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QUINTA-FEIRA SANTA, DIA 28 DE MARÇO DE 2024

CEIA DO SENHOR
Cor Litúrgica branco

Primeira leitura
Ex 12,1-8.11-14
– Leitura do livro Êxodo – Naqueles dias: 1O Senhor disse a Moisés e a Aarão no Egito: 2“Este mês será para vós o começo dos meses; será o primeiro mês do ano. 3Falai a toda a comunidade dos filhos de Israel, dizendo: ‘No décimo dia deste mês, cada um tome um cordeiro por família, um cordeiro para cada casa. 4Se a família não for bastante numerosa para comer um cordeiro, convidará também o vizinho mais próximo, de acordo com o número de pessoas. Deveis calcular o número de comensais, conforme o tamanho do cordeiro. 5O cordeiro será sem defeito, macho, de um ano. Podereis escolher tanto um cordeiro, como um cabrito: 6e devereis guardá-lo preso até ao dia catorze deste mês. Então toda a comunidade de Israel reunida o imolará ao cair da tarde. 7Tomareis um pouco do seu sangue e untareis os marcos e a travessa da porta, nas casas em que o comerem. 8Comereis a carne nessa mesma noite, assada ao fogo, com pães ázimos e ervas amargas. 11Assim devereis comê-lo: com os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. E comereis às pressas, pois é a Páscoa, isto é, a ‘Passagem’ do Senhor! 12E naquela noite passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até os animais; e infligirei castigos contra todos os deuses do Egito, eu, o Senhor. 13O sangue servirá de sinal nas casas onde estiverdes. Ao ver o sangue, passarei adiante, e não vos atingirá a praga exterminadora, quando eu ferir a terra do Egito. 14Este dia será para vós uma festa memorável em honra do Senhor, que haveis de celebrar por todas as gerações, como instituição perpétua.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 116B,12-13.15-16bc.17-18 (R: 1Cor10,16)
-O cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
R: O cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
– Que poderei retribuir ao Senhor Deus por tudo aquilo que ele fez em meu favor?  Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor.
R: O cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
– É sentida por demais pelo Senhor a morte de seus santos, seus amigos. Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, mas me quebrastes os grilhões da escravidão!
R:O cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
– Por isso oferto um sacrifício de louvor, invocando o nome santo do Senhor. Vou cumprir minhas promessas ao Senhor na presença de seu povo reunido.
R: O cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.

Segunda Leitura
1Cor 11,23-26
– Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios – Irmãos: 23O que eu recebi do Senhor foi isso que eu vos transmiti: Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 24e, depois de dar graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória”. 25Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória”.
26Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 13,1-15
Glória a vós, ó Cristo, verbo de Deus.
Glória a vós, ó Cristo, verbo de Deus.
– Eu vos dou este novo mandamento, nova ordem agora vos dou, que, também, vos ameis uns aos outros, como eu vos amei, diz o Senhor (Jo 13,34).
Glória a vós, ó Cristo, verbo de Deus.
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
– Glória a vós, Senhor!
– 1Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. 2Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus. 3Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, 4levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. 5Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido. 6Chegou a vez de Simão Pedro. Pedro disse: “Senhor, tu me lavas os pés?” 7Respondeu Jesus: “Agora, não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás”. 8Disse-lhe Pedro: “Tu nunca me lavarás os pés!” Mas Jesus respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. 9Simão Pedro disse: “Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça”. 10Jesus respondeu: “Quem já se banhou não precisa lavar senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos”. 11Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: “Nem todos estais limpos”. 12Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo. E disse aos discípulos: “Compreendeis o que acabo de fazer? 13Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. 14Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. 15Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Xisto III

A Igreja indicou sua celebração para o dia 28 de março, após a última reforma oficial do calendário litúrgico
Xisto chegou a adotar uma posição neutra na controvérsia entre pelagianos e semipelagianos do sul da Gália, especialmente contra Cassiano, sendo advertido pelo papa Zózimo. Mas reconheceu o seu erro, com a ajuda de Agostinho, bispo de Hipona, que combatia arduamente aquela heresia, e que lhe escrevia regularmente.
Ao se tornar papa em 432, Xisto III agindo com bastante austeridade e firmeza, nesta ocasião, Agostinho teve de lhe pedir moderação. Foi assim, que este papa conseguiu o fim definitivo da doutrina herege. Esta doutrina pelagiana negava o pecado original e a corrupção da natureza humana. Também defendia a tese de que o homem, por si só, possuía a capacidade de não pecar, dispensando dessa maneira a graça de Deus.
Ele também conduziu com sabedoria uma ação mais conciliadora em relação a Nestório, acabando com a controvérsia entre João de Antioquia e Cirilo, patriarca de Constantinopla, sobre a divindade de Maria. Em seguida, demonstrou a sua firme autoridade papal na disputa com o patriarca Proclo. Xisto III teve de escrever várias epístolas para manter o governo de Roma sobre a lliría, contra o imperador do Oriente que queria torná-la dependente de Constantinopla, com a ajuda deste patriarca.
Depois do Concílio de Éfeso em 431, em que a Mãe de Jesus foi aclamada Mãe de Deus, o papa Xisto III mandou ampliar e enriquecer a basílica dedicada à Santa Mãe das Neves, situada no monte Esquilino, mais tarde chamada Santa Maria Maior. Esta igreja é a mais antiga do Ocidente que foi dedicada a Nossa Senhora.
Desta maneira ele ofereceu aos fiéis um grande monumento ao culto da bem-aventurada Virgem Maria, à qual prestamos um culto de hiperdulia, ou seja, de veneração maior do que o prestado aos outros santos. Xisto III, mandou vir da Palestina as tábuas de uma antiga manjedoura, que segundo a tradição havia acolhido o Menino Jesus na gruta de Belém, dando origem ao presépio. Introduziu no Ocidente a tradição da Missa do Galo celebrada na noite de Natal, que era realizada em Jerusalém desde os primeiros tempos da Igreja.
Durante o seu pontificado, Xisto III promoveu uma intensa atividade edificadora, reformando e construindo muitas igrejas, como a exuberante basílica de São Lourenço em Lucina, na Itália.
Morreu em 19 de agosto de 440, deixando a indicação do sucessor, para aquele que foi um dos maiores papas dos primeiros séculos, Leão Magno. A Igreja indicou sua celebração para o dia 28 de março, após a última reforma oficial do calendário litúrgico.
Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas
São Xisto III, rogai por nós!

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QUARTA-FEIRA, DIA 27 DE MARÇO DE 2024

SEMANA SANTA
Cor Litúrgica roxo

Primeira leitura
Is 50,4-9
– Leitura do livro do profeta Isaías – 4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo.
5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba: não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é o meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. 8A meu lado está quem me justifica; alguém me fará objeções? Vejamos. Quem é meu adversário? Aproxime-se. 9aSim, o Senhor Deus é meu Auxiliador; quem é que me vai condenar?
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 69,8-10.21bcd-22.31.33-34 (R: 14ab)
– Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.
R: Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.
– Por vossa causa é que sofri tantos insultos, e o meu rosto se cobriu de confusão; eu me tornei como um estranho a meus irmãos, como estrangeiro para os filhos de minha mãe. Pois meu zelo e meu amor por vossa casa me devoram com fogo abrasador: e os insultos de infiéis que vos ultrajam recaíram todos eles sobre mim!
R: Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.
– O insulto me partiu o coração. Eu esperei que alguém, de mim tivesse pena; procurei quem me aliviasse e não achei! Deram-me fel como se fosse um alimento, em minha sede ofereceram-me vinagre!
R: Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.
– Cantando eu louvarei o vosso nome e agradecido exultarei de alegria! Humildes, vede isto e alegrai-vos: o vosso coração reviverá, se procurardes o Senhor continuamente! Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres, e não despreza o clamor de seus cativos.
R: Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 26,14-25
Salve, Cristo, luz da vida, companheiro na partilha!
Salve, Cristo, luz da vida, companheiro na partilha!
– Salve, nosso rei, somente vós tendes compaixão dos nossos erros.
Salve, Cristo, luz da vida, companheiro na partilha!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 14um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes 15e disse: “O que me dareis se vos entregar Jesus?” Combinaram, então, trinta moedas de prata. 16E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus. 17No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?” 18Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos’”. 19Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa. 20Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. 21Enquanto comiam, Jesus disse: “Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair”. 22Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: “Senhor, será que sou eu?” 23Jesus respondeu: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. 24O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!” 25Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Ruperto, o corajoso e memorável Bispo de Salzburgo

