé cristã: a Encarnação. Bento XVI, em sua catequese, na Audiência geral de 6 de maio de 2009, recordou:
 “João Damasceno foi o primeiro a fazer a distinção, no culto público e privado dos cristãos, entre a adoração e a veneração: a primeira pode ser dirigida somente a Deus; a segunda pode ser utilizada como imagem para se dirigir a uma pessoa à qual presta culto.”
As Obras
Escreveu inúmeras obras tratando de vários assuntos sobre teologia, dogmática, apologética e outros campos que fizeram de São João digno do título de Doutor da Igreja, declarado por Leão XIII, em 1890. Recebeu o apelido de “São Tomás do Oriente”, por sua contribuição dada à Igreja Oriental. Sua principal obra foi a “De Fide orthodoxa”, que enfatiza o pensamento da Patrística grega e as decisões doutrinais dos Concílios da época, sendo também um ponto de referência essencial para a teologia católica como para a ortodoxa.
São João Damasceno fez presente a doutrina sobre a Imaculada Conceição
Curado por Nossa Senhora
Certa vez, os hereges prenderam São João e cortaram a mão direita dele, a fim de não mais escrever. Por intervenção de Nossa Senhora, foi curado. Seu amor à Mãe de Jesus foi tão concreto, que foi São João quem tornou presente a doutrina sobre a Imaculada Conceição, Maternidade divina, Virgindade perpétua e Assunção de corpo e alma de Maria.
Páscoa
Este filho predileto da Mãe faleceu no dia 4 de dezembro de 749, no mosteiro de São Sebas, na Palestina.
Oração de São João Damasceno a Nossa Senhora:
“Saúdo-vos, Maria, esperança dos cristãos! Atendei a súplica de um pecador, que vos ama com ternura, que vos honra de modo particular e deposita em vós toda a esperança da sua salvação. Recebi de vós a vida. Vós me reconduzis à graça do vosso Filho e sois penhor seguro da minha salvação. Rogo-vos, pois, de livrar-me do peso dos meus pecados; dissipar as trevas do meu coração; reprimi as tentações dos meus inimigos e guiai a minha vida, de tal modo que eu possa, por vosso intermédio e sob a vossa proteção, chegar à felicidade eterna do Paraíso.”
Minha oração
“Ó santo defensor da doutrina e da fé católica, soube combater as heresias e ensinar a verdade, pedimos-te as graças, para que nós tenhamos a sede do conhecimento de Cristo, sede de compreendê-Lo e de amá-Lo, para que, assim, não caiamos nos erros e nas tentações. Amém.”
São João Damasceno, rogai por nós!

Publicado em

SEXTA-FEIRA, DIA 01 DE DEZEMBRO DE 2023

XXXIV SEMANA DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica (verde)

Primeira leitura
Dn 7,2-14 
– Leitura da profecia de Daniel: “Eu, Daniel, 2tive uma visão durante a noite: eis que os quatro ventos do céu revolviam o vasto mar, 3e quatro grandes animais, diferentes uns dos outros, emergiam do mar. 4O primeiro era semelhante a um leão, e tinha asas de águia; ainda estava olhando, quando lhe foram arrancadas as asas; ele foi erguido da terra e posto de pé como um homem, e foi-lhe dado um coração de homem. 5Eis que surgiu outro animal, o segundo, semelhante a um urso, que estava erguido pela metade e tinha três costelas nas fauces entre os dentes; ouvia-se dizer: ‘Vamos, come mais carne’. 6Continuei a olhar, e eis que assomou outro animal, semelhante a um leopardo; tinha no dorso quatro asas de ave e havia no animal quatro cabeças. E foi-lhe dado poder. 7Depois, eu insistia em minha visão noturna, e eis que apareceu o quarto animal, terrível, estranho e extremamente forte; com suas dentuças de ferro, tudo devorava e triturava, calcando aos pés o que sobrava; era bem diferente dos outros animais que eu vi antes, e tinha dez chifres. 8Eu observava estes chifres, e eis que apontou entre eles outro chifre pequeno, e, em compensação,
foram arrancados três dos primeiros chifres; e eis que neste chifre pequeno havia uns olhos como olhos de homem e uma boca que fazia ouvir uma fala muito forte. 9Eu continuava olhando até que foram postos uns tronos, e um Ancião de muitos dias aí tomou lugar. Sua veste era branca como neve e os cabelos da cabeça, como lã pura; seu trono eram chamas de fogo, e as rodas do trono, como fogo em brasa. 10Derramava-se aí um rio de fogo que nascia diante dele; serviam-no milhares de milhares, e milhões de milhões assistiam-no ao trono; foi instalado o tribunal, e os livros foram abertos. 11Eu estava olhando para o lado das palavras fortes que o mencionado chifre fazia ouvir, quando percebi que o animal tinha sido morto, e vi que seu corpo fora feito em pedaços e tinha sido entregue ao fogo para queimar; 12percebi também que aos restantes animais foi-lhes tirado o poder, sendo-lhes prolongada a vida por certo tempo. 13Continuei insistindo na visão noturna, e eis que, entre as nuvens do céu, vinha um como filho de homem, aproximando-se do Ancião de muitos dias, e foi conduzido à sua presença. 14Foram-lhe dados poder, glória e realeza, e todos os povos, nações e línguas o serviam: seu poder é um poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino, um reino que não se dissolverá”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl (Dn) 3,75.76.77.78.79.80.81 (R: 59b)
– Louvai-o e exaltai-o, pelos séculos sem fim!
R: Louvai-o e exaltai-o, pelos séculos sem fim!

– Montes e colinas, bendizei o Senhor!  Plantas da terra, bendizei o Senhor!
 Mares e rios, bendizei o Senhor!
R: Louvai-o e exaltai-o, pelos séculos sem fim!

– Fontes e nascentes, bendizei o Senhor!  Baleias e peixes, bendizei o Senhor!
R: Louvai-o e exaltai-o, pelos séculos sem fim!

– Pássaros do céu, bendizei o Senhor!  Feras e rebanhos, bendizei o Senhor!
R: Louvai-o e exaltai-o, pelos séculos sem fim!
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Levantai vossa cabeça e olhai, pois a vossa redenção se aproxima!
(Lc 21,28).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 21,29-33
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, 29Jesus contou-lhes uma parábola: “Olhai a figueira e todas as árvores. 30Quando vedes que elas estão dando brotos, logo sabeis que o verão está perto. 31Vós também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está perto. 32Em verdade, eu vos digo: tudo isso vai acontecer antes que passe esta geração. 33O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Carlos de Foucauld, o exemplo de conversão

Origens
Charles, conhecido como Carlos de Jesus, nasceu em Estrasburgo, na França, em 15 de setembro de 1858. Aos 6 anos, ficou órfão após perder seus pais. Foi criado pela irmã Marie, sob os cuidados do avô. A formação cristã recebida na infância permitiu-lhe fazer sua Primeira Comunhão em 1870.
A Entrada no Exército
Distante da fé, São Carlos de Foucauld, era conhecido como amante do prazer e da vida fácil. Jovem, entrou para o exército, mas foi despedido por indisciplina. A partir de então, começou a viajar pelo norte da África como explorador. Descrente de tudo, acabou encontrando a fé no confessionário.
Exploração em Marrocos
Entre os anos de 1883 e 1884, empreendeu uma viagem de exploração para o Marrocos. O testemunho de fé dos muçulmanos despertou nele um interrogativo: “Mas Deus existe?”, “Meu Deus, se existe, deixe-me conhecê-Lo”.
“Eu gostaria de ser bom para que possamos dizer: ‘Se tal é o servo, como será o Mestre?’” (São Carlos de Foucauld)
A Conversão
Regressando à França, foi surpreendido pelo acolhimento de sua família, que era profundamente cristã. Inicia então seus estudos, e pede o auxílio de um sacerdote para o instruir. Guiado por padre Huvelin, encontra Deus, em outubro de 1886, quando tinha 28 anos. “Quando acreditei que existia um Deus, compreendi que não podia fazer outra coisa senão viver somente para Ele.”
A Vocação
Em peregrinação à Terra Santa, Deus revela a sua vocação: seguir e imitar Jesus numa vida silenciosa e retirada. Viveu sozinho, na oração, na adoração, numa grande pobreza, junto das Clarissas de Nazaré.
Ordenação
Em 1901, aos 43 anos de idade, foi ordenado sacerdote na Diocese de Viviers, na França. Em seguida, transferiu-se para o deserto argelino do Saara, inicialmente em Beni Abbès, vivendo entre os mais pobres; depois, foi para o sul em Tamanrasset com os Tuaregues do Hoggar. Levando uma vida de oração e meditando continuamente as Sagradas Escrituras, depositava sua adoração no desejo de ser para cada pessoa o “irmão universal”, imagem viva do amor de Jesus.
Exemplo para comunidades religiosas
Páscoa
Na noite do dia 1 de novembro de 1916, foi assassinado por assaltantes que queriam descobrir o tesouro do qual ele tanto falava. Não compreenderam que o tesouro estava no sacrário: era Jesus na Eucaristia, o centro de sua vida.
Legado
Seu maior desejo sempre foi compartilhar a sua vocação com o próximo. Após ter escrito regras de vida religiosa, pensou que esta “Vida de Nazaré” poderia ser vivida por todos. Hoje, a família espiritual de São Carlos de Foucauld possui várias associações de fiéis, comunidades religiosas e institutos seculares de leigos ou sacerdotes pelo mundo todo.
Via de Santificação
Em 24 de abril de 2001, Carlos foi declarado venerável por São João Paulo II. Foi beatificado em 13 de novembro de 2005 por Bento XVI. Em maio de 2021, Papa Francisco presidiu, no Vaticano, a celebração do Consistório público ordinário para a votação das causas de canonização de sete beatos, dentre eles está o testemunho de Carlos de Foucauld. A canonização ocorreu em 15 de maio de 2022. 
Minha oração
“Homem dedicado ao silêncio e à oração, tendo sua vocação construída aos moldes de Nazaré, nós lhe rogamos que nos dê a graça de não perdermos a fé, mas vivê-la, permitindo que ela cresça cada dia mais, e com ela encontremos o Cristo Nosso Senhor. Amém.”
São Carlos de Foucauld, rogai por nós!

