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QUINTA-FEIRA, DIA 13 DE FEVEREIRO DE 2025

5ª Semana do Tempo Comum,
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Gênesis 2,18-25
18 Disse mais o Senhor Deus: “Não é bom que o homem esteja só: façamos-lhe um adjutório semelhante a ele”.
19 Tendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais terrestres e todas as aves do céu, levou- os diante de Adão, para este ver como os havia de chamar, e todo nome que Adão pôs aos animais vivos, este é o seu verdadeiro nome.
20 E Adão pôs nomes convenientes a todos os animais [domésticos], a todas as aves do céu e a todos os animais selvagens, mas não se achava para Adão um adjutório semelhante a ele.
21 Mandou, pois, o Senhor Deus um profundo sono a Adão e, enquanto ele estava dormindo, tirou uma das suas costelas e pôs carne no lugar dela.
22 E da costela que tinha tirado de Adão formou o Senhor Deus uma mulher e a levou a Adão.
23 E Adão disse: “Eis aqui agora o osso de meus ossos e a carne de minha carne: ela se chamará mulher [ishah], porque do homem [ish] foi tomada”.
24 Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne.
25 Ora, ambos, isto é, Adão e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam.
– Palavra do Senhor!
– Graças a Deus!

Salmo
127(128),1-2.3.4-5 (R. cf 1a)

R. Felizes todos os que respeitam o Senhor.
1 Bem-aventurados todos os que temem o Senhor
e os que andam nos seus caminhos.
2 Porque [ó justo] comerás dos trabalhos das tuas
mãos; bem-aventurado és, e tudo irá bem.
R. Felizes todos os que respeitam o Senhor.

3 Tua esposa será como uma videira fecunda,
no interior da tua casa.
Teus filhos, como brotos de oliveiras,
estarão ao redor da tua mesa.
R. Felizes todos os que respeitam o Senhor.

4 Eis como será abençoado o homem
que teme o Senhor.
5 Abençoe-te o Senhor desde Sião,
e vejas os bens de Jerusalém todos os dias da tua vida.
R. Felizes todos os que respeitam o Senhor.

Aclamação ao evangelho.
– O Senhor esteja convosco!
– Ele está no meio de nós!
– Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo São Marcos.
– Glória a Vós, Senhor!
Marcos 7,24-30
24 E, partindo dali, foi Jesus para os confins de Tiro e de Sidônia. Entrou numa casa e não queria que ninguém o soubesse, mas não pôde ocultar-se.
25 Porque uma mulher, cuja filha estava possessa do espírito imundo, logo que ouviu falar dele, foi lançar-se a seus pés.
26 Era uma mulher gentia, sirofenícia de nação. E suplicava- lhe que expulsasse o demônio de sua filha.
27 Jesus disse-lhe: “Deixa que primeiro sejam fartos os filhos, porque não é bem tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cães”.
28 Mas ela respondeu: “Assim é, Senhor, mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, as migalhas dos meninos”.
29 E ele disse-lhe: “Por esta palavra [que disseste],c vai, o demônio saiu de tua filha”.
30 Ela voltou para sua casa e encontrou a menina deitada sobre o leito, e [reconheceu] que o demônio tinha saído [dela].
– Palavra do Senhor!
– Glória a Vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santa Catarina de Ricci

Alessandra de Ricci era filha de um nobre florentino. Aos treze anos, ingressou na Ordem Terceira de São Domingos, no Mosteiro de Prato, tomando o nome religioso de Catarina, como sua padroeira de Siena. Tinha especial predileção pela Paixão de Cristo, da qual, por milagrosa concessão, veio a participar. Na Quaresma de 1541, então com 21 anos de idade, recebeu uma visão tão desoladora da crucifixão, que ficou confinada à cama por três semanas, e só se recobrou no Sábado de Aleluia, por uma aparição de Santa Maria Madalena e Jesus ressuscitados. Por doze anos, passou todas as sextas-feiras em êxtase. Recebeu os sagrados estigmas, a ferida no lado esquerdo e a coroa de espinhos. Todas essas graças lhe infligiram um sofrimento contínuo e intenso, e inspiravam-lhe uma amorosa compaixão pelas torturas ainda mais cruentas das almas no Purgatório. Em favor delas, oferecia cada prece e penitência, e sua caridade para com essas almas se tornou tão famosa por toda a Toscana, que, a cada óbito, os amigos do falecido corriam até Catarina para garantir suas orações. Em uma ocasião, S. Catarina ofereceu inúmeras preces, jejuns e penitências por um certo grande homem, e assim obteve sua salvação. Recebera a revelação de que ele se encontrava no Purgatório; e tamanho era o amor dela por Jesus crucificado, que ofereceu sofrer todas as dores daquela alma em seu lugar. Sua prece foi atendida. A alma ingressou no Céu, e por quarenta dias Catarina sofreu agonias indescritíveis. Seu corpo ficou coberto de bolhas e emanava um calor tão intenso que sua cela parecia em chamas. Sua carne apareceu como tostada, e sua língua, como ferro incandescente. Em meio a tudo isso, permanecia calma e feliz, dizendo: “Anseio pelas mais inimagináveis dores, para que as almas possam logo ver e louvar seu Redentor”. Conheceu, por revelação, a chegada de uma alma ao Purgatório, bem como a hora de sua libertação. Convivia com os santos na glória, e frequentemente conversava com São Filipe Néri em Roma sem deixar seu convento em Prato. Faleceu ao som do cântico dos anjos, em 1589.3
Outros santos do dia: São Santiago Miller, Santo Estêvão de Rieti, São Martiniano Eremita e São Licínio.
Santa Catarina de Recci, rogai por nós!

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QUARTA-FEIRA, DIA 12 DE FEVEREIRO DE 2025

5ª Semana do Tempo Comum,
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Leitura do Livro do Gênesis 2,4b-9.15-17
4b
No dia em que o Senhor fez a terra e o céu,
5
ainda não havia nenhum arbusto do campo sobre a terra,
e ainda nenhuma erva do campo tinha brotado,
porque o Senhor Deus 
não tinha feito chover sobre a terra,
e nem existia homem para cultivar o solo.
6
Mas uma fonte brotava da terra,
e lhe regava toda a superfície.
7
Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra,
soprou-lhe nas narinas o sopro da vida
e o homem tornou-se um ser vivente.
8
Depois, o Senhor Deus 
plantou um jardim em Éden, a oriente, 
e ali pôs o homem que havia formado.
9
E o Senhor Deus fez brotar da terra
toda sorte de árvores de aspecto atraente
e de fruto saboroso ao paladar,
a árvore da vida no meio do jardim
e a árvore do conhecimento do bem e do mal.
15
O Senhor Deus tomou o homem 
e colocou-o no jardim de Éden,
para o cultivar e guardar.
16
E o Senhor Deus deu ao homem uma ordem, dizendo:
“Podes comer de todas as árvores do jardim,
17
mas não comas da árvore 
do conhecimento do bem e do mal;
porque, no dia em que fizeres, 
sem dúvida morrerás”.
Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Salmo responsorial
Sl 103(104),1-2a.27-28.29bc-30 (R. 1a)

R. Bendize, ó minha alma, ao Senhor!

1
Bendize, ó minha alma, ao Senhor! *
Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande!
2a
De majestade e esplendor vos revestis *
e de luz vos envolveis como num manto. R.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor!

27
Todos eles, ó Senhor, de vós esperam *
que a seu tempo vós lhes deis o alimento;
28
vós lhes dais o que comer e eles recolhem, *
vós abris a vossa mão e eles se fartam. R.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor!

29b
Se tirais o seu respiro, eles perecem *
c
e voltam para o pó de onde vieram;
30
enviais o vosso espírito e renascem *
e da terra toda a face renovais. R.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor!

