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SÁBADO SANTO, DIA 19 DE ABRIL DE 2025

VIGÍLIA PASCAL
Cor Litúrgica Branca

Primeira leitura
Gn 1,1.26-31 – breve
– Leitura do livro do Gênesis: 1No princípio Deus criou o céu e a terra. 26Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e segundo à nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, e sobre todos os répteis que rastejam sobre a terra”. 27E Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou: homem e mulher os criou. 28E Deus os abençoou e lhes disse: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! Dominai sobre os peixes do mar, sobre os pássaros do céu e sobre todos os animais que se movem sobre a terra”. 29E Deus disse: “Eis que vos entrego todas as plantas que dão semente sobre a terra, e todas as árvores que produzem fruto com sua semente, para vos servirem de alimento. 30E a todos os animais da terra, e a todas as aves do céu, e a tudo o que rasteja sobre a terra e que é animado de vida, eu dou todos os vegetais para alimento”. E assim se fez. 31E Deus viu tudo quanto havia feito, e eis que tudo era muito bom. Houve uma tarde e uma manhã: sexto dia.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus

Salmo responsorial: Sl 104,1-2a.5-6.10.12.13-14.24.35c (R: 30)
– Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai.
R: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai.
– Bendize, ó minha alma, ao Senhor! Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande! De majestade e esplendor vos revestis e de luz vos envolveis como num manto.
R: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai.
 – A terra vós firmastes em suas bases, ficará firme pelos séculos sem fim; os mares a cobriam como um manto, e as águas envolviam as montanhas.
 R: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai.
– Fazeis brotar em meio aos vales as nascentes que passam serpeando entre as montanhas; às suas margens vêm morar os passarinhos, entre os ramos eles erguem o seu canto.
R: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai.
– De vossa casa as montanhas irrigais, com vossos frutos saciais a terra inteira; fazeis crescer os verdes pastos para o gado e as plantas que são úteis para o homem.
R: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai.
– Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras, e que sabedoria em todas elas! Encheu-se a terra com as vossas criaturas! Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
R: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai.

Oração:
– Ó Deus, admirável na criação do ser humano, e mais ainda na sua redenção, dai-nos a sabedoria de resistir ao pecado e chegar à eterna alegria. Por Cristo, nosso senhor.

Segunda Leitura: Gn 22,1-2.9-13.15-18 – breve
– Leitura do livro do Gênesis: Naqueles dias, 1Deus pôs Abraão à prova. Chamando-o, disse: “Abraão!” E ele respondeu: “Aqui estou”. 2E Deus disse: “Toma teu filho único, Isaac, a quem tanto amas, dirije-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre um monte que eu te indicar”. 9Chegados ao lugar indicado por Deus, Abraão ergueu um altar, colocou a lenha em cima, amarrou o filho e o pôs sobre a lenha em cima do altar. 10Depois, estendeu a mão, empunhando a faca para sacrificar o filho. 11E eis que o anjo do Senhor gritou do céu, dizendo: “Abraão! Abraão!” Ele respondeu: “Aqui estou!” 12E o anjo lhe disse: “Não estendas a mão contra teu filho e não lhe faças nenhum mal! Agora sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu filho único”. 13Abraão, erguendo os olhos, viu um carneiro preso num espinheiro pelos chifres; foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto no lugar do seu filho. 15O anjo do Senhor chamou Abraão, pela segunda vez, do céu, 16e lhe disse: “Juro por mim mesmo – oráculo do Senhor -, uma vez que agiste deste modo e não me recusaste teu filho único, 17eu te abençoarei e tornarei tão numerosa tua descendência como as estrelas do céu e como as areias da praia do mar. Teus descendentes conquistarão as cidades dos inimigos. 18Por tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra, porque me obedeceste”.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus

Salmo responsorial: Sl 16,5.8.9-10.11 (R: 1a)
– Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refúgio!
R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refúgio!
– Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos! Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo.
R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refúgio!
– Eis por que meu coração está em festa, minha alma rejubila de alegria, e até meu corpo no repouso está tranquilo; pois não haveis de me deixar entregue à morte, nem vosso amigo conhecer a corrupção.
R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refúgio!
– Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!
R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refúgio!

Oração:
– Ó Deus, Pai de todos os fiéis, vós multiplicais por toda a terra os filhos da vossa promessa, derramando sobre eles a graça da adoção, e, pelo sacramento pascal, tornais vosso servo Abraão Pai de todas as nações, como lhe tínheis prometido. Concedei, portanto, a todos os povos a graça de responder ao vosso chamado. Por Cristo, nosso Senhor.

Terceira Leitura: Êx 14,15-15,1
– Leitura do livro do Êxodo: Naqueles dias, 15 o Senhor disse a Moisés: “Por que clamas a mim por socorro? Dize aos filhos de Israel que se ponham em marcha. 16Quanto a ti, ergue a vara, estende o braço sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel caminhem em seco pelo meio do mar. 17De minha parte, endurecerei o coração dos egípcios, para que sigam atrás deles, e eu seja glorificado às custas do Faraó, e de todo o seu exército, dos seus carros e cavaleiros. 18E os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando eu for glorificado às custas do Faraó, dos seus carros e cavaleiros”. 19Então, o anjo do Senhor, que caminhava à frente do acampamento dos filhos de Israel, mudou de posição e foi para trás deles; e com ele, ao mesmo tempo, a coluna de nuvem, que estava na frente, pôs-se atrás, 20inserindo-se entre o acampamento dos egípcios e o acampamento dos filhos de Israel. Para aqueles a nuvem era tenebrosa, para estes, iluminava a noite. Assim, durante a noite inteira, uns não puderam aproximar-se dos outros. 21Moisés estendeu a mão sobre o mar, e durante toda a noite o Senhor fez soprar sobre o mar um vento leste muito forte; e as águas se dividiram. 22Então, os filhos de Israel entraram pelo meio do mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam como que uma muralha à direita e à esquerda. 23Os egípcios puseram-se a persegui-los, e todos os cavalos do Faraó, carros e cavaleiros os seguiram mar adentro. 24Ora, de madrugada, o Senhor lançou um olhar, desde a coluna de fogo e da nuvem, sobre as tropas egípcias e as pôs em pânico. 25Bloqueou as rodas dos seus carros, de modo que só a muito custo podiam avançar. Disseram, então, os egípcios: “Fujamos de Israel! Pois o Senhor combate a favor deles, contra nós”. 26O Senhor disse a Moisés: “Estende a mão sobre o mar, para que as águas se voltem contra os egípcios, seus carros e cavaleiros”. 27Moisés estendeu a mão sobre o mar e, ao romper da manhã, o mar voltou ao seu leito normal, enquanto os egípcios, em fuga, corriam ao encontro das águas, e o Senhor os mergulhou no meio das ondas. 28As águas voltaram e cobriram carros, cavaleiros e todo o exército do Faraó, que tinha entrado no mar em perseguição de Israel. Não escapou um só. 29Os filhos de Israel, ao contrário, tinham passado a pé enxuto pelo meio do mar, cujas águas lhes formavam uma muralha à direita e à esquerda. 30Naquele dia, o Senhor livrou Israel da mão dos egípcios, e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar, 31e a mão poderosa do Senhor agir contra eles. O povo temeu o Senhor, e teve fé no Senhor e em Moisés, seu servo. 1Então, Moisés e os filhos de Israel cantaram ao Senhor este cântico:
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus

Salmo responsorial: Sl (Ex) 15,1-18
– Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória!
R: Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória!
– Ao Senhor quero cantar, pois fez brilhar a sua glória: precipitou no Mar Vermelho o cavalo e o cavaleiro! O Senhor é minha força, é a razão do meu cantar, pois foi ele neste dia para mim libertação!
R: Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória!
– Ele é meu Deus e o louvarei, Deus de meu pai, e o honrarei. – O Senhor é um Deus guerreiro; o seu nome é “Onipotente”. Os soldados e os carros do Faraó jogou no mar; seus melhores capitães afogou no mar Vermelho,
R: Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória!
– Afundaram como pedras e as ondas os cobriram. Ó Senhor, o vosso braço é duma força insuperável! Ó Senhor, o vosso braço esmigalhou os inimigos!
R: Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória!
– Vosso povo levareis e o plantareis em vosso Monte, no lugar que preparastes para a vossa habitação, no Santuário construído pelas vossas próprias mãos. O Senhor há de reinar eternamente, pelos séculos!
R: Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória!

Oração:
– Ó Deus, vemos brilhar ainda em nossos dias as vossas antigas maravilhas. Como manifestastes outrora o vosso poder, libertando um só povo da perseguição do faraó, realizais agora a salvação de todas as nações nas águas do batismo. Concedei a todos os povos da terra tornarem-se filhos de Abraão e participantes da dignidade do povo eleito. Por Cristo, nosso Senhor.

Quarta Leitura: Is 54,5-14
– Leitura do profeta Isaías: 5Teu esposo é aquele que te criou, seu nome é Senhor dos exércitos; teu redentor, o santo de Israel, chama-se Deus de toda a terra. 6O Senhor te chamou, como a mulher abandonada e de alma aflita; como a esposa repudiada na mocidade, falou o teu Deus. 7Por um breve instante eu te abandonei, mas com imensa compaixão volto a acolher-te. 8Num momento de indignação, por um pouco ocultei de ti minha face, mas com misericórdia eterna compadeci-me de ti, diz teu salvador, o Senhor. 9Como fiz nos dias de Noé, a quem jurei nunca mais inundar a terra, assim juro que não me irritarei contra ti nem te farei ameaças. 10Podem os montes recuar e as colinas abalar-se, mas minha misericórdia não se apartará de ti, nada fará mudar a aliança de minha paz, diz o teu misericordioso Senhor. 11Pobrezinha, batida por vendavais, sem nenhum consolo, eis que assentarei tuas pedras sobre rubis, e tuas bases sobre safiras; 12revestirei de jaspe tuas fortificações, e teus portões, de pedras preciosas, e todos os teus muros, de pedra escolhida. 13Todos os teus filhos serão discípulos do Senhor, teus filhos possuirão muita paz; 14terás a justiça por fundamento. Longe da opressão, nada terás a temer; serás livre do terror, porque ele não se aproximará de ti.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus

Salmo responsorial: Sl 30,2.4.5-6.11.12a.13b (R: 2a)
– Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!
R: Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!
– Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes, e não deixastes rir de mim meus inimigos! Vós tirastes minha alma dos abismos e me salvastes, quando estava já morrendo!
R: Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!
 – Cantai salmos ao Senhor, povo fiel, dai-lhe graças e invocai seu santo nome! Pois sua ira dura apenas um momento, mas sua bondade permanece a vida inteira; se à tarde vem o pranto visitar-nos, de manhã vem saudar-nos a alegria.
R: Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!
– Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade! Sede, Senhor, o meu abrigo protetor! Transformastes o meu pranto em uma festa, Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos!
R: Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!

Oração:
– Deus eterno e todo-poderoso, para a glória do vosso nome, multiplicai o que prometestes aos nossos pais por causa da sua fé e aumentai, pela adoção divina, os filhos da promessa. Possa a Igreja reconhecer que já se realizou, em grande parte, a promessa da qual os santos patriarcas jamais duvidaram. Por Cristo, nosso Senhor.

Quinta Leitura: Is 55,1-11
– Leitura do livro do profeta Isaías: – Assim diz o Senhor: 1“Ó vós todos que estais com sede, vinde às águas; vós que não tendes dinheiro, apressai-vos, vinde e comei, vinde comprar sem dinheiro, tomar vinho e leite, sem nenhuma paga. 2Por que gastar dinheiro com outra coisa que não o pão, desperdiçar o salário senão com satisfação completa? Ouvi-me com atenção, e alimentai-vos bem, para deleite e revigoramento do vosso corpo. 3Inclinai vosso ouvido e vinde a mim, ouvi e tereis vida; farei convosco um pacto eterno, manterei fielmente as graças concedidas a Davi. 4Eis que fiz dele uma testemunha para os povos, chefe e mestre para as nações. 5Eis que chamarás uma nação que não conhecias, e acorrerão a ti povos que não te conheciam, por causa do Senhor, teu Deus, e do Santo de Israel, que te glorificou. 6Buscai o Senhor, enquanto pode ser achado; invocai-o, enquanto ele está perto. 7Abandone o ímpio seu caminho, e o homem injusto, suas maquinações; volte para o Senhor, que terá piedade dele, volte para nosso Deus, que é generoso no perdão. 8Meus pensamentos não são como os vossos pensamentos e vossos caminhos não são como os meus caminhos, diz o Senhor. 9Estão meus caminhos tão acima dos vossos caminhos e meus pensamentos acima dos vossos pensamentos, quanto está o céu acima da terra. 10Assim como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente, para o plantio e para a alimentação, 11assim a palavra que sair de minha boca: não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la”.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus

Salmo responsorial: Sl, (Is) 12,2-6
– Com alegria bebereis do manancial da salvação
R: Com alegria bebereis do manancial da salvação
– Eis o Deus, meu Salvador, eu confio e nada temo; o Senhor é minha força, meu louvor e Salvação. Com alegria bebereis do manancial da Salvação.
R: Com alegria bebereis do manancial da salvação
– E direis naquele dia: “Dai louvores ao Senhor, invocai seu santo nome, anunciai suas maravilhas, entre os povos proclamai que seu nome é o mais sublime”.
R: Com alegria bebereis do manancial da salvação
– Louvai cantando ao nosso Deus, que fez prodígios e portentos, publicai em toda a terra suas grandes maravilhas! Exultai cantando alegres, habitantes de Sião, porque é grande em vosso meio o Deus santo de Israel!”
R: Com alegria bebereis do manancial da salvação

Oração:
– Deus eterno e todo poderoso, única esperança do mundo, pela voz dos profetas anunciastes os mistérios que hoje se realizam. Aumentai benigno o fervor do vosso povo, pois nenhum dos vossos filhos poderá progredir na virtude sem o auxílio da vossa graça. Por Cristo, nosso Senhor.

