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QUARTA-FEIRA, DIA 15 DE OUTUBRO DE 2025

Santa Teresinha – Virgem e Doutora da Igreja
Cor Litúrgica branca

Primeira leitura
Rm 2,1-11
– Leitura da carta de São Paulo aos Romanos: 1Ó homem, qualquer que sejas, tu que julgas, não tens desculpa; pois, julgando os outros, te condenas a ti mesmo, já que fazes as mesmas coisas, tu que julgas. 2Ora, sabemos que o julgamento de Deus se exerce segundo a verdade contra os que praticam tais coisas. 3Ó homem, tu que julgas os que praticam tais coisas e, no entanto, as fazes também tu, pensas que escaparás ao julgamento de Deus? 4Ou será que desprezas as riquezas de sua bondade, de sua tolerância, de sua longanimidade, não entendendo que a benignidade de Deus é um insistente convite para te converteres? 5Por causa de teu endurecimento no mal e por teu coração impenitente, estás acumulando ira para ti mesmo, no dia da ira, quando se revelará o justo juízo de Deus. 6Deus retribuirá a cada um segundo as suas obras. 7Para aqueles que, perseverando na prática do bem, buscam a glória, a honra e a incorruptibilidade, Deus dará a vida eterna; 8porém, para os que, por espírito de rebeldia, desobedecem à verdade e se submetem à iniquidade, estão reservadas ira e indignação. 9Tribulação e angústia para toda pessoa que faz o mal, primeiro para o judeu, mas também para o grego; 10glória, honra e paz para todo aquele que pratica o bem, primeiro para o judeu, mas também para o grego; 11pois Deus não faz distinção de pessoas.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 62,2-3.6-7.9 (R: 13b)
–  Senhor pagais a cada um conforme suas obras.
R: Senhor pagais a cada um conforme suas obras.
– Só em Deus a minha alma tem repouso, porque dele é que me vem a salvação! Só ele é meu rochedo e salvação, a fortaleza, onde encontro segurança!
R: Senhor pagais a cada um conforme suas obras.
– Só em Deus a minha alma tem repouso, porque dele é que me vem a salvação! Só ele é meu rochedo e salvação, a fortaleza, onde encontro segurança!
R: Senhor pagais a cada um conforme suas obras.
– Povo todo, esperai sempre no Senhor, e abri diante dele o coração: nosso Deus é um refúgio para nós!
R: Senhor pagais a cada um conforme suas obras.

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
 – Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem 
(Jo 10,27).
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 11,42-46.
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, disse o Senhor: 42“Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as outras ervas, mas deixais de lado a justiça e o amor de Deus. Vós deveríeis praticar isso, sem deixar de lado aquilo. 43Ai de vós, fariseus, porque gostais do lugar de honra nas sinagogas, e de serdes cumprimentados nas praças públicas. 44Ai de vós, porque sois como túmulos que não se veem, sobre os quais os homens andam sem saber”. 45Um mestre da Lei tomou a palavra e disse: “Mestre, falando assim, insultas-nos também a nós!” 46Jesus respondeu: “Ai de vós também, mestres da Lei, porque colocais sobre os homens cargas insuportáveis, e vós mesmos não tocais nessas cargas, nem com um só dedo”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santa Teresa D’Ávila