Aclamação ao Evangelho
Cf. Jo 17,17ba

R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Vossa palavra é a verdade;
    santificai-nos na verdade!
– O Senhor esteja convosco;
– Ele está no meio de nós;
EVANGELHO
O que torna impuro o homem é o que sai do seu interior.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 7,14-23
– Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo,
14
Jesus chamou a multidão para perto de si e disse: 
“Escutai todos e compreendei:
15
o que torna impuro o homem
não é o que entra nele vindo de fora,
mas o que sai do seu interior.
16
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”.
17
Quando Jesus entrou em casa, 
longe da multidão,
os discípulos lhe perguntaram sobre essa parábola.
18
Jesus lhes disse:
“Será que nem vós compreendeis?
Não entendeis que nada do que vem de fora
e entra numa pessoa, pode torná-la impura,
19
porque não entra em seu coração,
mas em seu estômago e vai para o fossa?”
Assim Jesus declarava
que todos os alimentos eram puros.
20
Ele disse: 
“O que sai do homem,
isso é que o torna impuro.
21
Pois é de dentro do coração humano
que saem as más intenções, imoralidades, 
roubos, assassínios,
22
adultérios, ambições desmedidas, 
maldades, fraudes,
devassidão, inveja, calúnia, 
orgulho, falta de juízo.
23
Todas estas coisas más saem de dentro,
e são elas que tornam impuro o homem”.
Palavra da Salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
SANTA EULÁLIA

A Igreja celebra neste dia 12 de fevereiro Santa Eulália, uma mártir da Igreja que nasceu em Mérida (Espanha) no final do século III e que morreu aos 12 anos, depois de ser torturada por se recusar e renegar sua fé cristã.
Naquela época, um decreto emitido pelo imperador Diocleciano proibia os católicos de cultuar Jesus Cristo e exigia que adorassem ídolos pagãos. Precisamente no “Martirológio romano”, onde se encontra uma lista muito antiga dos mártires da Igreja, há uma frase que diz: “em 12 de fevereiro comemora-se Santa Eulália, mártir da Espanha, morta por proclamar sua fé em Jesus Cristo”.
A mártir se tornou prontamente uma das santas mais famosas da Espanha e hoje ostenta o título de prefeita perpétua de Mérida e padroeira desta cidade.
Os dados sobre sua vida e sua morte se encontram em um hino feito em sua honra pelo poeta Prudencio no século IV.
Neste poema, narra como Eulália decidiu protestar ante o governador Daciano contra as leis que proibiam o cristianismo. Do mesmo modo, conta os terríveis métodos de tortura empregados contra ela.
Eulália foi levada à prisão, acorrentaram-na, rasgaram com ganchos seus seios, ombros, todo seu corpo virginal.
Mas, com grande paz e alegria, dizia: “Veja Senhor, que escrevem teu nome em meu corpo. Quão agradável é ler estas letras que assinalam a vitória de Jesus Cristo, que o meu sangue proclame o teu nome!”.
Como último tormento, queimaram-na com tochas acesas. A tradição assinala que seus carrascos viram uma pomba branca sair de sua boca e voar para o céu.
Reflexão
A fé cristã impulsiona-nos a tomar partido exclusivo por Jesus Cristo. Mesmo diante dos maiores desafios, somos convidados a colocar Jesus como a razão central de nossa vida. Iluminados pelo exemplo de santa Eulália, vamos elevar nossa voz contra as injustiças de nossa sociedade e ficar alerta para denunciar tudo aquilo que fere a dignidade humana.
Oração
Querido Pai, diante de vossa presença de amor, e sob a intercessão de Santa Eulália, pedimos humildemente que nos torne cada vez mais convictos de nossa fé e nos impulsione a viver o amor de Cristo na denúncia de tudo aquilo que fere a vida do ser humano. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Fonte: ACI Digital / A12 (Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.)
Santa Eulália, rogai por nós.

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TERÇA-FEIRA, DIA 11 DE FEVEREIRO DE 2025

V SEMANA DO TEMPO COMUM.
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Gn 1,20-2,4a
20Deus disse: “Fervilhem as águas de seres animados de vida e voem pássaros sobre a terra, debaixo do firmamento do céu”. 21Deus criou os grandes monstros marinhos e todos os seres vivos que nadam, em multidão, nas águas, segundo as suas espécies, e todas as aves, segundo as suas espécies. E Deus viu que era bom. 22E Deus os abençoou, dizendo: “Sede fecundos e multiplicai-vos e enchei as águas do mar, e que as aves se multipliquem sobre a terra”. 23Houve uma tarde e uma manhã: quinto dia. 24Deus disse: “Produza a terra seres vivos, segundo as suas espécies, animais domésticos, répteis e animais selvagens, segundo as suas espécies”. E assim se fez. 25Deus fez os animais selvagens, segundo as suas espécies, os animais domésticos, segundo as suas espécies, e todos os répteis do solo, segundo as suas espécies. E Deus viu que era bom. 26Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e segundo a nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os répteis que rastejam sobre a terra”. 27E Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou: homem e mulher os criou. 28E Deus os abençoou e lhes disse: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! Dominai sobre os peixes do mar, sobre os pássaros do céu e sobre todos os animais que se movem sobre a terra”. 29E Deus disse: “Eis que vos entrego todas as plantas que dão semente sobre a terra e todas as árvores que produzem fruto com sua semente, para vos servirem de alimento. 30E a todos os animais da terra, e a todas as aves do céu, e a tudo o que rasteja sobre a terra e que é animado de vida, eu dou todos os vegetais para alimento”. E assim se fez. 31E Deus viu tudo quanto havia feito, e eis que tudo era muito bom. Houve uma tarde e uma manhã: sexto dia. 2,1E assim foram concluídos o céu e a terra com todo o seu exército. 2No sétimo dia, Deus considerou acabada toda a obra que tinha feito; e, no sétimo dia, descansou de toda a obra que fizera. 3Deus abençoou o sétimo dia e o santificou, porque nesse dia descansou de toda a obra da criação. 4Esta é a história do céu e da terra, quando foram criados.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus!

Salmo responsorial: Sl 8,4-5.6-7.8-9 (R. 2a)
R. Ó Senhor nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo!
4Contemplando estes céus que plasmastes *e formastes com dedos de artista; vendo a lua e estrelas brilhantes, *5perguntamos: “Senhor, que é o homem, para dele assim vos lembrardes *e o tratardes com tanto carinho?” 
R. Ó Senhor nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo!
6Pouco abaixo de Deus o fizestes,*coroando-o de glória e esplendor; 7vós lhe destes poder sobre tudo,*vossas obras aos pés lhe pusestes: 
R. Ó Senhor nosso Deus, como é grande vosso nome por todo ouniverso!
8as ovelhas, os bois, os rebanhos, *todo o gado e as feras da mata; 9passarinhos e peixes dos mares, *todo ser que se move nas águas. 
R. Ó Senhor nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo!

– O Senhor esteja convosco;
– Ele está no meio de nós;
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo Marcos:
– Glória a vós, Senhor:
Mc 7,1-13
Naquele tempo, 1os fariseus e alguns mestres da Lei vieram de Jerusalém e se reuniram em torno de Jesus. 2Eles viam que alguns dos seus discípulos comiam o pão com as mãos impuras, isto é, sem as terem lavado. 3Com efeito, os fariseus e todos os judeus só comem depois de lavar bem as mãos, seguindo a tradição recebida dos antigos. 4Ao voltar da praça, eles não comem sem tomar banho. E seguem muitos outros costumes que receberam por tradição: a maneira certa de lavar copos, jarras e vasilhas de cobre. 5Os fariseus e os mestres da Lei perguntaram então a Jesus: “Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos, mas comem o pão sem lavar as mãos?” 6Jesus respondeu: “Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. 7De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos’. 8Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens”. 9E dizia-lhes: “Vós sabeis muito bem como anular o mandamento de Deus a fim de guardar as vossas tradições. 10Com efeito, Moisés ordenou: ‘Honra teu pai e tua mãe’. E ainda: ‘Quem amaldiçoa o pai ou a mãe, deve morrer’. 11Mas vós ensinais que é lícito alguém dizer a seu pai e à sua mãe: ‘O sustento que vós poderíeis receber de mim é Corban, isto é, consagrado a Deus’. 12E essa pessoa fica dispensada de ajudar seu pai ou sua mãe. 13Assim vós esvaziais a Palavra de Deus com a tradição que vós transmitis. E vós fazeis muitas outras coisas como estas”.
– Palavra do Senhor:
– Graças a Deus!