Sexta Leitura: Br 3,9-15.32.4,4
– Leitura do profeta Baruc: 9Ouve, Israel, os preceitos da vida; presta atenção, para aprenderes a sabedoria. 10Que se passa, Israel? Como é que te encontras em terra inimiga? 11Envelheceste num país estrangeiro, te contaminaste com os mortos, foste contado entre os que descem à mansão dos mortos. 12Abandonaste a fonte da sabedoria! 13Se tivesses continuado no caminho de Deus, viverias em paz para sempre. 14Aprende onde está a sabedoria, onde está a fortaleza e onde está a inteligência, e aprenderás também onde está a longevidade e a vida, onde está o brilho dos olhos e a paz. 15Quem descobriu onde está a sabedoria? Quem penetrou em seus tesouros? 32Aquele que tudo sabe, conhece-a, descobriu-a com sua inteligência; 33aquele que criou a terra para sempre e a encheu de animais e quadrúpedes; aquele que manda a luz, e ela vai, chama-a de volta, e ela obedece tremendo. 34As estrelas cintilam em seus postos de guarda e alegram-se; 35ele chamou-as, e elas respondem: “Aqui estamos”; e alumiam com alegria o que as fez. 36Este é o nosso Deus, e nenhum outro pode comparar-se com ele. 37Ele revelou todo o caminho da sabedoria a Jacó, seu servo, e a Israel, seu bem-amado. 38Depois, ela foi vista sobre a terra e habitou entre os homens. 4,1A sabedoria é o livro dos mandamentos de Deus, é a lei, que permanece para sempre. Todos os que a seguem, têm a vida, e os que a abandonam, têm a morte. 2Volta-te, Jacó e abraça-a; marcha para o esplendor, à sua luz. 3Não dês a outro a tua glória nem cedas a uma nação estranha teus privilégios. 4Ó Israel, felizes somos nós, porque nos é dado conhecer o que agrada a Deus.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus

Salmo responsorial: Sl 19,18,8.9.10.11 (R: Jo 6,68c)
– Senhor, tens palavras de vida eterna
R: Senhor tens palavras de vida eterna
– A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes.
R: Senhor, tens palavras de vida eterna
– Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz.
R: Senhor, tens palavras de vida eterna
 – É puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente.
R: Senhor, tens palavras de vida eterna
– Mais desejáveis do que o ouro são eles do que o ouro refinado. Suas palavras são mais doces que mel, que o mel que sai dos favos.
R: Senhor, tens palavras de vida eterna
Oração:
– Ó Deus, que fazeis vossa Igreja crescer sempre mais, chamando para ela todos os povos, guardai sob a vossa contínua proteção os que purificais na água do batismo. Por Cristo, nosso Senhor.

Sétima Leitura: Ez 36,16-28
– Leitura da profecia de Ezequiel: 16A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 17“Filho do homem, os da casa de Israel estavam morando em sua terra. Mancharam-na com sua conduta e suas más ações. 18Então derramei sobre eles a minha ira, por causa do sangue que derramaram no país e dos ídolos com os quais o mancharam. 19Eu dispersei-os entre as nações, e eles foram espalhados pelos países. Julguei-os de acordo com sua conduta e suas más ações. 20Quando eles chegaram às nações para onde foram, profanaram o meu santo nome; pois deles se comentava: ‘Esse é o povo do Senhor; mas tiveram de sair do seu país!’ 21Então eu tive pena do meu santo nome que a casa de Israel estava profanando entre as nações para onde foi. 22Por isso, dize à casa de Israel: ‘Assim fala o Senhor Deus: Não é por causa de vós que eu vou agir, casa de Israel, mas por causa do meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes. 23Vou mostrar a santidade do meu grande nome, que profanastes no meio das nações. As nações saberão que eu sou o Senhor, – oráculo do Senhor Deus – quando eu manifestar minha santidade à vista delas por meio de vós. 24Eu vos tirarei do meio das nações, vos reunirei de todos os países, e vos conduzirei para a vossa terra. 25Derramarei sobre vós uma água pura, e sereis purificados. Eu vos purificarei de todas as impurezas e de todos os ídolos. 26Eu vos darei um coração novo e porei um espírito novo dentro de vós. Arrancarei do vosso corpo o coração de pedra e vos darei um coração de carne; 27porei o meu espírito dentro de vós e farei com que sigais a minha lei e cuideis de observar os meus mandamentos. 28Habitareis no país que dei a vossos pais. Sereis o meu povo e eu serei o vosso Deus.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus

Salmo responsorial: Sl 42,3.5bcd; 42,3.4 (R: 41,2)
–  A minha alma tem sede de Deus
R: A minha alma tem sede de Deus
– A minha alma tem sede de Deus, e deseja o Deus vivo. Quando terei a alegria de ver a face de Deus?
R: A minha alma tem sede de Deus
 – Peregrino e feliz caminhando para a casa de Deus, entre gritos, louvor e alegria da multidão jubilosa.
R: A minha alma tem sede de Deus
– Enviai vossa luz, vossa verdade: elas serão o meu guia; que me levem ao vosso monte santo, até a vossa morada!
R: A minha alma tem sede de Deus
– Então irei aos altares do Senhor, Deus da minha alegria. Vosso louvor cantarei, ao som da harpa, meu Senhor e meu Deus!
R: A minha alma tem sede de Deus

Oração
– Ó Deus, força imutável e luz que não se apaga, olhai com bondade o mistério de toda vossa Igreja e conduzi pelos caminhos da paz a obra da salvação, que concebestes desde toda eternidade. O mundo todo veja e experimente que se levanta o que estava caído, que o velho se torna novo e que tudo volta à integridade primitiva, por Cristo, princípio de todas as coisas. Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.

Coleta
Ó Deus, que iluminais esta noite santa com toda glória da ressureição do Senhor, despertai na vossa Igreja o espírito filial para que, inteiramente renovados, vos sirvamos de todo coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Oitava Leitura: Rm: 6,3-11
– Leitura da carta de São Paulo aos Romanos: Irmãos: 3Será que ignorais que todos nós, batizados em Jesus Cristo, é na sua morte que fomos batizados? 4Pelo batismo na sua morte, fomos sepultados com ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova. 5Pois, se fomos de certo modo identificados a Jesus Cristo por uma morte semelhante à sua, seremos semelhantes a ele também pela ressurreição. 6Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com Cristo, para que seja destruído o corpo de pecado, de maneira a não mais servirmos ao pecado. 7Com efeito, aquele que morreu está livre do pecado. 8Se, pois, morremos com Cristo, cremos que também viveremos com ele. 9Sabemos que Cristo ressuscitado dos mortos não morre mais; a morte já não tem poder sobre ele. 10Pois aquele que morreu, morreu para o pecado uma vez por todas; mas aquele que vive, é para Deus que vive. 11Assim, vós também considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Jesus Cristo.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus

Salmo responsorial: Sl 118,1-2.16ab-17.22-23 (R: Aleluia 3x)
– Aleluia, aleluia, aleluia.
R: Aleluia, aleluia, aleluia.
– Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! Eterna é a sua misericórdia! A casa de Israel agora o diga: “Eterna é a sua misericórdia!”
R: Aleluia, aleluia, aleluia.
– A mão direita do Senhor fez maravilhas, a mão direita do Senhor me levantou, a mão direita do Senhor fez maravilhas! Não morrereis, mas, ao contrário, viverei para cantar as grandes obras do Senhor!
R: Aleluia, aleluia, aleluia.
– A pedra que os pedreiros rejeitaram tornou-se agora a pedra angular. Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: que maravilhas ele fez a nossos olhos!
R: Aleluia, aleluia, aleluia.

 Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas Lc 24,1-12
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!  
–  1No primeiro dia da semana, bem de madrugada, as mulheres foram ao túmulo de Jesus, levando os perfumes que haviam preparado. 2Elas encontraram a pedra do túmulo removida. 3Mas ao entrar, não encontraram o corpo do Senhor Jesus 4e ficaram sem saber o que estava acontecendo. Nisso, dois homens com roupas brilhantes pararam perto delas. 5Tomadas de medo, elas olhavam para o chão, mas os dois homens disseram: ‘Por que estais procurando entre os mortos aquele que está vivo? 6Ele não está aqui. Ressuscitou! Lembrai-vos do que ele vos falou, quando ainda estava na Galiléia: 7‘O Filho do Homem deve ser entregue nas mãos dos pecadores, ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia’.’ 8Então as mulheres se lembraram das palavras de Jesus. 9Voltaram do túmulo e anunciaram tudo isso aos Onze e a todos os outros. 10Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago. Também as outras mulheres que estavam com elas contaram essas coisas aos apóstolos. 11Mas eles acharam que tudo isso era desvario, e não acreditaram. 12Pedro, no entanto, levantou-se e correu ao túmulo. Olhou para dentro e viu apenas os lençóis. Então voltou para casa, admirado com o que havia acontecido.
– Palavra da Salvação.
– Glória a Vós Senhor

SANTO DO DIA
São Leão IX, 152º Papa da Igreja Católica, exemplo de defesa à Igreja 

Origem
São Leão IX, Brunone dos Condes de Egisheim, seu nome de Batismo, nasceu em Eguisheim, região da Alsácia (território francês). Pertencia a uma família de grandes vassalos (classe do período medieval, responsável por servir aos seus senhores feudais).
Vida e início do serviço à Igreja
Foi confiado aos cuidados e educação do Bispo de Toul, que o fez doutorar em direito canônico. Ao completar 18 anos, tornou-se cônego e, aos 22, diácono. Obediente ao Bispo e Rei, no ano de 1025, comandou cavaleiros alemães na batalha, conforme costume da época. Em seguida, em virtude do serviço prestado, recebeu uma sede episcopal e, em 1027, tornou-se Bispo de Toul, função que ocuparia pelos próximos 25 anos. Como Bispo, ficou conhecido por sua defesa valorosa à Igreja. Reformou a vida nos conventos e a forma de evangelização na diocese.
Eleito Papa
Em 1049, aos 47 anos, foi eleito Papa e sucedeu ao curto papado de Dâmaso II. Relutou em aceitar a sua escolha como Pontífice e só aceitou após a aprovação do clero romano e do povo. Como Papa, empenhou-se em reformas na vida do clero e extinguiu a simonia, que é a venda de favores divinos, como, por exemplo, a “venda” de bênçãos. É tido como iniciador da Reforma Gregoriana. Convocou, ao longo de seu papado, vários sínodos.
São Leão IX: defendeu o celibato sacerdotal
Luta contra simonia
Lutou fortemente contra o fim da simonia, defendeu o celibato sacerdotal, foi contra a nomeação de Bispos como príncipes imperiais, buscou restabelecer os valores do cristianismo primitivo. Foi também o primeiro Papa a realizar viagens pela Europa. Selou a paz entre Hungria e Alemanha, evitando uma guerra iminente.
Cisma do Oriente
Foi durante o seu papado que o Patriarca de Constantinopla, Miguel Cerulário, começou a agir de forma contrária e crítica aos ritos comuns à Igreja Latina. O Papa defendeu a tradição latina; e, com a atitude inacessível de Miguel, enviou um representante para negociar com o Patriarca e evitar conflitos maiores, mas, devido às divergências existentes, as tentativas resultaram nas excomunhões mútuas, mesmo após a morte do Papa, que levaram ao Grande Cisma, a separação da Igreja Romana e Ortodoxa.
Perseguição e morte 
Os normandos invadiram a Itália e, em defesa do povo, o Papa e os habitantes pegam em armas, com apoio e reforço do Império. Mas os normandos venceram e, entre junho de 1053 e março de 1054, foi mantido prisioneiro. Ainda que foi tratado com respeito pelos seus adversários, enfraqueceu-se e assim que retornou a Roma, morreu pouco depois, em abril de 1054. Com apenas 5 anos de Pontificado, é tido como como um guia revolucionário da Igreja. No dia de sua morte, é celebrado sua festa. Seu corpo se encontra na Basílica de São Pedro em Roma.
Minha oração
“Que São Leão IX seja este exemplo de defesa e exemplo a favor da Igreja. Que ele possa interceder, principalmente por aqueles que são autoridades eclesiásticas, para que busquem sempre a defesa da Fé e do povo de Deus.”
São Leão IX, rogai por nós!

