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SÁBADO, DIA 12 DE OUTUBRO

NOSSA SENHORA APARECIDA – PADROEIRA DO BRASIL
Cor Litúrgica branco

Primeira leitura
Est 5,1b-2; 7,2b-3
Leitura do livro de Ester: 1bEster revestiu-se com vestes de rainha e foi colocar-se no vestíbulo interno do palácio real, frente à residência do rei. O rei estava sentado no trono real, na sala do trono, frente à entrada. 2Ao ver a rainha Ester parada no vestíbulo, olhou para ela com agrado e estendeu-lhe o cetro de ouro que tinha na mão, e Ester aproximou-se para tocar a ponta do cetro. 7,2bEntão, o rei lhe disse: “O que me pedes, Ester; o que queres que eu faça? Ainda que me pedisses a metade do meu reino, ela te seria concedida”. 3Ester respondeu-lhe: “Se ganhei as tuas boas graças, ó rei, e se for de teu agrado, concede-me a vida – eis o meu pedido! – e a vida do meu povo – eis o meu desejo!”
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 45,11-12a.12b-13.14-15a.15b-16 (R: 11-12a)
– Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: que o Rei se encante com vossa beleza!
R: Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: que o Rei se encante com vossa beleza!
– Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: “Esquecei vosso povo e a casa paterna! Que o Rei se encante com vossa beleza! Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor!
R: Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: que o Rei se encante com vossa beleza!

– O povo de Tiro vos traz seus presentes, os grandes do povo vos pedem favores. Majestosa, a princesa real vem chegando, vestida de ricos brocados de ouro.
R: Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: que o Rei se encante com vossa beleza!

– “Em vestes vistosas ao Rei se dirige, e as virgens amigas lhe formam cortejo; entre cantos de festa e com grande alegria, ingressam, então, no palácio real”.
R: Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: que o Rei se encante com vossa beleza!

Segunda leitura
Ap 12,1.5.13a.15-16a
– Leitura do livro do Apocalipse de são João: 1Apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas. 5E ela deu à luz um filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de ferro. Mas o filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. 13aQuando viu que tinha sido expulso para a terra, o dragão começou a perseguir a mulher que tinha dado à luz o menino. 15A serpente, então, vomitou como um rio de água atrás da mulher, a fim de a submergir. 16aA terra, porém, veio em socorro da mulher.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
 – Disse a Mãe de Jesus aos serventes: fazei tudo o que ele disser! (Jo 2,5).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 2,1-11

– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
– Glória a vós, Senhor!
 – Naquele tempo, 1houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente. 2Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. 3Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. 4Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou”. 5Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser”. 6Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros.
7Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água”. Encheram-nas até a boca. 8Jesus disse: “Agora tirai e levai ao mestre-sala”. E eles levaram. 9O mestre-sala experimentou a água que se tinha transformado em vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham tirado a água. 10O mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho bom até agora!” 11Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Nossa Senhora Aparecida, a rainha e padroeira do Brasil

Origens 
Na manhã de 12 de outubro de 1717, três pescadores lançaram seus barcos no Rio Paraíba, que escorria até a sua cidade. Eles tinham sido encarregados de trazer peixes para o banquete, que se realizaria no dia seguinte, na cidade de Guaratinguetá. Foi pela ordem do conde Assumar, Dom Pedro de Almeida Portugal, governante da capitania de São Paulo e Minas Gerais, a exigência dos peixes do Rio Paraíba. Os três pescadores, Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso, pareciam não ter sorte naquela manhã. 
Após várias tentativas infrutíferas, tinham quase desistido, quando João Alves tentou novamente. Ele jogou sua rede nas águas do rio e, lentamente, a puxou para cima. Havia pescado alguma coisa, mas não era peixe, parecia uma espécie de madeira.
A Milagrosa Pesca
Quando tirou da rede, o pedaço de madeira parecia fazer parte de uma estátua da Virgem Maria, infelizmente, sem cabeça. Ao lançar novamente a rede, desta vez, João Alves encontrou nas malhas outro pedaço de madeira, de forma arredondada, que parecia precisamente a cabeça da mesma estátua: tentou ajuntar os dois pedaços e percebeu que se encaixavam perfeitamente. Como que atraído por um impulso, João Alves lançou, outra vez, a rede nas águas, mas ela tinha ficado tão pesada, que não conseguia tirá-la, por estar lotada de peixes. Então, seus companheiros lançaram também as suas redes nas águas e a pesca daquele dia foi realmente abundante.
O primeiro lugar de devoção: uma casinha humilde
No dia seguinte, os três pescadores juntaram os dois pedaços da estátua, limparam-nos dos detritos do rio e Filipe Pedroso a colocou na sua humilde casa. Em pouco tempo, a notícia da pesca milagrosa se difundiu pelas cidades vizinhas e, todas as noites, um grupo cada vez maior de simples pescadores começou a ir prestar homenagem à Virgem Maria e rezar o terço. Eles deram-lhe o nome de “Aparecida”, que apareceu. 
Nossa Senhora Aparecida: Mãe na simplicidade
A Capela
Com o passar do tempo, a multidão tornou-se tão numerosa que a casa do pescador não a podia conter mais. Por isso, foi construída um primeiro oratório e, depois, em 1737, uma Capela maior. Foram muitos os testemunhos de graças e milagres alcançados naquele pequeno santuário.
A Basílica Velha 
Em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior – a atual Basílica Velha, – concluída em 1888 e a estátua foi transferida. Em 1904, a imagem foi coroada a pedido do Papa Pio X. Em 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor, sagrada em 1909. Em 1930, o Papa Pio XI a elevou a Basílica, declarando Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil.
Rainha e Padroeira do Brasil 
Em 1929, no encerramento do Congresso Mariano, Nossa Senhora Aparecida foi proclamada Rainha do Brasil, sob a Invocação de Aparecida. Em 31 de maio de 1931, a imagem aparecida foi levada ao Rio de Janeiro, para que diante dela, Nossa Senhora Aparecida recebesse as homenagens oficiais de toda a nação, estando presente também o Presidente da República, Getúlio Vargas. Nossa Senhora Aparecida foi aclamada, então, por todos como “Rainha e Padroeira do Brasil”. Em 1958, a cidade da Aparecida foi elevada a arcebispado, sendo seu primeiro arcebispo o cardeal Mota. Em 1967, Aparecida recebeu a Rosa de Ouro enviada pelo papa Paulo VI.
O Maior Santuário Mariano do Mundo
O Santuário Nacional de Aparecida
Em 1980, o altar da Basílica Nova, maior Santuário mariano do mundo, foi consagrado pelo Papa João Paulo II, que lhe outorgou o título de Basílica Menor. Em 1983, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB –, declarou, oficialmente, a Basílica de Aparecida como Santuário Nacional.
Hoje, o Santuário é um grande centro evangelizador, confiado ao zelo apostólico dos Missionários Redentoristas desde 1894, responsáveis pela pastoral e pela administração, no atendimento aos romeiros e peregrinos que chegam de todas as partes do País e do exterior.
Visita de três Papas 
Três Papas visitaram o Santuário Nacional: João Paulo II, no ano de 1980, Papa Bento XVI, quando abriu a V Conferência Episcopal Latino-americana e do Caribe em maio de 2007 , e Papa Francisco em 2013, por ocasião das atividades da Jornada Mundial da Juventude, realizada neste ano no Rio de Janeiro.
Devoção do Povo brasileiro 
A devoção a Virgem Imaculada Conceição Aparecida, com o passar dos anos, tornou-se cada vez maior, e muitas graças foram obtidas. A grande afluência de visitantes — explica o padre Valdivino Guimarães, missionário redentorista —, “deve-se sobretudo ao acolhimento, às infraestruturas, ao apoio significativo dos meios de comunicação (incluindo a Rádio e a TV Aparecida, a Revista Aparecida) e, em especial, à grande devoção do povo brasileiro a Nossa Senhora Aparecida”.
Minha oração
 “Ó Maria, nossa Mãe e padroeira do Brasil, Tu que aparecestes nas redes dos pescadores sem a cabeça para simbolizar o martírio dos teus filhos, escravizados, libertai o povo brasileiro de toda a escravidão do pecado, das doenças e das mazelas morais. Sede nossa mãe e consoladora, portadora da esperança e sinal do teu Filho Jesus. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!”
Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós!

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SEXTA-FEIRA, DIA 11 DE OUTUBRO DE 2024

XXVII SEMANA DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Gl 3,7-14
– Leitura da carta de são Paulo aos Gálatas: Irmãos, 7ficai pois cientes que os que creem é que são verdadeiros filhos de Abraão.8E a Escritura, prevendo que Deus justificaria as nações pagãs pela fé, anunciou, muito antes, a Abraão: “Em ti serão abençoadas todas as nações”. 9Portanto, os crentes são abençoados com o crente Abraão. 10Aliás, todos os que põem sua confiança na prática da Lei estão ameaçados pela maldição, porque está escrito: “Maldito quem não cumprir perseverantemente tudo o que está escrito no livro da Lei”. 11Pela Lei ninguém se justifica perante Deus; isso é evidente porque o justo vive da fé. 12E a Lei não se funda na fé, mas no cumprimento: Aquele que cumpre a Lei, por ela viverá. 13Cristo resgatou-nos da maldição da Lei, fazendo-se maldição por nós, pois está escrito: Maldito todo aquele que é suspenso no madeiro. 14Assim a bênção de Abraão se estendeu aos pagãos em Cristo Jesus e pela fé recebemos a promessa do Espírito.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 111,1-6 (R: 5b)
– O Senhor se lembra sempre da Aliança!
R: O Senhor se lembra sempre da Aliança!

– Eu agradeço a Deus de todo o coração junto com todos os seus justos reunidos! Que grandiosas são as obras do Senhor, elas merecem todo o amor e admiração!
R: O Senhor se lembra sempre da Aliança!

– Que beleza e esplendor são os seus feitos! Sua justiça permanece eternamente! O Senhor bom e clemente nos deixou a lembrança de suas grandes maravilhas.
R: O Senhor se lembra sempre da Aliança!

