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TERÇA-FEIRA, DIA 01 DE ABRIL DE 2025

IV SEMANA DA QUARESMA
Cor Litúrgica roxa

Primeira leitura
Leitura da Profecia de Ezequiel 47,1-9.12
Naqueles dias,
1
o anjo fez-me voltar até a entrada do Templo
e eis que saía água da sua parte subterrânea
na direção leste,
porque o Templo estava voltado para o oriente;
a água corria do lado direito do Templo,
a sul do altar.
2
Ele fez-me sair pela porta que dá para o norte,
e fez-me dar uma volta por fora,
até à porta que dá para o leste,
onde eu vi a água jorrando do lado direito.
3
Quando o homem saiu na direção leste,
tendo uma corda de medir na mão,
mediu quinhentos metros
e fez-me atravessar a água:
ela chegava-me aos tornozelos.
4
Mediu outros quinhentos metros
e fez-me atravessar a água:
ela chegava-me aos joelhos.
5
Mediu mais quinhentos metros
e me fez-me atravessar a água:
ela chegava-me à cintura.
Mediu mais quinhentos metros,
e era um rio que eu não podia atravessar.
Porque as águas haviam crescido tanto,
que se tornaram um rio impossível de atravessar,
a não ser a nado.
6
Ele me disse:
“Viste, filho do homem?”
Depois fez-me caminhar de volta pela margem do rio.
7
Voltando, eu vi junto à margem muitas árvores,
de um e de outro lado do rio.
8
Então ele me disse:
“Estas águas correm para a região oriental,
descem para o vale do Jordão,
desembocam nas águas salgadas do mar,
e elas se tornarão saudáveis.
9
Onde o rio chegar,
todos os animais que ali se movem poderão viver.
Haverá peixes em quantidade,
pois ali desembocam as águas que trazem saúde;
e haverá vida onde chegar o rio.
12
Nas margens junto ao rio,
de ambos os lados,
crescerá toda espécie de árvores frutíferas;
suas folhas não murcharão 
e seus frutos jamais se acabarão:
cada mês darão novos frutos,
pois as águas que banham as árvores saem do santuário.
Seus frutos servirão de alimento
e suas folhas serão remédio”.
Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Salmo responsorial
Sl 45(46),2-3.5-6.8-9 (R. 8)

R. Conosco está o Senhor do Universo!
    O nosso refúgio é o Deus de Jacó.

2
O Senhor para nós é refúgio e vigor, *
sempre pronto, mostrou-se um socorro na angústia;
3
assim não tememos se a terra estremece, *
se os montes desabam, caindo nos mares.

R. Conosco está o Senhor do Universo!
    O nosso refúgio é o Deus de Jacó.

5
Os braços de um rio vêm trazer alegria *
à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.
6
Quem a pode abalar? Deus está no seu meio! *
Já bem antes da aurora, ele vem ajudá-la.

R. Conosco está o Senhor do Universo!
    O nosso refúgio é o Deus de Jacó.

8
Conosco está o Senhor do universo! *
O nosso refúgio é o Deus de Jacó!
9
Vinde ver, contemplai os prodígios de Deus *
e a obra estupenda que fez no universo.

R. Conosco está o Senhor do Universo!
    O nosso refúgio é o Deus de Jacó.

Aclamação ao Evangelho
Sl 50(51),12a.14a
R. Glória a vós, Senhor Jesus, 
    Primogênito dentre os mortos!
V. Criai em mim um coração que seja puro, 
    dai-me de novo a alegria de ser salvo!

EVANGELHO
No mesmo instante, o homem ficou curado.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 5,1-16
1
Houve uma festa dos judeus,
e Jesus foi a Jerusalém.
2
Existe em Jerusalém,
perto da porta das Ovelhas,
uma piscina com cinco pórticos,
chamada Betesda em hebraico.
3
Muitos doentes ficavam ali deitados
— cegos, coxos e paralíticos —.
4
De fato, um anjo descia, de vez em quando,
e movimentava a água da piscina,
e o primeiro doente que aí entrasse,
depois do borbulhar da água,
ficava curado de qualquer doença que tivesse.
5
Aí se encontrava um homem,
que estava doente havia trinta e oito anos.
6
Jesus viu o homem deitado
e sabendo que estava doente há tanto tempo, disse-lhe: 
“Queres ficar curado?”
7
O doente respondeu:
“Senhor, não tenho ninguém que me leve à piscina,
quando a água é agitada.
Quando estou chegando, 
outro entra na minha frente”.
8
Jesus disse: 
“Levanta-te, pega a tua cama e anda”.
9
No mesmo instante,
o homem ficou curado,
pegou a sua cama e começou a andar.
Ora, esse dia era um sábado.
10
Por isso,
os judeus disseram ao homem que tinha sido curado:
“É sábado!
Não te é permitido carregar tua cama”.
11
Ele respondeu-lhes:
“Aquele que me curou disse:
‘Pega tua cama e anda’ “.
12
Então lhe perguntaram:
“Quem é que te disse:
‘Pega tua cama e anda?’ ”
13
O homem que tinha sido curado não sabia quem fora,
pois Jesus se tinha afastado da multidão
que se encontrava naquele lugar.
14
Mais tarde, Jesus encontrou o homem no Templo
e lhe disse:
“Eis que estás curado.
Não voltes a pecar,
para que não te aconteça coisa pior”.
15
Então o homem saiu
e contou aos judeus
que tinha sido Jesus quem o havia curado.
16
Por isso, os judeus começaram a perseguir Jesus,
porque fazia tais coisas em dia de sábado.
Palavra da Salvação.
– Glória a Vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santo Hugo de Grenoble

O santo de hoje nasceu em Castelo Novo, na França, no ano de 1053. Fez toda uma caminhada de formação, tornou-se sacerdote e, depois, foi levado ao Papa Gregório VII para ser ordenado bispo.
Ele disse o seu “sim”. Assumiu o bispado em Grenoble e se deparou com uma realidade do Clero, leigos e famílias, que precisavam de uma renovação no Espírito Santo.
Na oração, na penitência, no sacrifício, nas vigílias, junto com outros irmãos, ele foi sendo esse sinal de formação; e muitas pessoas foram abraçando e retomando o Evangelho.
Passado algum tempo, Hugo retirou-se para um mosteiro beneditino, mas, por obediência a um pedido do Papa, retornou à diocese.
Homem zeloso pela comunhão da Igreja, participou do Concílio em Viena e combateu toda mentalidade que buscava um “cisma” na Igreja, e com outros bispos semeou a paz, fruto da Verdade.
De tantos sacrifícios que fez, oferecendo pela Igreja e pela salvação das almas, ficou muitas vezes doente, mas não desistia. Diante de sua debilidade física, o Papa Inocêncio II o dispensou. Passado um tempo, com quase 80 anos, veio a falecer.
Santo Hugo de Grenoble, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 31 DE MARÇO DE 2025

IV semana da Quaresma
Cor Litúrgica Roxa

Primeira leitura
Is 65,17-21
– Leitura do livro do profeta Isaías: Assim fala o Senhor: 17Eis que eu criarei novos céus e nova terra, coisas passadas serão esquecidas, não voltarão mais à memória. 18Ao contrário, haverá alegria e exultação sem fim em razão das coisas que eu vou criar; farei de Jerusalém a cidade da exultação e um povo cheio de alegria. 19Eu também exulto com Jerusalém e alegro-me com o meu povo; ali nunca mais se ouvirá a voz do pranto e o grito de dor. 20Ali não haverá crianças condenadas a poucos dias de vida nem anciãos que não completem seus dias. Será considerado jovem quem morrer aos cem anos; e quem não alcançar cem anos, passará por maldito. 21Construirão casas para nelas morar, plantarão vinhas para comer seus frutos.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 30,2.4.5-6.11-12a.13b (R: 2a)
– Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes!
R: Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes!

– Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes, e não deixastes rir de mim meus inimigos! Vós tirastes minha alma dos abismos e me salvastes, quando estava já morrendo!
R: Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes!

– Cantai salmos ao Senhor, povo fiel, dai-lhe graças e invocai seu santo nome! Pois sua ira dura apenas um momento, mas sua bondade permanece a vida inteira; se à tarde vem o pranto visitar-nos, de manhã vem saudar-nos a alegria.
R: Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes!

– Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade! Sede, Senhor, o meu abrigo protetor! Transformastes o meu pranto em uma festa, Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos!
R: Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes!