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SEXTA-FEIRA, DIA 18 DE ABRIL DE 2025

PAIXÃO DO SENHOR DIA DE JEJUM E ABSTINÊNCIA
CCor Litúrgica Vermelha

Primeira leitura
Is 52,13-53,1-12
– Leitura do livro do profeta Isaías – 13Ei-lo, o meu servo será bem-sucedido; sua ascensão será ao mais alto grau. 14Assim como muitos ficaram pasmados ao vê-lo – tão desfigurado ele estava que não parecia ser um homem ou ter aspecto humano -, 15do mesmo modo ele espalhará sua fama entre os povos. Diante dele os reis se manterão em silêncio, vendo algo que nunca lhes foi narrado e conhecendo coisas que jamais ouviram. 53, 1Quem de nós deu crédito ao que ouvimos? E a quem foi dado reconhecer a força do Senhor? 2Diante do Senhor ele cresceu como renovo de planta ou como raiz em terra seca. Não tinha beleza nem atrativo para o olharmos, não tinha aparência que nos agradasse. 3Era desprezado como o último dos mortais, homem coberto de dores, cheio de sofrimentos; passando por ele, tapávamos o rosto; tão desprezível era, não fazíamos caso dele. 4A verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores; e nós pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado! 5Mas ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes; a punição a ele imposta era o preço da nossa paz, e suas feridas, o preço da nossa cura. 6Todos nós vagávamos como ovelhas desgarradas, cada qual seguindo seu caminho; e o Senhor fez recair sobre ele o pecado de todos nós. 7Foi maltratado, e submeteu-se, não abriu a boca; como cordeiro levado ao matadouro ou como ovelha diante dos que a tosquiam, ele não abriu a boca. 8Foi atormentado pela angústia e foi condenado. Quem se preocuparia com sua história de origem? Ele foi eliminado do mundo dos vivos; e por causa do pecado do meu povo foi golpeado até morrer. 9Deram-lhe sepultura entre ímpios, um túmulo entre os ricos, porque ele não praticou o mal nem se encontrou falsidade em suas palavras. 10O Senhor quis macerá-lo com sofrimentos. Oferecendo sua vida em expiação, ele terá descendência duradoura, e fará cumprir com êxito a vontade do Senhor. 11Por esta vida de sofrimento, alcançará luz e uma ciência perfeita. Meu Servo, o justo, fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas. 12Por isso, compartilharei com ele multidões e ele repartirá suas riquezas com os valentes seguidores, pois entregou o corpo à morte, sendo contado como um malfeitor; ele, na verdade, resgatava o pecado de todos e intercedia em favor dos pecadores.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 31,2.6.12-13.15-16.17.25 (R: Lc 23,46)
– Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.
R: Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.
– Senhor, eu ponho em vós minha esperança; que eu não fique envergonhado eternamente! Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel!
R: Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.
– Tornei-me o opróbrio do inimigo, o desprezo e zombaria dos vizinhos e objeto de pavor para os amigos; fogem de mim os que me veem pela rua. Os corações me esqueceram como um morto, e tornei-me como um vaso espedaçado.
R: Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.
– A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio e afirmo que só vós sois o meu Deus! Eu entrego em vossas mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor!
R: Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.
– Mostrai serena a vossa face aos vossos servos e salvai-me pela vossa compaixão. Fortalecei os corações, tende coragem, todos vós que ao
Senhor vos confiais!
R: Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.

Segunda leitura
Hebreus 4,14-16; 5,7-9
– Leitura da carta aos Hebreus – Irmãos: 14Temos um sumo sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus. Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos. 15Com efeito, temos um sumo sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado. 16Aproximemo-nos então, com toda a confiança, do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno. 5,7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus, por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 18,1-40; 19,1-42
Louvor e honra a vós, Senhor Jesus.
Louvor e honra a vós, Senhor Jesus.
 – Jesus Cristo se tornou obediente, obediente até a morte numa cruz; pelo que o Senhor Deus o exaltou e deu-lhe um nome muito acima de outro nome
Louvor e honra a vós, Senhor Jesus.
– Narrador 1: Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo João.
Naquele tempo, 1Jesus saiu com os discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia aí um jardim, onde ele entrou com os discípulos. 2Também Judas, o traidor, conhecia o lugar, porque Jesus costumava reunir-se aí com os seus discípulos. 3Judas levou consigo um destacamento de soldados e alguns guardas dos sumos sacerdotes e fariseus, e chegou ali com lanternas, tochas e armas. 4Então Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer, saiu ao encontro deles e disse:

Pres.: “A quem procurais?”
Narrador 1: 5Responderam:
– “A Jesus, o Nazareno”.
Narrador 1: Ele disse:
Pres.: “Sou eu”.
Narrador 1: Judas, o traidor, estava junto com eles. 6Quando Jesus disse: “Sou eu”, eles recuaram e caíram por terra. 7De novo lhes perguntou:
Pres.: “A quem procurais?”
Narrador 1: Eles responderam:
– “A Jesus, o Nazareno”.
Narrador 1: 8Jesus respondeu:
Pres.: “Já vos disse que sou eu. Se é a mim que procurais, então deixai que estes se retirem”.
Narrador 1: 9Assim se realizava a palavra que Jesus tinha dito:
Pres.: “Não perdi nenhum daqueles que me confiaste”.
Narrador 2: 10Simão Pedro, que trazia uma espada consigo, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco. 11Então Jesus disse a Pedro:
Pres.: “Guarda a tua espada na bainha. Não vou beber o cálice que o Pai me deu?”
Narrador 2: 12Então, os soldados, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o amarraram. 13Conduziram-no primeiro a Anás, que era o sogro de Caifás, o Sumo Sacerdote naquele ano. 14Foi Caifás que deu aos judeus o conselho:
Leitor 1: “É preferível que um só morra pelo povo”.
Narrador 2: 15Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do Sumo Sacerdote e entrou com Jesus no pátio do Sumo Sacerdote. 16Pedro ficou fora, perto da porta. Então o outro discípulo, que era conhecido do Sumo Sacerdote, saiu, conversou com a encarregada da porta e levou Pedro para dentro. 17A criada que guardava a porta disse a Pedro:
Mulher: “Não pertences também tu aos discípulos desse homem?”
Narrador 2: Ele respondeu:
Leitor 1: “Não”.
Narrador 2: 18Os empregados e os guardas fizeram uma fogueira e estavam se aquecendo, pois fazia frio. Pedro ficou com eles, aquecendo-se. 19Entretanto, o Sumo Sacerdote interrogou Jesus a respeito de seus discípulos e de seu ensinamento. 20Jesus lhe respondeu:
Pres.: “Eu falei às claras ao mundo. Ensinei sempre na sinagoga e no Templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada falei às escondidas. 21Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que falei; eles sabem o que eu disse”.
Narrador 2: 22Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava deu-lhe uma bofetada, dizendo:
Leitor 1: “É assim que respondes ao Sumo Sacerdote?”
Narrador 2: 23Respondeu-lhe Jesus:
Pres.: “Se respondi mal, mostra em quê; mas, se falei bem, por que me bates?”
Narrador 1: 24Então, Anás enviou Jesus amarrado para Caifás, o Sumo Sacerdote. 25Simão Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se. Disseram-lhe:
Leitor 1: “Não és tu, também, um dos discípulos dele?”
Narrador 1: Pedro negou:
Leitor 2: “Não!”
Narrador 1: 26Então um dos empregados do Sumo Sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse:
Leitor 1: “Será que não te vi no jardim com ele?”
Narrador 2: 27Novamente Pedro negou. E na mesma hora, o galo cantou. 28De Caifás, levaram Jesus ao palácio do governador. Era de manhã cedo. Eles mesmos não entraram no palácio, para não ficarem impuros e poderem comer a páscoa. 29Então Pilatos saiu ao encontro deles e disse:
Pilatos: “Que acusação apresentais contra este homem?”
Narrador 2: 30Eles responderam:
– “Se não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti!”
Narrador 2: 31Pilatos disse:
Pilatos: “Tomai-o vós mesmos e julgai-o de acordo com a vossa lei”.
Narrador 2: Os judeus lhe responderam:
– “Nós não podemos condenar ninguém à morte”.
Narrador 1: 32Assim se realizava o que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer. 33Então Pilatos entrou de novo no palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe:
Pilatos: “Tu és o rei dos judeus?”
Narrador 1: 34Jesus respondeu:
Pres.: “Estás dizendo isto por ti mesmo ou outros te disseram isto de mim?”
Narrador 1: 35Pilatos falou:
Pilatos: “Por acaso, sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?”
Narrador 1: 36Jesus respondeu:
Pres.: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui”.
Narrador 1: 37Pilatos disse a Jesus:
Pilatos: “Então, tu és rei?”
Narrador 1: Jesus respondeu:
Pres.: “Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”.
Narrador 1: 38Pilatos disse a Jesus:
Pilatos: “O que é a verdade?”
Narrador 1: Ao dizer isso, Pilatos saiu ao encontro dos judeus, e disse-lhes:
Pilatos: “Eu não encontro nenhuma culpa nele. 39Mas existe entre vós um costume, que pela Páscoa eu vos solte um preso. Quereis que vos solte o rei dos Judeus?”
Narrador 1: 40Então, começaram a gritar de novo:
– “Este não, mas Barrabás!”
Narrador 2: Barrabás era um bandido. 19,1Então Pilatos mandou flagelar Jesus. 2Os soldados teceram uma coroa de espinhos e colocaram-na na cabeça de Jesus. Vestiram-no com um manto vermelho, 3aproximavam-se dele e diziam:
– “Viva o rei dos judeus!”
Narrador 2: E davam-lhe bofetadas. 4Pilatos saiu de novo e disse aos judeus:
Pilatos: “Olhai, eu o trago aqui fora, diante de vós, para que saibais que não encontro nele crime algum”.
Narrador 2: 5Então Jesus veio para fora, trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes:
Pilatos: “Eis o homem!”
Narrador 2: 6Quando viram Jesus, os sumos sacerdotes e os guardas começaram a gritar:
– “Crucifica-o! Crucifica-o!”
Narrador 2: Pilatos respondeu:
Pilatos: “Levai-o vós mesmos para o crucificar, pois eu não encontro nele crime algum”.
Narrador 2: 7Os judeus responderam:
– “Nós temos uma Lei, e, segundo esta Lei, ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus”.
Narrador 2: 8Ao ouvir estas palavras, Pilatos ficou com mais medo ainda. 9Entrou outra vez no palácio e perguntou a Jesus:
Pilatos: “De onde és tu?”
Narrador 2: Jesus ficou calado. 10Então Pilatos disse:
Pilatos: “Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar?”
Narrador 2: 11Jesus respondeu:
Pres.: “Tu não terias autoridade alguma sobre mim, se ela não te fosse dada do alto. Quem me entregou a ti, portanto, tem culpa maior”.
Narrador 2: 12Por causa disso, Pilatos procurava soltar Jesus. Mas os judeus gritavam:
– “Se soltas este homem, não és amigo de César. Todo aquele que se faz rei, declara-se contra César”.
Narrador 2: 13Ouvindo essas palavras, Pilatos levou Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado “Pavimento”, em hebraico “Gábata”. 14Era o dia da preparação da Páscoa, por volta do meio-dia. Pilatos disse aos judeus:
Pilatos: “Eis o vosso rei!”
Narrador 2: 15Eles, porém, gritavam:
– “Fora! Fora! Crucifica-o!”
Narrador 2: Pilatos disse:
Pilatos: “Hei de crucificar o vosso rei?”
Narrador 2: Os sumos sacerdotes responderam:
– “Não temos outro rei senão César”.
Narrador 2: 16Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado, e eles o levaram.
Narrador 1: 17Jesus tomou a cruz sobre si e saiu para o lugar chamado Calvário”, em hebraico “Gólgota”. 18Ali o crucificaram, com outros dois: um de cada lado, e Jesus no meio.
Narrador 1: 19Pilatos mandou ainda escrever um letreiro e colocá-lo na cruz; nele estava escrito:
– “Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus”.
Narrador 1: 20Muitos judeus puderam ver o letreiro, porque o lugar em que Jesus foi crucificado ficava perto da cidade. O letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego.
Narrador 1: 21Então os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos:
– “Não escrevas ‘O Rei dos Judeus’, mas sim o que ele disse: ‘Eu sou o Rei dos judeus’”.
Narrador 1: 22Pilatos respondeu:
Pilatos: “O que escrevi, está escrito”.
Narrador 1: 23Depois que crucificaram Jesus, os soldados repartiram a sua roupa em quatro partes, uma parte para cada soldado. Quanto à túnica, esta era tecida sem costura, em peça única de alto abaixo. 24Disseram então entre si:
– “Não vamos dividir a túnica. Tiremos a sorte para ver de quem será”.
Narrador 2: Assim se cumpria a Escritura que diz: “Repartiram entre si as minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha túnica”. Assim procederam os soldados.
Narrador 1: 25Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe:
Pres.: “Mulher, este é o teu filho”.
Narrador 1: 27Depois disse ao discípulo:
Pres.: “Esta é a tua mãe”.
Narrador 1: Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. 28Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que a Escritura se cumprisse até o fim, disse:
Pres.: “Tenho sede”.
Narrador 1: 29Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. 30Ele tomou o vinagre e disse:
Pres.: “Tudo está consumado”.
Narrador 1: E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.
(Aqui todos se ajoelham.)
Narrador 2: 31Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz.
Narrador 1: 32Os soldados foram e quebraram as pernas de um e depois do outro que foram crucificados com Jesus. 33Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; 34mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.
Narrador 2: 35Aquele que viu dá testemunho e seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para que vós também acrediteis. 36Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: “Não quebrarão nenhum dos seus ossos”. 37E outra Escritura ainda diz: “Olharão para aquele que transpassaram”.
Narrador 1: 38Depois disso, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus — mas às escondidas, por medo dos judeus — pediu a Pilatos para tirar o corpo de Jesus. Pilatos consentiu. Então José veio tirar o corpo de Jesus. 39Chegou também Nicodemos, o mesmo que antes tinha ido a Jesus de noite. Trouxe uns trinta quilos de perfume feito de mirra e aloés. 40Então tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no, com os aromas, em faixas de linho, como os judeus costumam sepultar.
Narrador 2: 41No lugar onde Jesus foi crucificado, havia um jardim e, no jardim, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. 42Por causa da preparação da Páscoa, e como o túmulo estava perto, foi ali que colocaram Jesus.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