Origens
São Ruperto descendia dos rupertinos, importante família que dominava com o título de conde a região do médio e do alto Reno. Dessa família nasceu também outro São Roberto (ou Ruperto) de Bingen, cuja vida foi escrita por Santa Hildegarda. Os rupertinos eram parentes dos carolíngios e o centro de suas atividades era em Worms. São Ruperto recebeu sua formação de cunho monástico irlandês. 
Obras em vida
No ano de 700, foi impelido pelos seus mestres e sentiu-se impulsionado à pregação e ao testemunho monástico indo à Baviera. Apoiado pelo conde Teodo de Baviera, fundou, perto do lago Waller, a 10 km de Salisburgo, uma igreja dedicada a São Pedro. O lugar, porém, não pareceu próprio para os fins de Ruperto, que pediu ao conde outro terreno perto do rio Salzach, próximo à antiga cidade romana de Juvavum. O mosteiro que ali construiu, dedicado a São Pedro, é o mais antigo da Áustria e está ligado com o núcleo de Nova Salisburgo. Seu desenvolvimento deve-se também à colaboração de doze conterrâneos seus. Desses, Cunialdo e Gislero foram honrados como santos.
O Mosteiro Feminino
Perto do mosteiro de São Pedro surgiu um mosteiro feminino que foi confiado à direção da abadessa Erentrude, sobrinha do santo. Foi este punhado de corajosos que fez surgir a Nova Salisburgo. São Ruperto é justamente reconhecido como seu fundador. Foi o responsável pela conversão total da Baviera e, é claro, de toda a Áustria.
São Ruperto: modelo de monge, fundador e Bispo de Salzburgo
Episcopado
São Ruperto, reconhecido como o fundador da bela cidade de Salzburgo, cujo significado é cidade do sal, aparece retratado com um saleiro na mão, tamanha sua ligação com a própria origem e desenvolvimento da cidade. Foi seu primeiro bispo. E sua influência alastrou-se tanto que é festejado, nesse dia, não só nas regiões de língua alemã, como também na Irlanda, onde estudou, porque ali foi tomado como modelo pelos monges irlandeses.
Páscoa
Morreu no dia 27 de março de 718, um domingo de Páscoa, depois de rezar a missa, no mosteiro de Juvavum. Antes, como percebera que a morte estava próxima, fez algumas recomendações e pedido de orações à sua sobrinha e irmã espiritual, Erentrudes. Suas relíquias estão guardadas na belíssima catedral de Salzburgo, construída no século XVII. Ele é o padroeiro de seus habitantes e de suas minas de sal.
Oração
Senhor, por intercessão de São Ruperto, queremos hoje vos rogar pelas vocações religiosas, para que os jovens vocacionados encontrem apoio em suas famílias e na sociedade para o desenvolvimento da Igreja. Rogamos também por todo o clero, para que, na santidade, governem com sabedoria o Seu povo. Amém. 
Minha oração
“É preciso coragem para seguir os passos de Deus, para construir e implementar o Reino do Senhor. Ensina-nos a ser pessoas cheias desse ânimo que vem do Espírito e, como o nosso santo, realizar o resultado de fé e obras.”
São Ruperto, rogai por nós!

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TERÇA-FEIRA, DIA 26 DE MARÇO DE 2024

SEMANA SANTA
(roxo

Primeira leitura
Is 49,1-6
– Leitura do profeta Isaías: 1Nações marinhas, ouvi-me, povos distantes, prestai atenção: o Senhor chamou-me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe ele tinha na mente o meu nome; 2fez de minha palavra uma espada afiada, protegeu-me à sombra de sua mão e fez de mim uma flecha aguçada, escondida em sua aljava, 3e disse-me: “Tu és o meu Servo, Israel, em quem serei glorificado”.  4E eu disse: “Trabalhei em vão, gastei minhas forças sem fruto, inutilmente; entretanto o Senhor me fará justiça e o meu Deus dará recompensa”. 5E agora me diz o Senhor – ele que me preparou desde o nascimento para ser seu Servo – que eu recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a ele; aos olhos do Senhor esta é a minha glória. 6Disse ele: “Não basta seres meu Servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até aos confins da terra”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 71,1-2.3-4a.5-6ab.15.17 (R: 15)
– Minha boca anunciará vossa justiça.
R: Minha boca anunciará vossa justiça.

– Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor: que eu não seja envergonhado para sempre! Porque sois justo, defendei-me e libertai-me! Escutai a minha voz, vinde salvar-me!
R: Minha boca anunciará vossa justiça.

– Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu refúgio, proteção e segurança! Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.
R: Minha boca anunciará vossa justiça.

– Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, em vós confio desde a minha juventude! Sois meu apoio desde antes que eu nascesse. Desde o seio maternal, o meu amparo.
R: Minha boca anunciará vossa justiça.

– Minha boca anunciará todos os dias vossa justiça e vossas graças incontáveis. Vós me ensinastes desde a minha juventude, e até hoje canto as vossas maravilhas.
R: Minha boca anunciará vossa justiça.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 13,21-33.36-38
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
– Salve, ó rei, obediente ao Pai, vós fostes levado para ser crucificado, como um manso cordeiro é conduzido à matança.
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, estando à mesa com seus discípulos, 21Jesus ficou profundamente comovido e testemunhou: “Em verdade, em verdade vos digo, um de vós me entregará”. 22Desconcertados, os discípulos olhavam uns para os outros, pois não sabiam de quem Jesus estava falando. 23Um deles, a quem Jesus amava, estava recostado ao lado de Jesus. 24Simão Pedro fez-lhe um sinal para que ele procurasse saber de quem Jesus estava falando. 25Então, o discípulo, reclinando-se sobre o peito de Jesus, perguntou-lhe: “Senhor, quem é?” 26Jesus respondeu: “É aquele a quem eu der o pedaço de pão passado no molho”. Então Jesus molhou um pedaço de pão e deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. 27Depois do pedaço de pão, Satanás entrou em Judas. Então Jesus lhe disse: “O que tens a fazer, executa-o depressa”. 28Nenhum dos presentes compreendeu por que Jesus lhe disse isso. 29Como Judas guardava a bolsa, alguns pensavam que Jesus lhe queria dizer: ‘Compra o que precisamos para a festa’, ou que desse alguma coisa aos pobres. 30Depois de receber o pedaço de pão, Judas saiu imediatamente. Era noite. 31Depois que Judas saiu, disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. 32Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo. 33Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. Vós me procurareis, e agora vos digo, como eu disse também aos judeus: ‘Para onde eu vou, vós não podeis ir’”. 36Simão Pedro perguntou: “Senhor, para onde vais?” Jesus respondeu-lhe: “Para onde eu vou, tu não me podes seguir agora, mas seguirás mais tarde”. 37Pedro disse: “Senhor, por que não posso seguir-te agora? Eu darei a minha vida por ti!” 38Respondeu Jesus: “Darás a tua vida por mim? Em verdade, em verdade te digo: o galo não cantará antes que me tenhas negado três vezes”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santa Lúcia Filippini

A festa litúrgica à Santa Lúcia Filippini foi marcada para o dia 26 de março, pelo Papa Pio XI
Lúcia nasceu no dia 13 de janeiro de 1672, em Corneto Tarquínia, proximidades de Roma, numa família honrada e abastada. Quando ainda tinha um ano de idade, Lúcia perdeu a mãe e alguns anos mais tarde, o pai. Ela foi entregue, para ser formada e educada, às Irmãs beneditinas e junto delas a menina descobriu o dom que tinha para ensinar.
Muito dedicada aos estudos da Sagrada Escritura, e com a alma cheia de caridade, tomou para si, ainda no início da adolescência a função de ensinar o catecismo às crianças. Tantos eram os pequenos que a procuravam e tão cativante era sua forma de transmitir a Palavra do Senhor, que logo o padre do local a nomeou oficialmente a catequista paroquial. Certo dia, passou pela sua cidade o cardeal Marcantonio Barbarigo, que conheceu Lúcia, reconheceu sua vocação e levou-a para acabar seus estudos com as Irmãs clarissas.
Preparada, foi colocada na liderança de uma missão que ele julgava essencial para corrigir os costumes cristãos de sua diocese: fundar escolas católicas em diversas cidades. Lúcia, em sua humildade, a princípio relutou, achando que a função estava acima de suas possibilidades. Mas o cardeal insistiu e ela iniciou seu trabalho que duraria quarenta anos.
A missão exigiu imensos esforços, tantos foram os sacrifícios a que teve de se submeter. Contudo, nada a afastou da tarefa recebida. Nessas quatro décadas preparou professoras, catequistas, fundou escolas e organizou-as em muitas cidades e dioceses. Quando o cardeal Barbarigo faleceu, as dificuldades aumentaram. Lúcia uniu-se então a outras professoras e catequistas, juntando todas numa congregação, fundou em 1692, o Instituto das Professoras Pias. A fama do seu trabalho chegou ao Vaticano e em 1707, o Papa Clemente XI pediu para que Lúcia criasse uma de suas escolas em Roma.
Lúcia Filippini faleceu aos sessenta anos, no dia 25 de março de 1732, de câncer, mas docemente e feliz pela sua vida entregue à Deus e às crianças, sementes das novas famílias que são a seiva da sociedade. Seu corpo descansa na catedral de Montefiascone, onde começaram as escolas católicas do Instituto das Professoras Pias Filippinas, como são chamadas atualmente.
A festa litúrgica à Santa Lúcia Filippini foi marcada para o dia 26 de março, pelo Papa Pio XI, na solenidade de sua canonização, em 1930. Hoje, as escolas das professoras pias filippinas além de atuarem em toda a Itália, estão espalhadas por todo território norte americano, num trabalho muito frutífero junto à comunidade católica.
Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas
Santa Lúcia Filippini, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 25 DE MARÇO DE 2024

SEMANA SANTA
(roxo

Primeira leitura
Is 42,1-7
– Leitura do livro do profeta Isaías: 1“Eis o meu servo — eu o recebo; eis o meu eleito — nele se compraz minha alma; pus meu espírito sobre ele, ele promoverá o julgamento das nações. 2Ele não clama nem levanta a voz, nem se faz ouvir pelas ruas. 3Não quebra uma cana rachada nem apaga um pavio que ainda fumega; mas promoverá o julgamento para obter a verdade. 4Não esmorecerá nem se deixará abater, enquanto não estabelecer a justiça na terra; os países distantes esperam seus ensinamentos”. 5Isto diz o Senhor Deus, que criou o céu e o estendeu, firmou a terra e tudo que dela germina, que dá a respiração aos seus habitantes e o sopro da vida ao que nela se move: 6“Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te constituí como o centro de aliança do povo, luz das nações, 7para abrires os olhos dos cegos, tirar os cativos da prisão, livrar do cárcere os que vivem nas trevas.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 27,1.2.3.13-14 (R: 1a)
– O Senhor é minha luz e salvação.
R: O Senhor é minha luz e salvação.