– Ele dá o alimento aos que o temem e jamais esquecerá sua Aliança. Ao seu povo manifesta seu poder, dando a ele a herança das nações.
R: O Senhor se lembra sempre da Aliança!

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Agora o príncipe deste mundo há de ser lançado fora; quando eu for elevado da terra, atrairei para mim todo ser (Jo 12,31).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 11,15-26
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, Jesus estava expulsando um demônio. 15Mas alguns disseram: “É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios”. 16Outros, para tentar Jesus, pediram-lhe um sinal do céu. 17Mas, conhecendo seus pensamentos, Jesus disse-lhes: “Todo reino dividido contra si mesmo será destruído; e cairá uma casa por cima da outra. 18Ora, se até Satanás está dividido contra si mesmo, como poderá sobreviver o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que eu expulso os de­mônios. 19Se é por meio de Bel­zebu que eu expulso demô­nios, vossos filhos os expulsam por meio de quem? Por isso, eles mesmos serão vossos juízes. 20Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então chegou para vós o Reino de Deus.
21Quando um homem forte e bem armado guarda a própria casa, seus bens estão seguros. 22Mas, quando chega um homem mais forte do que ele, vence-o, arranca-lhe a armadura na qual ele confiava, e reparte o que roubou.
23Quem não está comigo está contra mim. E quem não recolhe comigo dispersa. 24Quando o espírito mau sai de um homem, fica vagando em lugares desertos, à procura de repouso; não o encontrando, ele diz: ‘Vou voltar para minha casa de onde saí’. 25Quando ele chega encontra a casa varrida e arrumada. 26Então ele vai, e traz consigo outros sete espíritos piores do que ele. E, entrando, instalam-se aí. No fim, esse homem fica em condição pior do que antes”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São João XXIII, o Papa do supremo zelo pastoral

Papa
Origens 
Angelo Giuseppe Roncalli nasceu em 25 de novembro de 1881, em Sotto il Monte, Província de Bérgamo, Itália. Passou a infância na cidade natal, crescendo numa família rural de origens humildes. Em 1892, entrou no seminário de Bérgamo. Em 1895, começou a escrever as “notas espirituais”, que depois fariam parte do Giornale dell’anima. 
Sacerdócio 
Em 1900, foi enviado a Roma, onde se formou em teologia; em 1904, recebeu a ordenação sacerdotal. No ano seguinte, foi chamado pelo bispo Radini Tedeschi a voltar para Bérgamo, tornando-se o seu secretário, permanecendo ao seu lado até 1914, assimilando a sua vivacidade pastoral e o seu espírito reformador.
Diretor Espiritual
Depois da experiência da guerra, tornou-se diretor espiritual no seminário maior. Em 1921, transferiu-se para Roma a fim de desempenhar o cargo de presidente do conselho central da Obra da propagação da fé.
Patriarca de Veneza
A 3 de março de 1925, Pio XI nomeou-o visitador apostólico na Bulgária. Recebeu a ordenação episcopal a 19 de março sucessivo, escolhendo como lema “Oboedientia et pax”. No dia 17 de novembro de 1934, tornou-se delegado apostólico na Turquia e Grécia; e no dia 23, administrador apostólico do vicariato de Constantinopla. Depois, a 23 de dezembro de 1944, foi transferido para a França, onde foi núncio apostólico durante oito anos. Na conclusão do seu mandato, a 12 de janeiro de 1953, Pio XII criou-o cardeal e três dias depois nomeou-o patriarca de Veneza.
São João XXIII: o início do Pontificado 
Eleito Papa
Em 1958, após a morte do Papa Pacelli, participou no Conclave que teve início a 25 de outubro. Já com 77 anos, depois de onze escrutínios, foi eleito Papa na tarde do dia 28, com uma escolha que foi interpretada no sinal da “transição” no final do longo e difícil pontificado do Papa Pacelli. 
Atualização do Código Canônico
Três meses depois, no dia 25 de janeiro de 1959, na basílica de São Paulo fora dos Muros, surpreendeu todos anunciando a intenção de convocar “um concílio ecumênico para a Igreja universal”, manifestando também a vontade de proclamar um Sínodo diocesano para Roma e de atualizar o Codex iuris canonici. Foi uma decisão inesperada e clamorosa, que suscitou uma repercussão vastíssima na opinião pública e orientou de modo preeminente todo o seu pontificado. 
Pontificado
São João XXIII se mostrou profundamente radicado na dimensão pastoral e episcopal do serviço papal. Em cinco anos, multiplicaram-se as visitas e os encontros com os fiéis de Roma. Além disso, consolidou-se a internacionalização do colégio cardinalício e valorizou-se cada vez mais o papel dos episcopados locais. 
O Final do Pontificado 
A última Encíclica 
São João XXIII dedicou também à paz a sua oitava e última encíclica Pacem in terris, publicada em abril de 1963. Precisamente naqueles meses as suas condições de saúde agravaram-se repentinamente devido ao aumento do tumor que lhe tinha sido diagnosticado no outono precedente. 
Páscoa
Faleceu na noite de 3 de junho de 1963. No dia 18 de novembro de 1965, durante a última fase do concílio, o Papa Montini anunciou o início da causa de beatificação. Foi proclamado beato por João Paulo II a 3 de setembro de 2000.
Legado
São João XXIII, homem dotado de extraordinária humanidade, procurou derramar sobre todos, com sua vida, suas obras e seu supremo zelo pastoral, a abundância da caridade cristã e promover a união fraterna entre os povos; particularmente atento à eficácia da missão da Igreja de Cristo no mundo, convocou o Concílio Ecumênico Vaticano II.
Minha oração
“ Ao modelo do Bom Pastor, tu foste, à Tua semelhança, um papa bom. Cuidai do nosso atual pastor assim como dos bispos e líderes religiosos. Conduzi cada um deles à santidade e à bondade como eficácia pastoral. Amém.”
São João XXIII, rogai por nós!

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QUINTA-FEIRA, DIA 10 DE OUTUBRO DE 2024

XXVII SEMANA DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Gl 3,1-5
– Leitura da carta de são Paulo aos Gálatas: 1Ó gálatas insensatos, quem é que vos fascinou? Diante de vossos olhos, não foi acaso representado, como que ao vivo, Jesus Cristo crucificado? 2Só isto quero saber de vós: Recebestes o Espírito pela prática da Lei ou pela fé através da pregação? 3Sois assim tão insensatos? A ponto de, depois de terdes começado pelo espírito, quererdes terminar pela carne? 4Foi acaso em vão que sofrestes tanto? Se é que foi mesmo em vão! 5Aquele que vos dá generosamente o Espírito e realiza milagres entre vós, faz isso porque praticais a Lei ou porque crestes, através da pregação?
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl(Lc) 1,69-70.71-72.73-75 (R: 68)
– Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque a seu povo visitou e libertou!
R: Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque a seu povo visitou e libertou!

– Fez surgir um poderoso Salvador na casa de Davi, seu servidor, como falara pela boca de seus santos, os profetas desde os tempos mais antigos.
R: Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque a seu povo visitou e libertou!

– Para salvar-nos do poder dos inimigos e da mão de todos quantos nos odeiam. Assim mostrou misericórdia a nossos pais, recordando a sua santa Aliança.
R: Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque a seu povo visitou e libertou!

– E o juramento a Abraão, o nosso pai, de conceder-nos que, libertos do inimigo, a ele nós sirvamos sem temor em santidade e em justiça diante dele, enquanto perdurarem nossos dias.
R: Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque a seu povo visitou e libertou!

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Abri-nos, ó Senhor, o coração para ouvirmos a Palavra de Jesus! (At 16,14).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 11,5-13
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 5“Se um de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: ‘Amigo, empresta-me três pães, 6porque um amigo meu chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer’, 7e se o outro responder lá de dentro: ‘Não me incomodes! Já tranquei a porta, e meus filhos e eu já estamos deitados; não me posso levantar para te dar os pães’; 8eu vos declaro: mesmo que o outro não se levante para dá-los porque é seu amigo, vai levantar-se ao menos por causa da impertinência dele e lhe dará quanto for necessário. 9Portanto, eu vos digo: pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e a porta será aberta. 10Pois quem pede recebe; quem procura encontra; e, para quem bate, se abrirá. 11Será que algum de vós que é pai, se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? 12Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? 13Ora, se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!”
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Daniel Comboni, evangelizador e protetor do Continente Africano

Origens 
São Daniel Comboni nasceu em Limone (Itália) em 1831. Único sobrevivente de oito irmãos, aos dez anos ingressou num internato de Verona. Quando tinha dezessete anos, ouvindo contar as vicissitudes dos missionários na África, decidiu dedicar sua vida à evangelização dos africanos.
Em 1854, foi ordenado sacerdote aos 23 anos de idade. Depois de uma cuidadosa preparação, estudando árabe, medicina, música, partiu para África em 1857.
Os Escravos na África
Estando lá, impressionou-se com a terrível situação dos escravos. A prática do tráfico de escravos estava de tal maneira arraigada, que, no Egito e no Sudão, o único local onde os escravos encontravam asilo eram as missões de Daniel Comboni.
Regresso à Itália 
Após dois anos, teve de regressar à Itália. Porém, Comboni não desanima e idealiza um projeto que ele chamou “Plano para a regeneração da África”. A ideia central do projeto era salvar a África por meio dos próprios africanos. Propunha-se fundar escolas, hospitais e universidades ao longo de toda a costa africana. Nestes centros, se formariam os futuros cristãos, professores, enfermeiros, sacerdotes e religiosas, que depois penetrariam no interior, a fim de evangelizar as populações africanas e promover o seu desenvolvimento.
Fundador 
Fundou, em 1867, o Instituto para as Missões na África, que deu lugar ao que hoje são os Missionários Combonianos. As comunidades que fundou seguem o modelo das reduções jesuítas na América Latina.
Em 1877, foi ordenado Bispo da África Central e, logo a seguir, ordenou a sacerdote um antigo escravo, primeiro padre africano daquele lugar, quando, na Europa, alguns ainda negavam ao africano a evidência de ser pessoa.
São Daniel Comboni: Grande Missionário na África
Missão
Grande missionário, Comboni era capaz de atravessar o deserto para fundar um centro missionário no sul do Sudão, como também empenhava-se em falar para associações missionárias, Bispos, em Paris, Colônia (Alemanha), com o objetivo de arrecadar auxílio econômico e de pessoal, organizando grupos e equipes de missionários para a Missão na África Central.
Páscoa
Morreu aos 50 anos, a 10 de outubro de 1881, no meio desta gente que tanto amou. No momento da morte, abençoou os seus companheiros dizendo: “Não temais; eu morro, mas a minha obra não morrerá”. Beatificado por João Paulo II a 17 de março de 1996, São Daniel Comboni foi canonizado pelo mesmo Sumo Pontífice em 5 de outubro de 2003.
Minha oração
“Grande protetor da África, estendei o cristianismo em meio ao continente, cuidai dos povos e dos seus descendência para que se encontrem com Jesus. Atraí vocação para dar continuidade ao teu trabalho evangelizador. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.”
São Daniel Comboni, rogai por nós!