Publicado em

QUINTA-FEIRA, DIA 30 DE NOVEMBRO DE 2023

SANTO ANDRÉ, APÓSTOLO
Cor Litúrgica (vermelho)

Primeira leitura
Rm 10, 9-18
– Leitura da carta de são Paulo aos Romanos – Irmãos, 9 Se com tua boca confessares que Jesus é o Senhor, e se em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. 10É crendo de coração que se obtém a justiça, e é professando com palavras que se chega à salvação. 11A Escritura diz: Todo o que nele crer não será confundido (Is 28,16). 12Pois não há distinção entre judeu e grego, porque todos têm um mesmo Senhor, rico para com todos os que o invocam, 13porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (Jl 3,5). 14Porém, como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue? 15E como pregarão, se não forem enviados, como está escrito: Quão formosos são os pés daqueles que anunciam as boas novas (Is 52,7)? 16Mas não são todos que prestaram ouvido à boa nova. É o que exclama Isaías: Senhor, quem acreditou na nossa pregação (Is 53,1)? 17Logo, a fé provém da pregação e a pregação se exerce em razão da palavra de Cristo. 18Pergunto, agora: Acaso não ouviram? Claro que sim! Por toda a terra correu a sua voz, e até os confins do mundo foram as suas palavras (Sl 18,5).
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 19A, 2-3.4-5. (R:  5a)
– Seu som ressoa e se espalham em toda a terra
R: Seu som ressoa e se espalham em toda a terra.
– Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite esta mensagem, a noite a noite publica esta notícia.
R: Seu som ressoa e se espalham em toda a terra.
– Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz.
R: Seu som ressoa e se espalham em toda a terra.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Vinde após mim, disse o Senhor, e eu ensinarei a pescar gente (Mt 4,19)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 4,18-22

– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 18quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. 19Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. 20Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram. 21Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu, consertando as redes. Jesus os chamou. 22Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santo André, o Apóstolo

Origens
Santo André nasceu em Betsaida, no tempo de Jesus. De início, foi discípulo de João Batista, até que aproximou-se do Cordeiro de Deus e, com São João, começou a segui-Lo. Santo André é reconhecido pela Liturgia como o “Protocleto”, ou seja, o primeiro a ser chamado: “Primeiro a escutar o apelo, ao Mestre, Pedro conduzes; possamos ao céu chegar, guiados por tuas luzes!”.
O Abandono e o Seguimento de Cristo
A Liturgia conta que, quando Jesus se apresentou pela segunda vez na região do Jordão, onde João Batista batizava, ele exclamou: “Eis o Cordeiro de Deus”. “No dia seguinte, estava lá João outra vez com dois dos seus discípulos. E, avistando Jesus que ia passando, disse: ‘Eis o Cordeiro de Deus’” (João 1,35-36). André e João, ouvindo essas palavras, decidiram deixar tudo para seguir Cristo.
Evangelho
Santo André expressa-se no Evangelho como “ponte do Salvador”, porque é ele quem se coloca entre seu irmão Simão e Jesus. “Foi ele então logo à procura de seu irmão e disse-lhe: “Achamos o Messias (que quer dizer o Cristo)” (João 1,41).
Santo André: a ponte do Salvador
O Chamado de Jesus
Segundo a narrativa de São João, este foi o primeiro encontro de André com Jesus. Entretanto, André e Pedro não ficaram definitivamente com o Senhor, voltando às suas ocupações de pescadores. Dias depois, Jesus passava pelo Lago de Tiberíades e avistando os irmãos pediu que eles O seguissem. “Caminhando ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão (chamado Pedro) e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. E disse-lhes: ‘Vinde após mim e vos farei pescadores de homens’” (Mateus 4,18-19). Deu-se, a partir dessas palavras, o chamamento oficial de André como apóstolo junto com seu irmão Pedro.
Apóstolo Discreto
Poucas menções foram registradas no Evangelho sobre Santo André. A primeira delas é a multiplicação dos pães e peixes. Jesus interpela Filipe sobre a possibilidade de alimentar uma grande multidão, e André intervém dizendo: “Está aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixes (…) mas que é isto para tanta gente?” (João 6,9).
Pregador do Evangelho no mundo afora
Evangelizador na região dos mares Cáspio e Negro
Conta a tradição que, depois do Batismo no Espírito Santo em Pentecostes, Santo André teria ido pregar o Evangelho na região dos mares Cáspio e Negro, a fim de pregar o Evangelho pelo mundo afora.
Páscoa
Apóstolo da coragem e da alegria, Santo André foi fundador das igrejas na Acaia, onde testemunhou Jesus com o seu próprio sangue, já que foi martirizado numa cruz em forma de X por volta do ano 60, a qual recebeu do santo este elogio: “Salve Santa Cruz, tão desejada, tão amada. Tira-me do meio dos homens e entrega-me ao meu Mestre e Senhor, para que eu de ti receba o que por ti me salvou!”.
Minha oração
“Em forma de X foste testemunha de nosso Senhor e Salvador, que nós também possamos dar testemunho ao nosso modo de todo o coração. Perpetuai a fé cristã nos lugares mais remotos e divergentes, aumentai a fé naqueles que estão enfraquecidos e renovai os costumes cristãos. Amém.”
Santo André Apóstolo, rogai por nós!

Publicado em

TERÇA-FEIRA, DIA 28 DE NOVEMBRO DE 2023

XXXIV SEMANA COMUM
Cor Litúrgica (verde)

Primeira leitura
Dn 2,31-45 
– Leitura da profecia de Daniel: Naqueles dias, disse Daniel a Nabucodonosor: 31“Tu, ó rei, olhavas, e pareceu-te ver uma estátua grande, muito alta, erguida à tua frente, de aspecto aterrador. 32A cabeça da estátua era de ouro fino, peito e braços eram de prata, ventre e coxas, de bronze; 33sendo as pernas de ferro, e os pés, parte de ferro e parte de barro. 34Estavas olhando, quando uma pedra, sem ser empurrada por ninguém, se desprendeu de algum lugar, e veio bater na estátua, em seus pés de ferro e barro, fazendo-os em pedaços; 35então, a um só tempo, despedaçaram-se ferro, barro, bronze, prata e ouro, tudo ficando como a palha miúda das eiras, no verão, que o vento varre sem deixar vestígios; mas a pedra que atingira a estátua transformou-se num grande monte e encheu toda a terra. 36Este foi o sonho; vou dar também a interpretação, ó rei, em tua presença. 37Tu és um grande rei, e o Deus do céu te deu a realeza, o poder, a autoridade e a glória; 38ele entregou em tuas mãos os filhos dos homens, os animais do campo e as aves do céu, onde quer que habitem, e te constituiu senhor de todos eles: tu és a cabeça de ouro. 39Depois de ti, surgirá outro reino, que é inferior ao teu, e ainda um terceiro, que será de bronze, e dominará toda a terra. 40O quarto reino será forte como ferro; e assim como o ferro tudo esmaga e domina, do mesmo modo, à semelhança do ferro, ele esmagará e destruirá todos aqueles reinos. 41Viste os pés e dedos dos pés, parte de barro e parte de ferro, porque o reino será dividido; terá a força do ferro, conforme viste o ferro misturado com barro cozido. 42Viste também que os dedos dos pés eram parte de ferro e parte de barro, porque o reino em parte será sólido e em parte quebradiço. 43Quanto ao ferro misturado com barro cozido, haverá decerto ligações por via de casamentos, mas sem coesão entre as partes, assim como o ferro não faz liga com o barro. 44No tempo desses reinos, o Deus do céu suscitará um reino que nunca será destruído, um reino que não passará a outro povo; antes, esmagará e aniquilará todos esses reinos, e ele permanecerá para sempre. 45Quanto à pedra que, sem ser tocada por mãos, se desprendeu do monte e despedaçou o barro cozido, o ferro, o bronze, a prata e o ouro, o grande Deus faz saber ao rei o que acontecerá depois, no futuro. O sonho é verdadeiro, e sua interpretação, fiel”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl (Dn) 3,57.58.59.60.61 (R: 59b)
– Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!
R: Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!

– Obras do Senhor, bendizei o Senhor! Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!  Céus do Senhor, bendizei o Senhor!  Anjos do Senhor, bendizei o Senhor!
R: Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!