SANTO DO DIA
NOSSA SENHORA DE LOURDES

“Durante quinze dias lá, voltei; e a Senhora apareceu-me todos os dias, com exceção de uma segunda e uma sexta-feira”
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A conhecida aparição de Nossa Senhora em Lourdes deu-se no início de 1858. Neste ano, muitas coisas estavam acontecendo na França e no mundo, durante o assim chamado segundo Império Francês: reinava Napoleão III e muitas ideologias e perigos estavam aproximando-se da vida de fé dos católicos. Como nada escapa aos olhos divinos, Deus envia Sua amadíssima Mãe a uma pequena camponesa de 14 anos, chamada Bernadette Soubirous, durante uma inocente busca de lenha no campo.
Mas o que Bernadette encontrou foi a visão de “uma menina, tão pequena como ela, vestida de branco, com uma faixa-azul presa na cintura, com um rosário em suas mãos em oração e rosas de ouro amarelo, uma em cada pé”. Isto aconteceu no dia 11 de fevereiro de 1858. “Certo dia, fui com duas meninas às margens do Rio Gave buscar lenha. Ouvi um barulho, voltei-me para o prado, mas não vi movimento nas árvores. Levantei a cabeça e olhei para a gruta. Vi, então, uma senhora vestida de branco; tinha um vestido alvo com uma faixa azul celeste na cintura e uma rosa de ouro em cada pé, da cor do rosário que trazia com ela. Somente na terceira vez, a Senhora me falou e perguntou-me se eu queria voltar ali durante quinze dias. Durante quinze dias lá, voltei; e a Senhora apareceu-me todos os dias, com exceção de uma segunda e uma sexta-feira. Repetiu-me, vária vezes, que dissesse aos sacerdotes para construir, ali, uma capela. Ela mandava que fosse à fonte para lavar-me e que rezasse pela conversão dos pecadores. Muitas e muitas vezes perguntei-lhe quem era, mas ela apenas sorria com bondade. Finalmente, com braços e olhos erguidos para o céu, disse-me que era a Imaculada Conceição”.
● No dia 14 de fevereiro, novamente Ela lhe apareceu e rezaram o Rosário juntas;
● Em 18 de fevereiro, Bernardette foi informada pela Senhora para retornar à gruta durante 15 dias;
● No dia 19 começa o hábito de levar velas acesas;
● No dia 20, Maria lhe ensina uma oração pessoal;
● No dia 21, Nossa Senhora, muito triste, pediu-lhe que rezasse pelos pecadores;
● No dia 23, Ela pediu para Bernardette falar aos os sacerdotes que construíssem um santuário;
● No dia 24 de fevereiro, a Senhora pediu orações e penitência pela conversão dos pecadores;
● No dia 25 de fevereiro, novamente lhe apareceu e pediu para cavar o chão e beber a água da nascente que encontrou;
● No dia 25 de março, Nossa Senhora lhe diz que é “A Imaculada Conceição”;
● No dia 7 de abril, um médico examinou Bernadette e observou que sua mãos seguravam uma vela acesa e, mesmo assim, não possuíam qualquer queimadura;
● No dia 16 de julho, Bernadette viu pela última vez Nossa Senhora;
● Em 17 de novembro, a Igreja decidiu abrir uma comissão de inquérito;
● Em 18 de janeiro de 1860, o bispo local declarou que “a Virgem Maria apareceu de fato à jovem Bernadette”.
Então, afinal de contas, com tantas datas, qual é o dia de nossa Senhora de Lourdes? A festa de Nossa Senhora de Lourdes é celebrada no dia 11 de fevereiro.
Canção Nova / A12 / Fábio Santos Araújo
Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 10 DE FEVEREIRO DE 2025

Santa Escolástica, virgem,
Cor Litúrgica, branca

Primeira leitura
(Gn 1,1-19)
Leitura do Livro do Gênesis
No princípio Deus criou o céu e a terra. 2 A terra estava deserta e vazia, as trevas cobriam a face do abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. 3 Deus disse: “Faça-se a luz!” E a luz se fez. 4 Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas. 5 E à luz Deus chamou “dia” e às trevas, “noite”. Houve uma tarde e uma manhã: primeiro dia. 6 Deus disse: “Faça-se um firmamento entre as águas, separando umas das outras”. 7 E Deus fez o firmamento, e separou as águas que estavam embaixo, das que estavam em cima do firmamento. E assim se fez. 8 Ao firmamento Deus chamou “céu”. Houve uma tarde e uma manhã: segundo dia. 9 Deus Disse: “Juntem-se as águas que estão debaixo do céu num só lugar e apareça o solo enxuto!” E assim se fez. 10 Ao solo enxuto Deus chamou “terra” e ao ajuntamento das águas, “mar”. E Deus viu que era bom. 11 Deus disse: “A terra faça brotar vegetação e plantas que deem semente, e árvores frutíferas que deem fruto segundo a sua espécie, que tenham nele sua semente sobre a terra”. E assim se fez. 12 E a terra produziu vegetação e plantas que trazem semente segundo a sua espécie, e árvores que dão fruto tendo nele a semente da sua espécie. E Deus viu que era bom. 13 Houve uma tarde e uma manhã: terceiro dia. 14 Deus disse: “Façam-se luzeiros no firmamento do céu, para separar o dia da noite. Que sirvam de sinais para marcar as épocas os dias e os anos, 15 e que resplandeçam no firmamento do céu e iluminem a terra”. E assim se fez. 16 Deus fez os dois grandes luzeiros: o luzeiro maior para presidir ao dia, e o luzeiro menor para presidir à noite, e as estrelas. 17 Deus colocou-os no firmamento do céu para alumiar a terra, 18 para presidir ao dia e à noite e separar a luz das trevas. E Deus viu que era bom. 19 E houve uma tarde e uma manhã: quarto dia.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Responsório Sl 103(104),1-2a.5-6.10 e 12.24 e 35c (R. 31b)
— Alegre-se o Senhor em suas obras!
— Alegre-se o Senhor em suas obras!

— Bendize, ó minha alma, ao Senhor! Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande! De majestade e esplendor vos revestis e de luz vos envolveis como num manto.

— Alegre-se o Senhor em suas obras!

— A terra vós firmastes em suas bases, ficará firme pelos séculos sem fim; os mares a cobriam como um manto, e as águas envolviam as montanhas.

— Alegre-se o Senhor em suas obras!

— Fazeis brotar em meio aos vales as nascentes que passam serpeando entre as montanhas; às suas margens vêm morar os passarinhos, entre os ramos eles erguem o seu canto. 

— Alegre-se o Senhor em suas obras!

— Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras, e que sabedoria em todas elas! Encheu-se a terra com as vossas criaturas! Bendize, ó minha alma, ao Senhor! 

— Alegre-se o Senhor em suas obras!

Evangelho (Mc 6,53-56)
— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— Jesus pregava a Boa-Nova, o reino anunciando, e curava toda espécie de doenças entre o povo.
– O Senhor esteja convosco!
– Ele está no meio de nós!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 53 tendo Jesus e seus discípulos acabado de atravessar o mar da Galileia, chegaram a Genesaré e amarraram a barca. 54 Logo que desceram da barca, as pessoas imediatamente reconheceram Jesus. 55 Percorrendo toda aquela região, levavam os doentes deitados em suas camas para o lugar onde ouviam falar que Jesus estava. 56 E, nos povoados, cidades e campos onde chegavam, colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste. E todos quantos o tocavam ficavam curados.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

SANTO DO DIA
Santa Escolástica ensina: “Quem ama mais pode mais”

“Quem ama mais pode mais.”
Este desafio aconteceu com Bento de Núrsia, mas a vencedora foi sua irmã gêmea, Escolástica, que se consagrou ao Senhor desde muito jovem. Vivendo à sombra do irmão, foi sempre fiel intérprete da sua regra.
Origens
Presume-se que Escolástica, primeira monja beneditina, viveu entre os anos 480 e 543. Natural de Núrsia, região italiana da Úmbria. Foi uma dócil aluna de Bento, do qual recebeu a sabedoria do coração, a ponto de superar seu mestre: é o que narra São Gregório Magno nos seus “Diálogos”, único texto de referência com poucas menções sobre a vida desta santa. Ele descreve ainda um particular episódio, no qual ela revela uma acentuada personalidade humana e grande profundidade espiritual.
Vocação religiosa nas pegadas do irmão
Segundo a história de Escolástica, diz-se que era descendente de uma antiga família de Senadores romanos. Sua mãe, Cláudia, morreu logo depois do parto dos gêmeos. Com 12 anos, foi mandada para Roma, junto com seu irmão Bento, onde ficaram escandalizados pela vida desregrada da cidade. Bento tornou-se eremita, enquanto Escolástica pediu ao pai para dedicar-se à vida religiosa. Antes, entrou para um mosteiro, próximo de Núrsia, e, depois, transferiu-se para Subiaco, seguindo o irmão, que havia fundado a Abadia de Monte Cassino, ao leste de Nápoles. Ali, em apenas sete quilômetros de distância, fundou o mosteiro de Piumarola, onde, com as coirmãs, seguiu a Regra de São Bento. Deu, portanto, origem ao ramo feminino da Ordem dos Beneditinos.
Santa Escolástica e a Regra do Silêncio
A regra do silêncio
Era normal para Escolástica recomendar a observância da regra do silêncio e evitar conversas com pessoas estranhas no mosteiro, mesmo se fossem visitantes devotos. Ela costumava repetir: “Fiquem em silêncio ou falem de Deus, pois o que, neste mundo, pode ser tão digno para se falar senão sobre Ele?”.
Escolástica gostava de falar a respeito de Deus, sobretudo com o irmão Bento, com o qual se encontrava uma vez por ano. O local onde faziam diálogos espirituais era uma casinha situada no meio da estrada entre os dois mosteiros.
O milagre que desafiou Bento
São Gregório Magno narra que, no último dos seus encontros, datado de 6 de fevereiro de 543, pouco antes da sua morte, Escolástica pediu ao irmão para prolongar a conversa até na manhã do dia seguinte, mas Bento se opôs para não violar a Regra. Então, Escolástica implorou ao Senhor para não deixar o irmão partir, debulhando-se em pranto. A seguir, um temporal inesperado e violento obrigou Bento a ficar com ela, levando-os a conversarem toda a noite.
Porém, a primeira reação de Bento com o temporal improviso foi de contrariedade: “Que Deus onipotente possa lhe perdoar, irmã. O que você fez?”. E Escolástica respondeu: “Eu lhe implorei para ficar e você não me ouviu; pedi a Deus e Ele me atendeu. Agora, pode ir, se quiser; deixe-me e volte ao seu mosteiro”. Foi uma espécie de revanche da irmã, que não pôde se entristecer pelo amadíssimo irmão, pois ele mesmo lhe havia ensinado a se dirigir a Deus, com todas as forças, durante as dificuldades. Assim se destacaram os dotes femininos de Escolástica: docilidade, perseverança e também audácia ao obter o que desejava fortemente.
Unidos em Deus na vida e na morte
Páscoa
Três dias depois deste encontro, segundo São Gregório, Bento recebeu a notícia da morte da irmã com um sinal divino: viu a alma da sua irmã subir ao céu em forma de uma pomba branca. Então, quis enterrá-la na sepultura que havia preparado para si, onde também foi enterrado, pouco tempo depois. “Como seus pensamentos sempre estiveram voltados para Deus, era justo seus corpos também ficassem unidos na mesma sepultura”.
Repercussão da santidade
Hoje, quem visita a majestosa Abadia de Monte Cassino, após 15 séculos de história, pode fazer a experiência de estar diante do túmulo dos Santos irmãos, os pioneiros de um grande número de seguidores de Deus.
Intercessora e patrona
É invocada como intercessora contra tempestades, chuvas e relâmpagos. Também intercessora pelas crianças que sofrem convulsões. Tradicionalmente, patrona dos mosteiros beneditinos. 
Minha oração
“Santa Escolástica, pelo mistério da comunhão dos santos, ouso lhe pedir a graça de silenciar e não procurar conversas que não me levem para as ‘coisas do Alto’. Peço-te a graça de, no ambiente onde eu vivo e trabalho, ser um instrumento da paz, como também amar os meus irmãos como você amou São Bento, seu irmão gêmeo. Amém.”
Santa Escolástica, rogai por nós!