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QUARTA-FEIRA, DIA 09 DE OUTUBRO DE 2024

XXVII SEMANA DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Gl 2,1-2.7-14
– Leitura da carta de são Paulo aos Gálatas: Irmãos, 1quatorze anos mais tarde, subi, de novo, a Jerusalém, com Barnabé, levando também Tito comigo. 2Fui lá, por causa de uma revelação. Expus-lhe o evangelho que tenho pregado entre os pagãos, o que fiz em particular aos líderes da Igreja, para não acontecer estivesse eu correndo em vão ou tivesse corrido em vão. 7Pelo contrário, viram que a evangelização dos pagãos foi confiada a mim, como a Pedro foi confiada a evangelização dos judeus. 8De fato, aquele que preparou Pedro para o apostolado entre os judeus preparou-me também a mim para o apostolado entre os pagãos. 9Reconhecendo a graça que me foi dada, Tiago, Cefas e João, considerados as colunas da Igreja, deram-nos a mão, a mim e a Barnabé, como sinal de nossa comunhão recíproca. Assim ficou confirmado que nós iríamos aos pagãos e eles iriam aos judeus. 10O que nos recomendaram foi somente que nos lembrássemos dos pobres. E isso procurei fazer sempre, com toda solicitude. 11Mas, quando Cefas chegou a Antioquia, opus-me a ele abertamente, pois ele merecia censura. 12Com efeito, antes que chegassem alguns da comunidade de Tiago, ele tomava refeição com os gentios. Mas, depois que eles chegaram, Cefas começou a esquivar-se e a afastar-se, por medo dos circuncidados. 13E os demais judeus acompanharam-no nessa dissimulação, a ponto de até Barnabé se deixar arrastar pela hipocrisia deles. 14Quando vi que não estavam procedendo direito, de acordo com a verdade do Evangelho, disse a Cefas, diante de todos: “Se tu, que és judeu, vives como pagão e não como judeu, como podes obrigar os pagãos a viverem como judeus?”
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 117,1.2 (R: Mc 16,15)
– Ide por todo mundo, e a todos pregai o Evangelho!
R: Ide por todo mundo, e a todos pregai o Evangelho!

– Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes, povos todos, festejai-o!
R: Ide por todo mundo, e a todos pregai o Evangelho!

– Pois comprovado é seu amor para conosco, para sempre ele é fiel!
R: Ide por todo mundo, e a todos pregai o Evangelho!

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Recebestes um espírito de adoção, no qual clamamos Aba! Pai! (Rm 8,15).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 11,1-4
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– 1Um dia, Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos”. 2Jesus respondeu: “Quando rezardes, dizei: ‘Pai, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. 3Dá-nos a cada dia o pão de que precisamos, 4e perdoa-nos os nossos pecados, pois nós também perdoamos a todos os nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação’”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Dionísio, o Apóstolo da Gália

Origem 
São Dionísio — de origem italiana —, era um jovem missionário enviado pelo Papa Fabiano para evangelizar a antiga Gália do norte em meados do ano 250, portanto no século III. 
Contra o imperador 
São Dionísio fundou a primeira comunidade católica em Lutécia, atual Paris, sendo eleito o seu primeiro bispo. O sucesso de sua missão, porém, começou a incomodar os magos gauleses e os romanos fiéis ao imperador Valeriano, que perseguia duramente os cristãos. Os gauleses acusaram-no de bruxaria e práticas maléficas, e os romanos prenderam-no porque São Dinis não reconhecia o imperador como um Deus. Forçado a negar a fé em Jesus Cristo, São Dinis preferiu a morte.
Epíscopo mártir em Paris
 Ao lado do bispo Dinis, o diácono Rústico e o sacerdote Eleutério, seus companheiros, também testemunharam sua fé cristã sendo decapitados. Logo depois, levou os restos mortais de seus companheiros para Paris onde também sofreu o martírio, sendo decapitado no local, hoje conhecido como Montmartre, isto é, “Colina do Mártir”. Santo Dionísio, popularmente conhecido como São Dinis de Paris e comemorado neste dia, foi venerado como único padroeiro da França durante muito tempo. 
São Dionísio: o Mártir Cefalóforo 
Páscoa
São Dionísio, ou Dinis, segue sendo aclamado pela mais antiga tradição cristã francesa, que o venera como um mártir cefalóforo, ou seja, carregador de cabeça. Esse nome se dá por causa do extraordinário acontecimento após sua decapitação. A tradição conta que ele se levantou, tomou sua cabeça nas mãos e saiu em direção a Montmartre, onde foi enterrado. Por outro lado, os corpos de seus companheiros haviam sido atirados no rio Sena, então foram resgatados e enterrados junto ao companheiro bispo. Sobre o túmulo em Montmartre, mais tarde, foi edificada uma basílica, junto à qual, no ano 630, o rei Dagoberto fundou uma abadia.
A Abadia e o império
A Abadia de Saint-Denis, em Paris, tornou-se tradicionalmente o local onde todos os reis da França, do séc. X ao XVIII, foram enterrados. Além disso, muitas rainhas escolheram ser coroadas nessa abadia. Nesse período medieval, a Igreja estava aliada com os francos, e por isso seus reis e rainhas buscavam lugares sagrados para serem enterrados ou coroados. Queriam encontrar, na intercessão do santo padroeiro da França, uma segurança para seu posto, patrocínio espiritual e honraria sagrada.
Devoção
Hoje, o “apóstolo da Gália” é invocado pelo povo cristão contra dores de cabeça e possessões demoníacas, além de ser homenageado como um dos primeiros pais da França. São Dionísio e seus companheiros demonstram a fidelidade a Cristo por meio do martírio, bem como esse espírito evangelizador que é capaz de desbravar e instalar a religião em novos lugares. Os trabalhos realizados naquele país geram frutos para as gerações futuras, deixando um testemunho para toda a França.
Minha oração
“Ao apóstolo da Gália, pedimos por aqueles que estão enfermos na mente, aqueles que tem grandes enxaquecas e diversas outras doenças. Rogamos com confiança sabendo que através do teu martírio podemos alcançar as graças de Jesus. Amém. ”
São Dionísio, rogai por nós!

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TERÇA-FEIRA, DIA 08 DE OUTUBRO DE 2024

27ª Semana do Tempo Comum
COR LITÚRGICA: VERDE

Primeira leitura
(Gl 1,13-24)
Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas
Irmãos, 13 certamente ouvistes falar como foi outrora a minha conduta no judaísmo, com que excessos perseguia e devastava a Igreja de Deus 14 e como progredia no judaísmo mais do que muitos judeus de minha idade, mostrando-me extremamente zeloso das tradições paternas. 15 Quando, porém, aquele que me separou desde o ventre materno e me chamou por sua graça 16 se dignou revelar-me o seu Filho, para que eu o pregasse entre os pagãos, não consultei carne nem sangue 17 nem subi, logo, a Jerusalém para estar com os que eram apóstolos antes de mim. Pelo contrário, parti para a Arábia e, depois, voltei ainda a Damasco. 18 Três anos mais tarde, fui a Jerusalém para conhecer Cefas e fiquei com ele quinze dias. 19 E não estive com nenhum outro apóstolo, a não ser Tiago, o irmão do Senhor. 20 Escrevendo estas coisas, afirmo diante de Deus que não estou mentindo. 21 Depois, fui para as regiões da Síria e da Cilícia. 22 Ainda não era pessoalmente conhecido das igrejas da Judéia que estão em Cristo. 23 Apenas tinham ouvido dizer que “aquele que, antes, nos perseguia, está agora pregando a fé que, antes, procurava destruir”. 24 E glorificavam a Deus por minha causa.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Responsório Sl 138(139),1-3.13-14ab.14c-15 (R. 24b)
— Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!
— Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!
— Senhor, vós me sondais e conheceis, sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensamentos, percebeis quando me deito e quando eu ando, os meus caminhos vos são todos conhecidos.
— Fostes vós que me formastes as entranhas, e no seio de minha mãe vós me tecestes. Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes! Que prodígio e maravilha as vossas obras!
— Até o mais íntimo, Senhor me conheceis; nenhuma sequer de minhas fibras ignoráveis; quando eu era modelado ocultamente, era formado nas entranhas subterrâneas.