Morreu em Alba de Tormes na noite de 15 de outubro de 1582 e em 1622 foi proclamada santa.
Santo-do-dia
Teresa de Cepeda y de Ahumada (nasceu em Ávila em 1515) guiada por Deus por meio de colóquios místicos e por seu colaborador e conselheiro espiritual São João da Cruz (reformador da parte masculina da ordem carmelita), empreendeu aos quarenta anos uma missão que tem algo de incrível para uma mulher de saúde delicada como a sua: do mosteiro de São José, fora dos muros de Ávila, primeiro convento do Carmelo por ela reformado, partiu, carregada pelos tesouros do seu Castelo Interior, para todas as direções da Espanha.
Levou a termo numerosas fundações, suscitando também muitos ressentimentos, até a ponto de lhe ser temporariamente revogada a licença de reformar outros conventos ou de fundar novas casas. Mestra de místicos e diretora espiritual, mantém correspondência epistolar com o próprio Rei Filipe II da Espanha e com os personagens mais ilustres da época. Como, no entanto, era uma mulher prática, ocupava-se das mínimas coisas do convento e não descuidava da parte econômica, pois dizia sabiamente: “Teresa sem a graça de Deus é uma pobre mulher, com a graça de Deus, uma força; com a graça de Deus e muito dinheiro, uma potência”. Teresa escreveu, por solicitação do confessor, a história da sua vida, um livro de confissões.
No prefácio observa: “Eu quisera que, como me mandaram escrever o meu modo de oração e as graças que me deu o Senhor, me concedessem também de contar minuciosamente e com clareza os meus grandes pecados”. É a história de uma alma que apaixonadamente luta para subir, sem no começo conseguir.
Por isso, do ponto de vista humano, Teresa aparece mais próxima de nós, dando-nos a imagem de uma criatura feita de carne e osso, ao contrário da representação berniniana, em que Santa Teresa nos aparece excessivamente lânguida. Desde a meninice manifestou um temperamento exuberante (aos sete anos havia fugido de casa para procurar o martírio na África) e tendências antagônicas à vida mística e a atividade prática, organizadora.
Duas vezes esteve gravemente enferma. Durante a doença começou a viver algumas experiências místicas que transformaram profundamente a sua vida interior, dando-lhe a percepção da presença de Deus e a experiência de fenômenos místicos descritos por ela mais tarde nos seus livros: O Caminho da Perfeição, Pensamentos sobre o amor de Deus, O Castelo interior.
Morreu em Alba de Tormes na noite de 15 de outubro de 1582 e em 1622 foi proclamada santa. Paulo VI, a 27 de setembro de 1970, reconheceu-lhe o título de doutora da Igreja.
Fonte: Editora Cléofas – Professor Felipe Aquino
Santa Teresa D’Ávila, rogai por nós!

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TERÇA-FEIRA, DIA 14 DE OUTUBRO DE 2025

XXVIII semana do tempo comum
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Rm 1,16-25
– Leitura da carta de São Paulo aos Romanos: Irmãos, 16eu não me envergonho do Evangelho, pois ele é uma força salvadora de Deus para todo aquele que crê, primeiro para o judeu, mas também para o grego. 17Nele, com efeito, a justiça de Deus se revela da fé para a fé, como está escrito: O justo viverá pela fé. 18Por outro lado, a ira de Deus se revela, do alto do céu, contra toda a impiedade e iniquidade dos homens que em sua iniquidade oprimem a verdade. 19Pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto aos homens: Deus mesmo lhos manifestou. 20Suas perfeições invisíveis, como o seu poder eterno e sua natureza divina, são claramente conhecidas através de suas obras, desde a criação do mundo. Assim, eles não têm desculpa 21por não ter dado glória e ação de graças a Deus como se deve, embora o tenham conhecido. Pelo contrário, enfatuaram-se em suas especulações, e seu coração insensato se obscureceu: 22alardeando sabedoria, tornaram-se ignorantes 23e trocaram a glória do Deus incorruptível por uma figura ou imagem de seres corruptíveis: homens, pássaros, quadrúpedes, répteis. 24Por isso, Deus os entregou com as paixões de seus corações a tal impureza, que eles mesmos desonram seus próprios corpos. 25Trocaram a verdade de Deus pela mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl 19A, 2-3.4-5 (R: 2a)
– Os céus proclamam a glória do Senhor!
R: Os céus proclamam a glória do Senhor!

– Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento, a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite esta mensagem, a noite à noite publica esta notícia.
R: Os céus proclamam a glória do Senhor!

– Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz.
R: Os céus proclamam a glória do Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– A Palavra do Senhor é viva e eficaz: ela julga os pensamentos e intenções do coração (Hb 4,12). 
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 11,37-41 
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 37enquanto Jesus falava, um fariseu convidou-o para jantar com ele. Jesus entrou e pôs-se à mesa. 38O fariseu ficou admirado ao ver que Jesus não tivesse lavado as mãos antes da refeição. 39O Senhor disse ao fariseu: “Vós fariseus, limpais o copo e o prato por fora, mas o vosso interior está cheio de roubos e maldades. 40Insensatos! Aquele que fez o exterior não fez também o interior? 41Antes, dai esmola do que vós possuís e tudo ficará puro para vós”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Calisto I, Papa criador do cemitério da Via Ápia