– O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei?
R: O Senhor é minha luz e salvação.

– Quando avançam os malvados contra mim, querendo devorar-me, são eles, inimigos e opressores, que tropeçam e sucumbem.
R: O Senhor é minha luz e salvação.

– Se contra mim um exército se armar, não temerá meu coração; se contra mim uma batalha estourar, mesmo assim confiarei.
R: O Senhor é minha luz e salvação.

– Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!
R: O Senhor é minha luz e salvação.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 12,1-11
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
– Salve, nosso rei, somente vós tendes compaixão dos nossos erros (Ez 33,11)
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!  
– 1Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele havia ressuscitado dos mortos. 2Ali ofereceram a Jesus um jantar; Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. 3Maria, tomando quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo.  4Então, falou Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de entregar: 5“Por que não se vendeu este perfume por trezentas moedas de prata, para dá-las aos pobres?” 6Judas falou assim, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão; ele tomava conta da bolsa comum e roubava o que se depositava nela. 7Jesus, porém, disse: “Deixa-a; ela fez isto em vista do dia da minha sepultura. 8Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis”. 9Muitos judeus, tendo sabido que Jesus estava em Betânia, foram para lá, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Jesus ressuscitara dos mortos. 10Então, os sumos sacerdotes decidiram matar também Lázaro, 11porque por causa dele, muitos deixavam os judeus e acreditavam em Jesus.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Anunciação do Senhor: o verdadeiro valor de um sim

Origens
Na história da existência, constantemente somos desafiados pela vida a darmos uma resposta ativa, consciente e madura ante os apelos e desafios que a nossa própria existência nos interpela. A todo instante, somos colocados em uma posição de escolha, entre aquilo que se quer e aquilo que não se quer; entre o possuir e o nada ter; entre o ser e o não ser. 
Sim e não
O sim e o não fazem parte do nosso cotidiano, sem eles dificilmente poderíamos ser propriamente humanos. Eis o que diz o Senhor: “Hoje, estou colocando diante de ti a vida e a felicidade, a morte e a infelicidade” (Dt 30,15). Neste contexto de escolha propriamente humana, encontra-se a Virgem Mãe de Nazaré.
Eis a serva do Senhor
Maria, na plenitude de sua liberdade, escuta, mais do que a saudação de um anjo, a voz de Deus, a voz de sua própria consciência a te indagar: “Não temas, Maria! Encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e tu o chamarás com o nome de Jesus” (Lc 1,30). Diante da proposta, Maria dá sua resposta: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra”. Foi por causa dessa resposta que o Eterno entrou no tempo; que o Todo assume em si o fragmento, Deus assume a forma humana para nos salvar.
Solenidade da Anunciação do Senhor: o sim de uma mulher
Solenidade
A Solenidade da Anunciação do Senhor, que encontra o seu fundamento bíblico situado na narrativa evangélica do evangelista Lucas, no capítulo 1, 26-38, é a solenidade que exalta, na sua estrutura interna, o sim de uma Mulher ao projeto salvífico de Deus, mas que, de modo mais singular, quer manifestar a grandiosidade do sim definitivo de Deus para com a humanidade. A anunciação do Senhor é a solenidade que, por excelência, expressa a vontade divina de querer dar-se a conhecer o homem e salvá-lo e, ao mesmo tempo, a disponibilidade do ser humano em acolher essa autorrevelação divina.
Encarnação do Verbo
O episódio narrado no Evangelho de Lucas mostra a origem histórica do problema enfrentado pelas primeiras comunidades cristã acerca da encarnação total do Verbo eterno de Deus no seio virginal de Maria. A narrativa explicita o diálogo realizado entre Divino e o humano, entre Maria e o anjo, o mensageiro de Deus. Maria, na narrativa, é interpelada pelo anjo, acerca da vontade divina, que encontrou nela, na simples jovem de Nazaré, graça diante de Deus. Nesse episódio evangélico, contemplamos que a liberdade humana, que é fruto do amor de Deus aos homens, nunca foi violado pelo Criador; ao contrário, Ele propõe a Maria uma missão, e Maria, na sua total liberdade, se dispõe a realizá-la, mesmo não sabendo como tudo se daria.
Debates acerca da Encarnação e Divindade de Jesus
Discussão sobre Maria e Jesus
Essa bela narrativa, a pouco comentada, muito fora debatida pelos Padres da Igreja, na reta intenção de defender não somente a Virgindade e Maternidade de Maria, mas, sobretudo, a real Encarnação e Divindade de Jesus, seu filho. Em meados dos anos 325 d.C., com o Concílio de Nicéia e de Constantinopla (381), foram estabelecidos no símbolo da fé, o Credo Nicenoconstantinopolitano, a sentença dogmática de que, verdadeiramente, o Verbo eterno de Deus encarnado no seio da humanidade, por meio da concepção virginal de Maria, era realmente o Filho de Deus. 
A Natureza Humana de Jesus
Em Jesus, a natureza humana e divina coabitavam mutuamente, sem confusão, mas em plena união hipostática de naturezas. O pequeno e humilde carpinteiro de Nazaré era, na verdade, o verdadeiro Filho de Deus, emanada na história humana pela ação do Espírito Santo.
Theotokos
Contudo, foi somente em 431 d.C., no Concílio de Éfeso, que a Igreja proclama solenemente Maria como Mãe de Deus (Theotokos), defendendo, dessa maneira, a real Encarnação do Filho de Deus no seio da humanidade, por meio do sim de Maria. Tal decreto resultou posteriormente a instituição da festa litúrgica da Anunciação do Senhor. Todavia, a Igreja, por volta do século VI, sob o comando do Pontífice Sérgio I, introduziu definitivamente, no calendário litúrgico da Igreja romana, a solenidade da Anunciação do Senhor, que é celebrada todos os anos no dia 25 de março, a exatos nove meses antes do Natal do Senhor.

Uma graça para a humanidade
De fato, no sim de Maria, o sim de Deus em favor da humanidade é plenamente realizado. Em Maria, Deus realiza o seu projeto salvífico no tempo e na história humana. Se por Eva nos veio a desgraça, por Maria nos foi novamente aberta as portas da Graça.
Momento para refletir: como anda o seu sim para os projetos de Deus?
Sentido da Solenidade
Celebrar a solenidade da Anunciação do Senhor é dar graças a Deus por todos os benefícios que, pelo sim de Maria, o Senhor nos dispensou. Celebrar a festa solene da Anunciação do Senhor é contemplar a salvação de Deus realizada no sim de uma Mulher. É contemplar o sim de Deus, por meio de uma Mulher.
O sim de Maria foi um sim que mudou o curso da história. O sim de Maria nos possibilitou conhecermos o Pai, revelado pelo Filho, no poder e na ação do Espírito Santo. Somos convidados a mudar o curso da história em razão do nosso sim a Deus, ao projeto de Deus.
Deus em meio a nós
Deus quer habitar no mundo, na realidade do mundo, na nossa família, na nossa sociedade, no nosso país. Mas para que isso posso se realizar, é preciso que também nós sejamos, assim como a pequena jovem de Nazaré, abertos e generosos a acolher a vontade de Deus em nossa vida, para que o verdadeiro valor de um sim possa transformar o curso da história.
Minha oração
“ Ó Virgem Santíssima, sempre disposta a fazer a vontade do Pai, com seu sim contribuíste para a salvação. Dai-nos a graça de fazer a nossa parte no plano salvífico também dizendo o nosso sim a Deus e ao seu chamado de amor. Amém.”
Nossa Senhora, rogai por nós! 