– Águas do alto céu, bendizei o Senhor!  Potências do Senhor, bendizei o Senhor!
R: Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Permanece fiel até a morte, e a coroa da vida eu te darei (Ap 2,10).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 21,5-11
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, 5algumas pessoas comentavam a respeito do Templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas vo­tivas. Jesus disse: 6“Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”. 7Mas eles perguntaram: “Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?”  8Jesus respondeu: “Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ E ainda: ‘O chegou o momento’. Não sigais essa gente! 9Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim”.  10E Jesus continuou: “Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. 11Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santa Catarina Labouré e a Medalha de Nossa Senhora das Graças

Origens
Santa Catarina Labouré nasceu em Fain-lès-Moutiers, uma aldeia de Borgonha, na França, em 2 de maio de 1806. Seu pai era Pedro Labouré, e sua mãe Luísa Madalena Gontard. Catarina era a nona filha do casal. Moravam no campo, tinham amor ao trabalho e à simplicidade de vida.
Um desejo latente
Sua mãe faleceu aos 46 anos, quando Catarina tinha 9 anos de idade. Com a morte da mãe, assumiu com empenho a maternidade e a educação dos irmãos. Alimentava, em seu coração, o ardente desejo de ver Nossa Senhora, pedido esse constante em suas orações.
Compreensão do seu chamado
Um dia, dirigindo-se à Casa das Filhas da Caridade em Châtillon-sur-Seine, nota na parede da sala de visitas uma fotografia do sacerdote que ela via em seus sonhos. Uma irmã lhe explicou: “É o nosso pai, São Vicente de Paulo”. Catarina compreende que ela seria Filha da Caridade.
Noviciado
Em 21 de abril de 1830, Catarina entra no noviciado das Filhas da Caridade, na Rue du Bac, em Paris, após seu pai lhe dar permissão para sair de casa.
Aparição da Virgem Maria a Santa Catarina Labouré 
O Mistério de Deus
Aconteceu que, em 19 de julho de 1830, sua vida se entrelaçou mais intimamente com os mistérios de Deus, pois a Virgem Maria começou a aparecer a Santa Catarina, a fim de enriquecer toda a Igreja e atingir o mundo com sua Imaculada Conceição. Por isso descreveu Catarina:
“A Santíssima Virgem apareceu ao lado do altar, de pé, sobre um globo com o semblante de uma senhora de beleza indizível; de veste branca, manto azul, com as mãos elevadas até a cintura, sustentava um globo figurando o mundo encimado por uma cruzinha. A Senhora era toda rodeada de tal esplendor que era impossível fixá-la. O rosto radiante de claridade celestial conservava os olhos elevados ao céu, como para oferecer o globo a Deus. A Santíssima Virgem disse: Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mais pedem.”
A medalha de Nossa Senhora das Graças
Nossa Senhora apareceu, por três vezes, a Santa Catarina Labouré. Na terceira aparição, Nossa Senhora insiste nos mesmos pedidos e apresenta um modelo da medalha de Nossa Senhora das Graças. Ao final desta aparição, Nossa Senhora diz: “Minha filha, doravante não me tornarás a ver, mas hás de ouvir a minha voz em tuas orações”. No fim do ano de 1832, a medalha que Nossa Senhora viera pedir foi cunhada e espalhada por todo o mundo.
Santa Catarina Labouré foi silenciosa e fervorosa a Deus em sua humildade
O Convento
Santa Catarina passou 46 anos de sua vida num convento, onde viveu o Evangelho, principalmente no tocante da humildade, pois ninguém sabia que ela tinha sido o canal dessa aprovada devoção que antecedeu e ajudou na proclamação do Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora em 1854.
Desconhecida Santa
Como cozinheira e porteira, tratando dos velhinhos no hospício de Enghien, em Paris, Santa Catarina assumiu para si o viver no silêncio, no escondimento e na humildade. Enquanto viveu, foi desconhecida.
Páscoa
Santa Catarina Labouré entrou no Céu, em 31 de dezembro de 1876, com 70 anos de idade. 
Via de Santificação
Em 1933, foi beatificada pelo Papa Pio XI. Por ordem do Arcebispo, seu corpo foi exumado. Verificou-se que estava perfeitamente conservado, até seus olhos ficaram intactos. Depositaram-no em um caixão de cristal sob o altar das aparições. Em 1947, foi canonizada pelo Papa Pio XII.
A Prodigiosa Medalha de Nossa Senhora das Graças
Como disse sua santidade Pio XII, esta prodigiosa medalha “desde o primeiro momento, foi instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, proteções e, sobretudo, conversões, que a voz unânime do povo a chamou, desde logo, medalha milagrosa”.
Essa devoção nascida a partir de uma Providência Divina e abertura de coração da simples Catarina tornou-se escola de santidade para muitos, a começar pela própria Catarina, que muito bem soube relacionar-se com Jesus por meio da Imaculada Senhora das Graças.
Minha oração
“Humilde serva de Maria, divulgadora das tuas mensagens e devoção, que assim como a ti também nos tornemos verdadeiros devotos e divulgadores do amor a Virgem Santíssima. Assim como tu, através dessa espiritualidade, sejamos santos como o Senhor nos quer. Amém.”
Santa Catarina Labouré, rogai por nós!

Publicado em

SEGUNDA-FEIRA, DIA 27 DE NOVEMBRO DE 2023

XXXIV SEMANA COMUM
NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
Cor Litúrgica (verde)

Primeira leitura
Dn 1,1-6.8-20
– Leitura do início da profecia de Daniel – 1No terceiro ano do reinado de Joaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia, avançou sobre Jerusalém e pôs-lhe cerco; 2o Senhor entregou em suas mãos Joaquim, rei de Judá, e parte dos vasos da casa de Deus, e ele os levou para a terra de Senaar, para o templo de seus deuses, depositando os vasos no tesouro dos deuses. 3Então o rei ordenou ao chefe dos eunucos, Asfenez, para que trouxesse, dentre os filhos de Israel, alguns jovens de estirpe real ou de família nobre, 4sem defeito físico e de boa aparência, preparados com boa educação, experientes em alguma ciência e instruídos, e que pudessem estar no palácio real, onde lhes deveriam ser ensinadas as letras e a língua dos caldeus. 5O rei fixou-lhes uma ração diária da comida e do vinho de sua mesa, de tal modo que, assim alimentados e educados durante três anos, eles pudessem no fim entrar para o seu próprio serviço. 6Havia, entre esses moços, filhos de Judá, Daniel, Ananias, Misael e Azarias. 8Ora, Daniel decidiu secretamente não comer nem beber da mesa do rei por convicções religiosas, e pediu ao chefe dos eunucos que o deixasse abster-se para não se contaminar. 9Deus concedera que Daniel obtivesse simpatia e benevolência por parte do mordomo. Este disse-lhe: “Tenho medo do rei, meu Senhor, que determinou alimentação e bebida para todos vós; 10se vier a perceber em vós um aspecto mais abatido que o dos outros moços da vossa idade, estareis condenando minha cabeça perante o rei”. 11Mas disse Daniel ao guarda que o chefe dos eunucos tinha designado para tomar conta dele, de Ananias, Misael e Azarias: 12“Por favor, faze uma experiência com estes teus criados por dez dias, e nos sejam dados legumes para comer e água para beber; 13e que à tua frente seja examinada nossa aparência e a dos jovens que comem da mesa do rei, e, conforme achares, assim resolverás com estes teus criados”. 14O homem, depois de ouvir esta proposta, experimentou-os por dez dias. 15Depois desses dez dias, eles apareceram com melhor aspecto e mais robustos do que todos os outros jovens que se alimentavam com a comida do rei. 16O guarda, desde então, retirava a comida e bebida deles para dar-lhes legumes. 17A esses quatro jovens Deus concedeu inteligência e conhecimento das letras e das ciências, e a Daniel, o dom da interpretação de todos os sonhos e visões. 18Terminado, pois, o prazo que o rei tinha fixado para a apresentação dos jovens, foram estes trazidos à presença de Nabucodonosor pelo chefe dos eunucos. 19Depois de o rei lhes ter falado, não se achou ninguém, dentre todos os presentes, que se igualasse a Daniel, Ananias, Misael e Azarias. E passaram à companhia do rei. 20Em todas as questões de sabedoria e entendimento que lhes dirigisse, achava o rei neles dez vezes mais valor do que em todos os adivinhos e magos que haviam em todo o reino.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl (Dn) 3, 52.53.54.55.56 (R: 52b)
– A vós louvor, honra e glória eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!
– Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais. A vós louvor, honra e glória, eternamente! Sede bendito, nome santo e glorioso. A vós louvor, honra e glória, eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!
– No templo santo onde refulge a vossa glória. A vós louvor, honra e glória, eternamente! Em vosso trono de poder vitorioso. A vós louvor, honra e glória, eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!
– Sede bendito, que sondais as profundezas. A vós louvor, honra e glória, eternamente! E superior aos querubins vos assentais. A vós louvor, honra e glória, eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!
– Sede bendito no celeste firmamento. A vós louvor, honra e glória, eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
 – Vigiai, diz Jesus, vigiai, pois no dia em que não esperais, o vosso Senhor há de vir (Mt 24,42.44)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 21,1-4
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
– Glória a vós, Senhor!