Liturgia comentada
Guarda tua espada! (Jo 18,1 – 19,42)
Cresce cada vez mais no planeta o conceito de que é preciso abolir as religiões para que a sociedade possa, enfim, viver em paz. Os novos fiéis dessa crença antirreligiosa examinam a História e pretendem que os conflitos humanos brotam das diferenças na fé. Os recentes casos de terrorismo islâmico sustentariam seu argumento.
Se possível, pediria ajuda aos arqueólogos, e eles nos mostrariam as lanças e os tacapes dos trogloditas em um estrato de tempo ainda não visitado pelos pajés e sacerdotes. Falando mais claro: muito antes de erguerem o primeiro altar, os homens já se esfolavam mutuamente pelo controle de um território ou de um rebanho de carneiros. A violência está na posse, no domínio e no poder, não nos louvores ao Criador.
Hoje, Sexta-feira da Paixão, a liturgia orienta nossos olhos para o drama do Calvário. Ali, o Filho que nos foi enviado pelo Pai é preso, arrastado de tribunal em tribunal e, enfim, assassinado cruamente com a chancela do governador romano e o aplauso do Sumo Sacerdote judeu. Justo e inocente, Jesus é sacrificado para que se mantenham intactas as vantagens e conveniências dos dirigentes da Palestina.
No momento de sua prisão, Simão Pedro saca da espada e fere um dos esbirros que prendiam o Mestre. De pronto, Jesus reage e ordena: “Guarda a tua espada na bainha!” (Jo 18,11) No Evangelho de Mateus, Jesus acrescenta: “Todos os que usam da espada, morrerão pela espada”. (Mt 26,52) Bastam estas duas frases para ficar bem claro que a “religião” de Jesus não tem nenhuma afinidade com a violência e a força das armas. Se alguém invocasse seu Evangelho como pretexto para invadir, atacar e ferir, estaria fraudando a mensagem de Cristo.
Ainda no Evangelho de hoje (cf. Jo 18,36), Jesus dialoga com Pôncio Pilatos, que o interroga. E diz com todas as letras: “O meu reino não é deste mundo. Se meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus”. Como foi possível que a mensagem de Jesus fosse deturpada a tal ponto, que acabasse invocada como justificativa para conquistar lugares sagrados, impor uma religião de Estado ou perseguir dissidentes? Como é possível que ainda hoje tentem ideologizar o Evangelho para transformá-lo em arma de revolução social?
A leitura da Paixão de Cristo deve dar-nos força para encarar a realidade: o cristão é chamado a ser vítima, não carrasco. O lado do cristão é o lado dos vencidos, não dos dominadores. Quem se aproxima de Jesus à espera de um trono de poder ou, pelo menos, de uma subsecretaria, não entendeu nada do Evangelho. A “vitória” que Cristo nos oferece não virá antes do Calvário.
Seguir Jesus é abraçar a cruz…
Orai sem cessar: “Como cordeiro ao matadouro, ele ficou calado…” (Is 53,7)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

A Sexta-feira Santa é um dia de profunda reflexão para nós católicos, um momento para contemplar o sacrifício de Jesus Cristo. Sua crucificação, carregando a cruz, pode ser vista como uma analogia à cruz que cada pessoa com deficiência carrega em sua vida. Assim como Jesus enfrentou dor e sofrimento, muitas pessoas com deficiência enfrentam desafios diários que exigem força e resiliência. A cruz de Cristo simboliza amor, sacrifício e redenção. Da mesma forma, a vida de uma pessoa com deficiência pode ser um testemunho de superação, fé e esperança. A cruz que carregam pode ser pesada, mas também pode ser um símbolo de sua capacidade de amar, perseverar e inspirar os outros.
Que neste dia, possamos refletir sobre o significado da cruz em nossas vidas e encontrar força na fé para enfrentar os desafios que surgem em nosso caminho. Que a paixão de Cristo nos inspire a amar e apoiar aqueles que carregam suas próprias cruzes, lembrando que, através do sacrifício e da fé, podemos encontrar a redenção e a paz. 🙏
Acrescentando à analogia, podemos ver o Cireneu, que ajudou Jesus a carregar a cruz, como aquele familiar, amigo, professor ou cuidador na vida de uma pessoa com deficiência. Assim como o Cireneu aliviou o fardo de Jesus, essas pessoas oferecem apoio, compreensão e amor, tornando a jornada da pessoa com deficiência mais leve e menos solitária nos momentos difíceis. A presença e ajuda dessas pessoas são essenciais para que a cruz, ou seja, os desafios diários, não se tornem um peso insuportável. Que possamos todos ser Cireneus na vida daqueles que precisam, oferecendo nosso apoio e amor incondicional, Amém!

Publicado em

QUINTA-FEIRA, DIA 17 DE ABRIL DE 2025

CEIA DO SENHOR
Cor Litúrgica Branca

Primeira leitura
Ex 12,1-8.11-14
– Leitura do livro do Êxodo: Naqueles dias: 1O Senhor disse a Moisés e a Aarão no Egito: 2” Este mês será para vós o começo dos meses; será o primeiro mês do ano. 3Falai a toda a comunidade dos filhos de Israel, dizendo: ‘No décimo dia deste mês, cada um tome um cordeiro por família, um cordeiro para cada casa. 4Se a família não for bastante numerosa para comer um cordeiro, convidará também o vizinho mais próximo, de acordo com o número de pessoas. Deveis calcular o número de comensais, conforme o tamanho do cordeiro. 5O cordeiro será sem defeito, macho, de um ano. Podereis escolher tanto um cordeiro, como um cabrito: 6e devereis guardá-lo preso até ao dia catorze deste mês. Então toda a comunidade de Israel reunida o imolará ao cair da tarde. 7Tomareis um pouco do seu sangue e untareis os marcos e a travessa da porta, nas casas em que o comerem. 8Comereis a carne nessa mesma noite, assada ao fogo, com pães ázimos e ervas amargas. 11Assim devereis comê-lo: com os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. E comereis às pressas, pois é a Páscoa, isto é, a ‘Passagem’ do Senhor!
12E naquela noite passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até os animais; e infligirei castigos contra todos os deuses do Egito, eu, o Senhor. 13O sangue servirá de sinal nas casas onde estiverdes. Ao ver o sangue, passarei adiante, e não vos atingirá a praga exterminadora, quando eu ferir a terra do Egito. 14Este dia será para vós uma festa memorável em honra do Senhor, que haveis de celebrar por todas as gerações, como instituição perpétua.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 116B,12-13.15-16bc.17-18 (R: 1Cor 10,16)
– O Cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
R: O Cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
– Que poderei retribuir ao Senhor Deus por tudo aquilo que ele fez em meu favor?  Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor.
R: O Cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
– È sentida por demais pelo Senhor a morte de seus santos, seus amigos. Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, mas me quebrastes os grilhões da escravidão!
R: O Cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
– Por isso oferto um sacrifício de louvor, invocando o nome santo do senhor. Vou cumprir minhas promessas ao Senhor na presença de seu povo reunido.
R: O Cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.

Segunda leitura
1 Cor 11,23-26
– Leitura da primeira carta de São Paulo aos Coríntios: Irmãos: 23O que eu recebi do Senhor foi isso que eu vos transmiti: Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 24e, depois de dar graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória”. 25Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória”. 26Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 13,1-15
Glória, ó Cristo, Verbo de Deus.
Glória, ó Cristo, Verbo de Deus.
– Eu vos dou um novo mandamento, nova ordem agora vos dou, que também vos ameis uns aos outros, como eu vos amei, diz o Senhor! (Jo 13,34)
Glória, ó Cristo, Verbo de Deus.
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!  
– 1Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. 2Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus. 3Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, 4levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. 5Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido. 6Chegou a vez de Simão Pedro. Pedro disse: “Senhor, tu me lavas os pés?” 7Respondeu Jesus: “Agora, não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás”. 8Disse-lhe Pedro: “Tu nunca me lavarás os pés!” Mas Jesus respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. 9Simão Pedro disse: “Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça”. 10Jesus respondeu: “Quem já se banhou não precisa lavar senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos”.
11Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: “Nem todos estais limpos”.
12Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo. E disse aos discípulos: “Compreendeis o que acabo de fazer? 13Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. 14Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. 15Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santo Aniceto

Aniceto nasceu na Síria, talvez em Emesa (atual Homs), no ano 110. Eleito Papa entre 154 e 156, foi o primeiro pontífice a condenar uma doutrina herética, o montanismo (de Montano da Frígia, hoje Turquia, por isso conhecida também por “heresia frígia”; entre outras coisas, proclamava um falso profetismo, o iminente fim do mundo e a negação da absolvição aos pecados graves, ainda que houvesse verdadeiro arrependimento e confissão).
Também enfrentou o gnosticismo (heresia que alegava ser a matéria uma prisão do espírito, capaz de ser liberto pelo mero conhecimento intuitivo) e o marcianismo (de Marcião, que pregava ser o Deus do Antigo Testamento outro, diferentes, de Deus do Novo Testamento), além da perseguição do Império Romano.
Aniceto atraiu, influenciou e contou com a ajuda de São Justino (grande filósofo e teólogo que conheceu e abraçou a Fé cristã, morrendo mártir). Também foi a Roma ver o Papa o grego Hesegipo, importantíssimo por ser o primeiro historiador cristão, tendo vivido muito próximo do tempo dos Apóstolos; escreveu um livro defendendo Aniceto, provando que este seguia a verdadeira Doutrina de Cristo, e não hereges que vinham a Roma para difundir ideias maniqueístas, como Marcião, Marcelino, Valentino e Cordo, e destacou a autoridade e dignidade dos Romanos Pontífices.
E o já idoso São Policarpo, bispo de Esmirna e discípulo de São João Evangelista, foi consultar o Papa sobre a data da Páscoa, que no Oriente era celebrada no dia 14 da lua do mês de março, seguindo uma tradição de São João, enquanto que no Ocidente a Igreja, baseada no exemplo de São Pedro, a comemorava no domingo seguinte à lua cheia da primavera. Não chegaram a um acordo, e o Papa permitiu que São Policarpo seguisse no Oriente a sua tradição, mas com o tempo prevaleceu na Igreja, universalmente, a posição de Aniceto. A postura respeitosa de São Policarpo foi um poderoso testemunho da autoridade papal e de que a Sé de Roma representava a verdadeira Igreja de Cristo fundada em Jerusalém, o que levou a muitas conversões.
Este Papa proibiu ao clero o uso de cabelos compridos, de forma a não permitir ou favorecer atos e preocupações de pecaminosa vaidade.
Santo Aniceto faleceu em 166, sob a perseguição de Marco Aurélio Antonino e Lúcio Vero, provavelmente entre 16 e 20 de abril. Seu título de mártir indica antes o seu extremo e sofridíssimo desgaste pelo zelo da Igreja, já que não consta nenhum registro formal de sua morte violenta.
Por José Duarte de Barros Filho / Portal A12
Santo Aniceto, rogai por nós!