Evangelho (Lc 10,38-42)
— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— Feliz quem ouve e observa a palavra de Deus!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 38 Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. 39 Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor, e escutava a sua palavra. 40 Marta, porém, estava ocupada com muitos afazeres. Ela aproximou-se e disse: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha, com todo o serviço? Manda que ela me venha ajudar!” 41 O Senhor, porém, lhe respondeu: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. 42 Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

SANTO DO DIA
Santa Pelágia, preservou a sua castidade até o fim

Origens
O martirológio romano apresenta-nos quatro santas com este nome de Pelágia. Esta, de hoje, era uma jovem de quinze anos, que, no princípio da perseguição do imperador Diocleciano, em 302, testemunhou de modo muito esquisito sua fidelidade a Cristo: preferiu morrer por amor a Cristo do que entregar sua virgindade, por isso a Igreja reconhece e louva seu heroísmo.
Guardiã da Virgindade
Quando os soldados do imperador foram à sua casa para levá-la ao tribunal, que certamente a condenaria porque era cristã, Pelágia recebeu-os bem, e quando se propuseram levá-la dando voz de prisão, pediu-lhes permissão para que fosse trocar de roupa. Dado o consentimento pelo chefe da escolta, Pelágia dirigiu-se ao quarto e, desejosa de escapar dos ultrajes que a esperavam, infalíveis, e a temer pela virgindade que consagrara a Deus, não titubeou: subiu ao mais alto da casa em que vivia, em Antioquia, e de lá atirou-se ao chão, falecendo quase que instantaneamente.
O Martírio para a preservação de sua virgindade 
Irmãs pelo martírio
Santo Ambrósio de Milão, no seu Tratado Das Virgens, apresenta-nos esta Santa Pelágia como irmã dos mártires Berniceia e Prosdoceia. Santa Pelágia ligou-se àquelas santas, porque Berniceia e Prosdoceia também tiraram a própria vida para escapar do horror; presas, iam sendo levadas ao cárcere. Em dado momento, a meio caminho, quando chegaram perto dum rio, solicitaram licença aos soldados para afastar-se um pouco, o que lhes foi concedido. Destarte, sem que pudessem ser impedidas, atiraram-se, de comum acordo à correnteza.
Suicídio ou virtude?
Pergunta-se: cometeram suicídio? Não, pois isso seria tirar a própria vida por desgosto, por perda de sentido ou qualquer motivo leviano. Na verdade, essas pessoas preferiam morrer do que cometer um pecado, por isso são mártires. Lembremos de São Domingos Sávio: “Antes morrer do que pecar”. 
A Virtude da Castidade 
Pelágia e tantos outros santos tinham a mesma convicção, e por isso não hesitaram em entregar a sua vida, afinal é melhor morrer para esse mundo do que padecer a eternidade no inferno. Essas mulheres, mártires por virtude da castidade, foram honradas com um culto público, porque aquele tirar-se a vida foi considerado como um ato de obediência a Deus. 
Muitas santas virgens assim agiram, como vimos e veremos no transcorrer dos dias e dos meses. Salvaram com a morte sua castidade. Essa atitude exalta a beleza e a virtude de modo heroico, enquanto, nos nossos dias, tantas pessoas se entregam aos prazeres da carne ou se deixam convencer a perder a sua virgindade para provarem que amam. Santa Pelágia preferiu provar seu amor a Jesus, e ali gozar das riquezas e prazeres celestes.
Minha oração
“Ó querida Pelágia, mesmo jovem, seu coração já estava maduro para compreender o valor da castidade, por isso pedimos a tua virtude sobre nós para que possamos viver reta e conscientemente. Que um dia cheguemos a amar a castidade mais que a nossa vida! Amém.”
Santa Pelágia, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 07 DE OUTUBRO DE 2024

NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
Cor Litúrgica branca

Primeira leitura
At 1,12-14
– Leitura dos Atos dos Apóstolos – Depois que Jesus subiu ao céu, 12os apóstolos voltaram para Jerusalém, vindo do monte das Oliveiras, que fica perto de Jerusalém, a mais ou menos um quilômetro. 13Entraram na cidade e subiram para a sala de cima, onde costumavam ficar. Eram Pedro e João, Tiago e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão Zelota e Judas, filho de Tiago. 14Todos eles perseveravam na oração em comum, junto com algumas mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl (Lc) 1,46-47.48-49.50-51.52-53.54-55 (R: 49)
– O poderoso fez por mim maravilhas, e Santo é o seu nome.
R: O poderoso fez por mim maravilhas, e Santo é o seu nome.

– A minha alma engrandece ao Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador.
R: O poderoso fez por mim maravilhas, e Santo é o seu nome.

– Pois ele viu a pequenez de sua serva, desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita. O Poderoso fez por mim maravilhas e Santo é o seu nome!
R: O poderoso fez por mim maravilhas, e Santo é o seu nome.

– Seu amor, de geração em geração, chega a todos que o respeitam. Demonstrou o poder de seu braço, dispersou os orgulhosos.
R: O poderoso fez por mim maravilhas, e Santo é o seu nome.

– Derrubou os poderosos de seus tronos e os humildes exaltou. De bens saciou os famintos e despediu, sem nada, os ricos.
R: O poderoso fez por mim maravilhas, e Santo é o seu nome.

– Acolheu Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido aos nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.
R: O poderoso fez por mim maravilhas, e Santo é o seu nome.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Maria, alegra-te, ó cheia de graça, o Senhor é contigo; és bendita entre todas as mulheres da terra! (Lc 1,28).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 1,26-38
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, 26o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria. 28O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” 29Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. 30O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”. 34Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?” 35O anjo respondeu: “O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37porque para Deus nada é impossível”. 38Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Nossa Senhora do Rosário, o meio de alcançar almas para Deus

Origens 
A origem do Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas (eremitas dos primeiros séculos do cristianismo) usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais. Dessa forma, nos conventos medievais, os irmãos leigos dispensados da recitação do Saltério (pela pouca familiaridade com o latim), completavam suas práticas de piedade com a recitação de Pai-Nosso e, para a contagem. Doutor da Igreja São Beda, chamado de “o Venerável” (séc. VII-VIII), havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados em um barbante.
História do Rosário 
O Santo Rosário foi sendo transformado com o decorrer dos anos, porém, no ano de 1214, a Santa Igreja o estabeleceu na forma e método que hoje é usado. Antes, as Ave-Marias não eram como agora, nem mesmo os mistérios contemplados entre outros ingredientes da oração. Sua origem se deu com a revelação divina de Nossa Senhora do Rosário a São Domingos de Gusmão, fundador dos dominicanos (O.P.). Por meio das citações referidas ao Bem-aventurado Alano de La Roche em seu livro “De Dignitate Psalterri”, São Luís Maria Grignion de Montfort relata a origem do Rosário.
São Domingos e o Rosário
A tradição espiritual conta com a revelação. São Domingos se preocupava em converter os albigenses, também conhecidos como cátaros (puros), que eram um grupo de hereges de caráter gnóstico e maniqueísta, sendo até mesmo protegida por bispos e nobres da época. Essa doutrina negava a existência de um único Deus, negava a divindade de Jesus, direcionava a salvação através do conhecimento etc.
Rosário: a chave para alcançar as almas endurecidas 
Essas realidades entraram em choque com o catolicismo. Desse modo, o santo procurava converter os heréticos e enfrentava grande resistência. Certa vez, procurou retirar-se em uma floresta para rezar e ali recebeu a orientação da Nossa Senhora do Rosário: “Querido Domingos, você sabe de que arma a Santíssima Trindade quer usar para mudar o mundo? [ … ] a principal peça de combate tem sido sempre o Saltério Angélico que é a pedra fundamental do Novo Testamento. Quero que alcances estas almas endurecidas e as conquiste para Deus, com a oração do meu Saltério” (MONTFORT, 2019, p. 42-43).
Do Saltério Angélico ao Santo Rosário
A propagação do Rosário por São Domingos
A partir dessa situação, São Domingos começou a pregar o Santo Rosário, ou como foi dito, em revelação, “Saltério Angélico”. Assim expresso, pois naquela época poucas pessoas eram alfabetizadas e não conheciam a Sagrada Escritura. Por outro lado, os monges costumavam recitar em oração os 150 Salmos, rezando a “liturgia das horas”. Desse modo, os cristãos poderiam imitar a oração e se aproximar dos mistérios de Deus ao recitar 150 Ave-Marias, conhecida como a saudação angélica já que foi dita pelos Anjos e relatava nas Escrituras. Assim, tornou-se o “Saltério Angélico” (Salmos Angélicos). 
Os Mistérios:  Gozosos, Dolorosos e Gloriosos
Em um segundo momento, ao esfriar a devoção do Saltério Angélico, em nova aparição, Nossa Senhora do Rosário apareceu ao Beato Alano (1428 – 1475) lhe pedindo que reavivasse a prática. Assim ele formou os agrupamentos de 50 Ave-Marias e seus mistérios, conhecidos como: Gozosos, Dolorosos e Gloriosos. Ela lhe disse que muitas graças e milagres seriam alcançados por meio desse modo e reafirmou os ditos a São Domingos.
A Intercessora pela Igreja do Ocidente
Intercessão de Nossa Senhora do Rosário 
Logo após, houve a batalha de Lepanto (Grécia, junto ao porto de Corinto) comandada por João da Áustria, em 7 de Outubro de 1571. O Papa Pio V procurava conter os avanços dos turcos na Europa e, antes disso, convocou os cristãos para que rezassem o rosário através da Carta Breve Consueverunt (1569). Era uma batalha extremamente importante, pois dela dependia a preservação do cristianismo e da cultura ocidental.
Instituição da Festa
Com a vitória adquirida, ele instituiu a festa de Nossa Senhora do Rosário no mesmo dia da batalha e reconheceu que a vitória veio por meio das orações do Rosário. Sendo este Papa da ordem dos dominicanos, por isso, seguiu a inspiração do fundador. O Pontífice instituiu a festa, inicialmente chamada de Santa Maria da Vitória. 
Rainha do Sacratíssimo Rosário
Festa Mariana Obrigatória
Em 1573, o Papa Gregório XIII tornou a festa mariana obrigatória para a diocese de Roma e para as Confrarias do Santo Rosário, sob o título de Santíssimo Rosário da Bem-aventurada Virgem Maria. Em 1716, o Papa Clemente XI inscreveu a festa no calendário romano, estendendo-se para toda a Igreja. A celebração ocorria em datas diferentes, conforme os costumes locais. O Papa Leão XIII inscreveu a invocação “Rainha do Sacratíssimo Rosário” na Ladainha Lauretana em 10 de dezembro de 1883. Em 1913, o Papa Pio X fixou a data da celebração da festa em 7 de outubro.
O Quarto Mistério
Por fim, após anos de estímulo e devoção por parte dos papas e dos santos, São João Paulo II, em sua carta “Rosarium Virginis Mariae” (2002), institui o quarto mistério. Foi reconhecido como “luminoso”. Formando, então, o Rosário com quatro terços meditando os mistérios de Cristo. Assim, deu-se o formato daquilo que se conhece atualmente por Santo Rosário.
Minha oração
“Ó Mãe do rosário, consegui junto a Jesus aquilo que não podemos, combatei por nós e consolai-nos das intempéries da vida. Entregamos a nossa existência a Ti e de Ti tudo esperamos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!”
Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