– Naquele tempo, 1Jesus ergueu os olhos e viu pessoas ricas depositando ofertas no tesouro do Templo. 2Viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas. 3Diante disso, ele disse: “Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. 4Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza, ofertou, da sua penúria, tudo quanto tinha para viver”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Nossa Senhora das Graças e a Medalha Milagrosa

Origens
A devoção a Nossa Senhora das Graças teve início, em 1830, com as aparições da Virgem Maria à piedosa e humilde Santa Catarina Labouré, na época freira do convento das Filhas da Caridade. Ao todo, foram três aparições que aconteceram no convento das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris, na França.
Primeira Aparição
A primeira aparição aconteceu na noite do dia 18 para o dia 19 de julho de 1830, onde Nossa Senhora revela a Santa Catarina grandes calamidades e perseguições que aconteceriam na França.
Segunda Aparição
A segunda aparição aconteceu no dia 27 de novembro de 1830. A Santíssima Virgem aparece vestida de seda branca, um véu branco desce até a barra de seu vestido. Seus pés estão apoiados sobre a metade de um globo e esmagam uma serpente. Suas mãos estão erguidas à altura do peito e seguram um globo de ouro com uma cruz em cima. Seus olhos estão voltados para o céu. Nossa Senhora apareceu-lhe mostrando nos dedos anéis incrustados de belíssimas pedras preciosas, “lançando raios para todos os lados, cada qual mais belo que o outro”. 
“Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”
Logo após, formou-se em torno da Virgem um quadro oval no alto, na qual estavam escritas em letras de ouro: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Esta foi a prova do Céu de que Nossa Senhora é imaculada e concebida sem o pecado original.
Medalha Milagrosa
A Virgem mandou que fossem cunhadas medalhas, conforme as visões concedidas a Santa Catarina. A devoção a Nossa Senhora das Graças e a “Medalha Milagrosa”, como ficou popularmente conhecida entre os povos, espalhou-se rapidamente, bem como os milagres e prodígios, conforme prometeu a Virgem Maria àqueles que usarem devotamente a sua medalha: “Todos os que a usarem, trazendo-a ao pescoço, receberão grandes graças”. Com a aprovação eclesiástica, as medalhas foram confeccionadas e distribuídas, inicialmente na França, e mais tarde pelo mundo todo.
Verso da Medalha
Após alguns instantes, o quadro se vira. Sobre o reverso, Catarina vê a letra “M” com uma cruz sobreposta e embaixo dois corações: o da esquerda cercado de espinhos e o da direita transpassado por uma espada. Doze estrelas distribuídas em forma oval cercam esse conjunto.
Terceira Aparição
Em dezembro de 1830, a Virgem Maria aparece pela terceira vez, apresentando a Santa Catarina os mesmos raios luminosos, dessa vez junto ao tabernáculo, e lhe confirma sua missão de cunhar a medalha.
Nossa Senhora das Graças é invocada em todo o mundo
O Dogma
Desde o ano de 1830, a invocação “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós” é pronunciada várias vezes por cristãos no mundo todo. Em 8 de dezembro de 1854, Pio IX proclama o dogma da Imaculada Conceição.
A Festa
Em 1894, Papa Leão XIII concede a todas as Dioceses da França a festa na Manifestação da Virgem Imaculada, chamada de “Medalha Milagrosa”, a ser celebrada no dia 27 de novembro. Em julho de 1897, Papa Leão XIII, por meio de seu legado, coroou solenemente a imagem da Medalha Milagrosa.
Devoção
A devoção a Nossa Senhora das Graças e a Medalha Milagrosa está presente no mundo inteiro devido à propagação da devoção realizada pelos Padres Lazaristas, pelas Filhas da Caridade e por toda a Família Vicentina.
Oração a Nossa Senhora das Graças:
Sim, ó Virgem Santa, não esqueçais as tristezas dessa terra; lançai um olhar de vontade aos que estão no sofrimento, aos que não cessam de provar o cálice das amarguras da vida. Tende piedade dos que se amam e que estão separados pela discórdia, pela doença, pelo cárcere, exílio ou morte. Tende piedade dos que choram, dos que suplicam, e dai a todos o conforto, a esperança e a paz! Atendei, pois, a minha humilde súplica e alcançai-me as graças que agora fervorosamente vos peço por intermédio de vossa santa Medalha Milagrosa! Amém.
Minha oração
“ Ó Mãe querida, nos cuide e nos proteja das doenças, da violência, da miséria física e espiritual. Sede nossa Senhora em tudo o que temos e somos, porque a ti confiamos a nossa vida, sabendo que de ti não somos decepcionados, mas sempre vistos como filhos queridos. Amém.”
Nossa Senhora das Graças, rogai por nós!
Outros santos e beatos celebrados em 27 de novembro
• Junto ao rio Cea, na Galécia, hoje na Espanha, os santos Facundo e Primitivo, mártires. († s. IV)
• Em Grumento, na Lucânia, hoje na Basilicata, região da Itália, São Lavério, mártir. († s. IV)
• Em Aquileia, na Venécia, agora no Friúli, também região da Itália, São Valeriano, bispo. († 388)
• Na antiga Pérsia, São Tiago, denominado Interciso, mártir. († c. 420)
• Em Riez, na Provença, actualmente na França, São Máximo, que foi abade do mosteiro de Lérins, sucedendo a Santo Honorato, o fundador deste cenóbio, e depois foi bispo de Riez. († d. 455)
• No território de Blois, na Gália, na atual França, Santo Eusício, solitário. († 542)
• Em Carpentras, na Provença, também na actual França, São Sifrido, bispo. († s. VI)
• Em Noyon, cidade da Gália, igualmente na hodierna França, Santo Acário, bispo. († 640)
• Em Mogúncia, na Renânia da Austrásia, na atual Alemanha, Santa Bililde, virgem, que fundou um cenóbio no qual morreu santamente. († s. VIII in.)
• Na Escócia, São Fergusto, bispo, que, segundo a tradição, exerceu o ministério entre os Pictos. († a. 721)
• Em Salzburgo, na Baviera, na hodierna Áustria, São Virgílio, bispo. († 784)
• Em Beauvoir-sur-Mer, localidade do litoral da França, no território de Nantes, na Bretanha Menor, São Gulstano, monge. († c. 1040)
• Em L’Áquila, na região dos Vestinos, hoje nos Abruzos, região da Itália, o Beato Bernardino de Fossa , presbítero da Ordem dos Menores. († 1503)
• Em Nagasaki, no Japão, os beatos Tomás Koteda Kiuni e dez companheiros, mártires.  († 1619)
• No campo de concentração de Dachau, perto de Munique, cidade da Baviera, na Alemanha, o Beato Bronislau Kostowski, mártir. († 1942)
Fonte:
• Devocionário a Nossa Senhora das Graças – Editora Canção Nova
Nossa Senhora das Graças, rogai por nós.

Publicado em

SEXTA-FEIRA, DIA 24 DE NOVEMBRO DE 2023

SANTO ANDRÉ DUNG-LAC PRESBÍTERO E MÁRTIR
(vermelho)

Primeira leitura
1 Mc 4,36-37.52-59 
– Leitura do primeiro livro dos Macabeus: 36Naqueles dias, Judas e seus irmãos disseram: “Nossos inimigos foram esmagados. Vamos purificar o lugar santo e reconsagrá-lo”. 37Todo o exército então se reuniu e subiu ao monte Sião. 52No vigésimo quinto dia do nono mês, chamado Casleu, do ano cento e quarenta e oito, levantaram-se ao romper da aurora 53e ofereceram um sacrifício conforme a Lei, sobre o novo altar dos holocaustos que haviam construído. 54O altar foi novamente consagrado ao som de cânticos, acompanhados de cítaras, harpas e címbalos, na mesma época do ano e no mesmo dia em que os pagãos o haviam profanado. 55Todo o povo prostrou-se com o rosto em terra para adorar e louvar a Deus que lhes tinha dado um feliz triunfo. 56Durante oito dias, celebraram a dedicação do altar, oferecendo com alegria holocaustos e sacrifícios de comunhão e de louvor. 57Ornaram com coroas de ouro e pequenos escudos a fachada do templo. Reconstruíram as entradas e os alojamentos, nos quais puseram portas. 58Grande alegria tomou conta do povo, pois fora reparado o ultraje infligido pelos pagãos. 59De comum acordo com os irmãos e toda a assembléia de Israel, Judas determinou que os dias da dedicação do altar fossem celebrados anualmente com alegres festejos, no tempo exato, durante oito dias, a partir do dia vinte e cinco do mês de Casleu.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl (1Cr 29, 10.11abc.11d-12a.12bcd) (R: 1Cr 13b)
– Queremos celebrar o vosso nome glorioso.
R: Queremos celebrar o vosso nome glorioso.

– Bendito sejais vós, ó Senhor Deus, Senhor Deus de Israel, o nosso pai, desde sempre e por toda a eternidade!
R: Queremos celebrar o vosso nome glorioso.

– A vós pertencem a grandeza e o poder, toda a glória, esplendor e majestade, pois tudo é vosso: o que há no céu e sobre a terra!
R: Queremos celebrar o vosso nome glorioso.

– A vós, Senhor, também pertence a realeza, pois sobre a terra, como rei, vos elevais. Toda glória e riqueza vêm de vós!
R: Queremos celebrar o vosso nome glorioso.