Publicado em

QUARTA-FEIRA, DIA 16 DE ABRIL DE 2025

SEMANA SANTA
Cor Litúrgica roxa

Primeira leitura
Is 50,4-9a
– Leitura do livro do profeta Isaías: 4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o meu ouvido, para prestar atenção como um discí-pulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba: não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é o meu Auxi-liador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. 8A meu lado está quem me justifica; alguém me fará objeções? Vejamos. Quem é meu adversário? Aproxime-se. 9aSim, o Senhor Deus é meu Auxiliador; quem é que me vai condenar?
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 69,8-10.21bcd-22.31.33-34 (R: 14cb)
– Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.
R: Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.
– Por vossa causa é que sofri tantos insultos, e o meu rosto se cobriu de confusão; eu me tornei como um estranho a meus irmãos, como estrangeiro para os filhos de minha mãe. Pois meu zelo e meu amor por vossa casa me devoram como fogo abrasador: e os insultos de infiéis que vos ultrajam recaíram todos eles sobre mim!
R: Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.
– O insulto me partiu o coração; Eu esperei que alguém, de mim tivesse pena; procurei quem me aliviasse e não achei! Deram-me fel como se fosse um alimento, em minha sede ofereceram-me vinagre!
R: Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.
– Cantando eu louvarei o vosso nome e agradecido exultarei de alegria! Humildes, vede isto e alegrai-vos: o vosso coração reviverá, se procurardes o Senhor continuamente! Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres, e não despreza o clamor de seus cativos.
R: Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 26,14-25
Salve, Cristo, luz da vida, companheiro na partilha!
Salve, Cristo, luz da vida, companheiro na partilha!
– Salve nosso Rei, somente vós tendes compaixão dos nossos erros.
Salve, Cristo, luz da vida, companheiro na partilha!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, 14um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes 15e disse: “Que me dareis se vos entregar Jesus?” Combinaram, então, trinta moedas de prata. 16E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus. 17No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?” 18Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos’”. 19Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa. 20Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. 21Enquanto comiam, Jesus disse: “Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair”. 22Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: “Senhor, será que sou eu?” 23Jesus respondeu: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. 24O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!” 25Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
SANTO DO DIA
Santa Maria Bernadete, íntima da Virgem Maria e imitadora de Suas virtudes
Naturalidade
Nascida em 7 de janeiro de 1844, em Lourdes, sudeste da França, aos pés dos montes Pirineus, Bernadete viveu em grande pobreza, mas sempre com o coração dirigido a Maria. 
Escolhida pela Virgem Maria
A “Senhora”, como ela sempre definia a Virgem Maria, apareceu-lhe diversas vezes. Na aparição de 25 de março de 1858, revelou-lhe ser a Imaculada Conceição. Desde 11 de fevereiro até 16 de julho daquele ano, Bernadete recebeu 18 aparições de Maria, na Gruta de Massabielle. Desde o início das aparições, Bernadete tornou-se porta-voz de um acontecimento, que ecoou pelo mundo inteiro, apesar de passar por inúmeros interrogatórios oficiais, sendo acusada de impostora. Porém, nunca desanimou, enquanto, ao longo dos anos, aumentava o fluxo incontável de pessoas na Gruta das Curas. 
A gruta de Lourdes
Essa gruta foi fruto de um pedido da Virgem Maria para lhe testar a fé. Na aparição, Maria, pedia a Bernadete que cavasse um buraco no chão em certo lugar, próximo a uma gruta, e dali verteria uma fonte de águas milagrosas. Porém, ao iniciar as escavações sem máquinas ou materiais, mas simplesmente com suas forças de menina, Bernadete viu jorrar uma água suja inicialmente e dela fez a penitência de beber por fé. Entretanto, depois disso, surgiu uma imensa fonte que até hoje é a manifestação das graças e milagres divinos por intermédio da Santa Mãe de Deus. 
Santa Maria Bernadete: protetora dos doentes, camponeses e pastores
Decidida ao escondimento
Concluído o ciclo das visões na gruta de Massabielle, iniciadas em 11 de fevereiro de 1858, Bernardete permaneceu o resto da vida na sombra. Foi acolhida no Instituto das Irmãs da Caridade de Nevers, onde passou seis anos, sempre na casa de Lourdes, para ser depois admitida ao noviciado de Nevers. E enquanto junto da milagrosa fonte ocorriam os primeiros prodígios e de toda a parte acorriam multidão de devotos, ela só pedia para permanecer escondida e esquecida de todos.
Profissão Religiosa 
Na profissão religiosa tinha assumido o nome de irmã Bernarda e durante 15 anos de vida conventual suportou em silêncio sofrimentos físicos e morais, como a indiferença das próprias irmãs, de acordo com o desígnio providencial que priva as almas escolhidas da compreensão e frequentemente também do respeito das almas medíocres. Viu toda a sua experiência mística ser aprovada e diversos milagres acontecerem, até mesmo a construção do santuário, tudo isso sem buscar nenhuma recompensa nem mesmo agradecimentos. 
Vocação pelos enfermos
A Virgem Maria concedeu a Bernadete a vocação de servir aos enfermos, convidando-a a ser Irmã da Caridade. Com efeito, em 7 de julho de 1866, em Saint-Gildard, entrou a fazer parte da comunidade da Casa Geral da Congregação das Irmãs da Caridade de Nevers. Lá ela trabalhou como enfermeira e sacristã, mas seu coração sempre acompanhava a Virgem e os enfermos. Tinha dotada capacidade de compaixão.
Quando a doença lhe encontrou
Doença
“Maria é tão bela que, quando a vejo, gostaria de morrer para vê-la novamente”, era a resposta da vidente de Lourdes a quantos a confortavam durante a longa enfermidade que por nove anos lhe causou sofrimentos indizíveis. A Virgem a tinha preparado para esta prova: “Não te prometo fazer-te feliz neste mundo, mas no outro”. O privilégio de ter sido escolhida pela Virgem, aos 14 anos, para confirmar a verdade dogmática da Imaculada Conceição, proclamada por Pio IX em 1854, valeu-lhe bem pouca glória humana.
Páscoa
Ela foi obrigada a ficar acamada por causa da asma, da tuberculose e de um tumor ósseo no joelho, teve de lutar com essas enfermidades durante 9 anos de sua vida. Faleceu com a idade de 35 anos, em 16 de abril de 1879.
Santa Maria Bernadete e o Papa Francisco
Dia Mundial do Enfermo
Em sua Mensagem para o Dia Mundial do Enfermo de 2017, o Papa Francisco recordou que “a humilde jovem de Lourdes afirmava que a Virgem, por ela definida ‘Bela Senhora’, a olhava como se olha para uma pessoa. Estas simples palavras descrevem a plenitude de uma relação. Assim, a pobre, analfabeta e doente Bernadete, sentia-se acolhida por Maria como pessoa. A ‘Bela Senhora’ dirigia-se a ela com grande respeito, mas sem comiseração”
“Bela Senhora”
“Depois dos acontecimentos na Gruta, graças à oração, – acrescentou o Papa – Bernadete transformou a sua fragilidade em ajuda aos outros; graças ao amor, foi capaz de enriquecer o próximo e, sobretudo, de oferecer a sua vida pela salvação da humanidade. O fato de a ‘Bela Senhora’ ter-lhe pedido para rezar pelos pecadores, nos recorda que os enfermos e os sofredores não têm somente o desejo de sarar, mas também de viver cristãmente a sua vida, chegando até a doá-la como autênticos discípulos missionários de Cristo”.
Devoção a Santa Maria Bernadete
Canonização
Em 1925, foi beatificada pelo Papa Pio XI, que a proclamou santa em 8 de dezembro de 1933. Assim tornou-se grande símbolo e testemunho da divulgação e proclamação do dogma da Imaculada Conceição. Sua vida está intimamente ligada à Maria e aos enfermos. 
Oração
Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santa Bernadete, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Minha oração
“Querida Bernadete, tão íntima da Virgem Maria e imitadora das Suas virtudes, concedei que eu também possa imitar-te na vida e no amor a Santíssima Mãe de Deus. Ajudai-me, em meio aos meus sofrimentos, que eu tenha paciência e mansidão, em tudo saiba ofertar-me a Deus, esse Pai tão Bondoso.”
Santa Maria Bernadete, rogai por nós!

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TERÇA-FEIRA, DIA 16 DE ABRIL DE 2025

SEMANA SANTA
Cor Litúrgica Roxa

Primeira leitura
Is 50,4-9a
– Leitura do livro do profeta Isaías: 4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o meu ouvido, para prestar atenção como um discí-pulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba: não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é o meu Auxi-liador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. 8A meu lado está quem me justifica; alguém me fará objeções? Vejamos. Quem é meu adversário? Aproxime-se. 9aSim, o Senhor Deus é meu Auxiliador; quem é que me vai condenar?

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 69,8-10.21bcd-22.31.33-34 (R: 14cb)
– Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.
R: Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.

– Por vossa causa é que sofri tantos insultos, e o meu rosto se cobriu de confusão; eu me tornei como um estranho a meus irmãos, como estrangeiro para os filhos de minha mãe. Pois meu zelo e meu amor por vossa casa me devoram como fogo abrasador: e os insultos de infiéis que vos ultrajam recaíram todos eles sobre mim!
R: Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.

– O insulto me partiu o coração; Eu esperei que alguém, de mim tivesse pena; procurei quem me aliviasse e não achei! Deram-me fel como se fosse um alimento, em minha sede ofereceram-me vinagre!
R: Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.

– Cantando eu louvarei o vosso nome e agradecido exultarei de alegria! Humildes, vede isto e alegrai-vos: o vosso coração reviverá, se procurardes o Senhor continuamente! Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres, e não despreza o clamor de seus cativos.
R: Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 26,14-25
Salve, Cristo, luz da vida, companheiro na partilha!
Salve, Cristo, luz da vida, companheiro na partilha!
– Salve nosso Rei, somente vós tendes compaixão dos nossos erros.
Salve, Cristo, luz da vida, companheiro na partilha!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, 14um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes 15e disse: “Que me dareis se vos entregar Jesus?” Combinaram, então, trinta moedas de prata. 16E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus. 17No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?” 18Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos’”. 19Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa. 20Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. 21Enquanto comiam, Jesus disse: “Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair”. 22Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: “Senhor, será que sou eu?” 23Jesus respondeu: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. 24O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!” 25Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santa Maria Bernadete, íntima da Virgem Maria e imitadora de Suas virtudes

Naturalidade
Nascida em 7 de janeiro de 1844, em Lourdes, sudeste da França, aos pés dos montes Pirineus, Bernadete viveu em grande pobreza, mas sempre com o coração dirigido a Maria. 
Escolhida pela Virgem Maria
A “Senhora”, como ela sempre definia a Virgem Maria, apareceu-lhe diversas vezes. Na aparição de 25 de março de 1858, revelou-lhe ser a Imaculada Conceição. Desde 11 de fevereiro até 16 de julho daquele ano, Bernadete recebeu 18 aparições de Maria, na Gruta de Massabielle. Desde o início das aparições, Bernadete tornou-se porta-voz de um acontecimento, que ecoou pelo mundo inteiro, apesar de passar por inúmeros interrogatórios oficiais, sendo acusada de impostora. Porém, nunca desanimou, enquanto, ao longo dos anos, aumentava o fluxo incontável de pessoas na Gruta das Curas. 
A gruta de Lourdes
Essa gruta foi fruto de um pedido da Virgem Maria para lhe testar a fé. Na aparição, Maria, pedia a Bernadete que cavasse um buraco no chão em certo lugar, próximo a uma gruta, e dali verteria uma fonte de águas milagrosas. Porém, ao iniciar as escavações sem máquinas ou materiais, mas simplesmente com suas forças de menina, Bernadete viu jorrar uma água suja inicialmente e dela fez a penitência de beber por fé. Entretanto, depois disso, surgiu uma imensa fonte que até hoje é a manifestação das graças e milagres divinos por intermédio da Santa Mãe de Deus. 
Santa Maria Bernadete: protetora dos doentes, camponeses e pastores
Decidida ao escondimento
Concluído o ciclo das visões na gruta de Massabielle, iniciadas em 11 de fevereiro de 1858, Bernardete permaneceu o resto da vida na sombra. Foi acolhida no Instituto das Irmãs da Caridade de Nevers, onde passou seis anos, sempre na casa de Lourdes, para ser depois admitida ao noviciado de Nevers. E enquanto junto da milagrosa fonte ocorriam os primeiros prodígios e de toda a parte acorriam multidão de devotos, ela só pedia para permanecer escondida e esquecida de todos.
Profissão Religiosa 
Na profissão religiosa tinha assumido o nome de irmã Bernarda e durante 15 anos de vida conventual suportou em silêncio sofrimentos físicos e morais, como a indiferença das próprias irmãs, de acordo com o desígnio providencial que priva as almas escolhidas da compreensão e frequentemente também do respeito das almas medíocres. Viu toda a sua experiência mística ser aprovada e diversos milagres acontecerem, até mesmo a construção do santuário, tudo isso sem buscar nenhuma recompensa nem mesmo agradecimentos. 
Vocação pelos enfermos
A Virgem Maria concedeu a Bernadete a vocação de servir aos enfermos, convidando-a a ser Irmã da Caridade. Com efeito, em 7 de julho de 1866, em Saint-Gildard, entrou a fazer parte da comunidade da Casa Geral da Congregação das Irmãs da Caridade de Nevers. Lá ela trabalhou como enfermeira e sacristã, mas seu coração sempre acompanhava a Virgem e os enfermos. Tinha dotada capacidade de compaixão.
Quando a doença lhe encontrou
Doença
“Maria é tão bela que, quando a vejo, gostaria de morrer para vê-la novamente”, era a resposta da vidente de Lourdes a quantos a confortavam durante a longa enfermidade que por nove anos lhe causou sofrimentos indizíveis. A Virgem a tinha preparado para esta prova: “Não te prometo fazer-te feliz neste mundo, mas no outro”. O privilégio de ter sido escolhida pela Virgem, aos 14 anos, para confirmar a verdade dogmática da Imaculada Conceição, proclamada por Pio IX em 1854, valeu-lhe bem pouca glória humana.
Páscoa
Ela foi obrigada a ficar acamada por causa da asma, da tuberculose e de um tumor ósseo no joelho, teve de lutar com essas enfermidades durante 9 anos de sua vida. Faleceu com a idade de 35 anos, em 16 de abril de 1879.
Santa Maria Bernadete e o Papa Francisco
Dia Mundial do Enfermo
Em sua Mensagem para o Dia Mundial do Enfermo de 2017, o Papa Francisco recordou que “a humilde jovem de Lourdes afirmava que a Virgem, por ela definida ‘Bela Senhora’, a olhava como se olha para uma pessoa. Estas simples palavras descrevem a plenitude de uma relação. Assim, a pobre, analfabeta e doente Bernadete, sentia-se acolhida por Maria como pessoa. A ‘Bela Senhora’ dirigia-se a ela com grande respeito, mas sem comiseração”
“Bela Senhora”
“Depois dos acontecimentos na Gruta, graças à oração, – acrescentou o Papa – Bernadete transformou a sua fragilidade em ajuda aos outros; graças ao amor, foi capaz de enriquecer o próximo e, sobretudo, de oferecer a sua vida pela salvação da humanidade. O fato de a ‘Bela Senhora’ ter-lhe pedido para rezar pelos pecadores, nos recorda que os enfermos e os sofredores não têm somente o desejo de sarar, mas também de viver cristãmente a sua vida, chegando até a doá-la como autênticos discípulos missionários de Cristo”.
Devoção a Santa Maria Bernadete
Canonização
Em 1925, foi beatificada pelo Papa Pio XI, que a proclamou santa em 8 de dezembro de 1933. Assim tornou-se grande símbolo e testemunho da divulgação e proclamação do dogma da Imaculada Conceição. Sua vida está intimamente ligada à Maria e aos enfermos. 
Oração
Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santa Bernadete, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Minha oração
“Querida Bernadete, tão íntima da Virgem Maria e imitadora das Suas virtudes, concedei que eu também possa imitar-te na vida e no amor a Santíssima Mãe de Deus. Ajudai-me, em meio aos meus sofrimentos, que eu tenha paciência e mansidão, em tudo saiba ofertar-me a Deus, esse Pai tão Bondoso.”
Santa Maria Bernadete, rogai por nós!