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SÁBADO, DIA 23 DE MARÇO DE 2024

V SEMANA DA QUARESMA
Cor Litúrgica roxo

Primeira leitura
Ez 37,21-28
– Leitura da profecia de Ezequiel: 21Assim diz o Senhor Deus: “Eu mesmo vou tomar os israelitas do meio das nações para onde foram, vou recolhê-los de toda parte e reconduzi-los para a sua terra. 22Farei deles uma nação única no país, nos montes de Israel, e apenas um rei reinará sobre todos eles. Nunca mais formarão duas nações, nem tornarão a dividir-se em dois reinos. 23Não se mancharão mais com os seus ídolos e nunca mais cometerão infames abominações. Eu os libertarei de todo o pecado que cometeram em sua infidelidade, e os purificarei. Eles serão o meu povo e eu serei o seu Deus. 24Meu servo Davi reinará sobre eles, e haverá para todos eles um único pastor. Viverão segundo meus preceitos e guardarão minhas leis, pondo-as em prática. 25Habitarão no país que dei a meu servo Jacó, onde moraram vossos pais; ali habitarão para sempre, também eles, com seus filhos e netos, e o meu servo Davi será o seu príncipe para sempre. 26Farei com eles uma aliança de paz, será uma aliança eterna. Eu os estabelecerei e multiplicarei, e no meio deles porei meu santuário para sempre. 27Minha morada estará junto deles. Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. 28Assim as nações saberão que eu, o Senhor, santifico Israel, por estar o meu santuário no meio deles para sempre”.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl (Jr) 31,10.11-12ab.13 (R: Jr 31,10d)
– O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.
R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

– Ouvi, nações, a palavra do Senhor e anunciai-a nas ilhas mais distantes: “Quem dispersou Israel, vai congregá-lo, e o guardará qual pastor a seu rebanho!”
R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

– Pois, na verdade, o Senhor remiu Jacó e o libertou do poder do prepotente. Voltarão para o monte de Sião, entre brados e cantos de alegria afluirão para as bênçãos do Senhor:
R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

– Então a virgem dançará alegremente, também o jovem e o velho exultarão; mudarei em alegria o seu luto, serei consolo e conforto após a guerra.
R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 11,45-56
Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
– Lançai para bem longe toda a vossa iniqüidade! Criai em vós um novo espírito e um novo coração!  (Ez 18,31)
Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, 45muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele. 46Alguns, porém, foram ter com os fariseus e contaram o que Jesus tinha feito. 47Então os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram o Conselho e disseram: “Que faremos? Este homem realiza muitos sinais. 48Se deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar Santo e a nossa nação”. 49Um deles, chamado Caifás, sumo sacerdote em função naquele ano, disse: “Vós não entendeis nada. 50Não percebeis que é melhor um só homem morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” 51Caifás não falou isso por si mesmo. Sendo sumo sacerdote em função naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação. 52E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos. 53A partir desse dia, as autoridades judaicas tomaram a decisão de matar Jesus.  54Por isso, Jesus não andava mais em público no meio dos judeus. Retirou-se para uma região perto do deserto, para a cidade chamada Efraim. Ali permaneceu com os seus discípulos. 55A Páscoa dos judeus estava próxima. Muita gente do campo tinha subido a Jerusalém para se purificar antes da Páscoa. 56Procuravam Jesus e, ao reunirem-se no Templo, comentavam entre si: “Que vos parece? Será que ele não vem para a festa?”
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São TURÍBIO DE MOGROVEJO, BISPO DE LIMA

Origens
Seu nome completo é Turíbio Alfonso de Mongrovejo. É espanhol e filho de uma família rica da nobreza. Estudou nas cidades de Santiago de Compostela, Valadolid e Salamanca. Formou-se advogado e participou da inquisição. Desde jovem, foi honesto e justo.
Lançado na vida religiosa
A nomeação episcopal, na época, era bem diferente de como é hoje. Sendo assim, o rei Felipe II percebeu as qualidades de Turíbio de Mongrovejo e pediu ao Papa Gregório XIII que o nomeasse arcebispo da América Espanhola, então, o Papa atendeu. Por isso, após um discernimento, Turíbio recebeu todas as ordens sagradas de uma só vez, inclusive a ordenação sacerdotal. Assim, em 1580, ele foi sagrado Arcebispo de Lima, no Peru. Foi dessa maneira, aparentemente improvisada, que nasceu um dos maiores apóstolos da América Latina.
Compaixão
Dom Turíbio chegou à Lima, em 1581, e ficou estarrecido com a miséria material e espiritual em que os índios viviam e isso o fez agir. Começou aprendendo a língua desses índios. Depois, começou a defendê-los das arbitrariedades dos colonizadores, que os tratavam como animais. Por isso, Dom Turíbio passou a ser venerado pelos fiéis; todos o viam como um defensor da justiça e contra os opressores europeus.
São Turíbio de Mongrovejo: teve apoio do povo Indígena
Ardor evangelizador
Com o apoio de todo o povo indígena, Dom Turíbio organizou inúmeras comunidades em sua imensa diocese. Depois disso, realizou assembleias e até mesmo sínodos, isto é, reunião com todos os bispos em atividade na América Espanhola. Assim, todos foram convocados para a evangelização.
Visão e organização
Dom Turíbio realizou e coordenou dez concílios da diocese e também três concílios provinciais. Esses eventos formaram a principal estrutura organizacional da Igreja Católica da América espanhola. Essa organização dura até hoje. Um Sínodo Provincial realizado em Lima ganhou destaque. Foi o de 1582. Historiadores o comparam ao famoso Concílio de Trento, por conta da sua importância. Conta-se que, neste encontro, Dom Turíbio chegou a desafiar os espanhóis resistentes, que se achavam muito inteligentes, a aprenderem a língua dos índios. Todos se calaram.
Apóstolo incansável
No ano de 1594, Dom Turíbio já tinha percorrido quinze mil quilômetros em missão pela América Espanhola. Ensinava, pregava, convertia, devolvia dignidade e administrava os sacramentos aos índios. Até este ano, segundo os livros das paróquias, tinha administrado a crisma a nada menos que sessenta mil fiéis.
São Turíbio de Mongrovejo crismou três santos da América Espanhola
Formando santos
Dom Turíbio teve a graça de formar e crismar três cristãos peruanos que, mais tarde, foram canonizados: Santa Rosa de Lima, São Francisco Solano e São Martinho de Porres. Esses são frutos preciosos de sua grande missão na América Espanhola.
Legado para o futuro
São Turíbio procedeu a fundação do primeiro seminário instituído nas Américas. Ali, vários missionários ardorosos foram formados, o que muito ajudou no processo de evangelização da América Espanhola.
Amor e desapego
Pouco tempo antes de sua morte, São Turíbio doou todas as suas roupas, até mesmo as que cobriam seu próprio corpo. Tudo foi para os pobres e àqueles que trabalhavam a seu serviço. Esse gesto resumiu o comportamento de toda sua vida. São Turíbio morreu no dia 23 de março do ano 1606. Ele estava na pequenina cidade chamada Sanã, no Peru. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Bento XIII, em 1726. Na ocasião, o Papa declarou São Turíbio de Mongrovejo como o Apóstolo e Padroeiro do Peru.
Minha oração
“Reta intenção: é isso que lhe pedimos, Senhor Jesus. Se nosso coração alcançar essa graça, prosseguiremos no caminho da santidade. Amém.”
São TURÍBIO DE MOGROVEJO, rogai por nós!

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SEXTA-FEIRA, DIA 22 DE MARÇO DE 2024

V SEMANA DA QUARESMA
Cor Litúrgica roxo

Primeira leitura
Jr 20,10-13
– Leitura do livro do profeta Jeremias: 10Eu ouvi as injúrias de tantos homens e os vi espalhando o medo em redor: “Denunciai-o, denunciemo-lo”. Todos os amigos observam minhas falhas: “Talvez ele cometa um engano e nós poderemos apanhá-lo e desforrar-nos dele”. 11Mas o Senhor está ao meu lado, como forte guerreiro; por isso, os que me perseguem cairão vencidos. Por não terem tido êxito, eles se cobrirão de vergonha. Eterna infâmia, que nunca se apaga! 12Ó Senhor dos exércitos, que provas o homem justo e vês os sentimentos do coração, rogo-te me faças ver tua vingança sobre eles; pois eu te declarei a minha causa. 13Cantai ao Senhor, louvai ao Senhor, pois ele salvou a vida de um pobre homem das mãos dos maus.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 18,2-3a.3b-4.5-6.7 (R: 7)
– Ao Senhor eu invoquei na minha angústia, e ele escutou a minha voz.
R: Ao Senhor eu invoquei na minha angústia, e ele escutou a minha voz.

– Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força, minha rocha, meu refúgio e Salvador!
R: Ao Senhor eu invoquei na minha angústia, e ele escutou a minha voz.

– Meu Deus, sois o rochedo que me abriga, minha força e poderosa salvação, sois meu escudo e proteção: em vós espero! Invocarei o meu Senhor: a ele a glória! e dos meus perseguidores serei salvo!
R: Ao Senhor eu invoquei na minha angústia, e ele escutou a minha voz.

– Ondas da morte me envolveram totalmente, e as torrentes da maldade me aterraram; os laços do abismo me amarraram e a própria morte me prendeu em suas redes!
R: Ao Senhor eu invoquei na minha angústia, e ele escutou a minha voz.

– Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e elevei o meu clamor para meu Deus; de seu Templo ele escutou a minha voz, e chegou a seus ouvidos o meu grito!
R: Ao Senhor eu invoquei na minha angústia, e ele escutou a minha voz.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 10,31-42
Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai que é amor!
Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai que é amor!
– Senhor, tuas palavras são espírito, são vida; só tu tens palavra de vida eterna! (Jo 6,63.68)
Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai que é amor!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, 31os judeus pegaram pedras para apedrejar Jesus. 32E ele lhes disse: “Por ordem do Pai, mostrei-vos muitas obras boas. Por qual delas me quereis apedrejar?” 33Os judeus responderam: “Não queremos te apedrejar por causa das obras boas, mas por causa de blasfêmia, porque sendo apenas um homem, tu te fazes Deus!” 34Jesus disse: “Acaso não está escrito na vossa Lei: ‘Eu disse: vós sois deuses’?  35Ora, ninguém pode anular a Escritura: se a Lei chama deuses as pessoas às quais se dirigiu a palavra de Deus, 36por que então me acusais de blasfêmia, quando eu digo que sou Filho de Deus, eu a quem o Pai consagrou e enviou ao mundo? 37Se não faço as obras do meu Pai, não acrediteis em mim. 38Mas, se eu as faço, mesmo que não queirais acreditar em mim, acreditai nas minhas obras, para que saibais e reconheçais que o Pai está em mim e eu no Pai”. 39Outra vez procuravam prender Jesus, mas ele escapou das mãos deles. 40Jesus passou para o outro lado do Jordão, e foi para o lugar onde, antes, João tinha batizado. E permaneceu ali. 41Muitos foram ter com ele, e diziam: “João não realizou nenhum sinal, mas tudo o que ele disse a respeito deste homem, é verdade”. 42E muitos, ali, acreditaram nele.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santa Léia

Aprendamos de Santa Léia o cultivo do silêncio como forma de alimentar nosso maior contato com o amor de Deus
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Muito poucos são os registros sobre Santa Léia. Era uma jovem viúva cristã, recusou-se contrair segundas núpcias com um rico nobre romano, desistindo de uma vida de luxo e riqueza para aderir às primeiras comunidades cristãs.
São Jerônimo, organizador das comunidades desta época, foi acusado de atrair Léia e outras viúvas para o cristianismo. Exilou-se então em Bélem.
Ao saber da morte de Léia, Jerônimo escreveu uma carta sobre a vida desta viúva, e este é o único documento que temos sobre ela.
Segundo São Jerônimo, Léia consagrou-se à vida religiosa, tornou-se madre superiora, e com seu exemplo de humildade, oração e serviço, testemunhou seu amor a Cristo.
Passou a vida envolta em vestes simples e gastava horas em profunda oração. Nunca fez nada que lhe servisse de vanglória ou que lhe trouxesse benefícios pessoais.
Sua vida era em seu quarto, pequeno no espaço, mas grande como local de louvor a Deus. Ali ela tinha tudo o que precisava. Nada lhe faltou por ter trocado uma rica mansão pela singeleza de um monastério. Ao contrário, sua grande riqueza foi a coroa da santidade, que perpetua até hoje sua memória entre nós.
Santa Léia morreu em Roma no ano de 384.
Reflexão
O silêncio nos permite recolhermo-nos para orar a Deus em segredo. Ele nos permite viver em solidão no meio dos irmãos. De certa forma, ele nos separa uns dos outros. Ele nos força a nos desprendermos das afeições naturais que seriam obstáculos, das presenças que nos tornariam menos disponíveis para escutar a voz do Espírito que está em nós. Aprendamos de Santa Léia o cultivo do silêncio como forma de alimentar nosso maior contato com o amor de Deus.
Oração
Senhor Jesus, vós nos disseste: “Eu vim para servir e não para ser servido”. Rogamos, pelo exemplo de Santa Léia, que embora fosse superiora colocou-se como escrava das outras religiosas, saibamos também nós encontrar alegria em servir e sempre exercer a verdadeira caridade. Amém!
A12 / Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Santa Léia, rogai por nós.

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QUINTA-FEIRA, DIA 21 DE MARÇO DE 2024

V SEMANA DA QUARESMA
Cor Litúrgica roxo

Primeira leitura
(Gn 17, 3-9)

Leitura do Livro do Gênesis

Naqueles dias, 3Abrão prostrou-se com o rosto por terra. 4E Deus lhe disse: “Eis a minha aliança contigo: tu serás pai de uma multidão de nações. 5Já não te chamarás Abrão, mas o teu nome será Abraão, porque farei de ti o pai de uma multidão de nações.
6Farei crescer tua descendência infinitamente. Farei nascer de ti nações, e reis sairão de ti. 7Estabelecerei minha aliança entre mim e ti e teus descendentes para sempre; uma aliança eterna, para que eu seja teu Deus e o Deus de teus descendentes. 8A ti e aos teus descendentes darei a terra em que vives como estrangeiro, todo o país de Canaã como propriedade para sempre. E eu serei o Deus dos teus descendentes”. 9Deus disse a Abraão: “Guarda a minha aliança, tu e a tua descendência para sempre”.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.

Salmo Responsorial (Sl 104)

℟. O Senhor se lembra sempre da Aliança!

— Procurai o Senhor Deus e seu poder, buscai constantemente a sua face! Lembrai as maravilhas que ele fez, seus prodígios e as palavras de seus lábios! ℟.
— Descendentes de Abraão, seu servidor, e filhos de Jacó, seu escolhido, ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, vigoram suas leis em toda a terra. ℟.
— Ele sempre se recorda da Aliança, promulgada a incontáveis gerações; da Aliança que ele fez com Abraão, e do seu santo juramento a Isaac. ℟.

℟. Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai, que é amor!
℣. Oxalá ouvísseis hoje a sua voz. Não fecheis os corações como em Meriba! (Cf. Sl 94, 8ab) ℟.
Evangelho (Jo 8, 51-59)

℣. O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.

℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo João 
℟. Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: 51“Em verdade, em verdade, eu vos digo: se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte”. 52Disseram então os judeus: “Agora sabemos que tens um demônio. Abraão morreu e os profetas também, e tu dizes: ‘Se alguém guardar a minha palavra jamais verá a morte’. 53Acaso és maior do que nosso pai Abraão, que morreu, como também os profetas? Quem pretendes tu ser?”
54Jesus respondeu: “Se me glorifico a mim mesmo, minha glória não vale nada. Quem me glorifica é o meu Pai, aquele que vós dizeis ser o vosso Deus. 55No entanto, não o conheceis. Mas eu o conheço e, se dissesse que não o conheço, seria um mentiroso, como vós! Mas eu o conheço e guardo a sua palavra. 56Vosso pai Abraão exultou, por ver o meu dia; ele o viu, e alegrou-se”. 57Os judeus disseram-lhe então: “Nem sequer cinquenta anos tens, e viste Abraão!?” 58Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, antes que Abraão existisse, eu sou”. 59Então eles pegaram em pedras para apedrejar Jesus, mas ele escondeu-se e saiu do Templo.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

SANTO DO DIA
São Nicolau de Flüe (Memória Facultativa)

Local: Flüeli-Ranft, Suiça
Data: 21 de Março† 1487

Nicolau de Fluelen, mais conhecido por Irmão Klaus, tem enorme popularidade na Suíça, da qual foi proclamado padroeiro por Pio XII e onde é festejado no dia 25 de dezembro. Nasceu no ano de 1417 em Fluelen, perto de Sachseln, no Cantão de Obwalden. Embora quisesse adotar a vida eremítica, não conseguiu fugir de alguns cargos civis: conselheiro, juiz e deputado.

Em 1445 casou-se com Doroteia Wyss: tiveram cinco filhos e cinco filhas. Um deles foi vigário de Sachseln e um neto, Conrado, morreu santo. Solicitado por Matias de Bolsheim e Aimo Angrund, entrou em contato com os Gottesfreunde (amigos de Deus). Era um movimento religioso. Sua esposa opunha-se aos seus planos de solidão. Só depois que completou os 50 anos, em junho de 1467, pôde partir para a Alsácia. Porém, o Senhor queria-o bem mais próximo das regiões habitadas.

Ele julgava-se um fracassado. A sua vida santa e o seu rigoroso jejum chamaram logo a atenção dos vizinhos. Existem provas históricas e testemunhos incontestáveis de que passou um período de 19 anos e meio alimentando-se unicamente com a eucaristia. Decidiu então habitar no Ranft, um barranco solitário perto de Fluelen. Saía só para a missa e quando a pátria precisou dele em 1473, diante da ameaça austríaca, e em 1481 e 1482, quando esteve para estourar a guerra civil. Os bons resultados dessas intervenções propiciaram-lhe o título de “pai da pátria”.

Sua mais frequente oração era: “Ó meu Deus e meu Senhor, afastai de mim tudo o que me afasta de vós. Ó meu Senhor e meu Deus, dá-me tudo o que me aproxima de ti. Ó meu Senhor e meu Deus, livra-me de mim mesmo e conceda-me possuir somente a ti”.

Edificados por suas orações e penitências, seus vizinhos edificaram-lhe uma ermida e uma capela. Foi consagrada em 1469. São Nicolau morreu no dia em que completou 70 anos (1487). Foi canonizado em 1947 por Pio XII.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Nicolau de Flüe, rogai por nós!