– Sois o Senhor e dominais o universo, em vossa mão se encontra a força e o poder, em vossa mão tudo se afirma e tudo cresce!
R: Queremos celebrar o vosso nome glorioso.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem
 (Jo 10,27).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 19,45-48
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, 45Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os vendedores. 46E disse: “Está escrito: ‘Minha casa será casa de oração’. No entanto, vós fizestes dela um antro de ladrões”. 47Jesus ensinava todos os dias no Templo. Os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os notáveis do povo procuravam um modo de matá-lo. 48Mas não sabiam o que fazer, porque o povo todo ficava fascinado quando ouvia Jesus falar.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santo André Dung-Lac e companheiros mártires

Origens
Memória dos santos André Dung Lac, presbítero e companheiros mártires. Numa celebração comum, veneram-se os 117 missionários que sofreram o martírio no Tonquim, Anam e Cochinchina, regiões da Ásia, do atual Vietnã. Entre eles, há oito bispos, muitos presbíteros e um ingente número de fiéis de ambos os sexos e de todas as condições e idades. Estes abraçaram seu desterro, os cárceres, os tormentos, enfim, os mais cruéis suplícios, por recusarem calcar a cruz e abjurar da fé cristã.
A Chegada do Cristianismo no Vietnã
O cristianismo chegou ao Vietnã no início do século XVI, por obra do padre Alexandre Rhodes, jesuíta francês, considerado “apóstolo da jovem Igreja asiática”, ainda dividida em três regiões: Tonquim, Aname e Cochinchina. Em 1645, foi expulso do país. Desde então, ao longo dos séculos, a situação dos cristãos tornou-se cada vez mais difícil, por causa das sucessivas ondas de perseguições, que se alternavam com breves períodos de paz.
A vida do Santo André Dung-Lac 
Santo André Dung-Lac
Tran An Dung nasceu em Bac Ninh, em 1795, no seio de uma família tão pobre que, para garantir a sobrevivência do filho, foi obrigada a confiá-lo aos cuidados de um catequista católico. Por isso, foi educado na fé e batizado com o nome de André. Este futuro mártir foi ordenado sacerdote. Em 1823, tornou-se vice-pároco, em Dongchuan, onde ficou conhecido por seu estilo de vida simples, assistência assídua aos pobres e sobriedade em tudo. 
A Primeira Prisão
Em 1833, após a celebração da Missa, Santo André Dung-Lac foi preso pela primeira vez pelos guardas imperiais. Ao ser resgatado, mediante o pagamento de uma alta soma de dinheiro, arrecadado pelos fiéis, decidiu mudar seu nome de Dung para Lac, para chamar menos atenção. Assim, arriscou evangelizar as populações das províncias mais perigosas de Hanói e Nam-Dihn.
O Chamado para o Martírio
No final de 1839, André foi preso, pela terceira vez, junto com seu irmão Pedro. Assim, começou a entender que era chamado para o martírio: o Senhor queria que ele banhasse, com seu próprio sangue, aquela terra atormentada. Por isso, pediu ao Bispo para não pagar por sua libertação. 
Páscoa
Durante a sua transferência para a prisão de Hanói, muitos fiéis se reuniram e choravam; mas ele encorajava a todos, recomendando que continuassem a viver segundo os ensinamentos da Igreja. Na nova prisão, os dois irmãos sacerdotes foram obrigados a retratar-se e pisar na cruz. Como resposta, ajoelharam-se e a beijaram. Logo, para eles, a sentença não podia ser outra que a pena de morte: ambos foram justiçados com a decapitação, em dia 21 de dezembro, na periferia da cidade, no portão de Cau-Giay.
A Via de Santificação dos Mártires no Vietnã
Editais contra os Cristãos
De 1645 a 1886, os editais contra os cristãos, no Vietnã, foram 53, causando a morte de 113 mil fiéis. Diante da firmeza da sua fé, a monarquia vietnamita determinou a sua dispersão e confisco dos bens. 
Grupos Beatificados
O primeiro grupo de 64 mártires foi beatificado por Leão XIII, em 1900; depois, Pio X beatificou outros três grupos, entre os quais alguns Dominicanos: dois em 1906 e o outro em 1909. Por fim, Pio XII beatificou o quinto grupo em 1951. Com um Decreto, datado de 1986, a Igreja reuniu todos estes grupos distintos em um único, composto de 117 mártires – entre sacerdotes, religiosos e leigos – que foram canonizados por São João Paulo II, em 1990. 
O Líder do Grupo: André Dung- Lac
O líder deste grande grupo foi Santo André Dung-Lac, que, provavelmente, era o mais conhecido. Entre os 117 mártires, 96 eram de nacionalidade vietnamita, 11 espanhóis da Ordem dos Pregadores e 10 franceses da Sociedade de Missões Estrangeiras de Paris.
A Comemoração de hoje nos faz refletir sobre a união em favor da fé
A Data
Essa data demonstra a grande força da união comunitária em favor da fé. O exemplo dos primeiros mártires estimulou os conseguintes a fazerem o mesmo entregando suas vidas em oferta de oblação, em testemunho de fidelidade a Jesus até a morte. Isso marca o trabalho catequético e a experiência religiosa desse grupo que não se preocupou com aquilo que passa, mas preferiu abraçar as coisas que não passam. Nota-se, então, até que ponto pode chegar uma comunidade de fé reunida em torno amor a Jesus, ela é capaz do martírio. 
Minha oração
“ Nossos companheiros mártires, rogamos a vossa fortaleza nos momentos mais intensos de tentação e apostasia da fé. Pedimos que nos preparem nesta vida para as moradas eternas onde viveremos felizes para sempre junto a Jesus. Amém.”
Santo André Dung-Lac e companheiros mártires, rogai por nós! 

Publicado em

QUARTA-FEIRA, DIA 22 DE NOVEMBRO DE 2023

SANTA CECILIA – VIRGEM E MÁRTIR
(vermelho)

Primeira leitura
2Mc 7,1.20-31 
– Leitura do segundo livro dos Macabeus: Naqueles dias, 1aconteceu que foram presos sete irmãos, com sua mãe, aos quais o rei, por meio de golpes de chicote e de nervos de boi, quis obrigar a comer carne de porco, que lhes era proibida. 20Mas especialmente admirável e digna de abençoada memória foi a mãe, que, num só dia, viu morrer sete filhos, e tudo suportou valorosamente por causa da esperança que depositou no Senhor. 21Cheia de nobres sentimentos, ela exortava a cada um na língua de seus pais e, revestindo de coragem varonil sua alma de mulher, dizia-lhes: 22“Não sei como aparecestes em minhas entranhas: não fui eu quem vos deu o espírito e a vida nem fui eu quem organizou os elementos dos vossos corpos. 23Por isso, o Criador do mundo, que formou o homem na sua origem e preside à geração de todas as coisas, ele mesmo, na sua misericórdia, vos dará de novo o espírito e a vida, pois agora vos desprezais a vós mesmos, por amor às suas leis”. 24Antíoco julgou que ela o desprezasse e suspeitou que o estivesse insultando. Como o mais novo dos irmãos ainda estivesse vivo, o rei tentava persuadi-lo. E não só com palavras, mas também com juramento, prometeu fazê-lo rico e feliz, além de torná-lo seu amigo e confiar-lhe altas funções, contanto que abandonasse as leis de seus antepassados. 25Vendo que o jovem não lhe prestava nenhuma atenção, o rei chamou a mãe e exortou-a a dar conselhos ao rapaz, para que salvasse a sua vida. 26Como ele insistisse com muitas palavras, ela concordou em persuadir o filho. 27Inclinou-se então para ele e, zombando do cruel tirano, assim falou na língua de seus pais: “Filho, tem compaixão de mim, que te trouxe nove meses em meu seio e por três anos te amamentei; que te criei e eduquei até a idade que tens, sempre cuidando do teu sustento. 28Eu te peço, meu filho: contempla o céu e a terra e observa tudo o que neles existe. Reconhece que não foi de coisas existentes que Deus os fez, e que também o gênero humano surgiu da mesma forma. 29Não tenhas medo desse carrasco. Pelo contrário, sê digno de teus irmãos e aceita a morte, a fim de que eu torne a receber-te com eles no tempo da misericórdia”. 30Mal tinha ela acabado de falar, o jovem declarou: “Que esperais? Não obedecerei às ordens do rei, mas aos mandamentos da Lei dada aos nossos pais por Moisés. 31E tu, que inventaste toda espécie de maldades contra os hebreus, não escaparás às mãos de Deus”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 17,1.5-6.8b.15 (R: 15b)
– Ao despertar me saciará vossa presença, ó Senhor!
R: Ao despertar me saciará vossa presença, ó Senhor!

– Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, escutai-me e atendei o meu clamor! Inclinai o vosso ouvido à minha prece, pois não existe falsidade nos meus lábios!
R: Ao despertar me saciará vossa presença, ó Senhor!

– Os meus passos eu firmei na vossa estrada, e por isso os meus pés não vacilaram. Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, inclinai o vosso ouvido e escutai-me!
R: Ao despertar me saciará vossa presença, ó Senhor!