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 4,43-54
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
– Buscai o bem, e não o mal, pois assim vivereis; então o Senhor, nosso Deus, convosco estará (Am 5,14)
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, 43Jesus partiu da Samaria para a Galileia. 44O próprio Jesus tinha declarado, que um profeta não é honrado na sua própria terra. 45Quando então chegou à Galileia, os galileus receberam-no bem, porque tinham visto tudo o que Jesus havia feito em Jerusalém, durante a festa. Pois também eles tinham ido à festa. 46Assim, Jesus voltou para Caná da Galileia, onde havia transformado água em vinho. Havia em Cafarnaum um funcionário do rei que tinha um filho doente. 47Ouviu dizer que Jesus tinha vindo da Judeia para a Galileia. Ele saiu ao seu encontro e pediu-lhe que fosse a Cafarnaum curar seu filho, que estava morrendo. 48Jesus disse-lhe: “Se não virdes sinais e prodígios, não acreditais”. 49O funcionário do rei disse: “Senhor, desce, antes que meu filho morra!” 50Jesus lhe disse: “Podes ir, teu filho está vivo”. O homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora. 51Enquanto descia para Cafarnaum, seus empregados foram ao seu encontro, dizendo que o seu filho estava vivo. 52O funcionário perguntou a que horas o menino tinha melhorado. Eles responderam: “A febre desapareceu, ontem, pela uma da tarde”. 53O pai verificou que tinha sido exatamente na mesma hora em que Jesus lhe havia dito: “Teu filho está vivo”. Então, ele abraçou a fé, juntamente com toda a sua família. 54Esse foi o segundo sinal de Jesus. Realizou-o quando voltou da Judeia para a Galileia.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Benjamim, o santo torturado com farpas embaixo das unhas

Origem
Nasceu na Pérsia no ano 394. E, logo que evangelizado, engajou-se na igreja e descobriu a sua vocação ao diaconato. “Para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Fl 1,21). Jovem mártir da igreja, São Benjamim encarnou na vida as palavras do apóstolo Paulo aos filipenses, dando a sua vida pelo evangelho e conversão das almas.
Vida
Naquela época, tensões políticas e religiosas, entre o rei persa e o domínio romano, desencadearam numa grande perseguição aos cristãos que durou cerca de três anos. O diácono Benjamim, cuja atividade e influência desagradaram ao rei Isdeberg, foi espancado e preso.
Ardor apostólico
Benjamim era um jovem com muito ardor apostólico e amor pelas almas. Exímio pregador, falava com eloquência levando muitos a se converterem, inclusive sacerdotes persa de uma seita pagã. Durante o período de um ano de encarceramento, dedicou-se à oração, à meditação e à escrita.
São Bejamin: santidade e martírio
A prisão e negociação
Do lado de fora da prisão, ocorriam negociações para restabelecer a paz entre o rei persa e o embaixador de Roma. O embaixador pediu a liberdade de Benjamim. O rei consentiu, mas impôs a condição do diácono prometer não voltar a exercer o seu ministério entre os magos e sacerdotes da religião persa. Benjamim declarou que nunca fecharia aos homens as fontes da graça divina, nem deixaria de fazer brilhar diante dos seus olhos a verdadeira luz – disse ainda: “de outra forma, eu próprio incorreria nos castigos que o Mestre reserva aos servos que enterram o seu talento”. Mesmo assim, foi posto em liberdade sob fiança do embaixador romano.
O retorno ao serviço a Deus
Com a alegria singular daqueles que fazem o encontro pessoal com Jesus, Benjamim, agora em liberdade, rapidamente colocou-se a servir o Senhor e a anunciar o evangelho. Muitos sinais foram realizados por meio dele: cegos voltaram a ver, leprosos foram curados e muitas pessoas se converteram.
Confrontou o rei
Logo que Isdeberg, o rei persa, ficou sabendo das atividades de Benjamim, ele o intimou para estar na presença dele e, desta vez, ordenou-lhe que adorasse o sol e o fogo. O diácono respondeu: “faz de mim o que quiseres, mas eu nunca renegarei o Criador do Céu e da terra, para prestar culto a criaturas perecedouras”. E, corajosamente, confrontou o rei indagando: “Que juízo farias de um súdito que prestasse a outros senhores a fidelidade que te é devida a ti?”.
Farpas embaixo das unhas
Furioso, Isdeberg ordenou que o torturassem em lugar público e, enquanto enfiavam farpas embaixo das unhas e em outras partes sensíveis do corpo, o impeliam a negar a sua fé. Como persistiu em não negar a Cristo, aplicaram-lhe o suplício da empalação. Por volta do ano 424, morre São Benjamim, martirizado por anunciar e testemunhar Cristo.
Minha oração
“Senhor Jesus, aos 30 anos, Benjamim teve a coragem de sofrer e morrer por Ti. Dá-me essa graça, se preciso for. Amém.”
São Benjamim, rogai por nós!

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DOMINGO, DIA 30 DE MARÇO DE 2025

IV DOMINGO DA QUARESMA
Cor Litúrgica roxa

Primeira Leitura (Js 5,9a.10-12)
Leitura do Livro de Josué
Naqueles dias, 9a o Senhor disse a Josué: “Hoje tirei de cima de vós o opróbrio do Egito”. 10 Os israelitas ficaram acampados em Guilgal e celebraram a Páscoa no dia catorze do mês, à tarde, na planície de Jericó. 11 No dia seguinte à Páscoa comeram dos produtos da terra, pães sem fermento e grãos tostados nesse mesmo dia. 12 O maná cessou de cair no dia seguinte, quando comeram dos produtos da terra. Os israelitas não mais tiveram o maná. Naquele ano comeram dos frutos da terra de Canaã.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Responsório Sl 33(34),2-3.4-5.6-7 (R. 9a)
— Provai e vede quão suave é o Senhor!

— Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca.
Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem! 

— Provai e vede quão suave é o Senhor!

— Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome!
Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou. 

— Provai e vede quão suave é o Senhor!

— Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha!
Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia. 

— Provai e vede quão suave é o Senhor!

Segunda Leitura (2Cor 5,17-21)
Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios
Irmãos: 17 Se alguém está em Cristo, é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. Tudo agora é novo. 18 E tudo vem de Deus, que, por Cristo, nos reconciliou consigo e nos confiou o ministério da reconciliação. 19 Com efeito, em Cristo, Deus reconciliou o mundo consigo, não imputando aos homens as suas faltas e colocando em nós a palavra da reconciliação. 20 Somos, pois, embaixadores de Cristo, e é Deus mesmo que exorta através de nós. Em nome de Cristo, nós vos suplicamos: deixai-vos reconciliar com Deus. 21 Aquele que não cometeu nenhum pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nós nos tornemos justiça de Deus. 
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

— Louvor e honra a vós, Senhor Jesus.
— Vou levantar-me e vou a meu pai e lhe direi: Meu pai, eu pequei contra o céu e contra ti.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 1 Os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. 2 Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus. “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. 3 Então Jesus contou-lhes esta parábola: 11 “Um homem tinha dois filhos. 12 O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. 13 Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. 14 Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade. 15 Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. 16 O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam. 17 Então caiu em si e disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome. 18 Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra Deus e contra ti; 19 já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’. 20 Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o, e cobriu-o de beijos. 21 O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. 22 Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. 23 Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. 24 Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa. 25 O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. 26 Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo. 27 O criado respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’. 28 Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29 Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. 30 Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado’. 31 Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 32 Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado'”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
– Graças a Deus.