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TERÇA-FEIRA, DIA 15 DE ABRIL DE 2025

SEMANA SANTA
Cor Litúrgica Roxa

Primeira leitura
Is 49,1-6
– Leitura do livro do profeta Isaías: 1Nações marinhas, ouvi-me, povos distantes, prestai atenção: o Senhor chamou-me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe ele tinha na mente o meu nome; 2fez de minha palavra uma espada afiada, protegeu-me à sombra de sua mão e fez de mim uma flecha aguçada, escondida em sua aljava, 3e disse-me: “Tu és o meu Servo, Israel, em quem serei glorificado”.  4E eu disse: “Trabalhei em vão, gastei minhas forças sem fruto, inutilmente; entretanto o Senhor me fará justiça e o meu Deus dará recompensa”. 5E agora me diz o Senhor – ele que me preparou desde o nascimento para ser seu Servo – que eu recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a ele; aos olhos do Senhor esta é a minha glória. 6Disse ele: “Não basta seres meu Servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até aos confins da terra”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 71,1-2.3-4a.5-6ab.15.17 (R: 15)
– Minha boca anunciará vossa justiça.
R: Minha boca anunciará vossa justiça.

– Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor: que eu não seja envergonhado para sempre! Porque sois justo, defendei-me e libertai-me! Escutai a minha voz, vinde salvar-me!
R: Minha boca anunciará vossa justiça.

– Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu refúgio, proteção e segurança! Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.
R: Minha boca anunciará vossa justiça.

– Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, em vós confio desde a minha juventude! Sois meu apoio desde antes que eu nascesse. Desde o seio maternal, o meu amparo.
R: Minha boca anunciará vossa justiça.

– Minha boca anunciará todos os dias vossa justiça e vossas graças incontáveis. Vós me ensinastes desde a minha juventude, e até hoje canto as vossas maravilhas.
R: Minha boca anunciará vossa justiça.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 13,21-33.36-38
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
– Salve, ó rei, obediente ao Pai, vós fostes levado para ser crucificado, como um manso cordeiro é conduzido à matança.
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, estando à mesa com seus discípulos, 21Jesus ficou profundamente comovido e testemunhou: “Em verdade, em verdade vos digo, um de vós me entregará”. 22Desconcertados, os discípulos olhavam uns para os outros, pois não sabiam de quem Jesus estava falando. 23Um deles, a quem Jesus amava, estava recostado ao lado de Jesus. 24Simão Pedro fez-lhe um sinal para que ele procurasse saber de quem Jesus estava falando. 25Então, o discípulo, reclinando-se sobre o peito de Jesus, perguntou-lhe: “Senhor, quem é?” 26Jesus respondeu: “É aquele a quem eu der o pedaço de pão passado no molho”. Então Jesus molhou um pedaço de pão e deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. 27Depois do pedaço de pão, Satanás entrou em Judas. Então Jesus lhe disse: “O que tens a fazer, executa-o depressa”. 28Nenhum dos presentes compreendeu por que Jesus lhe disse isso. 29Como Judas guardava a bolsa, alguns pensavam que Jesus lhe queria dizer: ‘Compra o que precisamos para a festa’, ou que desse alguma coisa aos pobres. 30Depois de receber o pedaço de pão, Judas saiu imediatamente. Era noite. 31Depois que Judas saiu, disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. 32Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo. 33Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. Vós me procurareis, e agora vos digo, como eu disse também aos judeus: ‘Para onde eu vou, vós não podeis ir’”. 36Simão Pedro perguntou: “Senhor, para onde vais?” Jesus respondeu-lhe: “Para onde eu vou, tu não me podes seguir agora, mas seguirás mais tarde”. 37Pedro disse: “Senhor, por que não posso seguir-te agora? Eu darei a minha vida por ti!” 38Respondeu Jesus: “Darás a tua vida por mim? Em verdade, em verdade te digo: o galo não cantará antes que me tenhas negado três vezes”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Damião de Veuster, patrono espiritual dos leprosos e marginalizados

Origens
Josef de Veuster-Wouters nasceu no dia 3 de janeiro de 1840, numa pequena cidade da Bélgica. Cresceu em um lar católico de pequenos proprietários agrícolas, foi o mais novo entre sete irmãos. Ele viu duas irmãs e seu irmão mais velho tornarem-se religiosos, esse último da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria. 
O chamado é mais forte
Contrariando a expectativa do pai, que queria que ele se tornasse seu sucessor nos negócios familiares, Josef sentiu o chamado à vida religiosa. Sonhava ser missionário em terras longínquas, como São Francisco Xavier, por quem nutria grande devoção. Tendo ingressado na mesma congregação de seu irmão, recebeu o nome religioso de Damião.
Ide
Com 21 anos, Damião estava em Paris, terminando seus estudos teológicos, quando ouviu a palestra de um bispo do Havaí, em que ele falava dos problemas da região e tentava conseguir missionários para ir até o local. Uma epidemia de febre tifoide atingiu o colégio. E seu irmão, que se candidatara para ir em missão, adoeceu e não pôde ir. Damião, que ainda nem havia sido ordenado sacerdote, pediu insistentemente que fosse enviado para o Havaí. O desejo era tamanho, que escreveu uma carta ao superior da Ordem do Sagrado Coração, que permitiu sua partida.
“O corpo corrompe-se rapidamente. Só a alma é importante.” (São Damião de Veuster)
Ordenação e missão
Foi ordenado sacerdote e partiu numa viagem complicada, que durou quase cinco meses, um prenúncio do calvário que seria a sua vida a partir de então. Após oito anos de uma experiência desafiadora, mas fecunda entre os nativos do Havaí, algo de novo mudaria sua vida completamente.
Por amor às almas, enfrentou a lepra
Naquela época, havia uma grande disseminação de lepra no arquipélago do Havaí, possivelmente oriundo dos imigrantes chineses que chegavam à região. Os nativos polinésios não tinham nenhuma resistência à bactéria que causa a lepra, doença considerada incurável na época e normalmente associada – de maneira completamente equivocada – à pobreza e aos hábitos morais reprováveis.
Ilha Molokai
Temendo uma proliferação em todo o território, o governo local tomou uma decisão duríssima. Decidiu levar os leprosos do Havaí, à força, para uma ilha à qual somente seria possível chegar ou sair de navio. Preocupado com as almas daqueles doentes, o bispo local sondou os sacerdotes para saber se alguém se voluntariava para ir à ilha Molokai, sabendo que quem se dispusesse estava assinando uma sentença de morte, já que o contágio era inevitável.
Ida de São Damião de Veuster para Ilha repleta de leprosos
Cenário infernal
Quatro sacerdotes se apresentaram, dentre eles, Damião, que foi escolhido para ir primeiro. Uma vez lá, ele se deparou com um cenário verdadeiramente infernal. Abandonados à própria sorte, quase mil leprosos – esse número variou muito ao longo dos anos – viviam na completa pobreza material e moral, entregues à devassidão, às drogas e ao crime.
Santa Missa
O primeiro ato do padre Damião foi celebrar uma Missa, numa capela ainda inacabada, com a participação de apenas dois leprosos. À medida que o tempo foi passando, o padre Damião foi tomando consciência do imenso desafio que tinha pela frente. Movido pelo amor a Deus e pelo desejo de salvação das almas, ele foi, para aqueles leprosos, médico, carpinteiro, pedreiro, cozinheiro, professor e, principalmente, sacerdote, pai, pastor de almas.
Sepultou milhares
Quando chegou à Molokai, a situação era tão calamitosa que os mortos sequer eram enterrados. O padre Damião cavou e sepultou mais de dois mil leprosos ao longo dos quinze anos que permaneceu na ilha. Construiu trezentas cabanas, fez cerca de dois mil caixões, organizou o cemitério, construiu uma igrejinha de alvenaria, um pequeno hospital, um pequeno canal para fazer chegar água potável para o povoado. Mais do que as obras, ele devolveu àquele povo o sentido de viver, tratando os leprosos sempre com amor e carinho. 
Vítima da lepra
Após dez anos de apostolado em Molokai, certa vez, ele derramou água quente no pé e não sentiu nada: era a comprovação de que havia contraído a lepra. Na homilia do domingo seguinte, deu a notícia aos seus fiéis leprosos da seguinte forma:
“Nossa verdadeira pátria é o Céu, para onde nós, os leprosos, estamos certos de ir muito em breve […]. Lá não haverá mais nem lepra nem feiura, e seremos transfigurados.”
Devoção a São Damião de Veuster
Clareira no coração da história
São Damião de Veuster é “uma clareira no coração da história”, e nos ensina que “nenhum sacrifício é grande demais se feito por amor a Jesus Cristo”. Seu exemplo comoveu o mundo, a ponto de membros de diversas religiões admirarem sua determinação e seu amor pelos leprosos. A respeito dele, Mahatma Ghandi disse: “É preciso saber de onde tirou este homem a força para tal heroísmo”. Nós sabemos de onde ele tirou esta força: da Eucaristia, centro da sua vida, alimento diário, pão dos fortes e sustento dos fracos.
Canonização
Na homilia de sua canonização, ocorrida no dia 11 de outubro de 2009, o Papa Bento XVI diz que São Damião de Veuster, “o servidor da Palavra que se tornou assim um servo sofredor, leproso com os leprosos”, “convida-nos a abrir os olhos sobre as lepras que desfiguram a humanidade dos nossos irmãos e interpelam ainda hoje, mais do que a nossa generosidade, a caridade da nossa presença servidora”.
Minha oração
“São Damião de Veuster, seu exemplo me ensina que é possível sair de mim mesmo e ir ao encontro dos leprosos de nosso tempo, dos marginalizados, daqueles com quem ninguém se importa. Inspirai-me a doar a minha vida, a ser tudo para todos por amor a Jesus Cristo.
Ajudai-me a perseverar no serviço e na oração, rogai por mim, para que eu tenha tal amor a Cristo que me desapegue inclusive da minha própria vida.
Ajudai-me a perceber que não há sacrifício grande demais se eu o fizer por amor a Nosso Senhor.
Ajudai-me a nunca parar nas aparências, nunca nutrir preconceitos com quem quer que seja, mas ser sempre o rosto e as mãos amorosas de Cristo para todos aqueles que precisam ser amados e cuidados neste mundo.”
São Damião de Veuster, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 14 DE ABRIL DE 2025

SEMANA SANTA
Cor Litúrgica Roxa

Primeira leitura
Is 42,1-7
– Leitura do livro do profeta Isaías: 1“Eis o meu servo – eu o recebo; eis o meu eleito – nele se compraz minha alma; pus meu espírito sobre ele, ele promoverá o julgamento das nações. 2Ele não clama nem levanta a voz, nem se faz ouvir pelas ruas. 3Não quebra uma cana rachada nem apaga um pavio que ainda fumega; mas promoverá o julgamento para obter a verdade. 4Não esmorecerá nem se deixará abater, enquanto não estabelecer a justiça na terra; os países distantes esperam seus ensinamentos”. 5Isto diz o Senhor Deus, que criou o céu e o estendeu, firmou a terra e tudo que dela germina, que dá a respiração aos seus habitantes e o sopro da vida ao que nela se move: 6“Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te constituí como o centro de aliança do povo, luz das nações, 7para abrires os olhos dos cegos, tirar os cativos da prisão, livrar do cárcere os que vivem nas trevas.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.  
Salmo Responsorial: Sl 27,1.2.3.13-14 (R:1a)
– O Senhor é minha luz e salvação.
R: O Senhor é minha luz e salvação.

– O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei?
R: O Senhor é minha luz e salvação.

– Quando avançam os malvados contra mim, querendo devorar-me, são eles, inimigos e opressores, que tropeçam e sucumbem.
R: O Senhor é minha luz e salvação.

– Se contra mim um exército se armar, não temerá meu coração; se contra mim uma batalha estourar, mesmo assim confiarei.
R: O Senhor é minha luz e salvação.

– Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!
R: O Senhor é minha luz e salvação.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 12,1-11
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
– Salve, nosso rei, somente vós tendes compaixão dos nossos erros (Ez 33,11)
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!  
– 1Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele havia ressuscitado dos mortos. 2Ali ofereceram a Jesus um jantar; Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. 3Maria, tomando quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo.  4Então, falou Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de entregar: 5“Por que não se vendeu este perfume por trezentas moedas de prata, para dá-las aos pobres?” 6Judas falou assim, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão; ele tomava conta da bolsa comum e roubava o que se depositava nela. 7Jesus, porém, disse: “Deixa-a; ela fez isto em vista do dia da minha sepultura. 8Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis”. 9Muitos judeus, tendo sabido que Jesus estava em Betânia, foram para lá, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Jesus ressuscitara dos mortos. 10Então, os sumos sacerdotes decidiram matar também Lázaro, 11porque por causa dele, muitos deixavam os judeus e acreditavam em Jesus.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santa Ludovina, invocada como intercessora dos doentes crônicos

Origem
Santa Ludovina nasceu em 1380 na Holanda. Sua família era humilde, caridosa e, principalmente, riquíssima em espiritualidade. 
Infância caridosa
Ainda quando criança, Ludovina recolhia alimentos e roupas para doar aos pobres e doentes. Foi uma jovem viva, eficaz e cheia de brincadeiras.
Possibilidades
Antes dos 15 anos de idade, ela recebeu muitas propostas de casamento, mas, por amor a Jesus, permaneceu fiel em sua vocação por uma vida consagrada ao Senhor.
Santa Ludovina e a entrega total ao Senhor
Adolescência
Em sua adolescência, sofreu um acidente e ficou praticamente paralisada. Enfrentou a enfermidade com ajuda da família e de seu diretor espiritual. Encontrou, nessa situação, uma oportunidade de se unir-se à cruz gloriosa do Senhor.
Espiritualidade da cruz
Tinha uma forte intimidade com a cruz do Senhor. E pautava sua vida pela ciência da cruz. Enfrentou vários desafios. Ao longo de sua vida, foi incompreendida por muitos e até acusada de mentirosa. Seu legado não para por aí, diante de todas as realidades, a jovem resolveu dar a mesma resposta de Jesus no alto da cruz. Enxergando todas essas realidades, a partir do amor e do perdão, a santa oferecia todas as suas dores pela conversão dos pecadores, e pela salvação das almas. Por fim, não pedia mais que o Senhor aliviasse suas dor, pois todas as coisas eram ordenadas para o amor.
Vida penitencial intensa
Segundo a história, passou cerca de 7 anos sem comer nem beber nada. Recebia, como alimento, Jesus Eucarístico. No dia 14 de abril do ano de 1433, foi chamada à eternidade. Morreu de forma serena e em paz. Em 1890, o Papa Leão XII elevou a santa ao altar e autorizou o seu culto para o dia de sua morte.
Devoção a Santa Ludovina
Segundo a tradição
É invocada como intercessora dos doentes crônicos
Minha oração
“Senhor Jesus, perdoe as nossas ansiedades e desespero nos momentos de dor. Concedei-nos, pelas preces de Santa Ludovina, que soube manter a serenidade durante sua enfermidade, a paciência para enfrentar com coragem e paz as dores e as tristezas. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!”
Santa Ludovina, rogai por nós!