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QUARTA-FEIRA, DIA 20 DE MARÇO DE 2024

V SEMANA DA QUARESMA
Cor Litúrgica roxo

Primeira leitura
Dn 3,14-20.24.49a.91-92.95
– Leitura da profecia de Daniel: Naqueles dias, 14o rei Nabucodonosor tomou a palavra e disse: “É verdade, Sidrac, Misac e Abdênago, que não prestais culto a meus deuses e não adorais a estátua de ouro que mandei erguer? 15E agora, quando ouvirdes tocar trombeta, flauta, cítara, harpa, saltério e gaitas, e toda espécie de instrumentos, estais prontos a prostrar-vos e adorar a estátua que mandei fazer? Mas, se não fizerdes adoração, no mesmo instante sereis atirados na fornalha de fogo ardente; e qual é o deus que poderá libertar-vos de minhas mãos?” 16Sidrac, Misac e Abdênago responderam ao rei Nabucodonosor: “Não há necessidade de respondermos sobre isto: 17se o nosso Deus, a quem rendemos culto, pode livrar-nos da fornalha de fogo ardente, ele também poderá libertar-nos de tuas mãos, ó rei. 18Mas, se ele não quiser libertar-nos, fica sabendo, ó rei, que não prestaremos culto a teus deuses e tampouco adoraremos a estátua de ouro que mandaste fazer”. 19A estas palavras, Nabucodonosor encheu-se de cólera contra Sidrac, Misac e Abdênago, a ponto de se alterar a expressão do rosto; deu ordem para acender a fornalha com sete vezes mais fogo que de costume; 20e encarregou os soldados mais fortes do exército para amarrarem Sidrac, Misac e Abdênago e os lançarem na fornalha de fogo ardente. 24Os três jovens andavam de cá para lá no meio das chamas, entoando hinos a Deus e bendizendo ao Senhor. 49aMas o anjo do Senhor tinha descido simultaneamente na fornalha para junto de Azarias e seus companheiros. 91O rei Nabucodonosor, tomado de pasmo, levantou-se apressadamente, e perguntou a seus ministros: “Porventura, não lançamos três homens bem amarrados no meio fogo?” Responderam ao rei: “É verdade, ó rei”. 92Disse este: “Mas eu estou vendo quatro homens andando livremente no meio do fogo, sem sofrerem nenhum mal, e o aspecto do quarto homem é semelhante ao de um filho de Deus”. 95Exclamou Nabucodonosor: “Bendito seja o Deus de Sidrac, Misac e Abdênago que enviou seu anjo e libertou seus servos, que puseram nele sua confiança e transgrediram o decreto do rei, preferindo entregar suas vidas a servir e adorar qualquer outro deus que não fosse o seu Deus.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl (Dn) 3,52-53.54.56 (R: 52b)
– A vós louvor, honra e glória eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!

– Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais. A vós louvor, honra e glória eternamente! Sede bendito, nome santo e glorioso. A vós louvor, honra e glória eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!

– No templo santo onde refulge a vossa glória. A vós louvor, honra e glória eternamente! E em vosso trono de poder vitorioso. A vós louvor, honra e glória eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!

– Sede bendito, que sondais as profundezas. A vós louvor, honra e glória eternamente! E superior aos querubins vos assentais. A vós louvor, honra e glória eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!

– Sede bendito no celeste firmamento. A vós louvor, honra e glória eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!
– Obras todas do Senhor, glorificai-o. A ele louvor, honra e glória eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 8,31-42
Honra e glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
Honra e glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
– Felizes os que observam a Palavra do Senhor, de reto coração, e que produzem muitos frutos, até o fim perseverantes! (Lc 8,15)
Honra e glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, 31Jesus disse aos judeus que nele tinham acreditado: “Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, 32e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. 33Responderam eles: “Somos descendentes de Abraão, e nunca fomos escravos de ninguém. Como podes dizer: ‘Vós vos tornareis livres’?”  34Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, todo aquele que comete pecado é escravo do pecado. 35O escravo não permanece para sempre numa família, mas o filho permanece nela para sempre. 36Se, pois, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres. 37Bem sei que sois descendentes de Abraão; no entanto, procurais matar-me, porque a minha palavra não é acolhida por vós. 38Eu falo o que vi junto do Pai; e vós fazeis o que ouvistes do vosso pai”. 39Eles responderam então: “Nosso pai é Abraão”. Disse-lhes Jesus: “Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão! 40Mas agora, vós procurais matar-me, a mim, que vos falei a verdade que ouvi de Deus. Isto, Abraão não o fez. 41Vós fazeis as obras do vosso pai”.
Disseram-lhe, então: “Nós não nascemos do adultério, temos um só pai: Deus”. 42Respondeu-lhes Jesus: “Se Deus fosse vosso Pai, certamente me amaríeis, porque de Deus é que eu saí, e vim. Não vim por mim mesmo, mas foi ele que me enviou”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santa Maria Josefa, padroeira dos doentes e dos cuidadores

Origens
Maria Josefa do Coração de Jesus foi a primogênita de Barnabé Sancho, serralheiro, e de Petra de Guerra, doméstica. Nasceu na Espanha, dia 7 de setembro de 1842, e foi batizada no dia seguinte. Ficou órfã de pai muito cedo; e foi sua mãe quem a preparou para a primeira comunhão, recebida aos dez anos. Completou a sua formação e educação em Madri, na casa de alguns parentes e, desde muito cedo, começou a demonstrar uma grande devoção à Eucaristia e a Nossa Senhora. Também teve uma forte sensibilidade em relação aos pobres, aos doentes e uma inclinação para a vida interior. 
A descoberta vocacional
Aos dezoito anos, Maria Josefa voltou a sua cidade natal, Vitória, e logo manifestou a sua mãe o desejo de entrar para um mosteiro. Sentia-se atraída pela vida de clausura. Mais tarde, costumava dizer: “Nasci com a vocação religiosa”. Logo decidiu entrar no Instituto Servas de Maria, recentemente fundado em Madri, por madre Soledade Torres Acosta. 
Nova fundação – inspiração de Deus
Ao aproximar-se de seus votos, foi assaltada por graves dúvidas e incertezas sobre seu chamado para aquele Instituto. Admitiu essa disposição a vários confessores, chegando até a dizer que tinha se enganado quanto à própria vocação. Mas os constantes contatos com o arcebispo de Saragoça, futuro santo, Antônio Maria Claret, e as conversas serenas com madre Soledade Torres Acosta, amadureceram nela a possibilidade de fundar uma nova família religiosa, que se dedicasse aos doentes em casa ou hospitais. Assim, aos vinte e nove anos, ela fundou o Instituto das Servas de Jesus, na cidade de Bilbao, em 1871.
Padroeira dos doentes e dos cuidadores e intercessora do Instituto Servas de Jesus da Caridade
Doença e sofrimento
Por 41 anos, foi a superiora do Instituto. Acometida por uma longa e grave enfermidade, que a mantinha no leito ou numa poltrona, sofreu muito antes de morrer, contudo sem deixar sua atividade de lado. Por meio de uma intensa e expressa correspondência, solidificou as bases dessa nova família mesmo doente. 
Frutos em vida
No momento da sua morte, em 20 de março de 1912, havia milhares de religiosas espalhadas por quarenta e três casas.
Páscoa
A sua morte foi muito sentida em toda a região; e o seu funeral teve uma grande manifestação de pesar. Os seus restos mortais foram trasladados para a Casa-Mãe, em Bilbao, onde ainda se encontram. A causa da canonização de madre Maria Josefa começou em 1951; foi solenemente beatificada pelo Papa João Paulo II, em 1992, e, depois, canonizada, em 1 de outubro de 2000, pelo mesmo pontífice em Roma.
O Carisma e a Devoção
O carisma
Os pontos centrais da espiritualidade de madre Maria Josefa podem definir-se como: um grande amor à Eucaristia e ao Sagrado Coração de Jesus; uma profunda adoração do mistério da Redenção e uma íntima participação nas dores de Cristo e na Sua Cruz; e a completa dedicação ao serviço aos doentes, num contexto de espírito contemplativo. Afirma o diretório da congregação religiosa das servas de Jesus da caridade, “Desta maneira, as funções materiais do nosso Instituto, destinadas a salvaguardar a saúde corporal do nosso próximo, elevam-se a uma grande altura e fazem a nossa vida ativa mais perfeita que a contemplativa, como ensinou o Doutor angélico, São Tomás de Aquino, que falou dos trabalhos dirigidos à saúde da alma, que vêm da contemplação”.
Servas de Jesus
O serviço aos doentes tornou-se, assim, a oblação generosa das Servas de Jesus, seguindo o exemplo da sua Fundadora. Hoje, espalhadas pela Europa, América Latina e Ásia, as Servas procuram dar pão aos famintos, acolher os doentes e outros necessitados, criar centros para pessoas idosas, desenvolvendo sempre a pastoral da saúde e outras obras de caridade. 
Oração
Deus onipotente, que concedestes grande santidade à vossa serva santa Maria Josefa, concedei-nos a graça que humildemente vos pedimos, sobretudo a força para perseverar no amor de vosso Filho. Que vive e reina para sempre. Amém.
Minha oração
“A nossa santa rogamos a graça da saúde aos enfermos, mas também pedimos uma santa morte. Aos cuidadores, que seja concedido a força e o ânimo, o amor necessário para o ofício. E a nós pedimos a saúde do corpo e da alma.”
Santa Maria Josefa do Coração de Jesus, rogai por nós!