SANTO DO DIA
São João Clímaco, em seu escondimento, atraiu tantos para Cristo

Origens
João nasceu na Síria em 579. Desde criança, demonstrou ser bem inteligente. Teve boa formação cristã e também literária. De família nobre e rica, com um futuro promissor na sociedade, ele preferia a simplicidade e a oração. Assim, aos 16 anos, sentiu-se chamado para a vida monástica eremítica.
Em busca do Monte Sinai
Foi para o Monte Sinai, onde havia vários mosteiros com comunidades monásticas vivas. No Monte Sinai, João se fez discípulo de um dos mestres mais conhecidos que habitava o mosteiro mais famoso da região. O mestre era conhecido como o ancião e venerável Raiuthi. No mosteiro, João destacou-se pelo amor à oração, aos sacrifícios, ao trabalho pesado e aos estudos.
Seriedade na vocação
João levou muito a sério o seu chamado para a vida monástica e sua vocação para uma vida reclusa, dedicada à oração, à solidão e à ascese. E era isso que João buscava, por meio da vida simples no mosteiro. Ele só saia das dependências do mosteiro quando precisava colher frutas, raízes e outros alimentos para si e para os monges. Além disso, ele só se encontrava com os outros monges nos finais de semana, quando faziam orações e celebrações coletivas.
São João Clímaco e a vida nos mosteiros do Monte Sinai
Contexto histórico
No século IV, as perseguições dos romanos contra os cristãos tinham terminado. Ao mesmo tempo, inúmeros mosteiros muito simples tinham sido construídos na região do Monte Sinai por muitos monges, que buscavam a vida de oração e de contemplação. Na época, esses mosteiros ficaram famosos por causa da hospitalidade dedicada aos peregrinos e pelas bibliotecas que guardavam manuscritos valiosos. Nesse ambiente, São João Clímaco viveu e atuou, tornando-se o maior dentre os monges que habitavam o Monte Sinai, o local onde Deus entregou a Moisés as Tábuas da Lei.
Conhecido no escondimento
Disse Jesus que “Não se acende uma lâmpada para colocá-la em baixo da mesa”. E isso aconteceu com São João Clímaco. Mesmo estando “escondido” no mosteiro procurando a solidão, os monges e, depois, o povo, o descobriram. Todos começaram a procurá-lo para pedir conselhos e orientação espiritual quando souberam que se tratava de um homem santo e sábio. Assim, sua fama se espalhou. O povo atravessava o deserto para ouvi-lo, aprender com ele e pedir conselhos, bênçãos e orações.
Abade geral
Quando completou 60 anos, São João Clímaco foi eleito unanimemente como o abade geral de todos os monges e eremitas que habitavam a serra onde se encontra o Monte Sinai. 
Livro de São João Clímaco
Como abade, São João Clímaco escreveu bastante. Porém, apenas um livro seu se conservou. Trata-se de um livro importantíssimo e famoso, que alcançou grande divulgação na Idade Média. O livro é intitulado “Escada do Paraíso”. Foi por causa deste livro que São João recebeu o apelido de Clímaco. Trata-se de uma expressão grega que significa “aquele da escada”.
Os Trinta Degraus
Escada do Paraíso
Neste livro, São João Clímaco apresenta trinta degraus para subir até alcançar o estado de perfeição da alma. É como se fosse um manual. Nele, é apresentada toda a doutrina monástica, tanto para os noviços quanto para os monges. São João Clímaco descreve no livro “degrau por degrau”, mostrando as dificuldades que virão, como superá-las e a felicidade do Paraíso, que será alcançada no fim da escada, depois da morte, que é a passagem para a eternidade junto com Nosso Senhor Jesus.
Entrada no paraíso
São João Clímaco faleceu no dia 30 de março de 649. Faleceu como exemplo de vida, amado, venerado e admirado por todos os cristãos, tanto os do Oriente quanto os do Ocidente. Logo após a sua morte, passou a ser celebrado pelos cristãos no mesmo dia de sua morte, ou seja, de sua entrada no paraíso.
Minha oração
“Senhor Jesus, em meio a tantos barulhos e sentimentos, que eu e minha família consigamos encontrar o mais importante: a Sua vontade e Sua presença. Dá-nos essa graça. Amém.”
São João Clímaco, rogai por nós!

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SÁBADO, DIA 29 DE MARÇO DE 2025

III semana da Quaresma
Cor Litúrgica Roxa

Primeira leitura
Os 6,1-6
– Leitura da profecia de Oséias: 1“Vinde, voltemos para o Senhor, ele nos feriu e há de tratar-nos, ele nos machucou e há de curar-nos. 2Em dois dias, nos dará vida, e, ao terceiro dia, há de restaurar-nos, e viveremos em sua presença. 3É preciso saber segui-lo para reconhecer o Senhor. Certa como a aurora é a sua vinda, ele virá até nós como as primeiras chuvas, como as chuvas tardias que regam o solo”.  4Como vou tratar-te, Efraim? Como vou tratar-te, Judá? O vosso amor é como nuvem pela manhã, como orvalho que cedo se desfaz. 5Eu os desbastei por meio dos profetas, arrasei-os com as palavras de minha boca, mas, como luz, expandem-se meus juízos; 6quero amor, e não sacrifícios, conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 51,3-4.18-21ab, (R: Os 6.6)
– Eu quis misericórdia e não o sacrifício!
R: Eu quis misericórdia e não o sacrifício!
– Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa!
R: Eu quis misericórdia e não o sacrifício!
– Pois não são de vosso agrado os sacrifícios, e, se oferto um holocausto, o rejeitais. Meu sacrifício é minha alma penitente, não desprezeis um coração arrependido!
R: Eu quis misericórdia e não o sacrifício!
– Sede benigno com Sião, por vossa graça, reconstruí Jerusalém e os seus muros! E aceitareis o verdadeiro sacrifício, os holo­caustos e oblações em vosso altar!
R: Eu quis misericórdia e não o sacrifício!
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 18,9-14
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
– Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba!
(Sl 94,8)
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 9Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros: 10“Dois homens subiram ao Templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos. 11O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. 12Eu jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda. 13O cobrador de impostos, porém, ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador! 14Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
SÃO SEGUNDO DE ASTI

Segundo era um soldado pagão, filho de nobres, nascido em Asti, norte da Itália, no final do século primeiro.
Profundo admirador dos mártires cristãos, que o intrigavam pelo heroísmo e pela fé em Cristo. Chegava a visitá-los nos cárceres de Asti, conversando muito com todos. Consta dos registros da Igreja, que foi assim que tomou conhecimento da Palavra de Cristo.
Entretanto, sua conversão aconteceu mesmo durante uma viagem a Milão, onde visitou no cárcere os cristãos Faustino e Jovita. Esta conversão está envolta em muitas tradições cristãs. Os devotos dizem que Segundo teria sido levado à prisão por um anjo, para lá receber o batismo através das mãos daqueles mártires. A água necessária para a cerimônia teria vindo de uma nuvem. Logo depois, uma pomba teria lhe trazido a Santa Comunhão.
Depois disso, aconteceu o prodígio mais fascinante, narrado através dos séculos, da vida deste santo. Conta-se que ele conseguiu atravessar a cavalo o Rio Pó, sem se molhar, para levar a Eucaristia ao bispo Marciano, antes do martírio. O Rio Pó, minúsculo apenas no nome, é um rio imponente, tanto nas cheias, quanto nas baixas.
Passado este episódio extraordinário, Saprício, o prefeito de Asti, soube finalmente da conversão de seu amigo. Tentou de todas as formas fazer Segundo abandonar o cristianismo, mas como não conseguiu, mandou então que o prendessem, julgassem e depois de torturá-lo deixou que o decapitassem. Era o dia 29 de março do ano 119.
No local do seu martírio foi erguida uma igreja onde, num relicário de prata, se conservam as suas relíquias mortais. Uma vida cercada de tradições, prodígios, graças e sofrimentos foi o legado que nos deixou São Segundo de Asti, que é o padroeiro da cidade de Asti. Seu culto é muito popular no norte da Itália e em todo o mundo católico.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
São Segundo de Asti, rogai por nós!

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SEXTA-FEIRA, DIA 28 DE MARÇO DE 2025

III semana da Quaresma
Cor Litúrgica Roxa

Primeira leitura
Os 14,2-10
– Leitura da profecia de Oséias: Assim fala o Senhor Deus: 2“Volta, Israel, para o Senhor, teu Deus, porque estavas caído em teu pecado. 3Vós todos, encontrai palavras e voltai para o Senhor; dizei-lhe: ‘Livra-nos de todo o mal e aceita este bem que oferecemos; o fruto de nossos lábios. 4A Assíria não nos salvará; não queremos montar nossos cavalos, não chamaremos mais ‘Deuses nossos’ a produtos de nossas mãos; em ti encontrará o órfão misericórdia”. 5Hei de curar sua perversidade e me será fácil amá-los, deles afastou-se a minha cólera. 6Serei como orvalho para Israel; ele florescerá como o lírio e lançará raízes como plantas do Líbano. 7Seus ramos hão de estender-se; será seu esplendor como o da oliveira, e seu perfume como o do Líbano. 8Voltarão a sentar-se à minha sombra e a cultivar o trigo, e florescerão como a videira, cuja fama se iguala à do vinho do Líbano. 9Que tem ainda Efraim a ver com ídolos? Sou eu que o atendo e que olho por ele. Sou como o cipreste sempre verde: de mim procede o teu fruto. 10Compreenda estas palavras o homem sábio, reflita sobre elas o bom entendedor! São retos os caminhos do Senhor e, por eles, andarão os justos, enquanto os maus ali tropeçam e caem”.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 81,6c.8a.8bc-9.10-11ab.14.17 (R: 11.9a)
– Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!
R: Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!

– Eis que ouço uma voz que não conheço: “Aliviei as tuas costas de seu fardo, cestos pesados eu tirei de tuas mãos”. Na angústia a mim clamaste, e te salvei.
R: Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!