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DOMINGO, DIA 09 DE FEVEREIRO DE 2025

V DOMINGO DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Isaías 6,1-2a.3-8
08. Leitura do Livro do Profeta Isaías 1No ano da
morte do rei Ozias, vi o Senhor sentado num trono
de grande altura; o seu manto estendia-se pelo
templo. 2a Havia serafins de pé a seu lado; cada
um tinha seis asas. 3 Eles exclamavam uns para
os outros: “Santo, santo, santo é o Senhor dos
exércitos; toda a terra está repleta de sua glória”. 4
Ao clamor dessas vozes, começaram a tremer as
portas em seus gonzos e o templo encheu-se de
fumaça. Disse eu então: ‘Ai de mim, estou perdido!
Sou apenas um homem de lábios impuros, mas eu
vi com meus olhos o rei, o Senhor dos exércitos”.
6 Nisto, um dos serafins voou para mim, tendo na
mão uma brasa, que retirara do altar com uma
tenaz, 7 e tocou minha boca, dizendo: “Assim que
isto tocou teus lábios, desapareceu tua culpa, e
teu pecado está perdoado”. 8 Ouvi a voz do Senhor
que dizia: “Quem enviarei? Quem irá por nós?” Eu
respondi: “Aqui estou! Envia-me”.
– PALAVRA DO SENHOR.
– Graças a Deus.

Salmo responsorial:
Isaías 6,1-2a.3-8
08. Leitura do Livro do Profeta Isaías 1No ano da
morte do rei Ozias, vi o Senhor sentado num trono
de grande altura; o seu manto estendia-se pelo
templo. 2a Havia serafins de pé a seu lado; cada
um tinha seis asas. 3 Eles exclamavam uns para
os outros: “Santo, santo, santo é o Senhor dos
exércitos; toda a terra está repleta de sua glória”. 4
Ao clamor dessas vozes, começaram a tremer as
portas em seus gonzos e o templo encheu-se de
fumaça. Disse eu então: ‘Ai de mim, estou perdido!
Sou apenas um homem de lábios impuros, mas eu
vi com meus olhos o rei, o Senhor dos exércitos”.
6 Nisto, um dos serafins voou para mim, tendo na
mão uma brasa, que retirara do altar com uma
tenaz, 7 e tocou minha boca, dizendo: “Assim que
isto tocou teus lábios, desapareceu tua culpa, e
teu pecado está perdoado”. 8 Ouvi a voz do Senhor
que dizia: “Quem enviarei? Quem irá por nós?” Eu
respondi: “Aqui estou! Envia-me”. PALAVRA DO
SENHOR.

Segunda leitura
Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 15,1-11
1
Quero lembrar-vos, irmãos,
o evangelho que vos preguei e que recebestes,
e no qual estais firmes.
2
Por ele sois salvos,
se o estais guardando
tal qual ele vos foi pregado por mim.
De outro modo, teríeis abraçado a fé em vão.
3
Com efeito, transmiti-vos em primeiro lugar,
aquilo que eu mesmo tinha recebido, a saber:
que Cristo morreu por nossos pecados,
segundo as Escrituras;
4
que foi sepultado;
que, ao terceiro dia, ressuscitou,
segundo as Escrituras;
5
e que apareceu a Cefas e, depois, aos Doze.
6
Mais tarde,
apareceu a mais de quinhentos irmãos, de uma vez.
Destes, a maioria ainda vive e alguns já morreram.
7
Depois, apareceu a Tiago
e, depois, apareceu aos apóstolos todos juntos.
8
Por último, apareceu também a mim, como a um abortivo.
9
Na verdade, eu sou o menor dos apóstolos,
nem mereço o nome de apóstolo,
porque persegui a Igreja de Deus.
10
É pela graça de Deus que eu sou o que sou.
Sua graça para comigo não foi estéril: 
a prova é que tenho trabalhado 
mais do que os outros apóstolos
– não propriamente eu, mas a graça de Deus comigo.
11
É isso, em resumo, o que eu e eles temos pregado
e é isso o que crestes.
Palavra do Senhor.

Aclamação ao Evangelho  Mt 4,19
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. “Vinde após mim!”, o Senhor lhes falou,     “e vos farei pescadores de homens”.

EVANGELHO
Deixaram tudo e o seguiram.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 5,1-11

Naquele tempo,
1
Jesus estava na margem do lago de Genesaré,
e a multidão apertava-se ao seu redor
para ouvir a palavra de Deus.
2
Jesus viu duas barcas paradas na margem do lago.
Os pescadores haviam desembarcado 
e lavavam as redes.
3
Subindo numa das barcas, que era de Simão,
pediu que se afastasse um pouco da margem.
Depois sentou-se e, da barca, ensinava as multidões.
4
Quando acabou de falar, disse a Simão:
“Avança para águas mais profundas,
e lançai vossas redes para a pesca”.
5
Simão respondeu:
“Mestre, nós trabalhamos a noite inteira
e nada pescamos.
Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes”.
6
Assim fizeram,
e apanharam tamanha quantidade de peixes
que as redes se rompiam.
7
Então fizeram sinal aos companheiros da outra barca,
para que viessem ajudá-los.
Eles vieram, e encheram as duas barcas,
a ponto de quase afundarem.
8
Ao ver aquilo, 
Simão Pedro atirou-se aos pés de Jesus, dizendo: 
“Senhor, afasta-te de mim,
porque sou um pecador!”
9
É que o espanto se apoderara de Simão
e de todos os seus companheiros,
por causa da pesca que acabavam de fazer.
10
Tiago e João, filhos de Zebedeu,
que eram sócios de Simão, também ficaram espantados.
Jesus, porém, disse a Simão:
“Não tenhas medo!
De hoje em diante tu serás pescador de homens”.
11
Então levaram as barcas para a margem,
deixaram tudo e seguiram a Jesus.
Palavra da Salvação.
– Glória a vós Senhor!