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TERÇA-FEIRA, DIA 19 DE MARÇO DE 2024

SÃO JOSÉ ESPOSO DE MARIA E PADROEIRO DA IGREJA
Cor Litúrgica Branco

Primeira leitura
2Sm 7,4-5.12-14.16
– Leitura do segundo livro de Samuel: Naqueles dias, 4a Palavra do Senhor foi dirigida a Natã nestes termos: 5a“Vai dizer ao meu servo Davi: ‘Assim fala o Senhor: 12Quando chegar o fim dos teus dias e repousares com teus pais, então, suscitarei, depois de ti, um filho teu, e confirmarei a sua realeza. 13Será ele que construirá uma casa para o meu nome, e eu firmarei para sempre o seu trono real. 14aEu serei para ele um pai e ele será para mim um filho. 16Tua casa e teu reino serão estáveis para sempre diante de mim, e teu trono será firme para sempre’”.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 89,2-3.4-5.27.29 (R: 37)
– Eis que a sua descendência durará eternamente.
R: Eis que a sua descendência durará eternamente.

– Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor, de geração em geração eu cantarei vossa verdade! Porque dissestes: “O amor é garantido para sempre!” E a vossa lealdade é tão firme como os céus.
R: Eis que a sua descendência durará eternamente.

– “Eu firmei uma Aliança com meu servo, meu eleito, e eu fiz um juramento a Davi, meu servidor. Para sempre, no teu trono, firmarei tua linhagem, de geração em geração garantirei o teu reinado!”
R: Eis que a sua descendência durará eternamente.

– Ele, então, me invocará: “Ó Senhor, vós sois meu Pai, sois meu Deus, sois meu Rochedo onde encontro a salvação!” Guardarei eternamente para ele a minha graça e com ele firmarei minha Aliança indissolúvel.
R: Eis que a sua descendência durará eternamente.

Segunda leitura
Rm 4,13.16-18.22
– Leitura da carta de são Paulo aos Romanos: Irmãos, 13não foi por causa da Lei, mas por causa da justiça que vem da fé que Deus prometeu o mundo como herança a Abraão ou à sua descendência. 16É em virtude da fé que alguém se torna herdeiro. Logo, a condição de herdeiro é uma graça, um dom gratuito, e a promessa de Deus continua valendo para toda a descendência de Abraão, tanto para a descendência que se apega à Lei, quanto para a que se apóia somente na fé de Abraão, que é o pai de todos nós. 17Pois está escrito: “Eu fiz de ti pai de muitos povos”. Ele é pai diante de Deus, porque creu em Deus que vivifica os mortos e faz existir o que antes não existia. 18Contra toda a humana esperança, ele firmou-se na esperança e na fé. Assim, tornou-se pai de muitos povos, conforme lhe fora dito: “Assim será a tua prosperidade”. 22Esta sua atitude de fé lhe foi creditada como justiça.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 1,16.18-21.24a
Louvor e glória a ti, Senhor, Cristo palavra de Deus!
Louvor e glória a ti, Senhor, Cristo palavra de Deus!
– Felizes os que habitam vossa casa, para sempre eles hão de louvar!  (Sl 83,5)
Louvor e glória a ti, Senhor, Cristo palavra de Deus!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
– Glória a vós, Senhor!  
– 16Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. 18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria em segredo. 20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo.  21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. 24aQuando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São José e sua solenidade – o patrono da Igreja Universal

Origens
Solenidade de São José, esposo da Santíssima Virgem Maria, homem justo, da descendência de David, que exerceu a missão de pai do Filho de Deus, Jesus Cristo, que quis ser chamado filho de José, e Jesus foi submisso como um filho ao seu pai. A Igreja venera, com especial honra, como seu patrono aquele a quem o Senhor constituiu chefe da sua família.
Solenidade
Em 1870, o Papa Pio IX declarou José como patrono da Igreja Universal e instituiu outra festa, uma solenidade com uma oitava, a ser realizada em sua homenagem na quarta-feira, na segunda semana após a Páscoa. A festa de 1870 foi substituída no Calendário Romano Geral do Papa Pio XII, em 1955, pela Festa de “São José Operário”, a ser comemorada em 1º de maio. Essa data coincide com o Dia Internacional dos Trabalhadores, desde a década de 1890, e reflete o status de José como santo padroeiro dos trabalhadores.
Magistério
Em 1870, no Decreto QUEMADMODUM DEUS, o Papa Pio IX proclamou São José como Patrono da Igreja à Cidade e ao Mundo. Logo após, em 1871, o mesmo Papa, na INCLYTUM PATRIARCHAM, Carta Apostólica, concedeu as prerrogativas litúrgicas dos Patriarcas às festas de São José para Perpétua Memória. Em 1889, o Papa Leão XIII emitiu a encíclica Quamquam Pluries, em que pedia aos católicos que rezassem a São José, como patrono da Igreja, em vista dos desafios que a Igreja enfrenta.
São José e o Plano da Redenção
Cânon 
Em 1989, por ocasião do centenário dos cultos de Quamquam Pluries, o Papa João Paulo II emitiu o Redemptoris Custos (Guardião do Redentor), que apresentava o papel de São José no plano de redenção, como parte dos “documentos de redenção” emitidos por João Paulo II. Em 1962, o Papa João XXIII inseriu o nome de José no cânon da missa, imediatamente após o da Virgem Maria. Em 2013, o Papa Francisco inseriu seu nome nas três outras orações eucarísticas.
Justo
A primeira definição de José, que encontramos no Evangelho de Mateus, é “homem justo”. Diante da inexplicável gravidez da sua noiva, não pensa no próprio orgulho ou na sua dignidade ferida: pelo contrário, pensa salvar Maria da malvadez das pessoas, da lapidação à qual podia ser condenada. Ele não quis repudiá-la publicamente, mas deixá-la em segredo. Porém, um Anjo veio sugerir-lhe a escolha mais justa de não ter medo. “Não temas receber a Maria, tua esposa, porque o que nela está gerado é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus”.
Obediente e íntimo dos Anjos
Um Anjo acompanha José nos momentos mais difíceis da sua vida; a sua atitude, diante das palavras do Mensageiro celeste, foi de confiante obediência: recebe Maria como sua esposa! E, depois do nascimento de Jesus, o Anjo volta a advertir-lhe sobre o perigo da perseguição de Herodes. Então, de noite, ele fugiu com a sua família para o Egito, um país estrangeiro. Ali, ele deveria começar tudo de novo e procurar um trabalho. E quando o Anjo volta, mais uma vez, para avisar-lhe da morte de Herodes, convidando-o a regressar para Israel, ele tomou consigo sua mulher e seu filho e se refugiou em Nazaré, na Galileia, sob a orientação do Anjo.
São José: exemplo de simplicidade
Carpinteiro e patrono dos trabalhadores
Mateus, no capítulo 13, fala da sua profissão de carpinteiro, quando os habitantes céticos de Nazaré se perguntam: “Não será este o filho do carpinteiro”? Assim, ele ganha a confiança dos vizinhos. Veem-se nesse grande homem a virtude do trabalho santificado de modo sublime. Ele trabalha e ensina o menino Jesus no serviço. Por isso, se torna modelo para nós, em nossos ofícios.
Pai putativo
Sem dúvida alguma, José amou Jesus com toda a ternura que um pai tem por seu filho: tudo o que José fez foi proteger e educar o misterioso Menino, obediente e sábio, que lhe fora confiado. Educar Jesus: a imensa desconformidade de uma tarefa de dizer ao Filho de Deus o que é justo e o que é injusto. Deve ter sido difícil para ele, humanamente falando, ter que procurá-lo, com aflição, por três dias, no Templo, onde ele tinha ficado, sem avisar seus pais, para discutir com os doutores, e ter que ouvir daquele menino de doze anos: “Não sabias que devo ocupar-me das coisas do meu Pai?“.
Este é um tipo de perplexidade que todo pai sente quando percebe que seus filhos não lhes pertencem e que o destino deles está nas mãos de Deus, por isso ele é modelo de paternidade e intercessor dessas causas. 
Patrono e Orações a São José
Patrono dos moribundos
Segundo a tradição, José teria morrido circundado por Jesus e Maria. Por esse motivo, é invocado também como protetor dos moribundos. Tal invocação deve-se a todos nós que gostaríamos de deixar esta terra tendo ao nosso lado Jesus e sua Mãe.
Oração de Leão XIII a São José pela Igreja
“A vós, São José, recorremos em nossa tribulação e, tendo implorado o auxílio de vossa santíssima esposa, cheios de confiança solicitamos também o vosso patrocínio. Por esse laço sagrado de caridade que vos uniu à Virgem Imaculada Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente vos suplicamos que lanceis um olhar favorável sobre a herança que Jesus Cristo conquistou com o seu sangue, e nos socorrais em nossas necessidades com o vosso auxílio e poder. Protegei, ó guarda providente da Divina Família, o povo eleito de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício.
Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas, e assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus das ciladas do Inimigo e de toda adversidade. Amparai a cada um de nós com o vosso constante patrocínio, a fim de que, a vosso exemplo e sustentados com o vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança. Amém.”
Minha oração
“Oh Glorioso São José, assuma-me também como teu filho adotivo. Contigo desejo experimentar a paternidade do Pai. Alimenta-me fisicamente e espiritualmente para que eu te imite no amor a Jesus e Maria para todo o sempre!”
São José, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 18 DE MARÇO DE 2024