– De uma nuvem trovejante te falei, e junto às águas de Meriba te provei. Ouve, meu povo, porque vou te advertir! Israel, ah! se quisesses me escutar.
R: Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!

– Em teu meio não exista um deus estranho, nem adores a um deus desconhecido! Porque eu sou o teu Deus e teu Senhor, que da terra do Egito te arranquei.
R: Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!

– Quem me dera que meu povo me escutasse! Que Israel andasse sempre em meus caminhos. “Eu lhe daria de comer a flor do trigo, e com o mel que sai da rocha o fartaria”.
R: Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 12,28b-34
Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos!
Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos!
– Convertei-vos, nos diz o Senhor, está próximo o Reino de Deus!  (Mt 4,17)
Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, 28bum escriba aproximou-se de Jesus e perguntou: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?” 29Jesus respondeu: “O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. 30Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma , de todo o teu entendimento e com toda a tua força! 31O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes”. 32O mestre da Lei disse a Jesus: “Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: Ele é o único Deus e não existe outro além dele. 33Amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios”. 34Jesus viu que ele tinha respondido com inteligência, e disse: “Tu não estás longe do Reino de Deus”. E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Xisto III

Xisto chegou a adotar uma posição neutra na controvérsia entre pelagianos e semipelagianos do sul da Gália, especialmente contra Cassiano, sendo advertido pelo papa Zózimo. Mas reconheceu o seu erro, com a ajuda de Agostinho, bispo de Hipona, que combatia arduamente aquela heresia, e que lhe escrevia regularmente.
Ao se tornar papa em 432, Xisto III agindo com bastante austeridade e firmeza, nesta ocasião, Agostinho teve de lhe pedir moderação. Foi assim, que este papa conseguiu o fim definitivo da doutrina herege. Esta doutrina pelagiana negava o pecado original e a corrupção da natureza humana. Também defendia a tese de que o homem, por si só, possuía a capacidade de não pecar, dispensando dessa maneira a graça de Deus.
Ele também conduziu com sabedoria uma ação mais conciliadora em relação a Nestório, acabando com a controvérsia entre João de Antioquia e Cirilo, patriarca de Constantinopla, sobre a divindade de Maria. Em seguida, demonstrou a sua firme autoridade papal na disputa com o patriarca Proclo. Xisto III teve de escrever várias epístolas para manter o governo de Roma sobre a lliría, contra o imperador do Oriente que queria torná-la dependente de Constantinopla, com a ajuda deste patriarca.
Depois do Concílio de Éfeso em 431, em que a Mãe de Jesus foi aclamada Mãe de Deus, o papa Xisto III mandou ampliar e enriquecer a basílica dedicada à Santa Mãe das Neves, situada no monte Esquilino, mais tarde chamada Santa Maria Maior. Esta igreja é a mais antiga do Ocidente que foi dedicada a Nossa Senhora.
Desta maneira ele ofereceu aos fiéis um grande monumento ao culto da bem-aventurada Virgem Maria, à qual prestamos um culto de hiperdulia, ou seja, de veneração maior do que o prestado aos outros santos. Xisto III, mandou vir da Palestina as tábuas de uma antiga manjedoura, que segundo a tradição havia acolhido o Menino Jesus na gruta de Belém, dando origem ao presépio. Introduziu no Ocidente a tradição da Missa do Galo celebrada na noite de Natal, que era realizada em Jerusalém desde os primeiros tempos da Igreja.
Durante o seu pontificado, Xisto III promoveu uma intensa atividade edificadora, reformando e construindo muitas igrejas, como a exuberante basílica de São Lourenço em Lucina, na Itália.
Morreu em 19 de agosto de 440, deixando a indicação do sucessor, para aquele que foi um dos maiores papas dos primeiros séculos, Leão Magno. A Igreja indicou sua celebração para o dia 28 de março, após a última reforma oficial do calendário litúrgico.
São Xisto III, rogai por nós!

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QUINTA-FEIRA, DIA 27 DE MARÇO DE 2025

III semana da Quaresma
Cor Litúrgica Roxa

Primeira leitura
Jr 7, 23-28
– Leitura do livro do profeta Jeremias: Assim fala o Senhor: 23“Dei esta ordem ao povo dizendo: Ouvi a minha voz, assim serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; e segui adiante por todo o caminho que eu vos indicar para serdes felizes. 24Mas eles não ouviram e não prestaram atenção; ao contrário, seguindo as más inclinações do coração, andaram para trás e não para a frente, 25desde o dia em que seus pais saíram do Egito até o dia de hoje. A todos enviei meus servos, os profetas, e enviei-os cada dia, começando bem cedo; 26mas não ouviram e não prestaram atenção; ao contrário, obstinaram-se no erro, procedendo ainda pior que seus pais. 27Se falares todas essas coisas, eles não te escutarão, e, se os chamares, não te darão resposta. 28Dirás, então: Esta é a nação que não escutou a voz do Senhor, seu Deus, e não aceitou correção. Sua fé morreu, foi arrancada de sua boca”.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 95,1-2.6-9 (R: 8)
– Oxalá ouvísseis hoje a voz do Senhor: Não fecheis os vossos corações.
R: Oxalá ouvísseis hoje a voz do Senhor: Não fecheis os vossos corações.

– Vinde, exultemos de alegria no Senhor, aclamemos o Rochedo que nos salva! A seu encontro caminhemos com louvores, e com cantos de alegria o celebremos!
R: Oxalá ouvísseis hoje a voz do Senhor: Não fecheis os vossos corações.

– Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, e ajoelhemos ante o Deus que nos criou! Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, e nós somos o seu povo e seu rebanho, as ovelhas que conduz com sua mão.
R: Oxalá ouvísseis hoje a voz do Senhor: Não fecheis os vossos corações.

– Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: “Não fecheis os corações como em Meriba, como em Massa, no deserto, aquele dia, em que outrora vossos pais me provocaram, apesar de terem visto as minhas obras”.
R: Oxalá ouvísseis hoje a voz do Senhor: Não fecheis os vossos corações.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 11,14-23
Jesus Cristo, sois bendito, sois ungido de Deus Pai!
Jesus Cristo, sois bendito, sois ungido de Deus Pai!
– Voltai ao Senhor, vosso Deus, ele é bom, compassivo e clemente! (Jl 2,12s)
Jesus Cristo, sois bendito, sois ungido de Deus Pai!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, 14Jesus estava expulsando um demônio que era mudo. Quando o demônio saiu, o mudo começou a falar, e as multidões ficaram admiradas. 15Mas alguns disseram: “É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios”.  16Outros, para tentar Jesus, pediam-lhe um sinal do céu. 17Mas, conhecendo seus pensamentos, Jesus disse-lhes: “Todo reino dividido contra si mesmo será destruído; e cairá uma casa por cima da outra. 18Ora, se até Satanás está dividido contra si mesmo, como poderá sobreviver o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que eu expulso os demônios. 19Se é por meio de Belzebu que eu expulso demônios, vossos filhos os expulsam por meio de quem? Por isso, eles mesmos serão vossos juízes. 20Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então chegou para vós o Reino de Deus. 21Quando um homem forte e bem armado guarda a própria casa, seus bens estão seguros. 22Mas, quando chega um homem mais forte do que ele, vence-o, arranca-lhe a armadura na qual ele confiava, e reparte o que roubou. 23Quem não está comigo está contra mim. E quem não recolhe comigo dispersa”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Ruperto, o corajoso e memorável Bispo de Salzburgo