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SÁBADO, DIA 05 DE OUTUBRO DE 2024

XXVI SEMANA DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Jó 42,1-3.5-6.12-16
– Leitura do livro de Jó -1Jó respondeu ao Senhor, dizendo: 2“Reconheço que podes tudo e que para ti nenhum pensamento é oculto. — 3Quem é esse que ofusca a Providência, sem nada entender? — Falei, pois, de coisas que não entendia, de maravilhas que ultrapassam a minha compreensão. 5Conhecia o Senhor apenas por ouvir falar, mas, agora, eu o vejo com meus olhos. 6Por isso me retrato e faço penitência no pó e na cinza”.12O Senhor abençoou a Jó no fim de sua vida mais do que no princípio; ele possuía agora catorze mil ovelhas, seis mil camelos, mil juntas de bois e mil jumentas. 13Teve outros sete filhos e três filhas: 14a primeira chamava-se “Rola”, a segunda “Cássia”, e a terceira “Azeviche”. 15Não havia em toda a terra mulheres mais belas que as filhas de Jó. Seu pai lhes destinou uma parte da herança, entre os seus irmãos. 16Depois desses acontecimentos, Jó viveu cento e quarenta anos, e viu seus filhos e os filhos de seus filhos até a quarta geração. E Jó morreu velho e repleto de anos.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 119,66.71.75.91.125.130 (R:135a)
– Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo e ensinai-me vossas leis e mandamentos.
R: Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo e ensinai-me vossas leis e mandamentos.
– Dai-me bom senso, retidão, sabedoria, pois tenho fé nos vossos santos mandamentos!
R: Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo/ e ensinai-me vossas leis e mandamentos.
– Para mim foi muito bom ser humilhado, porque assim eu aprendi vossa vontade!
R: Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo e ensinai-me vossas leis e mandamentos.
– Sei que os vossos julgamentos são corretos, e com justiça me provastes, ó Senhor!
R: Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo e ensinai-me vossas leis e mandamentos.
– Porque mandastes, tudo existe até agora; todas as coisas, ó Senhor, vos obedecem!
R: Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo e ensinai-me vossas leis e mandamentos.
– Sou vosso servo: concedei-me inteligência, para que eu possa compreender vossa Aliança!
R: Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo e ensinai-me vossas leis e mandamentos.
– Vossa palavra, ao revelar-se, me ilumina, ela dá sabedoria aos pequeninos.
R: Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo e ensinai-me vossas leis e mandamentos.

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Graças te dou ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelastes os mistérios do teu Reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores!(Mt 11,25).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 10,17-24
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, 17os setenta e dois voltaram muito contentes, dizendo: “Senhor, até os demônios nos obedeceram por causa do teu nome”. 18Jesus respondeu: “Eu vi Satanás cair do céu, como um relâmpago. 19Eu vos dei o poder de pisar em cima de cobras e escorpiões e sobre toda a força do inimigo. E nada vos poderá fazer mal. 20Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem. Antes, ficai alegres porque vossos nomes estão escritos no céu”. 21Naquele momento, Jesus exultou no Espírito Santo e disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 22Tudo me foi entregue pelo meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. 23Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em particular: “Felizes os olhos que veem o que vós vedes! 24Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Benedito

São Benedito nasceu perto de Messina, na ilha da Sicília, Itália, no ano de 1526. Benedito significa abençoado. Seus pais foram escravos vindos da Etiópia para a Sicília. Era filho de Cristovão Manasceri e de Diana Larcan. O casal não queria ter filhos para não gerarem mais escravos. O senhor deles, sabendo disso, prometeu que, se eles tivessem um filho, daria a ele a liberdade. Assim, eles tiveram Benedito. E, como prometido, ele foi libertado pelo seu senhor ainda menino.
Benedito foi educado por seus pais na fé cristã. Quando menino, cuidava das ovelhas e sempre aproveitava para rezar o Rosário, ensinado por sua mãe.
A vida de São Benedito
Quando tinha 20 anos foi insultado por causa de sua raça. Porém, com muita calma e paciência suportou tudo. Vendo isso, o líder dos eremitas franciscanos, Frei Jerônimo Lanza, convidou-o para fazer parte da congregação. São Benedito aceitou prontamente, vendeu tudo o que tinha e se tornou um eremita franciscano, ficando com eles por volta de 5 anos.
O Papa Pio IV, desejando unificar a ordem franciscana, ordenou aos eremitas que se juntassem a qualquer ordem religiosa. Benedito foi para o mosteiro da Sicília, um convento em Santa Maria de Jesus. Era o convento dos franciscanos capuchinhos. Benedito entrou como irmão leigo, assumindo uma função tida como secundária: a de cozinheiro. Benedito, porém, fez da cozinha um santuário de oração e fervor. Vivia sempre alegre e com muita mansidão, conquistando a todos com sua comida saborosa e sua simpatia.
Foi transferido depois para o convento de Sant’Ana di Giuliana, ficando por 4 anos. Depois retornou para o convento de Santa Maria de Jesus, permanecendo ali até sua morte.
Superior do mosteiro
Por causa de sua vida exemplar, trabalho, oração e ajuda a todos, Frei Benedito tornou-se um líder natural. Em 1578 foi convidado para ser o Guardião, (superior) do mosteiro, cargo que aceitou depois de muita relutância. Apesar de ser analfabeto, administrou o mosteiro com grande sucesso, seguindo com rigor os preceitos de São Francisco. Organizou os noviços, foi caridoso os padres, era o primeiro a dar exemplo nas orações e no trabalho.
São Bernedito, um analfabeto procurado pelos teólogos
Os teólogos vinham de longe para conversar com São Benedito e aprender com ele. Frei Benedito tinha o dom da sabedoria e o dom da ciência. E, apesar de sua condição de analfabeto, ensinava a todos.
Mandava os porteiros não dispensarem nenhum pobre sem antes dar-lhes alimento e ajuda, mesmo na dificuldade do mosteiro. Quando termina seu mandato como superior, ele volta com alegria para o seu ofício de cozinheiro.
A fama de São Benedito
Todos queriam ver e tocar em São Benedito, por causa de sua fama de santidade, palavras, milagres e orações. Os escravos simpatizavam muito com ele, por ser negro, pobre e com grandes virtudes. Em torno do seu nome surgiram numerosas irmandades. São Benedito é um dos Santos mais populares no Brasil, com inúmeras paróquias por todos os lugares inspiradas em seu modelo de humildade e caridade.
Os Milagres de São Benedito
Grande é o numero de milagres de São Benedito, inclusive a ressurreição de dois meninos, a cura de vários cegos e surdos, a multiplicação de peixes e pães, e vários outros milagres. Alguns milagres de multiplicação de alimentos aconteceram na cozinha de São Benedito. Por isso, ele é tido carinhosamente pelo povo como o Santo Protetor da cozinha, dos cozinheiros, contra a fome e a falta de alimentos.
Falecimento
Um dia Frei Benedito profetizou que quando morresse teria que ser enterrado às pressas para evitar problemas para seus irmãos. Depois disso, ficou gravemente doente e faleceu no dia 4 de abril de 1589, aos 65 anos de idade. E a profecia se cumpriu: quando ele faleceu uma multidão invadiu o mosteiro para vê-lo, conseguir algum objeto seu ou um pedaço de sua roupa de monge para terem como relíquia do santo pobre e humilde, causando problemas para o convento.
Na hora de sua morte ele disse com muita alegria: Jesus! Jesus! Minha mãe, doce Maria! Meu Pai São Francisco! E morreu em paz. Seu corpo foi transladado para a igreja e exalava suave perfume. Exumado posteriormente, estava intacto, (incorrupto). Em 1611 seu corpo foi colocado em uma urna de cristal na igreja de Santa Maria em Palermo para visitação e permanece até os dias de hoje.
São Benedito, rogai por nós.