SÃO CIRILO DE JERUSALEM
Cor Litúrgica roxo

Primeira leitura
Dn 13,1-9.15-17
– Leitura da profecia de Daniel: 1 Havia um homem, de nome Joaquim, que estava residindo na Babilônia. 2 Era casado com uma mulher de nome Susana, filha de Helcias, mulher bonita e muito religiosa. 3 Seus pais, gente correta como eram, tinham educado a filha na Lei de Moisés. 4 Joaquim era um homem muito rico e tinha um espaçoso bosque junto à sua casa. Os judeus costumavam reunir-se ali, porque Joaquim era o mais respeitado de todos eles. 5 Para aquele ano tinham sido nomeados como dirigentes, dois anciãos do povo, dos quais o Senhor disse: “A injustiça brotou na Babilônia, vinda dos anciãos que pareciam governar o povo”. 6 Esses dois frequentavam a casa de Joaquim, pois era ali que as pessoas iam procurá-los quando tinham alguma coisa a resolver. 7 Acontecia que, quando o povo ia-se embora, por volta do meio dia, Susana saía para dar umas voltas no bosque do seu marido. 8 Os dois anciãos todos os dias viam Susana sair para dar seu passeio e assim começaram a cobiçá-la. 9 Perverteram o pensamento, desviaram o olhar para não enxergarem a Deus do céu, nem se lembrarem dos procedimentos corretos. 15Estavam os dois à espreita de uma ocasião oportuna, quando, um dia, ela saiu só com as duas meninas, como nos outros dias, e teve vontade de tomar banho no bosque porque estava fazendo calor. 16Não havia mais ninguém, a não ser os dois anciãos que estavam escondidos observando Susana. 17Ela disse às meninas: “Tragam-me sabão e perfumes e fechem o portão do bosque que vou tomar um banho!”

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 23,1-3a.3b-4.5.6 (R: 4a)
– Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, estais comigo.
R: Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, estais comigo.

– O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Para as águas repousantes me encaminha, e restaura as minhas forças.
R: Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, estais comigo.

– Ele me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança!
R: Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, estais comigo.

– Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do meu inimigo, com óleo vós ungis minha cabeça, e o meu cálice transborda.
R: Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, estais comigo.

– Felicidade e todo bem hão de seguir-me, por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos.
R: Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, estais comigo.
Aclamação ao santo Evangelho
Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos
Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos
– Não quero a morte do pecador, diz o Senhor, mas que ele volte, se converta e tenha vida (Ez 33,11).
Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 8,1-11
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, 1Jesus foi para o monte das Oliveiras. 2De madrugada, voltou de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. 3Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Levando-a para o meio deles, 4disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. 5Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?” 6Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. 7Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. 8E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. 9E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho, com a mulher que estava lá, no meio, em pé. 10Então Jesus se levantou e disse: “Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?” 11Ela respondeu: “Ninguém, Senhor”. Então Jesus lhe disse: “Eu, também, não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Cirilo de Jerusalém, doutor da Igreja e príncipe dos catequistas

Origens
São Cirilo de Jerusalém nasceu por volta do ano de 315 em Jerusalém ou em seus arredores. Pouco se sabe sobre sua infância e juventude, além de que ele cresceu num lar cristão, com uma vida financeira confortável. Recebeu uma sólida formação nas Sagradas Escrituras e em matérias humanísticas.
Sacerdote aos 30 anos
Ordenado sacerdote em 345, aos 30 anos, ele foi sagrado bispo de Jerusalém apenas três anos mais tarde, em 348. São Cirilo de Jerusalém viveu numa época em que a Igreja do Oriente estava envolvida em muitas controvérsias.  São Cirilo precisou enfrentar especialmente a heresia do arianismo. O arianismo basicamente negava a consubstancialidade entre Jesus e Deus Pai, ou seja, segundo os arianos, Jesus seria o filho de Deus, mas não o próprio Deus.
Escritos valiosos
São Cirilo deixou para a Tradição da Igreja diversos escritos, mas os mais famosos deles são as suas 24 catequeses, que estão entre os mais preciosos tesouros da antiguidade cristã. Suas catequeses foram escritas como parte da preparação dos catecúmenos para o batismo. Nela, incluem uma introdução, dezoito catequeses aplicadas durante a Quaresma e cinco “catequeses mistagógicas”, que foram ministradas durante a semana de Páscoa para aqueles mesmos que receberam o batismo.
São Cirilo de Jerusalém e o rigor à Doutrina
Catequeses
As catequeses são marcadas pelo rigor em relação à doutrina. A grande habilidade de São Cirilo em explicar conceitos complexos de forma simples e direta, facilita o entendimento. A título exemplificativo, vejamos como ele explica o significado da proclamação “Corações ao alto!”, na quinta catequese mistagógica:
“Verdadeiramente, nesta hora mui tremenda, é preciso ter o coração no alto, junto de Deus, e não embaixo, na terra, nas coisas terrenas. Com autoridade, pois, o sacerdote ordena que, nesta hora, se abandonem todas as preocupações da vida e os cuidados domésticos e que se tenha o coração no céu, junto ao Deus benevolente.”
O capítulo das perseguições
A vida de São Cirilo não se resumiu às suas brilhantes catequeses, ela foi também marcada por polêmicas e perseguições justamente por causa do arianismo. Acácio, um bispo muito influente na época, simpatizante do arianismo, teria nomeado São Cirilo bispo de Jerusalém imaginando que fosse tê-lo como aliado na defesa da heresia. Mantendo-se fiel à sã doutrina, São Cirilo foi perseguido e acabou enfrentando por três vezes o exílio. A primeira vez em 357, conforme disposto por um Sínodo em Jerusalém. A segunda em 360, por obra direta de Acácio. O último exílio foi em 367, o seu mais longo exílio, que durou 11 anos, por obra direta do imperador Valente, que também era ariano. 
Com a morte do imperador, em 378, São Cirilo pôde finalmente voltar para a sua sede episcopal em ânimo definitivo. Participou em 381, do Concílio Ecumênico de Constantinopla, onde foi firmado o símbolo Niceno-Constatinopolitano.
Proclamado Doutor da Igreja e o seu reflexo na atualidade
Páscoa
Em 386, provavelmente no dia 18 de março, São Cirilo morreu, aos 71 anos de idade. Em meio a muitas acusações de heresia, São Cirilo permaneceu fiel à Igreja de Cristo. Foi paciente nas perseguições e sua ortodoxia foi reconhecida a tal ponto que em 1882 o Papa Leão XIII o proclamou Doutor da Igreja. 
Fontes de documentos atuais
Além disso, duas importantes constituições dogmáticas do Concílio Vaticano II, a Lumen Gentium e a Dei Verbum, foram inspiradas em seus escritos.
Sua repercussão na atualidade
São Cirilo de Jerusalém ajuda, até hoje, cristãos de todo o mundo a mergulharem no mistério da fé, como tão bem expressou o Papa Bento XVI:
O mistério que se deve desvendar é o desígnio de Deus, que se realiza através das ações salvíficas de Cristo na Igreja. Por sua vez, a dimensão mistagógica está acompanhada pela dos símbolos, que expressam a vivência espiritual que eles fazem “explodir”. Assim, a catequese de Cirilo, com base nas três componentes descritas – doutrinal, moral e, por fim, mistagógica –, resulta numa catequese global no Espírito. A dimensão mistagógica atua como síntese das duas primeiras, orientando-as para a celebração sacramental, na qual se realiza a salvação do homem todo. Trata-se, em definitivo, de uma catequese integral, que envolvendo corpo, alma e espírito permanece emblemática também para a formação catequética dos cristãos de hoje.
Exemplo de Vida e Oração
Ação de Deus
Olhando para a vida de São Cirilo, encanta-nos o que o Espírito Santo pode realizar na vida de quem se abre à graça de Deus: de um lado, um dom impressionante para transmitir a fé e a sã doutrina, por meio de catequeses que continuam atualíssimas até hoje; do outro lado, a paciência e a fortaleza para viver perseguido e não se render, não ceder ao desânimo nem ao cansaço. Mesmo que, imitando a Cristo, por tanto tempo não tenha tido um lugar onde reclinar a cabeça.
Minha oração
“Ajudai-nos, São Cirilo de Jerusalém, a buscarmos sempre mergulhar nos mistérios da fé, para que vivamos uma fidelidade à toda prova ao que Cristo nos ensinou. Ensinai-nos a suportar as perseguições, injúrias e falsas acusações com o coração limpo, sem temor, sem ódio, olhando apenas para Cristo que, crucificado, suportou muito mais perseguições, muito mais injúrias, muito mais falsas acuações. São Cirilo de Jerusalém, rogai por nós, para que sejamos fiéis a Deus como vós fostes, para que defendamos a verdade como vós defendestes, para que nos esforcemos para imitar a Cristo como vós imitastes.”
São Cirilo de Jerusalém, rogai por nós. Amém!