Origens
São Ruperto descendia dos rupertinos, importante família que dominava com o título de conde a região do médio e do alto Reno. Dessa família nasceu também outro São Roberto (ou Ruperto) de Bingen, cuja vida foi escrita por Santa Hildegarda. Os rupertinos eram parentes dos carolíngios e o centro de suas atividades era em Worms. São Ruperto recebeu sua formação de cunho monástico irlandês. 
Obras em vida
No ano de 700, foi impelido pelos seus mestres e sentiu-se impulsionado à pregação e ao testemunho monástico indo à Baviera. Apoiado pelo conde Teodo de Baviera, fundou, perto do lago Waller, a 10 km de Salisburgo, uma igreja dedicada a São Pedro. O lugar, porém, não pareceu próprio para os fins de Ruperto, que pediu ao conde outro terreno perto do rio Salzach, próximo à antiga cidade romana de Juvavum. O mosteiro que ali construiu, dedicado a São Pedro, é o mais antigo da Áustria e está ligado com o núcleo de Nova Salisburgo. Seu desenvolvimento deve-se também à colaboração de doze conterrâneos seus. Desses, Cunialdo e Gislero foram honrados como santos.
O Mosteiro Feminino
Perto do mosteiro de São Pedro surgiu um mosteiro feminino que foi confiado à direção da abadessa Erentrude, sobrinha do santo. Foi este punhado de corajosos que fez surgir a Nova Salisburgo. São Ruperto é justamente reconhecido como seu fundador. Foi o responsável pela conversão total da Baviera e, é claro, de toda a Áustria.
São Ruperto: modelo de monge, fundador e Bispo de Salzburgo
Episcopado
São Ruperto, reconhecido como o fundador da bela cidade de Salzburgo, cujo significado é cidade do sal, aparece retratado com um saleiro na mão, tamanha sua ligação com a própria origem e desenvolvimento da cidade. Foi seu primeiro bispo. E sua influência alastrou-se tanto que é festejado, nesse dia, não só nas regiões de língua alemã, como também na Irlanda, onde estudou, porque ali foi tomado como modelo pelos monges irlandeses.
Páscoa
Morreu no dia 27 de março de 718, um domingo de Páscoa, depois de rezar a missa, no mosteiro de Juvavum. Antes, como percebera que a morte estava próxima, fez algumas recomendações e pedido de orações à sua sobrinha e irmã espiritual, Erentrudes. Suas relíquias estão guardadas na belíssima catedral de Salzburgo, construída no século XVII. Ele é o padroeiro de seus habitantes e de suas minas de sal.
Oração
Senhor, por intercessão de São Ruperto, queremos hoje vos rogar pelas vocações religiosas, para que os jovens vocacionados encontrem apoio em suas famílias e na sociedade para o desenvolvimento da Igreja. Rogamos também por todo o clero, para que, na santidade, governem com sabedoria o Seu povo. Amém. 
Minha oração
“É preciso coragem para seguir os passos de Deus, para construir e implementar o Reino do Senhor. Ensina-nos a ser pessoas cheias desse ânimo que vem do Espírito e, como o nosso santo, realizar o resultado de fé e obras.”
São Ruperto, rogai por nós!

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QUARTA-FEIRA, DIA 26 DE MARÇO DE 2025

III semana da Quaresma
Cor Litúrgica roxa,

Primeira leitura
Dt 4,1.5-9
– Leitura do livro do Deuteronômio: Moisés falou ao povo, dizendo: 1“Agora, Israel, ouve as leis e os decretos que eu vos ensino a cumprir, para que, fazendo-o, vivais e entreis na posse da terra prometida que o Senhor Deus de vossos pais vos dará. 5Eis que vos ensinei leis e decretos conforme o Senhor meu Deus me ordenou, para que os pratiqueis na terra em que ides entrar e da qual tomareis posse. 6Vós os guardareis, pois, e os poreis em prática, porque neles está vossa sabedoria e inteligência perante os povos, para que, ouvindo todas estas leis, digam: ‘Na verdade, é sábia e inteligente esta grande nação!’ 7Pois, qual é a grande nação cujos deuses lhe são tão próximos quanto o Senhor nosso Deus, sempre que o invocamos? 8E que nação haverá tão grande que tenha leis e decretos tão justos, quanto esta lei que hoje vos ponho diante dos olhos? 9Mas toma cuidado! Procura com grande zelo não te esqueceres de tudo o que viste com os próprios olhos, e nada deixes escapar do teu coração por todos os dias de tua vida; antes, ensina-o a teus filhos e netos”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 147B,12-13.15-16.19-20 (R: 12a)
– Glorifica o Senhor, Jerusalém!
R: Glorifica o Senhor, Jerusalém!

– Glorifica o Senhor, Jerusalém! Ó Sião, canta louvores ao teu Deus! Pois reforçou com segurança as tuas portas, e os teus filhos em teu seio abençoou.
R: Glorifica o Senhor, Jerusalém!

– Ele envia suas ordens para a terra, e a palavra que ele diz corre veloz. Ele faz cair a neve como lã e espalha a geada como cinza.
R: Glorifica o Senhor, Jerusalém!

– Anuncia a Jacó sua palavra, seus preceitos e suas leis a Israel. Nenhum povo recebeu tanto carinho, a nenhum outro revelou os seus preceitos.
R: Glorifica o Senhor, Jerusalém!

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 5,17-19
Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai, que é amor!
Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai, que é amor!
– Senhor, tuas palavras são espírito, são vida; só tu tens palavras de vida eterna!  (Jo 6,63c.68c)
Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai, que é amor!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 17“Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas”. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. 18Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da lei, sem que tudo se cumpra. 19Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Bráulio

Bráulio de Saragoça, bispo de Saragoça, foi um religioso do século VII na Hispânia e sucessor de seu irmão, João, na sé onde ambos foram arcediagos. Bráulio foi também conselheiro e confidente de diversos reis visigodos, incluindo Quindasvinto, cujo filho, Recesvinto, recomendou que fosse coroado “rei associado”.
Nascimento: 590 d.C., Saragoça, Espanha
Falecimento: 651 d.C., Saragoça, Espanha

São Bráulio nasceu na Espanha, por volta de 585. Vinha de família religiosa e teve dois irmãos também com vocação religiosa. Um deles foi bispo de Saragoça, e a irmã, abadessa. Estudou em Servilha, teve como mestre e grande amigo Santo Isidoro, que era bastante reconhecido por sua sabedoria. Isidoro dirigia-se ao amigo chamando-o de “amadíssimo senhor meu e caríssimo filho”. 

Aos 20 anos entrou na abadia de santa Engrácia. Nessa abadia são Bráulio fez os estudos elementares, ajudado pelo seu irmão João, na vida ascética. Dez anos após foi para Sevilha aperfeiçoar-se com santo Isidoro. 

Quando em 631 faleceu o bispo João, foi nomeado arquidiácono e lhe confiaram a administração dos negócios eclesiásticos. E num tempo terrível de pestes, flagelos, carestias, Bráulio, pedindo conselhos e ajuda, foi superando tanta crise. Foi nomeado bispo no lugar do irmão. Participou do quarto, quinto e sexto concílios de Toledo. Correspondia com o Papa Honório I. Sua primeira preocupação foi com a cultura, incentivou os estudos e formou bibliotecas. 

Por volta dos anos 650 estava praticamente cego e esgotado e morreu no ano seguinte, provavelmente aos 66 anos.

São Bráulio foi um grande bispo, nascido numa família de santos que ajudou e muito na consolidação da Igreja no reino espanhol.
São Bráulio, rogai por nós! 

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TERÇA-FEIRA, DIA 25 DE MARÇO DE 2025

Anunciação do Senhor
Cor Litúrgica Branca

Primeira leitura
Is 7,10-14;8,10
– Leitura do profeta Isaías: Naqueles dias, 10o Senhor falou com Acaz, dizendo: 11“Pede ao Senhor teu Deus que te faça ver um sinal, quer provenha da profundeza da terra, quer venha das alturas do céu”. 12Mas Acaz respondeu: “Não pedirei nem tentarei o Senhor”. 13Disse o profeta: “Ouvi então, vós, casa de Davi; será que achais pouco incomodar os homens e passais a incomodar até o meu Deus? 14Pois bem, o próprio Senhor vos dará um sinal. Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Emanuel, 8,10porque Deus está conosco.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 40,7-8a.8b-9.10.11 (R: 8a.9a)
– Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!

– Sacrifício e oblação não quisestes, mas abristes, Senhor, meus ouvidos; não pedistes ofertas nem vítimas, holocaustos por nossos pecados, e então eu vos disse: “Eis que venho!”
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!

– Sobre mim está escrito no livro: “Com prazer faço a vossa vontade, guardo em meu coração vossa lei!”
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!

– Boas-novas de vossa justiça anunciei numa grande assembléia; vós sabeis: não fechei os meus lábios!
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!

– Proclamei toda a vossa justiça, sem retê-la no meu coração; vosso auxílio e lealdade narrei. Não calei vossa graça e verdade na presença da grande assembléia.
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!