Santa-Maria-Faustina-Kowalska

Origens 
A mística da Misericórdia nasceu no dia 25 de agosto de 1905, em Glogowiec, na Polônia Central. Faustina foi a terceira dos dez filhos do casal Stanislaus e Marianna Kowalska, que os educaram com grande disciplina espiritual. Muito pobres, só foi possível à Faustina que completasse três anos de estudos. Ela e suas irmãs tinham apenas um bom vestido que tinham de revezar para ir às missas. Todas as irmãs iam à missa, mas cada uma assistia a uma missa diferente. Ela também trabalhou de doméstica por um tempo, antes de entrar no convento. 
Juventude
Com 18 anos, a jovem Faustina disse à sua mãe que desejava ser religiosa, mas os pais não permitiram. Aos 19 anos, estava dançando em um baile, quando viu Jesus coberto de chagas parado junto a si, então, Ele lhe disse: “Até quando hei de ter paciência contigo? Até quando tu me enganarás?”. Faustina disfarçou o acontecido para que sua irmã não percebesse. Quando pôde, abandonou discretamente o baile e dirigiu-se até a Catedral de São Estanislau Kostka. Na Igreja, ela pediu ao Senhor, em oração profunda, que lhe mostrasse o caminho a ser seguido, logo escutou uma voz que lhe dizia: “Vá imediatamente a Varsóvia, lá entrarás em um convento”.
Ousadia de Santa Faustina para o encontro de Jesus
No outro dia, apenas com a roupa do corpo, decidiu sair de sua casa mesmo sem a permissão dos pais. Ela vagou de convento em convento sendo rejeitada por causa de sua baixa escolaridade e pobreza. Depois de várias semanas de busca, a Madre Superiora do convento das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia decidiu lhe dar uma chance com a condição de que pagasse pelo ingresso, o que a levou a trabalhar como doméstica por um ano, período em que fazia depósitos na conta do convento até que completasse o montante exigido. 
Entrada no Convento
Em 30 de abril de 1926, aos 20 anos, ingressou no convento adotando o nome de Maria Faustina do Santíssimo Sacramento. O nome Faustina significa abençoada, afortunada e pode ser uma referência ao mártir cristão Faustinus. Segundo conta em seus diários, poucas semanas depois de seu ingresso no convento, teve a tentação de abandoná-lo.
Da quase saída do convento ao abandono em Deus 
Chegou a procurar a Madre Superiora, porém, não encontrou-a, retirando-se então para seu dormitório. Lá teve uma visão de Jesus, com seu rosto desfigurado por conta das chagas. Ela questionou-o: “Jesus, quem te feriu tanto?”. Jesus respondeu: “Esta é a dor que me causarias se tivesses abandonado este convento. É para cá que eu te trouxe e não para outro; e tenho preparadas para ti muitas bênçãos”. Ela compreendeu que o plano de Deus para ela era que ficasse ali. O tempo que lhe sobrava dos trabalhos e obrigações passava-se em adoração ao Senhor culto no tabernáculo; d’Ele recebeu luzes especialíssimas sobre o mistério da Santíssima Trindade e as demais verdades da Fé, de forma que costumava dizer: “Ele é meu Mestre”.
Trabalhos no Convento
Neste convento, trabalhou na cozinha e como cuidadora de outras irmãs. Em abril de 1928, fez votos como freira, seus pais estiveram presentes na cerimônia. Um ano mais tarde, Faustina foi enviada a um convento de Vilnius, Lituânia, onde também trabalhou como cozinheira, ficou por pouco tempo, mas retornou ao local mais tarde, ocasião em que encontrou com Michał Sopoćko, que apoiou sua missão. Um ano depois de seu retorno de Vilnius, em maio de 1930, ela foi transferida para um convento em Płock, na Polônia, onde ficou por cerca de 5 anos.
A Primeira Revelação de Jesus 
Em 22 de fevereiro de 1931, Irmã Faustina relatou, em seus diários (diário I, sessões 47, 48 e 49), ter tido a primeira revelação de Jesus enquanto Rei da Divina Misericórdia em seu quarto. Segundo ela, Jesus apareceu vestido de branco e de seu coração emanava feixes de luz vermelho e branco. 
O pedido de Jesus para Santa Faustina 
Entre outras coisas, Jesus pediu-lhe que pintasse uma imagem sua, fiel à imagem que se mostrava a ela. A imagem deveria conter a inscrição: “Jesus, eu confio em vós”. Jesus manifestou a vontade de que esta imagem fosse venerada, primeiro, em sua capela, posteriormente, no mundo todo e solenemente no domingo que sucede ao domingo de Páscoa, Jesus ainda teria dito a ela que quem quer que venerasse tal imagem seria salvo. Por não saber pintar, Faustina solicitou ajuda das irmãs de seu convento, contudo, não recebeu nenhum auxílio. 
O Livro de suas Visões 
Em 1933, ela começou a ser dirigida pelo Padre Sopoćko, que, ao ouvir suas experiências místicas, procurou submetê-la a avaliações psiquiátricas. Depois que a Dra. Helena Maciejewska deu o parecer de sanidade, padre Sopoćko teve confiança e começou a aconselhá-la. Pediu que escrevesse um diário para registrar as mensagens que recebia e conversas que tinha com Jesus, livro que se tornou mundialmente famoso e um verdadeiro guia espiritual para as almas. 
Imagem da Divina Misericórdia
Faustina contou ao padre sobre a imagem da Divina Misericórdia, em janeiro de 1934, ele a apresentou ao artista plástico Eugene Kazimierowski, que finalizou a obra em junho desse mesmo ano. Entretanto, a imagem que tornou-se famosa no mundo inteiro foi realizada pelo pintor Adolf Hyła, feita em agradecimento pela salvação de sua família da guerra.
Terço da Divina Misericórdia
Faustina escreveu (n. 476) a respeito de uma visão envolvendo o Terço da Divina Misericórdia, o propósito das orações do terço são: obter misericórdia, confiar na misericórdia de Cristo e mostrar misericórdia para com os outros. 
Festa da Divina Misericórdia
Também relatou (n. 1044) que teve uma visão na qual a Festa da Divina Misericórdia seria celebrada na sua capela local e seria assistida por uma multidão de fiéis; e que a mesma cerimônia também teria lugar em Roma e seria conduzida pelo Papa. Em 1937, Faustina recebeu uma mensagem de Jesus com instruções sobre a Novena da Divina Misericórdia. Esse ano foi marcado pela divulgação das mensagens da Divina Misericórdia, foram impressos os primeiros cartões com a imagem da Divina Misericórdia, também foi publicado um panfleto intitulado Cristo, o Rei da Misericórdia, que incluía o terço, a novena e a litania da Divina Misericórdia.
Páscoa 
Santa Faustina sofreu muito, e por muitos anos, com a tuberculose, os dez últimos anos de sua vida foram particularmente atrozes. No dia 5 de outubro de 1938, sussurrou à irmã enfermeira: “Hoje, o Senhor me receberá”. E assim aconteceu. Foi beatificada a 18 de abril de 1993, pelo Papa João Paulo II, Santa Faustina, a “Apóstola da Divina Misericórdia”; e foi canonizada pelo mesmo Sumo Pontífice no dia 30 de abril de 2000.
Minha oração
“Querida apóstola da misericórdia, educai-nos para que vivamos da melhor maneira esse conselho evangélico, nele encontremos a misericórdia divina e sejamos misericordiosos com nossos irmãos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.”
Santa Maria Faustina Kowalska , rogai por nós!

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SEXTA-FEIRA, DIA 04 DE OUTUBRO DE 2024

SÃO FRANCISCO DE ASSIS – RELIGIOSO E PAI DA ECOLOGIA
Cor Litúrgica branca

Primeira leitura
Jó 38,1.12-21;40,3-5
– Leitura do livro de Jó – 1 O Senhor respondeu a Jó, do meio da tempestade, e disse: 12“Alguma vez na vida deste ordens à manhã, ou indicaste à aurora o seu lugar, 13para que ela apanhe a terra pelos quatro cantos, e sejam dela sacudidos os malfeitores? 14A terra torna a argila compacta, e tudo se apresenta em trajes de gala, 15mas recusa-se a luz dos malfeitores e quebra-se o braço rebelde. 16Chegaste perto das nascentes do Mar, ou pousaste no fundo do Oceano? 17Foram-te franqueadas as portas da Morte, ou viste os portais das Sombras? 18Examinaste a extensão da Terra? Conta-me, se sabes tudo isso! 19Qual é o caminho para a morada da luz, e onde fica o lugar das trevas? 20Poderias alcançá-las em seu domínio e reconhecer a acesso à sua morada? 21Deverias sabê-lo, pois já tinhas nascido e grande é o número dos teus anos!”40,3Jó respondeu ao Senhor, dizendo: 4“Fui precipitado. Que te posso responder? Porei minha mão sobre a boca. 5Falei uma vez, não replicarei; uma segunda vez, mas não falarei mais”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 139,1-3.7-8.9-10.13-14ab (R: 24b)
– Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!
R: Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!
– Senhor, vós me sondais e conheceis, sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensamentos, percebeis quando me deito e quando eu ando, os meus caminhos vos são todos conhecidos.
R: Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!
– Em que lugar me ocultarei de vosso espírito? E para onde fugirei de vossa face? Se eu subir até os céus, ali estais; se eu descer até o abismo, estais presente.
R: Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!
-Se a aurora me emprestar as suas asas,para eu voar e habitar no fim dos mares; mesmo lá vai me guiar a vossa mão e segurar-me com firmeza a vossa destra.
R:Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!
– Fostes vós que me formastes as estranhas, e no seio de minha mãe vós me tecestes. Eu vos louvo e vos dou graça, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes! Que prodígio e maravilha as vossas obras!
R:Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba!
(Sl 94,8).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 10,13-16
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, disse Jesus: 13“Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no vosso meio, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e sentando-se sobre cinzas. 14Pois bem: no dia do julgamento, Tiro e Sidônia terão uma sentença menos dura do que vós. 15Ai de ti, Carfanaum! Serás elevada até o céu? Não, tu serás atirada no inferno. 16Quem vos escuta a mim escuta; e quem vos rejeita a mim despreza; mas quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Francisco de Assis, fundador dos Franciscanos