SANTO DO DIA
SANTA APOLÔNIA

Hoje é celebrada Santa Apolônia, mártir intercessora ante as doenças dentais
Neste dia 9 de fevereiro, é celebrada a festa de Santa Apolônia, que costuma ser invocada contra a dor de dente e todas as doenças dentais. Antes de ser lançada na fogueira, pediu um momento de trégua e fez algo tão inesperado que Santo Agostinho explicou mais tarde.
Segundo a tradição, os pais de Apolônia não podiam ter filhos e rezavam constantemente aos seus deuses. A futura mãe, finalmente, pediu à Virgem Maria que intercedesse por eles e, assim, Apolônia foi concebida. Quando a jovem Apolônia soube disso, converteu-se ao cristianismo.
No último ano do reino do imperador Felipe o Árabe (249 d.C.), em Alexandria, iniciou-se uma perseguição contra os cristãos. Os crentes eram arrastados para fora de suas casas, assassinados e suas propriedades saqueadas. Tudo isso porque um profeta de Alexandria anunciou desastres, supostamente, pelo presença dos “ímpios” cristãos que não adoravam os deuses pagãos.
São Dionísio, Bispo de Alexandria, descreveu Santa Apolônia como uma mulher que era tida em “grande estima” e relatou sua morte da seguinte forma:
“Capturaram-na e quebraram todos os dentes a golpes. Construíram uma fogueira fora da cidade e ameaçaram queimá-la viva se não proferisse, com eles, palavras ímpias (fossem blasfêmias contra Cristo ou um a invocação aos deuses pagãos)”.
“Ao lhe outorgarem uma pausa, pedida por ela, lançou-se rapidamente ao fogo e ardeu até morrer”, acrescenta São Dionísio.
Entretanto, ninguém pode apressar o seu próprio fim. Sobre isso, Santo Agostinho, no primeiro livro “A Cidade de Deus”, explica o ocorrido: “Dizem, algumas santas mulheres, no tempo das perseguições, para evitarem os perseguidores da sua pudicícia, atiraram-se a um rio de mortal corrente caudalosa e deste modo pereceram – e  o seu martírio celebra-se com a mais solene veneração na Igreja Católica”.
Mais adiante, assinala que “sobre isto não me atrevo a emitir temerariamente um juízo. Ignoro se a autoridade divina, servindo-se de alguns testemunhos dignos de fé, persuadiu a Igreja a honrar deste modo a sua memória. Pode ser que assim tenha sido”.
“E se de fato tal fizeram, não enganadas por erro humano mas impelidas por mandato divino, sendo portanto não alucinadas mas obedientes? — qualquer coisa como o caso de Sansão de que não é lícito pensar de outro modo. Efetivamente, quando Deus manda e mostra sem ambiguidade que é ele que manda — quem chamará delito a esta obediência?”.
A narrativa de Dionísio não sugere a menor reprovação a este ato de Santa Apolônia; a seu ver, ela era tão mártir como as demais e, como tal, foi venerada na Igreja de Alexandria.
Artisticamente, é representada segurando pinças que apertam um dente.
Reflexão
A vida de Apôlonia foi marcada pelo amor aos mais pequenos, nos quais ela reconhecia a pessoa de Jesus. Martirizada numa fogueira, depois de ter os dentes arrancados, Apolônia tornou-se a protetora dos dentistas.
Oração
Ó gloriosa Santa Apolônia, por aquela dor que padecestes, quando, por ordem do tirano, vos foram arrancados os dentes que tanto decoro ajuntava ao vosso angélico rosto, obtende do Senhor a graça de estarmos sempre livres de todo tipo de maldade. Amém!
Fonte: ACI Digital
SANTA APOLÔNIA, rogai por nós!

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SÁBADO, DIA 08 DE FEVEREIRO DE 2025

IV SEMANA DO TEMPO COMUM.
c
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Hb 13,15-17.20-21
– Leitura da carta aos Hebreus: Irmãos, 15por meio de Jesus, ofereçamos a Deus um perene sacrifício de louvor; isto é, o fruto dos lábios que celebram o seu nome. 16Não vos esqueçais das boas ações e da comunhão, pois estes são os sacrifícios que agradam a Deus. 17Obedecei aos vossos líderes e segui suas orientações, porque eles cuidam de vós como quem há de prestar contas. Que possam fazê-lo com alegria, e não com queixas, que não seriam coisa boa para vós. 20O Deus da paz, que fez subir dentre os mortos aquele que se tornou, pelo sangue de uma aliança eterna, o grande pastor das ovelhas, nosso Senhor Jesus, 21vos torne aptos a todo bem, para fazerdes a sua vontade; que ele realize em nós o que lhe é agradável, por Jesus Cristo, ao qual seja dada a glória pelos séculos dos séculos. Amém!
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 23,1-3a.3b-4.5.6 (R: 1)
– O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma.
R: O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma.

– O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Para as águas repousantes me encaminha, e restaura as minhas forças.
R: O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma.

– Ele me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança!
R: O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma.

– Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo; com óleo vós ungis minha cabeça, e o meu cálice transborda.
R: O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma.

– Felicidade e todo bem hão de seguir-me, por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos.
R: O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma.

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
 – Minhas ovelhas escutam minha voz; eu as conheço e elas me seguem
(Jo10,27).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 6,30-34.
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, 30os apóstolos reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. 31Ele lhes disse: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco”. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo que não tinham tempo nem para comer. 32Então foram sozinhos, de barco, para um lugar deserto e afastado. 33Muitos os viram partir e reconheceram que eram eles. Saindo de todas as cidades, correram a pé, e chegaram lá antes deles. 34Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santa Josefina Bakhita

Durante mais de cinquenta anos, esta humilde Filha da Caridade, se dedicou às diversas ocupações na congregação, sendo chamada por todos de “Irmã Morena”
Bakhita nasceu no Sudão, África, em 1869. Este nome, que significa “afortunada”, não recebeu de seus pais ao nascer, lhe foi imposto por seus raptores. Esta flor africana conheceu as humilhações, os sofrimentos físicos e morais da escravidão, sendo vendida e comprada várias vezes. A terrível experiência e o susto, provado naquele dia, causaram profundos danos em sua memória, inclusive o esquecimento do próprio nome.
Na capital do Sudão, Bakhita foi finalmente comprada por um cônsul italiano, que depois a levou consigo para a Itália. Durante a viagem, ele a entregou para viver com a família de um amigo, que residia em Veneza, e cuja esposa, havia se afeiçoado à ela. Depois, com o nascimento da filha do casal, Bakhita se tornou sua babá e amiga.
Os negócios desta família, na África, exigiam que retornassem. Mas, aconselhado pelo administrador, o casal confiou as duas, às irmãs da congregação de Santa Madalena de Canossa, em Schio, também em Veneza. Alí, Bakhita, conheceu o Evangelho. Era 1890 e ela tinha vinte e um anos quando foi batizada recebendo o nome de Josefina.
Após algum tempo, quando vieram buscá-las, Bakhita ficou. Queria se tornar uma irmã canossiana, para servir a Deus que lhe havia dado tantas provas do seu amor. Depois de sentir muita clareza do chamado para a vida religiosa, em 1896, Josefina Bakhita se consagrou para sempre a Deus, que ela chamava com carinho “o meu Patrão!”.
Por mais de cinquenta anos, esta humilde Filha da Caridade, se dedicou às diversas ocupações na congregação, sendo chamada por todos de “Irmã Morena”. Ela foi cozinheira, responsável do guarda-roupa, bordadeira, sacristã e porteira. As irmãs a estimavam pela generosidade, bondade e pelo seu profundo desejo de tornar Jesus conhecido. “Sedes boas, amem a Deus, rezai por aqueles que não O conhecem. Se soubésseis que grande graça é conhecer a Deus!”.
A sua humildade, a sua simplicidade e o seu constante sorriso, conquistaram o coração de toda população. Com a idade, chegou a doença longa e dolorosa. Ela continuou a oferecer o seu testemunho de fé, expressando com estas simples palavras, escondidas detrás de um sorriso, a odisseia da sua vida: “Vou devagar, passo a passo, porque levo duas grandes malas: numa vão os meus pecados, e na outra, muito mais pesada, os méritos infinitos de Jesus. Quando chegar ao céu abrirei as malas e direi a Deus: Pai eterno, agora podes julgar. E a São Pedro: fecha a porta, porque fico”.
Na agonia reviveu os terríveis anos de escravidão e foi a Santa Virgem que a libertou dos sofrimentos. As suas últimas palavras foram: “Nossa Senhora!”. Irmã Josefina Bakhita faleceu no dia 8 de fevereiro de 1947, na congregação em Schio, Itália. Muitos foram os milagres alcançados por sua intercessão. Em 1992, foi beatificada pelo Papa João Paulo II e elevada à honra dos altares em 2000, pelo mesmo Sumo Pontífice. O dia para o culto de “Santa Irmã Morena” foi determinado o mesmo de sua morte.
*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas
Santa Josefina Bakhita, rogai por nós!