Segunda Leitura: Hb 10,4-10
– Leitura da carta aos Hebreus: Irmãos, 4é impossível eliminar os pecados com o sangue de touros e bodes. 5Por isso, ao entrar no mundo, Cristo afirma: “Tu não quiseste vítima nem oferenda, mas formaste-me um corpo. 6Não foram do teu agrado holocaustos nem sacrifícios pelo pecado. 7Por isso eu disse: Eis que eu venho. No livro está escrito a meu respeito: Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade”. 8Depois de dizer: “Tu não quiseste nem te agradaram vítimas, oferendas, holocaustos, sacrifícios pelo pecado” – coisas oferecidas segundo a Lei – 9ele acrescenta: “Eu vim para fazer a tua vontade”. Com isso, suprime o primeiro sacrifício, para estabelecer o segundo. 10É graças a esta vontade que somos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 1,26-38.
Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai, que é amor!
Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai, que é amor!
– A Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós vimos sua glória que recebe de Deus Pai (Jo 1,14ab).
Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai, que é amor!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, 26o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria. 28O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”  29Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. 30O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”. 34Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?” 35O anjo respondeu: “O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37porque para Deus nada é impossível”. 38Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Anunciação do Anjo à Virgem Maria
Anunciação do Anjo à Virgem Maria
A visita do Arcanjo Gabriel à Virgem Maria, quando esta se encontrava em Nazaré, cidade da Galiléia, marca o início de toda uma trajetória que cumpriria as profecias do Velho Testamento e daria ao mundo um novo caminho, trazendo à luz a Boa Nova. Ali nasceu também a oração que a partir daquele instante estaria para sempre na boca e no coração de todos os católicos: a Ave Maria.
Maria era uma jovem simples, noiva de José, um carpinteiro descendente direto da linhagem da casa de Davi. A cerimônia do matrimônio daquele tempo, entretanto, estabelecia que os noivos só teriam o contato carnal da consumação depois de um ano das núpcias. Maria, portanto, era virgem.
Maria perturbou-se ao receber do anjo o aviso que fora escolhida para dar a luz ao Filho de Deus, a quem deveria dar o nome de Jesus, e que Ele era enviado para salvar a Humanidade e cujo Reino seria eterno. Sim porque Deus, que na origem do Mundo Criou todas as coisas com sua Palavra, desta vez escolheu depender da palavra de um frágil ser humana, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do Redentor da Humanidade.
Ela aceitou sua parte na missão que lhe fora solicitada, demonstrando toda confiança em Deus e em Seus desígnios, para o cumprimento dessa profecia e mostrou porque foi ela a escolhida para ser Instrumento Divino nos acontecimentos que iriam mudar o destino da Humanidade.
Ao perguntar como poderia ficar grávida, se não conhecia homem algum e receber de Gabriel a explicação de que seria fecundada pelo Espírito Santo, por graças do Criador, sua resposta foi tão simples como sua vida e sua fé: “Sou a serva do Senhor. Faça-se segundo a Sua vontade”.
Com esta resposta, pelo seu consentimento, Maria aceitou a dignidade e a honra da maternidade divina, mas ao mesmo tempo também os sofrimentos, os sacrifícios que a ela estavam ligados. Declarou-se pronta a cumprir a vontade de Deus em tudo como sua serva. Era como um voto de vítima e de abandono. Esta disposição é a mais perfeita, é a fonte dos maiores méritos e das melhores graças. O momento da Anunciação, onde se dá a criação, na pessoa de Maria como a Mãe de Deus, que acolhe a divindade em si mesma, contém em si toda a eternidade e, nesta, toda a plenitude dos tempos.
Por isso a data de hoje marca e festeja este evento que se trata de um dos mistérios mais sublimes e importantes da História do homem na Terra: a chegada do Messias, profetizada séculos antes no Antigo Testamento. Episódio que está narrado em várias passagens importantes do Novo Testamento.
A festa da Anunciação do Anjo à Virgem Maria, Lc 1,26-38, é comemorada desde o Século V, no Oriente e a partir do Século VI, no Ocidente, nove meses antes do Natal, só é transferida quando coincide com a Semana Santa.

Santo Irêneo de Sírmium

Irêneo foi martirizado no século IV, sob a perseguição sangrenta e implacável do imperador Diocleciano. Era bispo de Sírmium, na Panônia. Atualmente Mitrovica, na Hungria. Não há muitos dados sobre sua vida, até ser condenado por ser cristão e levado à presença do governador da Hungria, Probo. Fora casado, mas ao assumir o sacerdócio se tornou celibatário, como era necessário naqueles tempos.
Além destas informações, temos sobre ele o relato do processo e do seu julgamento. Probo, o próprio governador que o interrogou, não se conformava com o fato de o bispo não exprimir vontade alguma de salvar sua vida, sacrificando aos deuses pagãos, como dizia o decreto do imperador romano. Assim, fez de tudo para que ele mudasse de idéia. Depois que Irêneo se recusou ao sacrifício ordenado, foi amarrado a um cavalete e torturado. Como nem ao menos reclamasse, Probo mandou buscar todos os membros de sua família. Vieram mãe, esposa e filhos e todos passaram a chorar por ele, ao redor do instrumento de tortura, pedindo que ele abrisse mão de sua condição de cristão. Igualmente, de nada adiantou. Não renegou a fé em Cristo.
Irêneo foi levado então de volta ao cárcere, onde durante dias permaneceu sendo espancado continuamente. Mais uma vez levado à presença do governador, o bispo novamente se negou a obedecer às ordens do imperador. Probo mandou então que ele fosse jogado no rio. Só então o bispo Irêneo reclamou: não admitia que tivessem dó dele por ser cristão, já que não tiveram do Cristo. Exigia ser passado a fio de espada. Irado com a insolência do religioso, Probo mandou então que fosse decapitado. Era o dia 25 de março de 304.
A Igreja celebra a festa litúrgica de Irêneo de Sírmium, no dia de sua morte.

São Dimas
São Dimas
O Evangelho fala pouco deste Santo. Nem mesmo o nome, os evangelistas fixaram. O que sabemos foi trazido pela tradição que são os nomes: Dimas, o Bom Ladrão e Simas, o mau ladrão.
Sem dúvida alguma, se trata de um santo original, único, privilegiado, que mereceu a honra de ser canonizado em vida por Jesus Cristo, na hora solene de nossa Redenção. Os outros santos só foram solenemente reconhecidos, no outro milênio, a partir do ano 999. A Igreja comemorava os mártires e confessores, mas sem uma declaração oficial e formal. Enquanto que, a de São Dimas quem proclamou foi o próprio Fundador da Igreja.
Dimas foi o operário da última hora, o que nos fez ver o mistério da graça derradeira. O mau ladrão resistiu, explodiu em blasfêmias. Rejeitou a graça, visivelmente dada pelo Redentor. O Bom Ladrão, depois de vacilar (Mt 27,44 -Mc 15,32), confessou a própria culpa, reclamou da injustiça contra Aquele que só fez o bem, reconheceu-O como Rei e lhe pediu que se lembrasse dele, quando estivesse no seu Reino.
Segundo a tradição, Dimas não era judeu, mas sim egípcio de nascimento. Dimas e Simas praticavam o banditismo nos desertos de passagem para o Egito. Lá a Sagrada Família, que fugia da perseguição do rei Herodes, foi assaltada por dois ladrões e um deles a protegeu. Era Dimas. Naquela época, entre os bandidos havia o costume de nunca roubar, nem matar, crianças, velhos e mulheres. Assim, Dimas deu abrigo ao Menino Jesus protegendo a Virgem Maria e São José.
Dimas foi um bandido muito perigoso da Palestina. E isso, realmente pode ser afirmado pelo suplício da cruz que mereceu. Essa condenação horrível era reservada somente aos grandes criminosos e aos escravos.
O Martirológio Romano diz apenas no dia 25 de Março: “Em Jerusalém comemoração do Bom Ladrão que na cruz professou a fé de Jesus Cristo”. E no mundo todo São Dimas passou a ser festejado neste dia.
O Bom Ladrão ou São Dimas foi o primeiro que entrou no céu: “Ainda hoje estarás comigo no Paraíso”. (Lc 23,43). Ele passou a ser popularmente considerado o “Padroeiro dos pecadores arrependidos da hora derradeira, dos agonizantes, da boa morte”. Morreu sacramentado pela absolvição do próprio Cristo, e por Ele conduzido ao Paraíso.