– Protegei-me qual dos olhos a pupila e guardai-me, à proteção de vossas asas. Mas eu verei, justificado, a vossa face e ao despertar me saciará vossa presença.
R: Ao despertar me saciará vossa presença, ó Senhor!
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Eu vos escolhi afim de que deis, no meio do mundo, um fruto que dure 
(Jo 15,16).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 19,11-28
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, 11Jesus acrescentou uma parábola, porque estava perto de Jerusalém e eles pensavam que o Reino de Deus ia chegar logo. 12Então Jesus disse: “Um homem nobre partiu para um país distante, a fim de ser coroado rei e depois voltar. 13Chamou então dez dos seus empregados, entregou cem moedas de prata a cada um e disse: ‘Procurai negociar até que eu volte’. 14Seus concidadãos, porém, o odiavam, e enviaram uma embaixada atrás dele, dizendo: ‘Nós não queremos que esse homem reine sobre nós’. 15Mas o homem foi coroado rei e voltou. Mandou chamar os empregados, aos quais havia dado o dinheiro, a fim de saber quanto cada um havia lucrado.
16O primeiro chegou e disse: ‘Senhor, as cem moedas renderam dez vezes mais’. 17O homem disse: ‘Muito bem, servo bom. Como foste fiel em coisas pequenas, recebe o governo de dez cidades’. 18O segundo chegou e disse: ‘Senhor, as cem moedas renderam cinco vezes mais’. 19O homem disse também a este: ‘Recebe tu também o governo de cinco cidades’. 20Chegou o outro empregado e disse: ‘Senhor, aqui estão as tuas cem moedas que guardei num lenço, 21pois eu tinha medo de ti, porque és um homem severo. Recebes o que não deste e colhes o que não semeaste’.  22O homem disse: ‘Servo mau, eu te julgo pela tua própria boca. Tu sabias que eu sou um homem severo, que recebo o que não dei e colho o que não semeei. 23Então, por que tu não depositaste meu dinheiro no banco? Ao chegar, eu o retiraria com juros’. 24Depois disse aos que estavam aí presentes: ‘Tirai dele as cem moedas e dai-as àquele que tem mil’. 25Os presentes disseram: ‘Senhor, esse já tem mil moedas!’ 26Ele respondeu: ‘Eu vos digo: a todo aquele que já possui, será dado mais ainda; mas àquele que nada tem, será tirado até mesmo o que tem. 27E quanto a esses inimigos, que não queriam que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os na minha frente’”. 28Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santa Cecília, padroeira dos músicos e cantores

Origens 
Santa Cecília era uma nobre jovem romana, foi martirizada por volta do ano 230, durante o império de Alexandre Severo e o Pontificado de Urbano I. Seu culto é antiquíssimo: a Basílica a ela dedicada no bairro romano de Trastevere é anterior ao edito de Constantino. Em 313, decretou o domingo como dia ferial; e a festa em sua memória foi celebrada no ano 545.
Voto de Virgindade Perpétua
A narração do seu martírio está contida na Passio Sanctae Caeciliae, um texto mais literário que histórico caracterizado por uma forte conotação lendária. Segundo a Passio, Santa Cecília era esposa do patrício Valeriano, para quem, no dia do matrimônio, revelou ter-se convertido ao Cristianismo e ter feito o voto de virgindade perpétua, por isso, não poderia viver as relações matrimoniais, além disso, indicou que ele fizesse o mesmo. Valeriano aceitou, então, foi catequizado e batizado pelo Papa Urbano I. 
A Prisão dos Irmãos
Logo depois, também seu irmão Tibúrcio abraçou a fé cristã. Ambos os irmãos foram presos, por ordem do prefeito Turcio Almachio; após serem torturados, foram decapitados, juntos com Máximo, o oficial encarregado de levá-los ao cárcere; mas que, ao longo do caminho, também se convertera e, por isso, morreu junto a eles.
A fé de Santa Cecília venceu a morte 
As Frustradas tentativas de Almachio
Por conseguinte, Almachio decidiu também matar Santa Cecília. No entanto, ele temia as repercussões por uma execução pública, visto a popularidade da jovem cristã. Então, após tê-la submetido a um julgamento sumário, mandou levá-la para a sua casa, onde foi trancada em uma terma, em altíssima temperatura, simulando uma morte por asfixia. Depois de um dia e uma noite, os guardas a encontraram milagrosamente viva, envolvida em um celeste refrigério. Assim, Almachio mandou decapitá-la. Mas apesar de três golpes violentos na nuca, o algoz não conseguiu cortar sua cabeça. 
Páscoa
Santa Cecília morreu após três dias de agonia, durante os quais doou todos os seus bens aos pobres, a sua casa à Igreja. Não podendo mais pronunciar sequer uma palavra, continuou a professar a sua fé em Deus, Uno e Trino, apenas com os dedos das mãos. Foi desta forma que o pintor Stefano Maderno a esculpiu na famosa estátua, que ainda se encontra sob o altar central da Basílica a ela dedicada.
“A virgem Cecília que trazia sempre em seu coração o Evangelho de Cristo” (Papa Pascoal I)
Relíquias
A Lenda Áurea, a coletânea medieval de biografias hagiográficas, composta em latim pelo dominicano, Jacopo de Varazze, que conta uma série de elementos narrativos da Passio. Na coletânea, narra que foi o próprio Papa Urbano I, com a ajuda de alguns diáconos, que sepultou o corpo da jovem mártir nas Catacumbas de São Calisto. Foi sepultada em um lugar de honra, perto da cripta dos Papas. 
A Transladação das Relíquias
No ano 821, o Papa Pascoal I, grande devoto da santa, transladou suas relíquias à cripta da Basílica de Santa Cecília, no bairro romano de Trastevere, edificada em sua memória. Às vésperas do Jubileu de 1600, durante as obras de restauração da Basílica, a pedido do Cardeal Paulo Emílio Sfrondati, foi encontrado o sarcófago, com o corpo da jovem Santa. O corpo estava em ótimo estado de conservação, coberto com um vestido de seda e ouro.
Santa Cecília e a Música
A conexão com a Música
Há uma conexão explícita entre Santa Cecília e a Música, documentada desde a Idade Média tardia. O motivo deve-se a uma errada interpretação, segundo alguns, de um trecho da Passio. Segundo outros, da antífona de entrada da Missa, por ocasião da sua festa, onde se lê: “Enquanto os órgãos tocavam, ela canta, em seu coração, somente ao Senhor”. A partir da segunda metade do século XV, em diversos lugares da Europa, a iconografia da Santa começa a proliferar-se e a enriquecer-se de elementos musicais.
Obra de Rafael Sanzio
O êxtase de Santa Cecília, obra-prima de Rafael Sanzio para a igreja de São João no Monte, em Bolonha, que a representa com uma mão em um órgão móvel e, em seus pés, vários instrumentos musicais. A obra confirma a íntima ligação da mártir romana com a música. Ela já era invocada e celebrada como Padroeira dos músicos e cantores. Foi dedicada a ela a Academia de Música, fundada em Roma em 1584.
Exemplo de Entrega total a Jesus
Santa Cecília é para a Igreja um grande sinal de fé e pureza, pois ela permaneceu fiel aos seus votos de virgindade mesmo em meio às ameaças contra a sua vida. Escolheu abraçar o martírio do que renunciar seu amor total a Jesus. Torna-se, então, um exemplo de mulher forte na fé, convicta no amor. Portanto, é padroeira da música porque cantou com a vida uma canção de amor a Jesus.
Minha oração
“Ó querida santa, rogai pelos músicos, para que tenham composições santas, que se inspirem cada dia mais na vida e no testemunho da Igreja de Cristo; e, por meio disso, o nome do Senhor seja anunciado, querido e amado por todos os que rezam através das músicas. Amém.”
Santa Cecília, rogai por nós! 

Publicado em

TERÇA-FEIRA, DIA 21 DE NOVEMBRO DE 2023

APRESENTAÇÃO DE NOSSA SENHORA
(branco)

Primeira leitura
Zc 2,14-17
– Leitura da profecia de Zacarias: 14“Rejubila, alegra-te, cidade de Sião, eis que venho para habitar no meio de ti, diz o Senhor. 15Muitas nações se aproximarão do Senhor, naquele dia, e serão o seu povo. Habitarei no meio de ti, e saberás que o Senhor dos exércitos me enviou a ti. 16O Senhor entrará em posse de Judá, como sua porção na terra santa, e escolherá de novo Jerusalém. 17Emudeça todo mortal diante do Senhor, ele acaba de levantar-se de sua santa habitação”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl (Lc) 1, 46-47.48-49.50-51.52-53.54-55 (R: 49)
– O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome.
R: O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome.
– A minha alma engrandece o Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu salvador.
R: O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome.
– Pois ele viu a pequenez de sua serva, desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita. O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome!
R: O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome.
– Seu amor, de geração em geração, chega a todos os que o respeitam. Demonstrou o poder de seu braço, dispersou os orgulhos.
R: O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome.
– Derrubou os poderosos de seus tronos e os humildes exaltou. De bens saciou os famintos e despediu, sem nada, os ricos.
R: O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome.
– Acolheu Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido aos nossos pais em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.
R: O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome.
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Feliz quem ouve e observa a Palavra de Deus! (Lc 11,28)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 12,46-50

– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 46enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. 47Alguém disse a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo”. 48Jesus perguntou àquele que tinha falado: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 49E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. 50Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Apresentação de Nossa Senhora no Templo