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SEXTA-FEIRA, DIA 07 DE FEVEREIRO DE 2025

IV SEMANA DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Hb 13, 1-8
Leitura da Carta aos Hebreus
Irmãos, 1perseverai no amor fraterno. 2Não esqueçais a hospitalidade; pois, graças a ela, alguns hospedaram anjos, sem o perceber. 3Lembrai-vos dos prisioneiros, como se estivésseis presos com eles, e dos que são maltratados, pois também vós tendes um corpo! 4O matrimônio seja honrado por todos e o leito conjugal, sem mancha; porque Deus julgará os imorais e adúlteros. 5Que o amor ao dinheiro não inspire a vossa conduta. Contentai-vos com o que tendes, porque ele próprio disse: “Eu nunca te deixarei, jamais te abandonarei”. 6De modo que podemos dizer, com ousadia: “O Senhor é meu auxílio, jamais temerei; que poderá fazer-me o homem?” 7Lembrai-vos de vossos dirigentes, que vos pregaram a palavra de Deus, e considerando o fim de sua vida, imitai-lhes a fé. 8Jesus Cristo é o mesmo, ontem e hoje e por toda a eternidade.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.

Salmo Responsorial — Sl 26(27), 1. 3. 5. 8b-9abc (R. 1a)

℟. O Senhor é minha luz e salvação!

— O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei? ℟.
— Se contra mim um exército se armar, não temerá meu coração; se contra mim uma batalha estourar, mesmo assim confiarei. ℟.
— Pois um abrigo me dará sob o seu teto nos dias da desgraça; no interior de sua tenda há de esconder-me e proteger-me sobre a rocha. ℟.
— Senhor, é vossa face que eu procuro; não me escondais a vossa face! Não afasteis em vossa ira o vosso servo, sois vós o meu auxílio! Não me esqueçais nem me deixeis abandonado. ℟.

℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Felizes os que observam a palavra do Senhor, de reto coração, e que produzem muitos frutos, até o fim perseverantes! (Cf. Lc 8, 15) ℟.
Evangelho — Mc 6, 14-29

℣. O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.

℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo Marcos 
℟. Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 14o rei Herodes ouviu falar de Jesus, cujo nome se tinha tornado muito conhecido. Alguns diziam: “João Batista ressuscitou dos mortos. Por isso os poderes agem nesse homem”. 15Outros diziam: “É Elias”. Outros ainda diziam: “É um profeta como um dos profetas”.
16Ouvindo isto, Herodes disse: “Ele é João Batista. Eu mandei cortar a cabeça dele, mas ele ressuscitou!” 17Herodes tinha mandado prender João, e colocá-lo acorrentado na prisão. Fez isso por causa de Herodíades, mulher do seu irmão Filipe, com quem se tinha casado. 18João dizia a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão”. 19Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia. 20Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava.
21Finalmente, chegou o dia oportuno. Era o aniversário de Herodes, e ele fez um grande banquete para os grandes da corte, os oficiais e os cidadãos importantes da Galileia. 22A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e seus convidados. Então o rei disse à moça: “Pede-me o que quiseres e eu to darei”. 23E lhe jurou dizendo: “Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino”.
24Ela saiu e perguntou à mãe: “O que vou pedir?” A mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. 25E, voltando depressa para junto do rei, pediu: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista”.
26O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar. Ele tinha feito o juramento diante dos convidados. 27Imediatamente, o rei mandou que um soldado fosse buscar a cabeça de João. O soldado saiu, degolou-o na prisão, 28trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe. 29Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá, levaram o cadáver e o sepultaram.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

SANTO DO DIA
São Ricardo

Ricardo é exemplo de um homem nobre, que abdicou de suas regalias para servir a Deus e aos mais humildes
No século V, a rainha da Inglaterra meridional era Sexburga, que mais tarde se tornou abadessa e uma santa da Igreja Católica. Ela teve três filhos e duas filhas.
O filho do meio, Ricardo, se tornou provisoriamente o rei da Inglaterra por causa da morte prematura do irmão mais velho. Neste cargo reinou alguns anos.
Quando o sobrinho alcançou a idade de assumir o trono, Ricardo deixou o palácio e foi morar num mosteiro junto com dois filhos ainda adolescentes. No ano de 720, ele e os filhos empreenderam uma romaria até a cidade eterna, Roma.
Atravessaram toda a França, mas quando chegaram na cidade de Luca, a viagem teve de ser interrompida, porque Ricardo ficou doente e acabou falecendo. Os milagres foram acontecendo em seu túmulo e o local se tornou uma rota de devoção para os cristãos, que o chamavam de “rei santo”.
Reflexão
A dedicação de alguns homens pela construção de uma sociedade mais fraterna gerou vidas santas na Igreja. Ricardo é exemplo de um homem nobre, que abdicou de suas regalias para servir a Deus e aos mais humildes. Que ele nos inspire ao serviço dos excluídos.
Oração
Deus de misericórdia derramai sobre nós a graça santificante que nos permite contemplar sua face, e concedei-nos, pelos méritos de são Ricardo, o ânimo para evangelizar os mais sofredores. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
A12 / Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
São Ricardo, rogai por nós!

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QUINTA-FEIRA, DIA 06 DE FEVEREIRO DE 2025

SÃO PAULO MIKI, MÁRTIR.
Cor Litúrgica vermelha

Primeira leitura
Hb 12,18-19.21-24
– Leitura da carta aos Hebreus: Irmãos, 18vós não vos aproximastes de uma realidade palpável: “fogo ardente e escuridão, trevas e tempestade, 19som da trombeta e voz poderosa”, que os ouvintes suplicaram não continuasse. 21Eles ficaram tão espantados com esse espetáculo, que Moisés disse: “Estou apavorado e com medo”. 22Mas vós vos aproximastes do monte Sião e da cidade do Deus vivo, a Jerusalém celeste; da reunião festiva de milhões de anjos; 23da assembleia dos primo­gênitos, cujos nomes estão escritos nos céus; de Deus, o juiz de todos; dos espíritos dos justos, que chegaram à perfeição; 24de Jesus, mediador da nova aliança, e da aspersão do sangue mais eloquente que o de Abel.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 48,2-3a.3b-4.9.10-11 (R: 10)
– Recordamos, ó Senhor, vossa bondade em meio ao vosso templo.
R: Recordamos, ó Senhor, vossa bondade em meio ao vosso templo.

– Grande é o Senhor e muito digno de louvores na cidade onde ele mora; seu Monte santo, esta colina encantadora, é a alegria do universo.
R: Recordamos, ó Senhor, vossa bondade em meio ao vosso templo.

– Monte Sião, no extremo norte situado, és a mansão do grande Rei! Deus revelou-se em suas fortes cidadelas um refúgio poderoso.
R: Recordamos, ó Senhor, vossa bondade em meio ao vosso templo.

– Como ouvimos dos antigos, contemplamos: Deus habita esta cidade, a cidade do Senhor onipotente, que ele a guarde eternamente!
R: Recordamos, ó Senhor, vossa bondade em meio ao vosso templo.

– Recordamos, Senhor Deus, vossa bondade em meio ao vosso templo; com vosso nome vai também vosso louvor aos confins de toda a terra.
R: Recordamos, ó Senhor, vossa bondade em meio ao vosso templo.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Convertei-vos e crede no Evangelho, pois o reino de Deus está chegando! (Mc 1,15)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 6,7-13
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos
– Glória a vós, Senhor!  
-Naquele tempo, 7Jesus chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos impuros. 8Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura.9Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas. 10E Jesus disse ainda: “Quando entrardes numa casa, ficai ali até vossa partida. 11Se em algum lugar não vos receberem, nem quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira dos pés, como testemunho contra eles!” 12Então os doze partiram e pregaram que todos se convertessem. 13Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Paulo Míki e companheiros mártires, padroeiros do Japão