Origens 
Romano de Trastevere, filho de escravos, São Calisto não teve vida fácil. Ele está sepultado com efeito na igreja de Santa Maria, em Trastevere, e não nas catacumbas que levam seu nome.
Administrador pouco habilidoso
O cristão Carpóforo, da família do imperador Cômodo, havia lhe confiado a administração dos bens da comunidade cristã. Não foi um hábil administrador e, descoberto um grande desfalque, Calisto fugiu.
Capturado em Óstia, a ponto de zarpar, foi condenado a girar a roda de um moinho. Carpóforo mostrou-se generoso, condenando-o a pagar o débito, mas a justiça seguiu seu curso. Foi condenado à flagelação, depois, deportado para as minas da Sardenha.
São Calisto I: de Condenado a Papa da Igreja 
A Liberdade
Libertado, o Papa Vítor ocupou-se pessoalmente dele — sinal de que Calisto desfrutava de certa fama, furto à parte. Para desviá-lo da tentação, fixou-lhe um ordenado. O sucessor Zeferino foi igualmente generoso: ordenou-o diácono e confiou-lhe a guarda do cemitério cristão na via Ápia Antiga (as célebres catacumbas conhecidas em todo o mundo com seu nome).
Missão: Cemitérios da Igreja
O Papa Zeferino, no entanto, o chamou de volta à Roma, confiando-lhe os cuidados dos cemitérios da Igreja. Assim começou a escavação do grande cemitério ao longo da Via Appia que leva seu nome. 
Eleito Papa
Com a morte de Zeferino, Calisto foi eleito Papa. Mas seu pontificado atraiu as inimizades de uma ala da comunidade cristã de Roma que o acusou falsamente de heresia.
Opositores
Ele teve muitos opositores entre os cristãos dissidentes de Roma e, justamente, de um escrito do líder desses cristãos separados, um antipapa. Por essa razão, temos quase todas as notícias sobre ele apresentadas, porém, de forma tendenciosa. Lemos que, antes de se tornar Papa, ele era escravo e fraudador. Tendo fugido para Portugal, foi preso e levado de volta a Roma, onde foi condenado a trabalhos forçados nas minas da Sardenha. Retornando a Roma por ocasião de uma anistia, ele foi enviado para Anzio. 
Páscoa
São Calisto coroou a vida com o martírio, como bom Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas. Segundo a tradição mais segura, morreu numa revolta popular contra os cristãos e foi lançado a um poço. Mais tarde, deram-lhe sepultura honorífica no Cemitério de Calepódio, na Via Aurélia, junto do lugar do seu martírio. Assim se explica não ter sido enterrado na grande necrópole que ele próprio ampliara e onde foram enterrados São Zeferino e os Papas seguintes, na parte chamada precisamente Cripta dos Papas.
O Legado de São Calisto I 
A Construção da Cripta 
Uma das metas obrigatórias para os peregrinos e turistas que se dirigem à Roma são as catacumbas. Particularmente célebres e frequentadas são as de São Calisto, definidas pelo Papa João XXIII “as mais respeitáveis e as mais célebres de Roma”. Numa área de mais de 120.000 m², com quatro andares sobrepostos, foi calculado que lá existem não menos de 20 quilômetros de corredores. 
Importância da Cripta
Essa obra colossal fixa para sempre a memória de São Calisto, que cuidou de sua realização, primeiro como diácono do Papa Zeferino, e depois como o próprio Papa. Mas além das dimensões, este lugar é precioso pelo grande número e pela importância dos mártires que ali foram sepultados, e particularmente célebres são a cripta de Santa Cecília e a contígua à dos papas, na qual foram sepultados o Papa Ponciano Antero, Fabiano entre outros.
Relíquia
O túmulo dele está colocado bem no meio da Roma antiga, na basílica de Santa Maria in Trastevere, que, construída por determinação do Papa Júlio, na metade do século IV, foi intitulada também de São Calisto. 
Minha oração
“Ao Papa santo e pastor da Igreja, rogai pelos fiéis espalhados pelo mundo e não os deixeis abandonados sem pastores. Atrai vocações para o seguimento radical de Cristo assim como novos sacerdotes. Que sejamos santos à imagem de Jesus, Bom pastor. Amém!”
São Calisto I, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 13 DE OUTUBRO DE 2025

XXVIII semana do tempo comum
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Rm 1,1-7
– Início da carta de São Paulo aos Romanos: 1Paulo, servo de Jesus Cristo, apóstolo por vocação, escolhido para o Evangelho de Deus, 2que pelos profetas havia prometido, nas Escrituras, 3e que diz respeito a seu Filho, descendente de Davi segundo a carne, 4autenticado como Filho de Deus com poder, pelo Espírito de Santidade que o ressuscitou dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor. 5É por Ele que recebemos a graça da vocação para o apostolado, a fim de podermos trazer à obediência da fé todos os povos pagãos, para a glória de seu nome. 6Entre esses povos estais também vós, chamados a ser discípulos de Jesus Cristo. 7A vós todos que morais em Roma, amados de Deus e santos por vocação, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e de nosso Senhor, Jesus Cristo.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl 98,1.2-3ab.3cd-4 (R:2a)
– O Senhor fez conhecer a salvação.
R: O Senhor fez conhecer a salvação.

– Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
R: O Senhor fez conhecer a salvação.

– O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.
R: O Senhor fez conhecer a salvação.

– Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!
R: O Senhor fez conhecer a salvação.

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8). 
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 11,29-32 
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 29quando as multidões se reuniram em grande quantidade, Jesus começou a dizer: “Esta geração é uma geração má.Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas. 30Com efeito, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. 31No dia do julgamento, a rainha do Sul se levantará juntamente com os homens desta geração e os condenará. Porque ela veio de uma terra distante para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior do que Salomão.  32No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão. Porque eles se converteram quando ouviram a pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Alexandrina Maria da Costa

No dia 30 de março de 1904, nasceu Alexandrina Maria da Costa na pequena cidade de Balazar, em Póvoa de Varzim, Braga, Portugal. De família camponesa muito pobre, tinha apenas uma irmã mais velha, chamada Deolinda. Ambas foram educadas com amor pela mãe, Ana Maria e dentro da doutrina cristã.
Alexandrina cresceu forte, inteligente, alegre e vivaz, teve uma infância feliz dentro da sua realidade. Em 1911, recebeu a primeira eucaristia e, como em Balazar não havia escola, foi com a irmã Deolinda estudar em Póvoa de Varzim. Não chegaram a completar o estudo primário, um ano e meio depois estavam de volta. Nessa ocasião, as duas irmãs receberam a crisma pelo bispo do Porto, depois foram para um local chamado “Calvário”, onde se fixaram.
Elas viviam felizes, trabalhavam nos campos e se dedicavam à costura. Eram estimadas e queridas pelas famílias e colegas. Aos doze anos, porém, Alexandrina quase morreu por uma grave infecção. A doença foi superada, mas a sua saúde ficou abalada.
Em 1918, Alexandrina e sua irmã Deolinda e mais uma amiga aprendiz estavam na sala de costura, situada no piso superior da casa, quando três homens invadiram o local para molestá-las sexualmente. Alexandrina, para salvar a sua pureza, atirou-se pela janela, de uma altura de quatro metros. Assustados, os homens fugiram sem concluir suas intenções. Mas as consequências foram terríveis, embora não imediatas.
Alexandrina sofreu dores terríveis num processo longo, gradual e irreversível que a deixou paralítica. A partir do dia 14 de abril de 1925, Alexandrina nunca mais levantou da cama. Assim, paralisada, passou trinta anos de sua vida, embora nos três anos seguintes ela ainda pedisse a Deus, por intercessão de Nossa Senhora, a graça da cura. Depois entendeu que a sua vocação era o sofrimento. Desde então teve uma vida repleta de fenômenos místicos, de grande união com Cristo nos tabernáculos, por meio de Nossa Senhora.
Quanto mais clara se tornava a sua vocação de vítima, mais crescia nela o amor ao sofrimento. Atingiu tal grau de espiritualidade que às sextas-feiras vivia os sofrimentos da Paixão de Cristo. Nesses dias, superando o estado habitual de paralisia, descia da cama e, com movimentos e gestos, acompanhados de angustiantes dores, repetia, por três horas e meia, os diversos momentos da “via crucis”.
Desde 1934, orientada espiritualmente por um padre jesuíta, passou a escrever tudo quanto lhe dizia Jesus durante seus êxtases contemplativos. Em 1936, segundo ela por ordem de Jesus, pediu ao papa a consagração do mundo ao Coração Imaculado de Maria. O pedido foi renovado várias vezes até 1941, quando, então, Alexandrina parou de escrever ao papa e também seu diário. A partir de 27 de março de 1942, deixou de alimentar-se, vivendo exclusivamente da eucaristia. No ano seguinte, passou a ser estudada por uma junta médica.
Em 1944, seu novo diretor espiritual, um padre salesiano, após constatar a profundidade espiritual a que tinha chegado, animou Alexandrina a voltar a ditar o seu diário; o que ela fez até a morte. No mesmo ano ela se inscreveu na União dos Cooperadores Salesianos, querendo colaborar com o seu sofrimento e as suas orações para a salvação das almas, sobretudo os jovens. Atraídas pela fama de santidade, muitas pessoas vindas de longe buscavam os conselhos da “rosa branca de Jesus”, como era também chamada pelos fiéis, que já veneravam em vida a “santinha de Balazar”.
No dia 13 de outubro de 1955, Alexandrina morreu dizendo: “Sou feliz porque vou para o céu”. A 25 de abril de 2004 foi proclamada Bem-aventurada pelo papa João Paulo II, que a propôs como modelo dos que sofrem.
Alexandrina Maria da Costa, rogai por nós!