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DOMINGO, DIA 13 DE ABRIL DE 2025

RAMOS E PAIXÃO DO SENHOR.
Cor Litúrgica Vermelha

Primeira leitura
Is 50,4-7
– Leitura do livro do profeta Isaías: 4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é meu auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 22,8-9.17-18a.19-20.23-24 (R: 2a)
– Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?
R: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?

– Riem de mim todos aqueles que me veem, torcem os lábios e sacodem a cabeça: “Ao Senhor se confiou, ele o liberte e agora o salve, se é verdade que ele o ama!”
R: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?

– Cães numerosos me rodeiam furiosos, e por um bando de malvados fui cercado. Transpassaram minhas mãos e os meus pés e eu posso contar todos os meus ossos.
R: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?

– Eles repartem entre si as minhas vestes e sorteiam entre si a minha túnica. Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe, ó minha força, vinde logo em meu socorro!
R: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?

– Anunciarei o vosso nome a meus irmãos e no meio da assembleia hei de louvar-vos! Vós, que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores, glorificai-o, descendentes de Jacó, e respeitai-o, toda a raça de Israel!
R: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?

Segunda leitura
Fl 2,6-11
– Leitura da carta de São Paulo aos Filipenses: 6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Evangelho para Procissão de Ramos
Evangelho (Lc 19,28-40)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 28 Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém. 29 Quando se aproximou de Betfagé e Betânia, perto do monte chamado das Oliveiras, enviou dois de seus discípulos, dizendo: 30 “Ide ao povoado ali na frente. Logo na entrada encontrareis um jumentinho amarrado, que nunca foi montado. Desamarrai-o e trazei-o aqui. 31 Se alguém, por acaso, vos perguntar: ‘Por que desamarrais o jumentinho?’, respondereis assim: ‘O Senhor precisa dele'”. 32 Os enviados partiram e encontraram tudo exatamente como Jesus lhes havia dito. 33 Quando desamarravam o jumentinho, os donos perguntaram: “Por que estais desamarrando o jumentinho?” 34 Eles responderam: “O Senhor precisa dele”. 35 E levaram o jumentinho a Jesus. Então puseram seus mantos sobre o animal e ajudaram Jesus a montar. 36 E enquanto Jesus passava, o povo ia estendendo suas roupas no caminho. 37 Quando chegou perto da descida do monte das Oliveiras, a multidão dos discípulos, aos gritos e cheia de alegria, começou a louvar a Deus por todos os milagres que tinha visto. 38 Todos gritavam: “Bendito o Rei, que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas!” 39 Do meio da multidão, alguns dos fariseus disseram a Jesus: “Mestre, repreende teus discípulos!” 40 Jesus, porém, respondeu: “Eu vos declaro: se eles se calarem, as pedras gritarão”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Anúncio do Evangelho (Lucas 23,1-49) – forma breve
Narrador 1: Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo + segundo Lucas.
Naquele tempo, 1 toda a multidão se levantou e levou Jesus a Pilatos. 2 Começaram então a acusá-lo, dizendo:
Ass.: “Achamos este homem fazendo subversão entre o nosso povo, proibindo pagar impostos a César e afirmando ser ele mesmo Cristo, o Rei”.
Narrador: 3 Pilatos o interrogou:
Leitor 1: “Tu és o rei dos judeus?”
Narrador: Jesus respondeu, declarando:
Pres.: “Tu o dizes!”
Narrador: 4 Então Pilatos disse aos sumos sacerdotes e à multidão:
Leitor 1: “Não encontro neste homem nenhum crime”.
Narrador: 5 Eles, porém, insistiam:
Ass.: “Ele agita o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui”.
Narrador: 6 Quando ouviu isto, Pilatos perguntou:
Leitor 1: “Este homem é galileu?”
Narrador: 7 Ao saber que Jesus estava sob a autoridade de Herodes, Pilatos enviou-o a este, pois também Herodes estava em Jerusalém naqueles dias. 8 Herodes ficou muito contente ao ver Jesus, pois havia muito tempo desejava vê-lo. Já ouvira falar a seu respeito e esperava vê-lo fazer algum milagre. 9 Ele interrogou-o com muitas perguntas. Jesus, porém, nada lhe respondeu.
10 Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei estavam presentes e o acusavam com insistência. 11 Herodes, com seus soldados, tratou Jesus com desprezo, zombou dele, vestiu-o com uma roupa vistosa e mandou-o de volta a Pilatos. 12 Naquele dia Herodes e Pilatos ficaram amigos um do outro, pois antes eram inimigos.
13 Então Pilatos convocou os sumos sacerdotes, os chefes e o povo, e lhes disse:
Leitor 1: 14 “Vós me trouxestes este homem como se fosse um agitador do povo. Pois bem! Já o interroguei diante de vós e não encontrei nele nenhum dos crimes de que o acusais; 15 nem Herodes, pois o mandou de volta para nós. Como podeis ver, ele nada fez para merecer a morte. 16 Portanto, vou castigá-lo e o soltarei”.
Narrador: 18 Toda a multidão começou a gritar:
Ass.: “Fora com ele! Solta-nos Barrabás!”
Narrador: 19 Barrabás tinha sido preso por causa de uma revolta na cidade e por homicídio. 20 Pilatos falou outra vez à multidão, pois queria libertar Jesus. 21 Mas eles gritaram:
Ass.: “Crucifica-o! Crucifica-o!”
Narrador: 22 E Pilatos falou pela terceira vez:
Leitor 1: “Que mal fez este homem? Não encontrei nele nenhum crime que mereça a morte. Portanto, vou castigá-lo e o soltarei”.
Narrador: 23 Eles, porém, continuaram a gritar com toda a força, pedindo que fosse crucificado. E a gritaria deles aumentava sempre mais. 24 Então Pilatos decidiu que fosse feito o que eles pediam. 25 Soltou o homem que eles queriam — aquele que fora preso por revolta e homicídio — e entregou Jesus à vontade deles.
26 Enquanto levavam Jesus, pegaram um certo Simão, de Cirene, que voltava do campo, e impuseram-lhe a cruz para carregá-la atrás de Jesus. 27 Seguia-o uma grande multidão do povo e de mulheres que batiam no peito e choravam por ele. 28 Jesus, porém, voltou-se e disse:
Pres.: “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai por vós mesmas e por vossos filhos! 29 Porque dias virão em que se dirá: ‘Felizes as mulheres que nunca tiveram filhos, os ventres que nunca deram à luz e os seios que nunca amamentaram’. 30 Então começarão a pedir às montanhas: ‘Cai sobre nós! e às colinas: ‘Escondei-nos!’ 31 Porque, se fazem assim com a árvore verde, o que não farão com a árvore seca?”
Narrador: 32 Levavam também outros dois malfeitores para serem mortos junto com Jesus. 33 Quando chegaram ao lugar chamado “Calvário”, ali crucificaram Jesus e os malfeitores: um à sua direita e outro à sua esquerda. 34 Jesus dizia:
Pres.: “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!”
Narrador: Depois fizeram um sorteio, repartindo entre si as roupas de Jesus. 35 O povo permanecia lá, olhando. E até os chefes zombavam, dizendo:
Ass.: “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Escolhido!”
Narrador: 36 Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre, 37 e diziam: Ass.: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!”
Narrador: 38 Acima dele havia um letreiro:
Leitor 2: “Este é o Rei dos Judeus”.
Narrador: 39 Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo:
Leitor 2: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!”
Narrador: 40 Mas o outro o repreendeu, dizendo:
Leitor 1: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? 41Para nós, é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal”.
Narrador: 42 E acrescentou:
Leitor 1: “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”.
Narrador: 43 Jesus lhe respondeu: Pres.: “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso”.
Narrador: 44 Já era mais ou menos meio-dia e uma escuridão cobriu toda a terra até as três horas da tarde, 45 pois o sol parou de brilhar. A cortina do santuário rasgou-se pelo meio,46e Jesus deu um forte grito:
Pres.: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”.
Narrador: Dizendo isso, expirou.
(Aqui todos se ajoelham e faz-se uma pausa.)
Narrador: 47 O oficial do exército romano viu o que acontecera e glorificou a Deus, dizendo:
Leitor 1: “De fato! Este homem era justo!”
Narrador: 48 E as multidões, que tinham acorrido para assistir, viram o que havia acontecido e voltaram para casa, batendo no peito. 49 Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que o acompanhavam desde a Galileia, ficaram a distância, olhando essas coisas.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

SANTO DO DIA
Santa Margarida, cega, abandonada pelos pais, tornou-se religiosa

Origem
Margarida nasceu numa família nobre por volta do ano de 1287, em Urbino, Itália. Cega e com uma deformação física, seus pais tinham vergonha de apresentá-la ao mundo. Então, ela viveu cerca de cinco anos no escondimento, dentro de uma cela, onde foi educada com princípios cristãos.
O abandono dos pais
Em 1292, os pais de Margarida ficam sabendo que, na pequena Città de Castello, morreu um franciscano com fama de ser santo, Frade Tiago da Città de Castello, que foi sepultado na Igreja de São Francisco. Acreditando que a pequena Margarida seria curada, a levaram até lá e ficaram esperando o milagre acontecer. Ao se darem conta de que não houve a cura, eles a abandonaram junto ao túmulo.
Vida nas ruas e Providência de Deus
A menina ficou pelas ruas mendigando, vivendo com ajuda da solidariedade do povo, até que foi acolhida numa pequena comunidade de freiras. Margarida, desde pequena, já tinha devoção ao Senhor e buscava uma vida austera e de mortificações, o que causou nas monjas um desconforto. Com o tempo, ela foi mandada embora.

Acolhida
Margarida volta para as ruas e é acolhida por um casal de cristãos, Grigia e Venturino, que já tinham dois filhos, mas compadecera-se da situação dela e a levaram para morar com eles. Ela vivia em um pequeno cômodo da casa, onde fazia suas práticas de oração, mortificações e jejum.
Santa Margarida e o serviço ao próximo e a vida cristã
Caridosa 
Dotada de dons espirituais, Margarida ajudou a dar uma educação cristã aos filhos do casal e ainda ajudava em obras de caridade, visitava prisioneiros e enfermos. Ela frequentava a Igreja da Caridade dos Frades Pregadores e fazia parte dos membros leigos da Ordem da Penitência de São Domingos.
A via de santificação e sua páscoa
A deficiência de Margarida e toda a rejeição que ela sofreu não a impediram de levar uma vida virtuosa e de oração constante. Meditava sobre a vida de Cristo e, por isso, buscava conformar seus sofrimentos ao d’Ele. Tão intensa foi a sua busca, que ela morreu em 13 de abril de 1320, com 33 anos, assim como seu amado Jesus.
Ensinamento
Uma mulher que sofreu muito, mas nunca deixou de acreditar que o Senhor cuidava dela. Seus traumas e feridas se transformaram em amor e caridade pelo próximo. Não era preciso que Margarida visse, porque a alma dela enxergava o necessário: o amor incondicional que o Senhor tinha por ela.
Uma oportunidade para aprender sobre a vontade de Deus
Um Convite
Observar a vida de santa Margarida é um convite a refletir sobre como nos colocamos diante da vontade de Deus. Será que quando pedimos coisas a Deus e Ele não realiza nos conformamos? Conhecer a vida de Santa Margarida é uma oportunidade para aprender a se conformar com a vontade de Deus. Muitas vezes, Ele tem coisas maiores para nós. Se o milagre que pedimos não acontece é porque o Senhor sabe o que é melhor pra nós. A vontade d’Ele precisa prevalecer.
Papa Francisco
Em 24 de abril de 2021, o Papa Francisco usou um procedimento denominado “canonização equipolente” para canonizar Santa Margarida de Città de Castello.
Minha oração
“Senhor, ensine-me, assim como Santa Margarida, a buscar a Sua vontade. Que meus desejos estejam em conformidade com os seus e que todas as minhas feridas sejam tocadas pelo seu amor. Dai-me a graça de enxergar com os olhos da alma e a abandonar-me a tua Providência.”
Santa Margarida, rogai por nós!