Origem e curiosidades
São Paulo Míki foi o primeiro mártir e o primeiro religioso de origem japonesa. Segundo a tradição, ele recebeu a religião por conta da sua família que recebera a evangelização de São Francisco Xavier, por isso, tornou-se Jesuíta. Mesmo com o desejo de ser sacerdote, não conseguiu ordenar-se por falta de um bispo local. Porém, realizou um grande trabalho de evangelização e diálogo com os budistas, percorrendo todo o país. 
O Martírio
Em 1596, Shogun Hideyoshi, um militar samurai, iniciou uma série de perseguições contra os cristãos por conta das divergências de ordens missionárias e o comportamento de alguns cristãos estrangeiros. São Paulo Míki acabou sendo preso juntamente com 6 Franciscanos, 3 Jesuítas e 17 leigos convertidos, inclusive 2 meninos muito jovens. Em 5 de fevereiro de 1597, no monte Tateyama de Nagasaki, foram pregados e mortos na cruz, 26 pessoas. Mesmo nos últimos momentos, Paulo anunciou o reino e a conversão, perdoou seus algozes e imitou o Cristo. 
Nomes dos Mártires
Religiosos da Companhia de Jesus: João de Goto Soan, Tiago Kisai e outro desconhecido;
Presbíteros da Ordem dos Frades Menores: Pedro Baptista Blásquez, Martinho da Ascensão Aguirre, Francisco Blanco, Filipe de Jesus de las Casas, Gonçalo Garcia, Francisco de São Miguel de la Parilla;
Leigos catequistas: Leão Karasuma, Pedro Sukejiro, Cosme Takeya, Paulo Ibaraki, Tomé Dangi, Paulo Suzuki;
Neófitos (cristãos recém-convertidos): Luís Ibaraki, António, Miguel Kozaki e Tomé, seu filho, Boaventura, Gabriel, João Kinuya, Matias, Francisco de Meako, Joaquim Sakakibara, Francisco Adaucto.
São Paulo Míki e companheiros mártires são padroeiros do Japão, juntamente com São Francisco Xavier
Canonização e frutos
Paulo Miki e seus companheiros foram canonizados em 8 de Junho de 1627, pelo Papa Pio IX. Naqueles anos de canonização, foi narrado o martírio em um livro que inspirou a obra missionária de um seminarista vêneto, Daniel Comboni, futuro grande apóstolo da “África”. 
Pronunciamento de Bento XVI
O Papa Bento XVI, quando era cardeal, em uma homilia dedicada aos mártires disse: “Os relatos sobre o martírio dos primeiros cristãos japoneses assemelham-se de maneira surpreendente ao que sabemos sobre as testemunhas da fé da Igreja primitiva. Não havia neles a menor sombra de fanatismo. Também não percebemos o menor indício de ódio, nem de desespero, nem qualquer dúvida sobre se não teriam apostado num falso Deus, mas apenas uma enorme certeza e uma serena alegria” (6 de fevereiro de 1991).
Museu em Nagasaki e Catedral
Atualmente, existe um museu dedicado aos mártires na cidade de Nagasaki. Juntamente com uma escultura, em bronze, está também o livro de Luís Fróis sobre o relato do martírio dos 26 cristãos, de fevereiro de 1597. Além desse acontecimento, o museu também traz as cartas de São Francisco Xavier e outros artefatos históricos. Há na região a catedral de Õura dedicada aos mártires e patrimônio do Tesouro Nacional do Japão, uma das igrejas mais antigas do país. 
Orações a São Paulo Míki e companheiros mártires
Oração do dia
Ó Deus, força dos santos, que em Nagasáki chamastes à verdadeira vida São Paulo Miki e seus companheiros pelo martírio da cruz, concedei-nos, por sua intercessão, perseverar até a morte na fé que professamos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Minha oração
Reze você também: “Aos mártires, peço a graça de ser um verdadeiro anunciador do Evangelho, mesmo que essa missão custe tormentas. Ajuda-me a crescer na certeza da recompensa celeste, por Cristo nosso Senhor. Amém!”  
São Paulo Míki e companheiros mártires, rogai por nós!

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QUARTA-FEIRA, DIA 05 DE FEVEREIRO DE 2025

SANTA ÁGUEDA VIRGEM E MÁRTIR
Cor Litúrgica vermelha

Primeira leitura
Hb 12,4-7.11-15
– Leitura da carta aos Hebreus: Irmãos, 4vós ainda não resististes até o sangue na vossa luta contra o pecado, 5e já esquecestes as palavras de encorajamento que vos foram dirigidas como a filhos: “Meu filho, não desprezes a educação do Senhor, não desanimes quando ele te repreende; 6pois o Senhor corrige a quem ele ama e castiga a quem aceita como filho”. 7É para a vossa educação que sofreis, e é como filhos que Deus vos trata. Pois qual é o filho a quem o pai não corrige? 11No momento mesmo, nenhuma correção parece alegrar, mas causa dor. Depois, porém, produz um fruto de paz e de justiça para aqueles que nela foram exercitados. 12Portanto, “firmai as mãos cansadas e os joelhos enfraquecidos; 13acertai os passos dos vossos pés”, para que não se extravie o que é manco, mas antes seja curado. 14Procurai a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor; 15cuidai para que ninguém abandone a graça de Deus. Que nenhuma raiz venenosa cresça no meio de vós, tumultuando e contaminando a Comunidade.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 103,1-2.13-14.17-18a (R: 17)
– O amor do Senhor por quem o respeita é de sempre e para sempre.
R: O amor do Senhor por quem o respeita é de sempre e para sempre.

– Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!
R: O amor do Senhor por quem o respeita é de sempre e para sempre.

– Como um pai se compadece de seus filhos, o Senhor tem compaixão dos que o temem. Porque sabe de que barro somos feitos, e se lembra de que apenas somos pó.
R: O amor do Senhor por quem o respeita é de sempre e para sempre.

– Mas o amor do Senhor Deus por quem o teme é de sempre e perdura para sempre; e também sua justiça se estende por gerações até os filhos de seus filhos, aos que guardam fielmente sua Aliança.
R: O amor do Senhor por quem o respeita é de sempre e para sempre.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
 – Minhas ovelhas escutam minha voz; eu as conheço e elas me seguem
(Jo10,27).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 6,1-6
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, 1Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam. 2Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: “De onde recebeu ele tudo isto? Como conseguiu tanta sabedoria? E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos? 3Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?” E ficaram escandalizados por causa dele. 4Jesus lhes dizia: “Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares”. 5E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. 6E admirou-se com a falta de fé deles. Jesus percorria os povoados das redondezas, ensinando.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santa Águeda, protetora dos seios e intercessora das virgens

Origens
Nasceu em 235 na Sicília, de família rica e nobre. 
Pontos fortes de sua vida
Desde a infância, desejou consagrar-se a Deus. Com o rito da velatio, recebeu do seu Bispo o flammeum, o véu vermelho que as virgens consagradas usavam na época. Com base na tradição, ela era uma diaconisa dedicada ao serviço da comunidade cristã.
Via de santificação
Santificou-se por meio do serviço pastoral na comunidade e, principalmente, pela via do sofrimento até o cume do martírio. 
Protetora das mamas, intercessora das virgens em perigos contra a perda da castidade
Páscoa
Tudo iniciou-se com o édito governador Quinciano, a fim de perseguir os cristãos, isso desencadeou a fuga da santa para Catânia. Ali, ela foi presa e obrigada a relações sexuais com ele. Por negá-lo, permanecendo virgem e consagrada, foi submetida aos maus tratos, presa e torturada. Teve seus mamilos arrancados e, por fim, submetida às brasas acesas. Ao ser retirada do fogo, foi posta de volta à prisão, mas já estando desfalecida, morreu. Mesmo em meio a tanta tortura, permaneceu fiel a Deus, demonstrando grande fortaleza.
O Relato
Nos seus últimos momentos, Santa Águeda relata os atos do martírio: 
“Senhor, que me criastes e me protegestes, desde a minha infância; na minha juventude, me fizestes agir com coragem; que me libertastes dos prazeres mundanos; que preservastes meu corpo da contaminação; que me fizestes vencer os tormentos do algoz, dos ferros, do fogo e das correntes; que me destes, entre os tormentos, a virtude da paciência, vos peço, agora, acolher o meu espírito, por que já é hora que eu deixe este mundo, segundo a vossa vontade, para gozar da vossa misericórdia”.
Ao pronunciar essas palavras, já com voz fraca, na presença de muitas pessoas, entregou seu espírito. Era o dia 5 de fevereiro de 251.
O culto
Seu culto já iniciou no ano seguinte, sendo aclamada popularmente como santa. Dessa maneira, tem suas relíquias colocadas na catedral dedicada a ela em Catânia. Sua imagem traz consigo a palma do martírio somado a uma bandeja com os seios que dela foram arrancados, em sinal de sua fidelidade extrema em meio ao sofrimento. 
“A máxima liberdade e nobreza consistem em demonstrar ser serva de Cristo.” | Santa Águeda
Milagres
Os atos do martírio de Santa Águeda narram ainda: “Após um ano, o vulcão Etna entrou em erupção; como um grande incêndio e um rio ardente, o fogo desceu impetuoso, liquefazendo a terra e as pedras, rumo à cidade de Catânia”. Então, muitos se dirigiram ao túmulo de Águeda, para pedir a sua intercessão para que a cidade não fosse incendiada. Seu véu foi exposto diante da lava que, milagrosamente, parou de escorrer.
Devoção no Brasil
A Diocese de Pesqueira (PE) foi dedicada a Santa Águeda, em 1870, onde se vive a devoção a essa santa italiana.
Novena pela saúde das mamas
“Ó gloriosa virgem e mártir Santa Águeda, que, para não trair a fé em Jesus Cristo, preferiste ter os seios arrancados no martírio e miraculosamente curados na prisão, olha por tuas filhas que, cheias de confiança, se dirigem a ti. Tu, que soubeste conservar-te íntegra diante de Deus, liberta-nos da tentação de trocar nossa fé por valores passageiros que nos afastam de Deus. Jovem que foste, livra nossos jovens das drogas, do consumismo, da prostituição e de todo tipo de exploração.
E como disseste ao teu torturador: ‘Não te envergonhas de mutilar na mulher o que tua mãe te deu para dele tirares o alimento?’, livra-nos de todos os males da mama para que, a cada dia, vivendo como verdadeiras cristãs, possamos dizer contigo: ‘Tenho na minha alma os seios íntegros, com os quais nutro todos os meus sentidos que, desde a infância, consagrei a Cristo Jesus’. Amém.”
Reze um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória ao Pai.
Minha oração
“Ó santa Águeda, concedei-nos a fidelidade a Deus, em meio às tentações contra a castidade; e, pelos méritos de sua paixão e seu martírio, dai-nos o dom da fortaleza, a fim de amar Jesus ao extremo, contra tudo e contra todos. Isso vos peço com o coração aberto para o serviço do Evangelho, por Cristo Nosso Senhor. Amém.”
Santa Águeda, rogai por nós!