Origens 
A Festa da Apresentação de Nossa Senhora ao Templo recorda, segundo os Evangelhos apócrifos, o dia em que Maria, ainda criança, vai ao templo de Jerusalém para se consagrar a Deus.
Ciclo Mariano
Depois de ter celebrado a Natividade de Maria Santíssima no dia 8 de setembro e quatro dias depois, dia 12, a Festa do Seu Santíssimo Nome, que lhe foi imposto logo após o seu nascimento. O Ciclo Mariano celebra, neste dia, a Apresentação no templo desta jovem, filha da bênção.
A Memória
A memória que a Igreja celebra hoje não encontra fundamentos explícitos nos Evangelhos Canônicos, mas algumas pistas no chamado protoevangelho de Tiago, livro de Tiago, ou ainda, História do nascimento de Maria. A validade do acontecimento que lembramos possui real alicerce na Tradição que a liga à Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, construída em 543, perto do templo de Jerusalém.
O Dom de Maria
A Igreja não pretende dar realce apenas ao acontecimento histórico, que não existe nos Evangelhos, mas ao dom total da jovem de Nazaré, que, ao ouvir a frase “Bem-aventurados os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática”, se preparou para ser “templo do Filho”.
Apresentação de Nossa Senhora no Templo: um ato de amor e consagração 
Os Manuscritos
Os manuscritos não canônicos contam que Joaquim e Ana, por muito tempo, não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja infância se dedicou total e livremente a Deus, impelida pelo Espírito Santo desde sua concepção imaculada. Tanto no Oriente quanto no Ocidente observamos esta celebração mariana nascendo do meio do povo e com muita sabedoria sendo acolhida pela Liturgia Católica. Por isso, essa festa aparece no Missal Romano a partir de 1505, onde busca exaltar Jesus através daquela que muito bem soube fazer isso com a vida, como partilha Santo Agostinho, em um dos seus Sermões:
“Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação, criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado? Fez Maria totalmente a vontade do Pai e por isso mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. E assim Maria era feliz porque já antes de dar à luz o Mestre, trazia-o na mente”.
Um ato de Amor
A vida de Maria no Templo foi um profundo ato de amor e consagração de si mesma aos planos do Senhor. A festa da Apresentação de Maria nos leva a pensar em nossa consagração a Deus. A refletir sobre a graça que recebemos por meio de nosso batismo. Amar a Deus e servi-Lo é um compromisso ao qual nenhum cristão pode abrir mão. 
Devoção da Beata Maria do Divino Coração
A Beata Maria do Divino Coração dedicava devoção especial à festa da Apresentação de Nossa Senhora no Templo, de modo que quis que os atos mais importantes da sua vida se realizassem neste dia.
O Mundo Consagrado ao Coração de Maria
Concílio Vaticano II
Foi no dia 21 de novembro de 1964 que o Papa Paulo VI, na clausura da 3ª Sessão do Concílio Vaticano II, consagrou o mundo ao Coração de Maria e declarou Nossa Senhora Mãe da Igreja.
A Festa
Neste dia de festa, o “dom” que Maria faz de si a Deus se entrelaça com seu compromisso de viver a vida, animada pela fé, na certeza de que o próprio Deus providenciará tudo (cf. Gn 22). Quando, para o homem, tudo parece impossível, tudo se torna possível para quem acredita em Deus. É preciso, com fé, confiar na intercessão de Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe.
Nossa Senhora da  Saúde 
Neste mesmo dia 21 de novembro celebra-se a festa mais famosa de Maria, Nossa Senhora da Saúde. A festa foi instituída na então República do Vêneto, em 1630, que, depois, se espalhou por toda parte. Esta recorrência e tradição tiveram origem depois da epidemia, que atingiu todo o norte da Itália, entre 1630 e 1631, que também citada por Alessandro Manzoni em “Os Noivos”. Além disso, por desejo de Pio XII, a Igreja também celebra, desde 1953, o “Dia das Monjas de Clausura”. 
Minha oração
“Ó Maria, assim como foste consagrada a Deus, faça de nós homens e mulheres consagrados da mesma forma. Não queremos nos consagrar só a Deus, mas também a ti porque reconhecemos que tu és um caminho perfeito para Cristo Jesus. Amém.”
Nossa Senhora da Apresentação, rogai por nós!

Publicado em

SÁBADO, DIA 18 DE NOVEMBRO DE 2023

COMEMORAÇÃO DAS BASÍLICAS DE São PEDRO E São PAULO, APÓSTOLOS.
Cor Litúrgica (branco)

Primeira leitura
Sb 18,14-16;19,6-9 
– Leitura do livro da Sabedoria: 18,14Quando um tranquilo silêncio envolvia todas as coisas e a noite chegava ao meio de seu curso, 15a tua palavra onipotente, vinda do alto do céu, do seu trono real, precipitou-se, como guerreiro impiedoso, no meio de uma terra condenada ao extermínio; como espada afiada, levava teu decreto irrevogável; 16defendendo-se, encheu tudo de morte e, mesmo estando sobre a terra, ela atingia o céu. 19,6Então, a criação inteira, obediente às tuas ordens, foi de novo remodelada em cada espécie de seres, para que teus filhos fossem preservados de todo perigo. 7Apareceu a nuvem para dar sombra ao acampamento, e a terra enxuta surgiu onde antes era água: o mar Vermelho tornou-se caminho desimpedido, e as ondas violentas se transformaram em campo verdejante, 8por onde passaram, como um só povo, os que eram protegidos por tua mão, contemplando coisas assombrosas. 9Como cavalos soltos na pastagem e como cordeiros, correndo aos saltos, glorificaram-te a ti, Senhor, seu libertador
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 105,2-3.36-37.42-43 (R: 5a)
– Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!
R: Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!

– Cantai, entoai salmos para ele, publicai todas as suas maravilhas! Gloriai-vos em seu nome que é santo, exulte o coração que busca a Deus!
R: Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!

– Matou na própria terra os primogênitos, a fina flor de sua força varonil. Fez sair com ouro e prata o povo eleito, nenhum doente se encontrava em suas tribos.
R: Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!

– Ele lembrou-se de seu santo juramento, que fizera a Abraão, seu servidor. Fez sair com grande júbilo o seu povo, e seus eleitos, entre gritos de alegria.
R: Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Pelo Evangelho o Pai nos chamou, a fim de alcançarmos a glória de nosso Senhor Jesus Cristo (2Ts 2,14).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 18,1-8
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, 1Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, e nunca desistir, dizendo: 2“Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus, e não respeitava homem algum. 3Na mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz, pedindo: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário!’ 4Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim, ele pensou: ‘Eu não temo a Deus, e não respeito homem algum. 5Mas esta viúva já me está aborrecendo. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha agredir-me!’” 6E o Senhor acrescentou: “Escutai o que diz este juiz injusto. 7E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar?  8Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?”
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Dedicação das Basílicas de São Pedro e de São Paulo

Origens 
Celebra-se o aniversário de duas grandes Basílicas pontifícias: São Pedro, no Vaticano, e a de São Paulo fora dos Muros. Localizadas em Roma, a dedicação da Basílica de São Pedro foi feita pelo Papa Silvestre, que governou a Igreja entre o ano 314 a 335. A Basílica de São Paulo foi dedicada pelo Papa Sirício, cujo pontificado ocorreu entre 384 a 399. Na cripta da Basílica de São Pedro de Roma, descansam os seus restos mortais.
Importância dos Apóstolos
Nesta celebração das belas basílicas, são ressaltadas a importância dos dois apóstolos, chamados “as duas colunas da Igreja”. Um foi o grande condutor e primeiro Papa da Igreja, o outro desbravou a evangelização e levou Cristo aos gentios. Celebrando essa memória, deseja-se ressaltar a fraternidade entre os apóstolos e a unidade dentro da Igreja. São locais importantíssimos para o catolicismo por terem os corpos (relíquias) dessas grandes personalidades. Essa data faz pensar que cada qual em seu chamado tem seu papel fundamental dentro do contexto eclesial.
São Pedro e de São Paulo: as duas colunas da Igreja 
Basílica de São Pedro
Início da Construção
No ano 323, o imperador Constantino começou a construir a Basílica de São Pedro, a pedido da sua mãe, Santa Helena, sobre o lugar da sepultura do apóstolo Pedro. Durante o pontificado de Júlio II, a antiga igreja de São Pedro foi demolida e construída outra. Inspirada na memória do Príncipe dos Apóstolos, foi desenhada por Bramante, em forma de uma Cruz grega, que correspondia aos ideais da Renascença.
Cúpula por Michelangelo
Em 1506, a pedido do Papa Paulo III, o gênio imortal de Michelangelo construiu a famosa Cúpula, entre 1546 e 1564, mas não conseguiu completá-la antes da sua morte, em 1564. Carlos Maderno construiu a fachada e terminou a nave a pedido do Papa Paulo V, entre 1607 e 1614. Bernini levantou o grande baldaquino do altar-mor, em 1623. Continuou a decoração interior e desenhou as Colunas da Praça São Pedro.
Dedicação da Basílica de São Pedro
No dia 18 de novembro de 1626, o Papa Urbano VIII consagrou a Basílica dedicada ao Apóstolo São Pedro. A Basílica de São Pedro é a maior de todas as igrejas católicas do mundo. Foi construída sobre o túmulo do Apóstolo Pedro, ocupa uma área de 23.000 m² e comporta mais de 60 mil pessoas.
Basílica de São Paulo
Relíquia de São Paulo
São Paulo foi enterrado, provavelmente, no lugar do seu suplício, em um cemitério comum dos cristãos, sobre o qual foi construída a Basílica a ele dedicada. Ao longo dos séculos, houve um grande movimento de peregrinações à sua sepultura. A partir do século XIII, data do primeiro Ano Santo, a Basílica de São Paulo fora dos Muros, por se encontrar fora da Porta da Cidade Eterna, fez parte do itinerário do ano jubilar, para se obter indulgência plenária. Além disso, contava com uma Porta Santa. Na entrada, encontra-se uma enorme estátua do evangelista Paulo. A estátua possui 131,66 metros de comprimento, 65 de largura e 29,70 de altura.
A Construção
Trata-se de uma construção imponente, a segunda em grandeza das quatro Basílicas papais. A primeira é a de São Pedro, a segunda de São Paulo e, a seguir, as outras duas: Santa Maria Maior e São João de Latrão, sede da diocese de Roma. A atual Basílica de São Paulo fora dos Muros é uma reconstrução, do século XVIII, da antiga basílica de Constantino. A Basílica, situada em um lugar, que, antes, se encontrava fora dos Muros da Cidade de Roma, foi restaurada entre o ano 440 e 461 pelo Papa São Leão.
Dedicação da Basílica de São Paulo
Em 15 de julho de 1823, um incêndio destruiu a Basílica Paulina, mas a sua reconstrução ficou bem mais formosa. Sob o altar-mor, uma placa de mármore indica o lugar, onde o Apóstolo Paulo foi sepultado. Ali, está escrita a seguinte frase: “Paulo, Apóstolo, mártir”. O Papa Pio IX quis que a Dedicação da Basílica de São Paulo fosse no mesmo dia da Basílica de São Pedro, em 18 de novembro.
Minha oração
“Aos templos que recordam os dois pilares da Igreja, pedimos aos santos Apóstolos que inspirem e iluminem a Igreja neste tempo tão necessário à evangelização. Conduzi o nosso Papa nos caminhos que Deus lhe pede, desafios tão difíceis da atualidade e concedei que seja fiel até o fim. Aos leigos dai o amor e zelo pela Igreja. Amém.”
São Pedro e São Paulo, rogai por nós! 