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DOMINGO, DIA 12 DE OUTUBRO DE 2025

Nossa Senhora Aparecida – Padroeira do Brasil
Cor Litúrgica branca

Primeira leitura
Es 5,1b-2; 7,2b-3
– Leitura do livro de Ester: 1bEster revestiu-se com vestes de rainha e foi colocar-se no vestíbulo interno do palácio real, frente à residência do rei. O rei estava sentado no trono real, na sala do trono, frente à entrada. 2Ao ver a rainha Ester parada no vestíbulo, olhou para ela com agrado e estendeu-lhe o cetro de ouro que tinha na mão, e Ester aproximou-se para tocar a ponta do cetro. 7,2bEntão, o rei lhe disse: “O que me pedes, Ester; o que queres que eu faça? Ainda que me pedisses a metade do meu reino, ela te seria concedida”. 3Ester respondeu-lhe: “Se ganhei as tuas boas graças, ó rei, e se for de teu agrado, concede-me a vida – eis o meu pedido! – e a vida do meu povo – eis o meu desejo!”
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 45,11-12a.12b-13.14-15a.15b-16 (R 11-12a)
– Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: que o Rei se encante com vossa beleza! 
R: Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: que o Rei se encante com vossa beleza! 
– Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: “Esquecei vosso povo e a casa paterna! Que o Rei se encante com vossa beleza! Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor!
R: Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: que o Rei se encante com vossa beleza!

– O povo de Tiro vos traz seus presentes, os grandes do povo vos pedem favores. Majestosa, a princesa real vem chegando, vestida de ricos brocados de ouro.
R: Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: que o Rei se encante com vossa beleza!

– “Em vestes vistosas ao Rei se dirige, e as virgens amigas lhe formam cortejo; entre cantos de festa e com grande alegria, ingressam, então, no palácio real”.
R: Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: que o Rei se encante com vossa beleza!

Segunda Leitura
Ap 12,1.5.13a.15-16a
– Leitura do livro do Apocalipse de São João: 1Apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas. 5E ela deu à luz um filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de ferro. Mas o filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. 13aQuando viu que tinha sido expulso para a terra, o dragão começou a perseguir a mulher que tinha dado à luz o menino. 15A serpente, então, vomitou como um rio de água atrás da mulher, a fim de a submergir. 16aA terra, porém, veio em socorro da mulher.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus.

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
 – Disse a Mãe de Jesus aos serventes: “Fazei tudo o que ele disser!” (Jo 2,5).
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 2,1-11
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 1houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente. 2Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. 3Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. 4Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou”. 5Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser”. 6Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros.
7Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água”. Encheram-nas até a boca. 8Jesus disse: “Agora tirai e levai ao mestre-sala”. E eles levaram. 9O mestre-sala experimentou a água que se tinha transformado em vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham tirado a água. 10O mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho bom até agora!” 11Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Brasil celebra a sua Padroeira, Nossa Senhora Aparecida