Santo Irêneo de Sírmium, rogai por nós!
São Dimas, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 24 DE MARÇO DE 2025

III SEMANA DA QUARESMA
Cor Litúrgica roxa

Primeira leitura
2 Reis 5,1-15
Leitura do Segundo Livro dos Reis – Naqueles dias, 1Naamã, general do exército do rei da Síria, era um homem muito estimado e considerado pelo seu senhor, pois foi por meio dele que o Senhor concedeu a vitória aos arameus. Mas esse homem, valente guerreiro, era leproso. 2Ora, um bando de arameus que tinha saído da Síria tinha levado cativa uma moça do país de Israel. Ela ficou ao serviço da mulher de Naamã. 3Disse ela à sua senhora: “Ah, se meu senhor se apresentasse ao profeta que reside em Samaria, sem dúvida ele o livraria da lepra de que padece!” 4Naamã foi então informar o seu senhor: “Uma moça do país de Israel disse isto e isto”. 5Disse-lhe o rei de Aram: “Vai, que eu enviarei uma carta ao rei de Israel”. Naamã partiu, levando consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupa. 6E entregou ao rei de Israel a carta, que dizia: “Quando receberes esta carta, saberás que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o cures de sua lepra”. 7O rei de Israel, tendo lido a carta, rasgou suas vestes e disse: “Sou Deus, porventura, que possa dar a morte e a vida, para que este me mande um homem para curá-lo da lepra? Vê-se bem que ele busca pretexto contra mim”. 8Quando Eliseu, o homem de Deus, soube que o rei de Israel havia rasgado as vestes, mandou dizer-lhe: “Por que rasgaste tuas vestes? Que ele venha a mim, para que saiba que há um profeta em Israel”. 9Então Naamã chegou com seus cavalos e carros e parou à porta da casa de Eliseu. 10Eliseu mandou um mensageiro para lhe dizer: “Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e tua carne será curada e ficarás limpo”. 11Naamã, irritado, foi-se embora, dizendo: “Eu pensava que ele sairia para me receber e que, de pé, invocaria o nome do Senhor, seu Deus, e que tocaria com sua mão o lugar da lepra e me curaria. 12Será que os rios de Damasco, o Abana e o Farfar, não são melhores do que todas as águas de Israel, para eu me banhar nelas e ficar limpo?” Deu meia-volta e partiu indignado. 13Mas seus servos aproximaram-se dele e disseram-lhe: “Senhor, se o profeta te mandasse fazer uma coisa difícil, não a terias feito? Quanto mais agora que ele te disse: ‘Lava-te e ficarás limpo’”. 14Então ele desceu e mergulhou sete vezes no Jordão, conforme o homem de Deus tinha mandado, e sua carne tornou-se semelhante à de uma criancinha, e ele ficou purificado. 15Em seguida, voltou com toda a sua comitiva para junto do homem de Deus. Ao chegar, apresentou-se diante dele e disse: “Agora estou convencido de que não há outro Deus em toda a terra, senão o que há em Israel!”
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
 
Salmo Responsorial: 41
REFRÃO: Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: / e quando verei a face de Deus?

— Assim como a corça suspira / pelas águas correntes, / suspira igualmente minha alma / por vós, ó meu Deus! –
R. Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: / e quando verei a face de Deus?
— A minha alma tem sede de Deus / e deseja o Deus vivo. / Quando terei a alegria de ver / a face de Deus? –
R. Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: / e quando verei a face de Deus?
— Enviai vossa luz, vossa verdade: / elas serão o meu guia; / que me levem ao vosso monte santo, / até a vossa morada! –
R. Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: / e quando verei a face de Deus?

— Então irei aos altares do Senhor, / Deus da minha alegria. / Vosso louvor cantarei, ao som da harpa, / meu Senhor e meu Deus! –
R. Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: / e quando verei a face de Deus?

Evangelho: Lucas 4,24-30
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Jesus, vindo a Nazaré, disse ao povo na sinagoga: 24“Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia. 27E no tempo do profeta Eliseu havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”. 28Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

SANTO DO DIA
Santa Catarina da Suécia, patrona das virgens e intercessora contra o aborto

Origens
A abadessa Santa Catarina nasceu em 1331, na Suécia, em uma família católica. Foi educada segundo os preceitos da Igreja e instruída ao amor cristão pelo próximo. 
Filha de santa
Sua vida foi muito influenciada por sua mãe, Santa Brígida, a mística padroeira da Suécia. Viveu a castidade e é considerada a Santa padroeira das virgens. Sua imagem é representada com um cervo ao seu lado, a qual, segundo a tradição, vinham ajudá-la quando jovens sem castidade tentavam importuná-la.
De família
Em torno dos seus 7 anos de idade, sua mãe foi convocada pela Corte sueca como governanta de Bianca de Namur, jovem noiva do rei Magnus Eriksson. Ela e sua irmã foram então confiadas ao mosteiro cisterciense de Riseberg, onde continuou recebendo a educação católica. Assim, cresceu nela o desejo de consagração total da sua vida a Deus. Seu pai, porém, desejava que ela se casasse, e decidiu casá-la com um nobre de descendência Alemã, Edgar von Kürnen. 
Santa Catarina da Suécia: Casou-se por obediência
Matrimônio
Mesmo sendo contrária ao matrimônio, obedeceu seu pai e se casou, mas fez voto de castidade de comum acordo com seu marido. Levou uma vida de muita oração, jejum e penitência. Foi uma mulher simples, que dedicou muitas horas à meditação da paixão e morte de Cristo, à oração dos salmos penitenciais e ao Ofício da Virgem Maria.
Após a morte do pai
Em 1349, seu pai faleceu. Ela chegou a um acordo com seu marido e partiu junto a Santa Brígida (sua mãe) em uma peregrinação para venerar as tumbas de São Pedro e São Paulo em Roma. Ela tinha sua mãe como modelo, amava-a e admirava profundamente. Permaneceu com ela em Roma no ano santo e, durante esse período, tornou-se viúva, o que a permitiu ficar ainda mais tempo com sua mãe na Itália. Nesse período, sua mãe fundou um mosteiro na cidade de Vadstena, no qual Catarina se dedicou intensamente.
Reta intenção
Permaneceu na Itália a convite da sua mãe, porém sentia falta da Suécia. Sofria de solidão, pois Brígida a proibiu de sair de casa sozinha, porque a Urbe não era segura para uma jovem bela sueca, que atraía olhares de muitos vilões. Catarina recusou diversas propostas de casamento e escapou de muitos pretendentes. O cervo, que sempre é representado ao seu lado, a teria salvo, ao distrair um pretendente, que havia sido rejeitado, que queria raptá-la. Para manter distância dos homens, Catarina começou até a usar roupas simples ou gastas. Ficou atormentada pela inquietação de não saber qual estilo de vida deveria adotar. Para entender qual era a vontade de Deus, dirigiu-se à Virgem, que, em sonhos, a convidou a obedecer a sua mãe. Então, ela a seguiu em todas as suas iniciativas, dedicando-se total e amorosamente às suas causas.
Canonização da mãe – Santa Brígida
Vida pobre
Morou com sua mãe em uma casa, perto do Campo de Fiori, por cerca de vinte anos, vivendo em extrema pobreza. Dedicou-se à catequese entre as nobres famílias romanas e às obras de caridade, com uma vida composta de atividades pastorais. Em 23 de julho de 1373, Brígida faleceu, e seu desejo era que seus restos mortais fossem sepultados no mosteiro de Vadstena.
O Pedido
Ao ser eleita abadessa, regressou a Roma para pedir a canonização da sua mãe. E buscava obter a aprovação da regra da Ordem, que havia fundado. Nos cinco anos seguintes, Catarina coletou depoimentos sobre a vida da sua mãe e os apresentou primeiro a Gregório XI e depois a Urbano VI. Este último aprovou a regra da Ordem Brigidina, com uma Bula datada de 3 de dezembro de 1378, mas omitiu a Causa de Canonização de Brígida.
Santidade da mãe
No processo de canonização da sua mãe, declarou como testemunha: “Lembro quando minha mãe me levava, junto com as minhas irmãs, para visitar os hospitais, que havia mandado construir; com as suas próprias mãos, enfaixava, sem repugnância, as feridas dos enfermos”. De fato, o desejo de Brígida era que seus filhos aprendessem a servir ao Senhor nos pobres e doentes. Ela cresceu neste clima profundamente evangélico.
O Final da Vida e o Encontro com Santa Catarina de Sena
Páscoa
Voltou para sua terra natal e a Diocese lhe entregou formalmente a direção da nova ordem religiosa. Viveu exemplarmente no convento por esse tempo. Ao longo desse período teve um encontro místico com Santa Catarina de Sena, a santa que viveu o mesmo ideal que ela. Pouco tempo depois, ficou doente e faleceu em 24 de março de 1381. Em 1484, Inocêncio VIII deu permissão para sua veneração como santa. Sua memória é celebrada em 24 de março.
Minha oração
“Dignai-vos meu Deus, permitir que eu tenha em Santa Catarina da Suécia uma poderosa e eficaz advogada, diante de Vosso poder, a fim de que seja afastado de mim o mal que me ameaça. Que ela me conduza, pela sua proteção, sã e salva, através de todos os perigos, a fim de mostrar-me a glória do Vosso nome e para que eu possa Louvar-Vos meu Deus, eternamente. Peço-Vos por nosso Senhor Jesus Cristo.”
Santa Catarina da Suécia, rogai por nós!