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TERÇA-FEIRA, DIA 04 DE FEVEREIRO DE 2025

IV SEMANA DO TEMPO COMUM 
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Hb 12,1-4
– Leitura da carta aos Hebreus: Irmãos, 1rodeados como estamos por tamanha multidão de testemunhas, deixemos de lado o que nos pesa e o pecado que nos envolve. Empenhemo-nos com perseverança no combate que nos é proposto, 2com os olhos fixos em Jesus, que em nós começa e completa a obra da fé. Em vista da alegria que lhe foi proposta, suportou a cruz, não se importando com a infâmia, e assentou-se à direita do trono de Deus.
3Pensai pois naquele que enfrentou uma tal oposição por parte dos pecadores, para que não vos deixeis abater pelo desânimo. 4Vós ainda não resististes até o sangue na vossa luta contra o pecado.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 22,26b-27.28.30.31-32 (R: 27b)
– Todos aqueles que vos buscam, hão de louvar-vos, ó Senhor.
R: Todos aqueles que vos buscam, hão de louvar-vos, ó Senhor.

– Sois meu louvor em meio à grande assembleia; cumpro meus votos ante aqueles que vos temem! Vossos pobres vão comer e saciar-se, e os que procuram o Senhor o louvarão. “Seus corações tenham a vida para sempre!”
R: Todos aqueles que vos buscam, hão de louvar-vos, ó Senhor.

– Lembrem-se disso os confins de toda a terra, para que voltem ao Senhor e se convertam, e se prostrem, adorando, diante dele todos os povos e as famílias das nações. Somente a ele adorarão os poderosos, e os que voltam para o pó o louvarão.
R: Todos aqueles que vos buscam, hão de louvar-vos, ó Senhor.

– Para ele há de viver a minha alma, toda a minha descendência há de servi-lo; às futuras gerações anunciará o poder e a justiça do Senhor; ao povo novo que há de vir, ela dirá: “Eis a obra que o Senhor realizou!”
R: Todos aqueles que vos buscam, hão de louvar-vos, ó Senhor.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– O Cristo tomou sobre si nossas dores, carregou em seu corpo as nossas fraquezas. (Mt 8,17)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 5,21-43.
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, 21Jesus atravessou de novo, numa barca, para outra margem. Uma numerosa multidão se reuniu junto dele, e Jesus ficou na praia. 22Aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés, 23e pediu com insistência: “Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!”24Jesus então o acompanhou. Numerosa multidão o seguia e comprimia. 25Ora, achava-se ali uma mulher que, há doze anos, estava com hemorragia; 26tinha sofrido nas mãos de muitos médicos, gastou tudo o que possuía, e, em vez de melhorar, piorava cada vez mais.27Tendo ouvido falar de Jesus, aproximou-se dele por detrás, no meio da multidão, e tocou na sua roupa. 28Ela pensava: “Se eu ao menos tocar na roupa dele, ficarei curada”. 29A hemorragia parou imediata-mente, e a mulher sentiu dentro de si que estava curada da doença. 30Jesus logo percebeu que uma força tinha saído dele. E, voltando-se no meio da multidão, perguntou: “Quem tocou na minha roupa?” 31Os discípulos disseram: “Estás vendo a multidão que te comprime e ainda perguntas: ‘Quem me tocou’?”32Ele, porém, olhava ao redor para ver quem havia feito aquilo. 33A mulher, cheia de medo e tremendo, percebendo o que lhe havia acontecido, veio e caiu aos pés de Jesus, e contou-lhe toda a verdade. 34Ele lhe disse: “Filha, a tua fé te curou. Vai em paz e fica curada dessa doença”. 35Ele estava ainda falando, quando chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga, e disseram a Jairo : “Tua filha morreu. Por que ainda incomodar o mestre?” 36Jesus ouviu a notícia e disse ao chefe da sinagoga: “Não tenhas medo. Basta ter fé!” 37E não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e seu irmão João. 38Quando chegaram à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a confusão e como estavam chorando e gritando.39Então, ele entrou e disse: “Por que essa confusão e esse choro? A criança não morreu, mas está dormindo”. 40Começaram então a caçoar dele. Mas, ele mandou que todos saíssem, menos o pai e a mãe da menina, e os três discípulos que o acompanhavam. Depois entraram no quarto onde estava a criança. 41Jesus pegou na mão da menina e disse: “Talitá cum” — que quer dizer: “Menina, levanta-te!” 42Ela levantou-se imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos. E todos ficaram admirados. 43Ele recomendou com insistência que ninguém ficasse sabendo daquilo. E mandou dar de comer à menina.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São João de Brito

O Papa Pio XII proclamou Santo João de Brito em 1947 marcando sua festa litúrgica para o dia de seu martírio
O povo português em muito ajudou a divulgação do cristianismo e a sua propagação pelo mundo, nos tempos das grandes navegações. Enquanto alargava suas fronteiras, levava junto com sua bandeira a cruz dos cristãos, empunhada principalmente pelos padres jesuítas que, desta forma, puderam evangelizar pelos quatro cantos do planeta. Através das suas missões a religião católica chegou ao Brasil e a tantos outros países. Foi numa missão jesuítica, na Índia, que brotou em sua plenitude o apostolado do sacerdote português João de Brito.
João nasceu em Lisboa ao 1º de março de 1647, filho de um membro da corte portuguesa que, mais tarde, seria governador do Rio de Janeiro, Salvador de Brito Pereira e da nobre Brites de Portalegre. Apesar de ter saúde débil, desde a infância João alimentou o desejo de se tornar evangelizador. Fez os estudos superiores na famosa Universidade de Coimbra, mas queria completar os estudos teológicos na Índia. Aos vinte e seis anos, ordenou-se sacerdote e entrou para a Companhia de Jesus e, apesar da fragilidade física, rumou para o país onde sonhava pregar seu apostolado.
Começou sua atividade missionária em Malabar. Nessa época, conta-se que caminhava descalço enormes distâncias, levando apenas uma manta de algodão e livros religiosos. A sua figura tornou-se emblemática do novo método de evangelização seguido na Índia pelos missionários. Na mão segurava uma cana de bambu, vestia roupão cor avermelhada e calçava palmilhas de madeira. Em tudo vivia como um habitante hindu; nas vestimentas, nos costumes alimentares e no comportamento, porém sempre revelando sua fé e pregando o cristianismo. Mesmo assim, sofreu perseguições, foi preso e torturado, mas não desistiu.
Ocorre que as ideias defendidas por ele iam totalmente contra os princípios da sociedade hindu que, com suas divisões de castas, tinha verdadeiro horror à pregação de “um só rebanho onde todos são iguais perante o Criador”. Mesmo com toda a oposição dos poderosos, João de Brito converteu comunidades inteiras de hindus. Foram 15 anos de um difícil e cansativo apostolado, ao fim dos quais chegou a voltar para Portugal.
Lá, recebeu o convite para ser conselheiro do rei Pedro II e preceptor de seu filho, mas recusou a oferta e voltou para a Índia onde, por sua fé, encontraria a morte. Mal pisou em Malabar deparou com um verdadeiro inferno: cristãos haviam sido mortos, suas casas e igrejas saqueadas e queimadas. Era uma revolta dos sacerdotes hindus, chamados brâmanes, especialmente contra cidadãos cristãos.
João de Brito foi também preso e sumariamente decapitado. Era o dia 04 de fevereiro de 1693. No mesmo local onde conseguiu permissão para orar, antes da execução, seu corpo foi exposto, depois de ter os membros decepados. O Papa Pio XII proclamou Santo João de Brito em 1947 marcando sua festa litúrgica para o dia de seu martírio.
*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas
São João de Brito, rogai por nós!