Origens 
Filho de Pedro e Dona Pica Bernardone, Francisco nasceu entre 1181 e 1182, na cidade de Assis, Itália. Seu pai era um rico e próspero comerciante. Foi batizado em Santa Maria Maior com o nome de João (Giovanni). Mas quando Pietro Bernardone voltou de uma viagem à França, mudou de ideia e resolveu trocar o nome do filho para Francisco, prestando uma homenagem àquela terra. 
Ambições
Segundo a maioria dos biógrafos de São Francisco de Assis, o caráter e as qualidades melhores lhe vieram da mãe. Como todo jovem ambicioso de sua época, Francisco desejava conquistar, além da fortuna, também a fama e o título de nobreza. Para tal, fazia-se necessário tornar-se herói em uma dessas frequentes batalhas. No ano de 1201, incentivado por seu pai, ele partiu para uma guerra que os senhores feudais haviam declarado contra a Comuna de Assis.
Entre 1202 e 1205, encontramos um Francisco inquieto. Não é apenas a consequência de uma doença longa e misteriosa. É a inquietude de quem está incerto quanto ao sentido de sua vida. Ele decide ser cavaleiro e vai em nome da honra defender a Igreja e seus interesses, convocados pelo Papa Inocêncio III. 
O Encontro e a Renúncia dos Bens
Na cidade de Espoleto, sintomas de febre fizeram com que Francisco não pudesse partir. Ali pensou ter ouvido a voz do Senhor, com quem dialogou: “Francisco, o que é mais importante, servir ao Senhor ou servir ao servo? Servir ao Senhor, é claro. Respondeu o jovem. Então, por que te alistas nas fileiras do servo? Senhor, o que quereis que eu faça? Volta a Assis e ali te será dito, diz a Voz”.
Em busca de respostas, decidiu viajar para Roma, isso no ano de 1205. Visitou a tumba do Apóstolo São Pedro e exclamou: “É uma vergonha que os homens sejam tão miseráveis com o Príncipe dos Apóstolos!” E jogou um grande punhado de moedas de ouro, contrastando com as escassas esmolas de outros fiéis menos generosos. A seguir, trocou seus ricos trajes com os de um mendigo e fez sua primeira experiência de viver na pobreza. Voltou a Assis, à casa paterna, entregando-se ainda mais à oração e ao silêncio.
O Pedido de São Damião
Em 1206, passeando a cavalo pelas campinas de Assis, viu um leproso, repugnante à vista e ao olfato, lhe causando nojo. Mas, então, movido por Deus, colocou seu dinheiro naquelas mãos sangrentas e deu-lhe um beijo. Falando depois a respeito desse momento, ele diz: “O que antes me era amargo, mudou-se então em doçura da alma e do corpo. A partir desse momento, pude afastar-me do mundo e entregar-me a Deus”. Pouco depois, entrou para rezar e meditar na pequena capela de São Damião, semidestruída pelo abandono. Estava ajoelhado em oração aos pés de um crucifixo quando uma voz, saída do crucifixo, lhe falou: “Francisco, vai e reconstrói a minha Igreja que está em ruínas”.
Afastamento da Família e dos Amigos
Seu Pai se indignava cada vez mais e resolveu exigir que seu filho lhe devolvesse tudo quanto recebera dele, levou perante o bispo para que o julgasse. Francisco, ciente da sentença de Cristo: “Quem ama o seu pai ou a sua mãe mais que a Mim, não é digno de Mim” (Mt 19,29), sem vacilar um momento se despojou de tudo até ficar nu, jogou os trajes e o dinheiro aos pés de seu pai, e exclamou: “Até agora chamei de pai a Pedro Bernardone. Doravante não terei outro pai, senão o Pai Celeste”. O Bispo, então, o acolheu. Daquele momento em diante, cantando “Sou o arauto do Grande Rei, Jesus Cristo”, afastou-se de sua família e de seus amigos e entregou-se ao serviço dos leprosos e à reconstrução das capelas da cidade.
Viver puramente o Evangelho
Quando estava quase encerrando a reconstrução da capelinha de Santa Maria dos Anjos, perguntava-se o que faria, o que Deus queria dele. Então, certo dia, Francisco escutou, durante a missa, a leitura do Evangelho: “sem túnicas, sem bastão, sem sandálias, sem provisões, sem dinheiro no bolso …” (Lc 9,3). Tais palavras encontraram eco em seu coração e foram para ele como intensa luz. E exclamou, cheio de alegria: “É isso precisamente o que eu quero! É isso que desejo de todo o coração!” E sem demora, começou a viver, como o faria em toda a sua vida, a pura letra do Evangelho. Repetia sempre para si e, mais tarde, também para seus companheiros: “Nossa regra de vida é viver o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo”!
Não queria seguidores, somente viver sua vida austera e evangelizar
A partir de então, Francisco saiu a pregar percorrendo as vizinhanças e levando o Evangelho. Não tinha intenção nenhuma de adquirir seguidores, somente viver sua vida austera e evangelizar. Porém, logo Bernardo de Quintaval se juntou a ele e pelo caminho juntou-se aos dois Pedro de Catânia. 
Por três vezes abriram o livro do Evangelho, e as três respostas que encontraram foram as seguintes: “Se queres ser perfeito, vende o que tens e dá-o aos pobres. Depois vem e segue-me” (Mt 19,21). “Não leveis nada pelo caminho, nem bastão, nem alforge, nem uma segunda túnica…” (Lc 9,3). “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz cada dia e siga-me” (Mt 16,24). “Isto é o que devemos fazer, e é o que farão todos quantos quiserem vir conosco” – exclamou Francisco, que subitamente viu brilhar uma luz sobre o caminho que ele e seus companheiros deveriam seguir. 
Fundação da Fraternidade dos Irmãos Menores
Finalmente, encontrou o que por tanto tempo havia procurado! Isto aconteceu a 24 de fevereiro de 1208, dando início à fundação da Fraternidade dos Irmãos Menores.
Em 1209, Francisco e seus companheiros foram até o Papa Inocêncio III para pedir a aprovação de seu carisma. Ele ficou maravilhado com o propósito de vida daquele grupo e, especialmente, com a figura de São Francisco de Assis, a clareza de sua opção e a firmeza que demonstrava. Reconheceu nele o homem que há pouco vira em sonho, segurando as colunas da Igreja de Latrão, que ameaçava ruir. 
O Reconhecimento do Próprio Deus na sua Obra 
O Papa reconheceu que era o próprio Deus quem inspirava São Francisco de Assis a viver radicalmente o Evangelho, trazendo vida nova a toda a Igreja. Por isso, deu a seu modo de viver o Evangelho a aprovação oficial. Autorizou Francisco e seus seguidores a pregarem o Evangelho nas igrejas e fora delas.
Inspiração de Clara
Francisco inspirou Clara para a santidade, dela surgiram as clarissas. Tomás de Celano diz: “Então, se submeteu toda ao conselho de Francisco, tomando-o como condutor de seu caminho, depois de Deus. Por isso, sua alma ficou pendente de suas santas exortações, e a acolhia num coração caloroso tudo que ele lhe ensinava sobre o bom Jesus. Já tinha dificuldade para suportar a elegância dos enfeites mundanos, e desprezava como lixo tudo que aplaudem lá fora, para poder ganhar a Cristo”.
Páscoa
Todos os anos, de 15 de agosto a 29 de setembro, São Francisco de Assis tinha o costume de preparar-se com uma quaresma de oração e jejum para a festa de São Miguel Arcanjo. No ano de 1224, ele teve a visão do Serafim alado e recebe os estigmas. Seu estado de saúde piora muito a partir daí. Era final de agosto, em 1226, pede para ser levado à Porciúncula. No dia 3 de outubro, à tarde, São Francisco de Assis morreu cantando “mortem suscepit”. No domingo seguinte, foi sepultado na igreja de São Jorge, na cidade de Assis. 
Via de Santificação
No dia 16 de julho de 1228, São Francisco de Assis foi canonizado pelo Papa Gregório IX. Tornou-se o padroeiro dos animais, pela sua admiração e relação estreita com a natureza. Também foi elevado a padroeiro principal da Itália, em 1939 por Pio XII.
Oração de São Francisco de Assis: 
“Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa Paz. Onde houver Ódio, que eu leve o Amor. Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão. Onde houver Discórdia, que eu leve a União. Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé. Onde houver Erro, que eu leve a Verdade. Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança. Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria. Onde houver Trevas, que eu leve a Luz! Ó Mestre, fazei que eu procure mais: consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando, que se recebe. Perdoando, que se é perdoado e é morrendo, que se vive para a vida eterna! Amém.”
Minha oração
“Ó grande reformador da Igreja, pai de uma multidão de santos e religiosos, concedei a nós imitar as suas virtudes de caridade, pobreza e castidade, assim como nos espelhar na tua espiritualidade que formou tantas almas. Que o Amor encarnado seja amado! Amém.”
São Francisco de Assis, rogai por nós!  

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QUINTA-FEIRA, DIA 03 DE OUTUBRO DE 2024

BEATOS ANDRÉ E AMBRÓSIO PRESBITEROS E COMPANHEIROS, MÁRTIRES
Cor Litúrgica vermelha

Primeira leitura
Jó 19,21-27
– Leitura do livro de Jó: Disse Jó: 21“Piedade, piedade de mim, meus amigos, pois a mão de Deus me feriu! 22Por que me perseguis como Deus, e não vos cansais de me torturar? 23Gostaria que minhas palavras fossem escritas e gravadas numa inscrição 24com ponteiro de ferro e com chumbo, cravadas na rocha para sempre! 25Eu sei que o meu redentor está vivo e que, por último, se levantará sobre o pó; 26e depois que tiverem destruído esta minha pele, na minha carne, verei a Deus. 27Eu mesmo o verei, meus olhos o contemplarão, e não os olhos de outros. Dentro de mim consomem-se os meus rins”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 27,7-8a.8b-9abc.13-14 (R: 13)
– Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver, na terra dos viventes.
R: Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver, na terra dos viventes.

– Ó Senhor, ouvi a voz do meu apelo, atendei por compaixão! Meu coração fala convosco confiante, e os meus olhos vos procuram.
R: Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver, na terra dos viventes.

– Senhor é vossa face que eu procuro; não me escondais a vossa face! Não afasteis em vossa ira o vosso servo, sois vós o meu auxílio! Não me esqueçais nem me deixeis abandonado, meu Deus e Salvador!
R: Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver, na terra dos viventes.

– Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!
R: Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver, na terra dos viventes.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Convertei-vos e crede no Evangelho, pois o reino de Deus está chegando!
(Mc 1,15).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 10,1-12
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, 1o Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir. 2E dizia-lhes: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita. 3Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos. 4Não leveis bolsa nem sacola nem sandálias, e não cumprimenteis ninguém pelo caminho! 5Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’6Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; se não, ela voltará para vós. 7Permanecei naquela mesma casa, comei e bebei do que tiverem, porque o trabalhador merece o seu salário. Não passeis de casa em casa. 8Quando entrardes numa cidade e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem, 9curai os doentes que nela houver e dizei ao povo: ‘O Reino de Deus está próximo de vós’. 10Mas, quando entrardes numa cidade e não fordes bem recebidos, saindo pelas ruas, dizei: 11‘Até a poeira de vossa cidade que se apegou aos nossos pés, sacudimos contra vós. No entanto, sabei que o Reino de Deus está próximo!’ 12Eu vos digo que, naquele dia, Sodoma será tratada com menos rigor do que essa cidade”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santo André de Soveral e os 30 companheiros mártires

Origens 
A evangelização no Rio Grande do Norte, estado do nordeste do Brasil, começou em 1597. Iniciaram com a catequese dos índios e com a formação das primeiras comunidades cristãs. Tudo isso, graças aos missionários jesuítas e padres diocesanos do Reino Católico de Portugal. 
Nas décadas seguintes, houve desembarques naquelas terras de franceses e holandeses. Vieram para o Brasil, com o intuito de expulsar os portugueses dos lugares colonizados. Em 1630, os holandeses conseguiram seu objetivo, estabelecendo-se na região Nordeste do Brasil. 
Eles, de confissão calvinista e acompanhados de seus párocos, provocaram forte conflito na região. A princípio de forma pacífica, devido à restrição da liberdade de culto aos católicos. A partir daquele momento, passaram a ser perseguidos. 
“Mártires, durante a missa dominical. Prisioneiros, junto com o pároco, torturados e mutilados”
São André de Soveral
O padre André de Soveral, pároco de Cunhaú, nasceu por volta de 1572 em São Vicente, na ilha de Santos; aos 21 anos ingressou na Companhia de Jesus. Ao final dos estudos, foi enviado para Olinda, em Pernambuco. Especificamente ao centro missionário de catequese dos índios de toda a vasta região. A partir de 1607, tendo deixado os jesuítas, o encontramos como membro do clero diocesano e pároco de Cunhaú: na época do martírio tinha 73 anos.
Páscoa
O Primeiro Momento  Martírio
No domingo, 16 de julho de 1645, enquanto celebrava a missa na capela local, apareceu Jacó Rabe. Ele anunciou importantes comunicações das autoridades governamentais. Logo após a consagração, uma legião de soldados holandeses, acompanhados de índios das tribos Tapuias e Potiguari, todos armados, invadiu o local sagrado, trancou suas portas e atacou ferozmente os fiéis indefesos. Padre André de Soveral, obrigado a interromper a celebração, conseguiu entoar as orações dos moribundos com os fiéis. Todos eles foram mortos à espada, exceto cinco fiéis portugueses que foram feitos reféns. Os assassinos roubaram roupas e objetos dos cadáveres, depois os destruíram. Os católicos mortos em Cunhaú tinham ao todo mais de sessenta anos, mas deles só se sabe o nome do pároco e do leigo Domingo Carvalho.
O Segundo Momento do Martírio
O segundo momento do martírio ocorreu cerca de três meses depois. Em 3 de outubro de 1645, em Uruaçu, dentro da paróquia Nossa Senhora da Apresentação, liderada pelo padre Ambrósio Francisco Ferro.
Tomados pelo terror do que aconteceu em Cunhaú, os católicos de Natal tentaram fugir, em segurança, em abrigos improvisados, mas em vão. Presos, juntamente com o pároco padre Ambrósio Francisco Ferro, foram transferidos para perto de Uruaçu. Ali, eles esperavam os soldados holandeses e cerca de 200 índios sob o comando do líder indígena Antonio Paraopaba, que, tinha um verdadeiro aversão aos católicos. Os fiéis e seu pároco foram terrivelmente torturados e deixados para morrer em meio a mutilações desumanas. Os cronista da época ficaram horrorizado ao descrever em detalhes.
Via de Santificação
Dos numerosos fiéis mortos por causa da fé, em 16 de julho e 3 de outubro de 1645, e para os quais se manifestou imediatamente uma sólida reputação de martírio, infelizmente, apenas 30 puderam ser identificados com certeza. 
A história do martírio do Padre André de Soveral e do Padre Ambrósio Francisco Ferro, do leigo Mateus Moreira e dos seus vinte e oito Companheiros, beatificados pelo Santo Padre João Paulo II, em 5 de março de 2000. Foram canonizados pelo Sumo Pontífice, Papa Francisco, no dia 15 de outubro de 2017.
Minha oração
“Aos mártires que entregaram a sua vida em testemunho da fé na terra de Santa Cruz, rogamos que nunca falte a fé para o nosso povo, nunca nos falte a esperança no Cristo e em sua glória, assim como a misericórdia para a nossa salvação na vida futura. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!”
Santo André de Soveral e companheiros mártires, rogai por nós!

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QUARTA-FEIRA, DIA 02 DE OUTUBRO DE 2024

SANTOS ANJOS DA GUARDA
Cor Litúrgica branca
Primeira leitura
Ex 23,20-23
– Leitura do livro do Êxodo: Assim diz o Senhor: 20“Vou enviar um anjo que vá à tua frente, que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que te preparei. 21Respeita-o e ouve a sua voz. Não lhe sejas rebelde, porque não suportará as vossas transgressões, e nele está o meu nome. 22Se ouvires a sua voz e fizeres tudo o que eu disser, serei inimigo dos teus inimigos, e adversário dos teus adversários. 23O meu anjo irá à tua frente e te conduzirá à terra dos amorreus, dos hititas, dos fereseus, dos cananeus, dos heveus e dos jebuseus, e eu os exterminarei”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 91,1-2.3-4.5-6.10-11 (R: 11)
– O Senhor deu uma ordem aos seus anjos para em todos os caminhos te guardarem.
R: O Senhor deu uma ordem aos seus anjos para em todos os caminhos te guardarem.
– Quem habita ao abrigo do Altíssimo e vive à sombra do Senhor onipotente diz ao senhor: “Sois meu refúgio e proteção, sois o meu Deus, no qual confio inteiramente”.
R: O Senhor deu uma ordem aos seus anjos para em todos os caminhos te guardarem.
– Do caçador e do seu laço ele te livra. Ele te salva da palavra que destrói. Com suas asas haverá de proteger-te, com seus escudo e suas armas, defender-te.
R: O Senhor deu uma ordem aos seus anjos para em todos os caminhos te guardarem.
– Não temerás terror algum durante a noite nem a flecha disparada em pleno dia; nem a peste que caminha pelo escuro nem a desgraça que devasta ao meio-dia.
R: O Senhor deu uma ordem aos seus anjos para em todos os caminhos te guardarem.
– Nenhum mal há de chegar perto de ti, nem a desgraça baterá à tua porta; pois o Senhor deu uma ordem a seus anjos para em todos os caminhos te guardarem.
R: O Senhor deu uma ordem aos seus anjos para em todos os caminhos te guardarem.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Bendizei ao Senhor Deus, os seus poderes, seus ministros que fazeis sua vontade! (Sl 102,21).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 18,1-5.10
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquela hora, 1os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” 2Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles 3e disse: “Em verdade vos digo, se não vos con­verterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. 4Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. 5E quem recebe em meu nome uma criança como esta, é a mim que recebe. 10Não desprezeis nenhum desses pe­queninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santos Anjos da Guarda, companheiros na caminhada

Origens
A existência dos Anjos é um dogma de fé, definida várias vezes e em muitas ocasiões pela Igreja, desde o Concílio de Nicéia ao Vaticano I. Tudo o que lhes diz respeito faz parte de um estudo próprio, denominado “angelologia”. O Magistério eclesial afirma: os anjos são seres totalmente espirituais, sem corpo, imortais e imutáveis, que se tornam visíveis apenas para manifestar a sua ação.
História litúrgica
A memória litúrgica dos Santos Anjos é celebrada em 2 de outubro, desde 1670, por desejo do Papa Clemente X. A Igreja ortodoxa prefere celebrar em 11 de janeiro. Antigamente, a sua festa era celebrada em 29 de setembro, junto com a dos três Santos arcanjos: Miguel, Gabriel e Rafael. Porém, sua data foi diferenciada, tornando-se, de modo particular, memória própria dos Anjos da Guarda: primeiro, na Espanha, no século XV; depois, se difundiu em Portugal, Áustria e, por fim, em toda a Europa. 
A devoção aos Anjos da Guarda é mais antiga do que aos santos
Na verdade, a devoção aos Anjos é mais antiga que aos santos, de modo especial na Idade Média. Isso, graças aos monges eremitas, que viviam uma vida de recolhimento, silêncio e oração, em companhia só dos seus Anjos da Guarda. Finalmente, em 2005, o Parlamento italiano, inspirando-se na figura dos Anjos da Guarda, introduziu, na mesma data de 2 de outubro, a celebração civil da Festa dos Avós, verdadeiros Anjos da Guarda de suas famílias.
Quem são os anjos?
O termo “anjo” indica uma criatura celeste bem próxima de Deus. Seu nome é citado 175 vezes no Novo Testamento e pelo menos 300 no Antigo, em que vem especificada a função desta milícia sobrenatural, dividida em nove hierarquias: Querubins, Serafins, Tronos, Dominações, Poderes, Virtudes Celeste, Principados, Arcanjos, Anjos. Estes espíritos puros, dotados de inteligência e vontade, são chamados, muitas vezes, mensageiros ou intérpretes das ordens divinas; eles se manifestam, sobretudo, em momentos cruciais da história da salvação. Com efeito, o IV Concílio de Latrão definiu, como verdade de fé, o fato de que, se alguns anjos abusarem da sua liberdade, poderão cair no pecado: foi o que aconteceu com Lúcifer, o mais bonito de todos, que, ao pecar, por orgulho, contra Deus, caiu nas profundezas do inferno. 
A função do Anjo da Guarda
As funções, atribuídas aos anjos pela Sagrada Escritura, são as de acompanhar o homem no caminho do bem e oferecer ao Senhor. Além das nossas orações e sacrifícios. De fato, no Batismo, todo cristão recebe, como dom de Deus, o próprio Anjo da Guarda, uma presença invisível, mas real. O anjo o acompanha e guia ao longo de toda a sua existência: é um companheiro de viagem. Ao longo dos séculos, apesar de invisíveis, os anjos foram representados de várias maneiras: adoradores, músicos, túmulos, igrejas, esculturas, pinturas… 
Minha oração
“Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine. Amém!”
Santo Anjo do Senhor, rogai por nós!