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DOMINGO, DIA 23 DE MARÇO DE 2025

III domingo da Quaresma
CCor Litúrgica Roxa

Primeira leitura
Ex 3,1-8a.13-15
– Leitura do livro do Êxodo: Naqueles dias, 1Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã. Levou, um dia, o rebanho deserto adentro e chegou ao monte de Deus, o Horeb. 2Apareceu-lhe o anjo do Senhor numa chama de fogo, do meio de uma sarça. Moisés notou que a sarça estava em chamas, mas não se consumia, e disse consigo: 3“Vou aproximar-me desta visão extraordinária, para ver por que a sarça não se consome”. 4O Senhor viu que Moisés se aproximava para observar e chamou-o do meio da sarça, dizendo: “Moisés! Moisés!” Ele respondeu: “Aqui estou”. 5E Deus disse: “Não te aproximes! Tira as sandálias dos pés, porque o lugar onde estás é uma terra santa”. 6E acrescentou: “Eu sou o Deus de teus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó”. Moisés cobriu o rosto, pois temia olhar para Deus.  7E o Senhor lhe disse: “Eu vi a aflição do meu povo que está no Egito e ouvi o seu clamor por causa da dureza de seus opressores. Sim, conheço os seus sofrimentos. 8aDesci para libertá-los das mãos dos egípcios, e fazê-los sair daquele país para uma terra boa e espaçosa, uma terra onde corre leite e mel”.  13Moisés disse a Deus: “Sim, eu irei aos filhos de Israel e lhes direi: ‘O Deus de vossos pais enviou-me a vós’. Mas, se eles perguntarem: ‘Qual é o seu nome?’, o que lhes devo responder?” 14Deus disse a Moisés: “Eu Sou aquele que sou”. E acrescentou: “Assim responderás aos filhos de Israel: ‘Eu Sou’ enviou-me a vós’”. 15E Deus disse ainda a Moisés: “Assim dirás aos filhos de Israel: ‘O Senhor, o Deus de vossos Pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó enviou-me a vós’. Este é o meu nome para sempre, e assim serei lembrado de geração em geração”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 103,1-4.8.11 (R: 8a)
– O Senhor é bondoso e compassivo.
R: O Senhor é bondoso e compassivo.

– Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!
R: O Senhor é bondoso e compassivo.

– Pois ele te perdoa toda culpa, e cura toda a tua enfermidade; da sepultura ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão.
R: O Senhor é bondoso e compassivo.

– O Senhor é indulgente, é favorável, é paciente, é bondoso e compassivo. Quanto os céus por sobre a terra se elevam, tanto é grande o seu amor aos que o temem.
R: O Senhor é bondoso e compassivo.

Segunda Leitura:
1 Cor 10,1-6.10.12
– Leitura da primeira carta de São Paulo aos Coríntios: 1Irmãos, não quero que ignoreis o seguinte: os nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem e todos passaram pelo mar; 2todos foram batizados em Moisés, sob a nuvem e pelo mar; 3e todos comeram do mesmo alimento espiritual, 4e todos beberam da mesma bebida espiritual; de fato, bebiam de um rochedo espiritual que os acompanhava – e esse rochedo era Cristo -. 5No entanto, a maior parte deles desagradou a Deus, pois morreram e ficaram no deserto. 6Esses fatos aconteceram para serem exemplos para nós, a fim de que não desejemos coisas más, como fizeram aqueles no deserto. 10Não murmureis, como alguns deles murmuraram, e, por isso, foram mortos pelo anjo exterminador. 12Portanto, quem julga estar de pé tome cuidado para não cair.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 13,1-9
Glória e louvor a vós, ó Cristo.
Glória e louvor a vós, ó Cristo.
– Convertei-vos, nos diz o Senhor, porque o Reino dos céus está perto
(Mt 4,17)
Glória e louvor a vós, ó Cristo.
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!  

– 1Naquele tempo, vieram algumas pessoas trazendo notícias a Jesus a respeito dos galileus que Pilatos tinha matado, misturando seu sangue com o dos sacrifícios que ofereciam.  2Jesus lhes respondeu: “Vós pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem sofrido tal coisa? 3Eu vos digo que não. Mas se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo. 4E aqueles dezoito que morreram, quando a torre de Siloé caiu sobre eles? Pensais que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém? 5Eu vos digo que não. Mas, se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo”. 6E Jesus contou esta parábola: “Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi até ela procurar figos e não encontrou. 7Então disse ao vinhateiro: ‘Já faz três anos que venho procurando figos nesta figueira e nada encontro. Corta-a! Por que está ela inutilizando a terra?’ 8Ele, porém, respondeu: ‘Senhor, deixa a figueira ainda este ano. Vou cavar em volta dela e colocar adubo. 9Pode ser que venha a dar fruto. Se não der, então tu a cortarás’”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Turíbio de Mongrovejo, bispo corajoso que deixou um grande legado

Origens
Seu nome completo é Turíbio Alfonso de Mongrovejo. É espanhol e filho de uma família rica da nobreza. Estudou nas cidades de Santiago de Compostela, Valadolid e Salamanca. Formou-se advogado e participou da inquisição. Desde jovem, foi honesto e justo.
Lançado na vida religiosa
A nomeação episcopal, na época, era bem diferente de como é hoje. Sendo assim, o rei Felipe II percebeu as qualidades de Turíbio de Mongrovejo e pediu ao Papa Gregório XIII que o nomeasse arcebispo da América Espanhola, então, o Papa atendeu. Por isso, após um discernimento, Turíbio recebeu todas as ordens sagradas de uma só vez, inclusive a ordenação sacerdotal. Assim, em 1580, ele foi sagrado Arcebispo de Lima, no Peru. Foi dessa maneira, aparentemente improvisada, que nasceu um dos maiores apóstolos da América Latina.
Compaixão
Dom Turíbio chegou à Lima, em 1581, e ficou estarrecido com a miséria material e espiritual em que os índios viviam e isso o fez agir. Começou aprendendo a língua desses índios. Depois, começou a defendê-los das arbitrariedades dos colonizadores, que os tratavam como animais. Por isso, Dom Turíbio passou a ser venerado pelos fiéis; todos o viam como um defensor da justiça e contra os opressores europeus.
São Turíbio de Mongrovejo: teve apoio do povo Indígena
Ardor evangelizador
Com o apoio de todo o povo indígena, Dom Turíbio organizou inúmeras comunidades em sua imensa diocese. Depois disso, realizou assembleias e até mesmo sínodos, isto é, reunião com todos os bispos em atividade na América Espanhola. Assim, todos foram convocados para a evangelização.
Visão e organização
Dom Turíbio realizou e coordenou dez concílios da diocese e também três concílios provinciais. Esses eventos formaram a principal estrutura organizacional da Igreja Católica da América espanhola. Essa organização dura até hoje. Um Sínodo Provincial realizado em Lima ganhou destaque. Foi o de 1582. Historiadores o comparam ao famoso Concílio de Trento, por conta da sua importância. Conta-se que, neste encontro, Dom Turíbio chegou a desafiar os espanhóis resistentes, que se achavam muito inteligentes, a aprenderem a língua dos índios. Todos se calaram.
Apóstolo incansável
No ano de 1594, Dom Turíbio já tinha percorrido quinze mil quilômetros em missão pela América Espanhola. Ensinava, pregava, convertia, devolvia dignidade e administrava os sacramentos aos índios. Até este ano, segundo os livros das paróquias, tinha administrado a crisma a nada menos que sessenta mil fiéis.
São Turíbio de Mongrovejo crismou três santos da América Espanhola
Formando santos
Dom Turíbio teve a graça de formar e crismar três cristãos peruanos que, mais tarde, foram canonizados: Santa Rosa de Lima, São Francisco Solano e São Martinho de Porres. Esses são frutos preciosos de sua grande missão na América Espanhola.
Legado para o futuro
São Turíbio procedeu a fundação do primeiro seminário instituído nas Américas. Ali, vários missionários ardorosos foram formados, o que muito ajudou no processo de evangelização da América Espanhola.
Amor e desapego
Pouco tempo antes de sua morte, São Turíbio doou todas as suas roupas, até mesmo as que cobriam seu próprio corpo. Tudo foi para os pobres e àqueles que trabalhavam a seu serviço. Esse gesto resumiu o comportamento de toda sua vida. São Turíbio morreu no dia 23 de março do ano 1606. Ele estava na pequenina cidade chamada Sanã, no Peru. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Bento XIII, em 1726. Na ocasião, o Papa declarou São Turíbio de Mongrovejo como o Apóstolo e Padroeiro do Peru.
Minha oração
“Reta intenção: é isso que lhe pedimos, Senhor Jesus. Se nosso coração alcançar essa graça, prosseguiremos no caminho da santidade. Amém.”
São Turíbio de Mongrovejo, rogai por nós!