Publicado em

QUINTA-FEIRA, DIA 16 DE NOVEMBRO DE 2023

XXXII SEMANA DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica (verde)

Primeira leitura
Sb 7,22-8,1 
– Leitura do livro da Sabedoria: 7,22Na Sabedoria há um espírito inteligente, santo, único, múltiplo, sutil, móvel, perspicaz, imaculado, lúcido, invulnerável, amante do bem, penetrante, 23desimpedido, benfazejo, amigo dos homens, constante, seguro, sem inquietação, que tudo pode, que tudo supervisiona, que penetra todos os espíritos, os inteligentes, os puros, os mais sutis. 24Pois a Sabedoria é mais ágil que qualquer movimento, e atravessa e penetra tudo por causa da sua pureza. 25Ela é um sopro do poder de Deus, uma emanação pura da glória do todo-poderoso; por isso, nada de impuro pode introduzir-se nela: 26ela é um reflexo da luz eterna, espelho sem mancha da atividade de Deus e imagem da sua bondade. 27Sendo única, tudo pode; permanecendo imutável, renova tudo; e comunicando-se às almas santas de geração em geração, forma os amigos de Deus e os profetas. 28Pois Deus ama tão-somente aquele que vive com a Sabedoria. 29De fato, ela é mais bela que o sol e supera todas as constelações; comparada à luz, ela tem a primazia: 30pois a luz cede lugar à noite, ao passo que, contra a Sabedoria, o mal não prevalece. 8,1Ela se estende com vigor de uma extremidade à outra da terra e com suavidade governa todas as coisas.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 119,89.90.91.130.135.175 (R: 89a)
– É eterna, ó Senhor, vossa Palavra!
R: É eterna, ó Senhor, vossa Palavra!

– É eterna, ó Senhor, vossa Palavra, ela é tão firme e estável quanto o céu.
R: É eterna, ó Senhor, vossa Palavra!

– De geração em geração, vossa verdade permanece como a terra que firmastes.
R: É eterna, ó Senhor, vossa Palavra!

– Porque mandastes, tudo existe até agora; todas as coisas, ó Senhor, vos obedecem!
R: É eterna, ó Senhor, vossa Palavra!

– Vossa Palavra, ao revelar-se, me ilumina, ela dá sabedoria aos pequeninos.
R: É eterna, ó Senhor, vossa Palavra!

– Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo, e ensinai-me vossas leis e mandamentos!
R: É eterna, ó Senhor, vossa Palavra!

– Possa eu viver e para sempre vos louvar; e que me ajudem, ó Senhor, vossos conselhos!
R: É eterna, ó Senhor, vossa Palavra!
 Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Eu sou a videira e vós sois os ramos; um fruto abundante vós haveis de dar (Jo 15,5).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 17,20-25
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, 20os fariseus perguntaram a Jesus sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus. Jesus respondeu: “O Reino de Deus não vem ostensivamente. 21Nem se poderá dizer: ‘Está aqui’ ou ‘Está ali’, porque o Reino de Deus está entre vós”. 22E Jesus disse aos discípulos: “Dias virão em que desejareis ver um só dia do Filho do Homem e não podereis ver. 23As pessoas vos dirão: ‘Ele está ali’ ou ‘Ele está aqui’. Não deveis ir, nem correr atrás. 24Pois, como o relâmpago brilha de um lado até o outro do céu, assim também será o Filho do Homem, no seu dia. 25Antes, porém, ele deverá sofrer muito e ser rejeitado por esta geração”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santa Margarida da Escócia, a caridosa rainha

Origens 
Santa Margarida nasceu em Mecseknádasd, Hungria, no ano de 1046, isso quando seu pai Eduardo III (de nobre família inglesa) ali vivia exilado devido aos conflitos pelo trono da Inglaterra (o rei da Dinamarca ocupara o trono inglês). Em 1054, seu pai retornou à Inglaterra, Margarida tinha, portanto, oito ou nove anos quando conheceu a pátria inglesa. 
Restauração da Guerra
No entanto, após a morte de seu tio-avô, Santo Eduardo, em 1066, recomeçaram os conflitos. A luta entre Haroldo e Guilherme da Normandia obrigou Edgardo, irmão de Margarida, a refugiar-se novamente na Escócia com a mãe e as irmãs, tendo-lhes o pai morrido alguns anos antes.
Esposa do Rei Malcom III
Vivendo na Escócia, em 1070, Margarida casou-se com o rei Malcom III, tornando-se rainha da Escócia, dessa união, tiveram oito filhos. Seis príncipes e duas princesas, uma delas chamada Edite, que veio posteriormente a ser rainha da Inglaterra e ficou conhecida com o nome de Santa Matilde com os quais buscava a graça de constituir uma verdadeira Igreja doméstica. 
Santa Margarida da Escócia: Caridosa Rainha 
Rainha da Escócia
Como rainha da Escócia, procurou cooperar com o rei, tanto no seu aperfeiçoamento humano, pois de rude passou a doce. Quanto à administração do reino, baniu todas as futilidades e aproximou os bens reais das necessidades dos pobres.

Caridade
Conta-se que a própria Santa Margarida da Escócia alimentava e servia diariamente mais de cem pobres. Ela cuidava a ponto de lavar os pés e beijar as chagas daqueles que eram vistos e tratados por ela como irmãos e presença de Cristo.
Disseminadora da Fé Católica
Graças a Santa Margarida da Escócia, os cultos religiosos foram uniformizados e conformados com os da Igreja de Roma. Determinou que o jejum quaresmal fosse respeitado, e que a Páscoa fosse celebrada; recomendou a frequente busca pela confissão e a abstenção dos trabalhos aos domingos. Incentivou a construção de igrejas, capelas e escolas, difundindo a educação religiosa. Com seu intermédio, monges beneditinos fundaram mosteiros na Escócia.
Santa Margarida da Escócia, teve fé nos momentos mais difíceis
Morte do Rei Malcolm III
Com a saúde debilitada, Margarida adoeceu, em 1093. Ao mesmo tempo, o seu esposo e filho mais velho tiveram que participar de uma batalha contra Guilherme, o Vermelho, que invadia toda a Escócia. Ambos faleceram nesse mesmo ano. Margarida, que tanto os amava, não se desesperou, e sim aceitou; entregou tudo a Deus rezando: “Agradeço, ó Deus, porque me dás a paciência para suportar tantas desgraças!”.
Páscoa
Santa Margarida da Escócia faleceu no dia 16 de novembro de 1093 no Castelo de Edimburgo. Foi sepultada na igreja da Santíssima Trindade, em Dunfermline, para onde também o corpo do rei Malcom III foi levado mais tarde.
Via de Santificação
Em 1250, foi canonizada pelo Papa Inocêncio IV devido a seu exemplo de vida e fidelidade à Igreja e caridade para com os necessitados.
Minha oração
“Santa rainha, foste nobre no sangue e na alma, soubeste amar os irmãos como Jesus ensinou, e a viver a caridade como ele ordenou.  Do mesmo modo, dai a cada um de nós as mesmas virtudes para que sejamos nobres em santidade e humildes em todas as ocasiões. Amém.”
Santa Margarida da Escócia, rogai por nós!