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SÁBADO, DIA 12 DE ABRIL DE 2025

V SEMANA DA QUARESMA
Cor Litúrgica Roxa

Primeira leitura
Ez 37,21-28
– Leitura da profecia de Ezequiel: 21Assim diz o Senhor Deus: “Eu mesmo vou Ttomar os israelitas do meio das nações para onde foram, vou recolhê-los de toda parte e reconduzi-los para a sua terra. 22Farei deles uma nação única no país, nos montes de Israel, e apenas um rei reinará sobre todos eles. Nunca mais formarão duas nações, nem tornarão a dividir-se em dois reinos. 23Não se mancharão mais com os seus ídolos e nunca mais cometerão infames abominações. Eu os libertarei de todo o pecado que cometeram em sua infidelidade, e os purificarei. Eles serão o meu povo e eu serei o seu Deus.
24Meu servo Davi reinará sobre eles, e haverá para todos eles um único pastor. Viverão segundo meus preceitos e guardarão minhas leis, pondo-as em prática. 25Habitarão no país que dei a meu servo Jacó, onde moraram vossos pais; ali habitarão para sempre, também eles, com seus filhos e netos, e o meu servo Davi será o seu príncipe para sempre. 26Farei com eles uma aliança de paz, será uma aliança eterna. Eu os estabelecerei e multiplicarei, e no meio deles porei meu santuário para sempre. 27Minha morada estará junto deles. Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. 28Assim as nações saberão que eu, o Senhor, santifico Israel, por estar o meu santuário no meio deles para sempre”.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl (Jr 31),10.11-12ab.13 (R: 10d)
– O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.
R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

– Ouvi, nações, a palavra do Senhor e anunciai-a nas ilhas mais distantes: “Quem dispersou Israel, vai congregá-lo, e o guardará qual pastor a seu rebanho!”
R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

– Pois, na verdade, o Senhor remiu Jacó e o libertou do poder do prepotente. Voltarão para o monte de Sião, entre brados e cantos de alegria afluirão para as bênçãos do Senhor:
R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

– Então a virgem dançará alegremente, também o jovem e o velho exultarão; mudarei em alegria o seu luto, serei consolo e conforto após a guerra.
R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 11,45-56
Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
– Lançai para bem longe toda a vossa iniquidade! Criai em vós um novo espírito e um novo coração!  (Ez 18,31)
Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, 45muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele. 46Alguns, porém, foram ter com os fariseus e contaram o que Jesus tinha feito. 47Então os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram o Conselho e disseram: “Que faremos? Este homem realiza muitos sinais. 48Se deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar Santo e a nossa nação”. 49Um deles, chamado Caifás, sumo sacerdote em função naquele ano, disse: “Vós não entendeis nada. 50Não percebeis que é melhor um só homem morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” 51Caifás não falou isso por si mesmo. Sendo sumo sacerdote em função naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação. 52E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos. 53A partir desse dia, as autoridades judaicas tomaram a decisão de matar Jesus.  54Por isso, Jesus não andava mais em público no meio dos judeus. Retirou-se para uma região perto do deserto, para a cidade chamada Efraim. Ali permaneceu com os seus discípulos. 55A Páscoa dos judeus estava próxima. Muita gente do campo tinha subido a Jerusalém para se purificar antes da Páscoa. 56Procuravam Jesus e, ao reunirem-se no Templo, comentavam entre si: “Que vos parece? Será que ele não vem para a festa?”
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São José Moscati

Hoje é celebrado São José Moscati, o “médico dos pobres”
São José Moscati foi um pesquisador científico e professor universitário que atendia gratuitamente os necessitados, especialmente crianças e idosos. É conhecido como o “médico dos pobres” e sua devoção é notória em Nápoles, a segunda cidade mais povoada da Itália.
Após a morte de seu irmão, começou a amadurecer sua paixão pela medicina e, por isso, decidiu se matricular na Universidade de Nápoles Federico II em 1897. Ao término de seus estudos, graduou-se com honras.
Naquela época, José costumava se levantar muito cedo para ir à Missa e receber a comunhão. Depois, dirigia-se às colônias pobres para ver alguns enfermos e, às 8h30, iniciava o trabalho no hospital. Nunca cobrou dinheiro aos pobres, aos quais ajudava sempre com um sorriso e sem fazer-se notar.
Faleceu em 12 de abril de 1927, perto de completar 47 anos, após uma vida de serviço aos necessitados. O povo de Nápoles imediatamente o reconheceu como “o médico santo”  e os pobres choraram sua perda.
Entre os primeiros que foram rezar diante de seu corpo esteve o Cardeal Ascalesi, que ante os presentes disse: “O doutor pertenceu à Igreja; não daqueles que curou o corpo, mas daqueles que salvou a alma e que saíram ao seu encontro enquanto subia ao céu”.
Foi beatificado em 1975 pelo Beato Paulo VI e canonizado graças ao milagre da cura de leucemia do jovem José Montefusco, em 1979. Foi canonizado por São João Paulo II em 25 de outubro de 1987.

São José Moscati, rogai por nós!

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SEXTA-FEIRA, DIA 11 DE ABRIL DE 2025

V SEMANA DA QUARESMA
Cor Litúrgica Roxa

Primeira leitura
Jr 20,10-13
– Leitura do livro do profeta Jeremias: 10Eu ouvi as injúrias de tantos homens e os vi espalhando o medo em redor: “Denunciai-o, denunciemo-lo”. Todos os amigos observam minhas falhas: “Talvez ele cometa um engano e nós poderemos apanhá-lo e desforrar-nos dele”. 11Mas o Senhor está ao meu lado, como forte guerreiro; por isso, os que me perseguem cairão vencidos. Por não terem tido êxito, eles se cobrirão de vergonha. Eterna infâmia, que nunca se apaga! 12Ó Senhor dos exércitos, que provas o homem justo e vês os sentimentos do coração, rogo-te me faças ver tua vingança sobre eles; pois eu te declarei a minha causa. 13Cantai ao Senhor, louvai ao Senhor, pois ele salvou a vida de um pobre homem das mãos dos maus.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 18,2-3a3bc-4.5-6.7 (R: 7)
– Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e ele escutou a minha voz.
R: Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e ele escutou a minha voz.

– Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força, minha rocha, meu refúgio e Salvador!
R: Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e ele escutou a minha voz.

– Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga, minha força e poderosa salvação, sois meu escudo e proteção: em vós espero! Invocarei o meu Senhor: a ele a glória! e dos meus perseguidores serei salvo!
R: Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e ele escutou a minha voz.

– Ondas da morte me envolveram totalmente, e as torrentes da maldade me aterraram; os laços do abismo me amarraram e a própria morte me prendeu em suas redes!
R: Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e ele escutou a minha voz.

– Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e elevei o meu clamor para meu Deus; de seu Templo ele escutou a minha voz, e chegou a seus ouvidos o meu grito!
R: Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e ele escutou a minha voz.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 10,31-42
Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai que é amor!
Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai que é amor!
– Senhor, tuas palavras são espírito, são vida; só tu tens palavra de vida eterna! (Jo 6,63.68)
Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai que é amor!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 31os judeus pegaram pedras para apedrejar Jesus. 32E ele lhes disse: “Por ordem do Pai, mostrei-vos muitas obras boas. Por qual delas me quereis apedrejar?” 33Os judeus responderam: “Não queremos te apedrejar por causa das obras boas, mas por causa de blasfêmia, porque sendo apenas um homem, tu te fazes Deus!” 34Jesus disse: “Acaso não está escrito na vossa Lei: ‘Eu disse: vós sois deuses’?  35Ora, ninguém pode anular a Escritura: se a Lei chama deuses as pessoas às quais se dirigiu a palavra de Deus, 36por que então me acusais de blasfêmia, quando eu digo que sou Filho de Deus, eu a quem o Pai consagrou e enviou ao mundo? 37Se não faço as obras do meu Pai, não acrediteis em mim. 38Mas, se eu as faço, mesmo que não queirais acreditar em mim, acreditai nas minhas obras, para que saibais e reconheçais que o Pai está em mim e eu no Pai”. 39Outra vez procuravam prender Jesus, mas ele escapou das mãos deles. 40Jesus passou para o outro lado do Jordão, e foi para o lugar onde, antes, João tinha batizado. E permaneceu ali. 41Muitos foram ter com ele, e diziam: “João não realizou nenhum sinal, mas tudo o que ele disse a respeito deste homem, é verdade”. 42E muitos, ali, acreditaram nele.

– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santa Gema Galgani, a virgem intercessora dos farmacêuticos

Origens
Gemma, conforme nome original em italiano, teve uma curta existência nesta terra. Nasceu em Camigliano, na Toscana, em 1878, e morreu em Lucca, aos 25 anos. É uma história de fervorosa piedade, de caridade e de contínuos sofrimentos. 
Saúde frágil e bullying
Seus sofrimentos foram causados, em parte, por uma saúde débil, como também pela pobreza em que sua família caiu, pela zombaria daqueles que se ofendiam com suas práticas devocionais, seus êxtases e outros fenômenos e por aquilo que ela acreditava serem assaltos do demônio. Mas ela contava com o consolo da comunhão constante com Nosso Senhor, que lhe falava como se estivesse corporalmente presente e também encontrou muita bondade por parte da família Giannini, que a tratou nos seus últimos anos de vida, depois da morte do pai, quase como uma filha adotiva.
Uma joia
Ao nascer, Gema recebeu esse nome, que, em italiano, significa joia, por ser a primeira menina dos cinco filhos do casal Galgani, que foi abençoado com um total de oito filhos.
Santa Gema Galgani: Intercessora dos Farmacêuticos
Infância católica versus orfandade
Gema Galgani teve uma infância feliz, cercada de atenção pela mãe, que lhe ensinava as orações e o catecismo com alegria, incutindo o amor a Jesus na pequena. Ela aprendeu tão bem que não se cansava de recitá-las e pedia constantemente à mãe que lhe contasse as histórias da vida de Jesus. Mas essa felicidade caseira terminou aos sete anos. Sua mãe morreu precocemente e sua ausência também logo causou o falecimento do pai. Órfã, caiu doente e só suplantou a grave enfermidade graças ao abrigo encontrado no seio de uma família de Luca, também muito católica, que a adotou e cuidou de sua formação.
Religião como refúgio
Conta-se que Gema, com a tragédia da perda dos pais, apegou-se ainda mais à religião. Recebeu a primeira eucaristia, antes mesmo do tempo marcado para as outras meninas, e levava tão a sério os conceitos de caridade que dividia a própria merenda com os pobres. Demonstrava, sempre, vontade de tornar-se freira e tentou fazê-lo logo depois que Nossa Senhora lhe apareceu em sonho. Pediu a entrada no convento da Ordem das Passionistas de Corneto, mas a resposta foi negativa. Muito triste com a recusa, fez para si mesma os juramentos do serviço religioso, os votos de castidade e caridade, e fatos prodigiosos começaram a ocorrer em sua vida.
Sobrenatural
Quando rezava, Gema era constantemente vista rodeada de uma luz divina. Conversava com anjos e recebia a visita de São Gabriel, de Nossa Senhora das Dores, devoção passionista, como ela desejara ser. Logo lhe apareceram no corpo os estigmas de Cristo, que lhe trouxeram terríveis sofrimentos, mas que era tudo o que ela mais desejava.
Final da Vida e Devoção a Santa Gema Galgani
Últimos dias
Entretanto, fisicamente fraca, os estigmas e as penitências, que se autoinfligia, acabaram por consumir a sua vida. Gema Galgani morreu muito doente, aos vinte e cinco anos, no Sábado Santo, dia 11 de abril de 1903.
Devoção
Imediatamente após sua morte, começou a devoção e veneração à “Virgem de Luca”, como passou a ser conhecida. Estão registradas muitas graças operadas com a intercessão de Gema Galgani, que foi canonizada em 1940 pelo Papa Pio XII, que a declarou modelo para a juventude da Igreja, autorizando sua festa litúrgica para o dia de sua morte.
Minha oração
“Ó Senhor, quantos são os órfãos de pai e mãe! Socorrei-os, Te pedimos. Tantos também não O reconhecem como o Pai do céu e Nossa Senhora como Mãe, Te pedimos iluminai-os.”
Santa Gema Galgani, rogai por nós!

Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 11 de abril
• Memória de Santo Estanislau, bispo e mártir, que, no meio das injustiças do seu tempo, foi um defensor incansável dos valores humanos e do ideal cristão. († 1079)
• Beato Simproniano Ducki, religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e mártir, na Polônia. († 1942)
• Santo Antipas, que, como testemunha fiel de que fala São João no Apocalipse, sofreu o martírio pelo nome de Jesus.
• São Filipe, bispo de Gortina, na ilha de Creta, que defendeu energicamente a Igreja que lhe foi confiada. († c. 180)
• São Donião, bispo e mártir, que, segundo a tradição, foi assassinado na perseguição do imperador Diocleciano, na atual Croácia. († 299)
• São Barsanúfio, anacoreta, insigne pelos seus dons extraordinários de contemplação e pela integridade da sua vida. († 540)
• Santo Isaac, monge, originário da Síria e fundador do mosteiro de Monteluco, cujas virtudes são mencionadas por São Gregório Magno, na Itália. († c. 550)
• Beato Lanuíno, companheiro de São Bruno e seu sucessor, que foi um egrégio intérprete do espírito do fundador na instituição de mosteiros da Ordem Cartusiana, na Itália. († 1119)
• Beata Sancha, virgem, filha do rei Sancho I, que fundou o mosteiro de monjas cisterciense de Celas, onde tomou o hábito religioso, em Portugal. († 1229)
• Beato Ângelo de Chiavasso (António Carlétti), presbítero da Ordem dos Menores, insígne pela sua doutrina, prudência e caridade. († 1495)
• Beato Jorge Gervase, presbítero da Ordem de São Bento e mártir, que, mesmo preso duas vezes durante o exercício do ministério pastoral, professou sempre com admirável constância a fé católica até ao martírio na forca. († 1608)
• Beata Helena Guerra, virgem, que fundou a Congregação das Oblatas do Espírito Santo para a formação da juventude feminina, na Itália. († 1914)

Fontes:
• vaticannews.va
• Martirológio Romano
• franciscanos.org.br
– Redação: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova
Santos e Santas de Deus, rogai por nós!