Em 1904 a imagem foi coroada, simbolizando a elevação da Senhora como eterna “Rainha do Brasil”, com todo o apoio popular
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A coroa de Nossa Senhora Aparecida foi oferecida pela princesa Isabel. / Foto: Pinterest
Não bastasse ser um dos maiores países católicos do planeta, o Brasil tem também um dos maiores centros de peregrinação mariana da cristandade do mundo. Trata-se, é claro, do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, São Paulo. A cidade foi batizada com o nome da Senhora, “aparecida” das águas, mas o Brasil inteiro também recebeu sua bênção desde o nascimento, graças aos descobridores e colonizadores que a tinham como advogada junto a Deus nas desventuras das expedições. A fé na Virgem Maria cresceu com os séculos e a confiança não esmoreceu, só se fortaleceu.
Em 1717, quando da visita do governador a Guaratinguetá, foi ordenado aos pescadores que recolhessem do rio Paraíba a maior quantidade possível de peixes, para que toda a comitiva pudesse ser alimentada e festejada com uma grande recepção. Todos se lançaram às águas com suas redes. Três deles, Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso, partiram juntos com suas canoas e juntos também lançaram as redes por horas e horas, sem pegar um único peixe. De repente, na rede de João Alves apareceu o corpo da imagem de uma santa. Outra vez lançada a rede, e a cabeça da imagem vem também para bordo. A partir daí, os três pescaram tanto que quase afundaram por causa da quantidade de peixes.
A pesca, milagrosa, eles atribuíram à imagem da santa. Ao regressarem foram para a casa de Filipe Pedroso e, ao limparem a imagem com cuidado, viram que se tratava de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, de cor escura. Então, cobriram-na com um manto e a colocaram num pequeno altar dentro de casa, onde passaram a fazer suas orações diárias. A novidade se espalhou e todos da vizinhança acorriam para rezar diante dela. Invocada pelos devotos como “Aparecida” das águas, durante quinze anos seguidos, a imagem ficou na casa da família daquele pescador.
A devoção foi crescendo no meio do povo e muitas graças foram alcançadas por todos aqueles que rezavam diante da imagem. Eram tantos os devotos que acorriam ao local que, em 1732, a família de Filipe construiu o primeiro oratório. Mas a fama dos prodigiosos poderes de Nossa Senhora Aparecida foi se espalhando até atingir todos os recantos do Brasil. Assim, foi necessário, então, construir uma pequena capela, em seguida uma sucessão de outras capelas cada vez maiores. Até que o local se tornou a cidade de hoje. Em 1888, houve a bênção do primeiro templo, que existe até hoje, conhecido como “Basílica Velha”.
A primeira grande peregrinação de católicos “de fora”, oficial e historicamente registrada, aconteceu em 1900. Eram mil e duzentos peregrinos viajando de trem desde São Paulo, liderados por seu bispo. Atualmente, são milhões de peregrinos vindos, diariamente, de todos os estados do país e de várias outras nações católicas, especialmente das Américas. A atual Catedral-Basílica de Nossa Senhora Aparecida, conhecida como “Basílica Nova”, foi consagrada pessoalmente pelo papa João Paulo II, em 1980, quando de sua primeira visita ao Brasil.
Quanto ao amor do nosso povo por Maria, em 1904 a imagem foi coroada, simbolizando a elevação da Senhora como eterna “Rainha do Brasil”, com todo o apoio popular. A coroa foi oferecida pela princesa Isabel. Foi também por aclamação popular e a pedido dos bispos brasileiros que, em 1930, o papa Pio XI proclamou solenemente Nossa Senhora Aparecida a “padroeira oficial do Brasil”. O dia de sua festa, 12 de outubro, desde 1988 é feriado nacional.
NOSSA SENHORA APARECIDA, ROGAI POR NÓS!

São Carlo Acutis: conheça vida do adolescente santo da Igreja

Carlo Acutis tornou-se exemplo de santidade com apenas 15 anos; ele dizia que a Eucaristia era seu “caminho para o Céu” e criou um site para divulgar os Milagres Eucarísticos
Carlo Acutis é popularmente chamado de “padroeiro da internet”. O adolescente falecido em 2006, aos 15 anos, tornou-se conhecido por ter criado um site (www.miracolieucaristici.org) com o intuito de documentar Milagres Eucarísticos, reconhecidos pela Igreja, que aconteceram ao longo dos séculos.
Ele foi canonizado no domingo, 7, em cerimônia presidida pelo Papa Leão XIV na Praça de São Pedro, no Vaticano, juntamente com Pier Giorgio Frassati.
Sua infância
Carlo nasceu em 3 de maio de 1991, em Londres, na Clínica Portland. Foi batizado no dia 18 do mesmo mês na Igreja de Nossa Senhora das Dores. Quatro meses depois, sua família regressou para Milão, na Itália.

Em 1995, frequentou o jardim de infância na creche municipal de Parco Pagani. Em setembro de 1997, iniciou o ensino primário. Estudou por três meses no Instituto San Carlo e depois foi transferido, por motivos práticos, para o Instituto Tommaseo das Irmãs Marcelinas, onde frequentou o ensino básico e secundário.
Ele era um menino completamente normal, como a maioria de seus colegas, mas com uma harmonia especial, graças à sua grande amizade com Jesus. Desde cedo, Carlo sempre demonstrou uma grande atração pelo “Céu”.
Sempre unido a Jesus
Devido à sua maturidade incomum em questões de fé e seu grande amor pelo Sacramento da Eucaristia, Carlo pôde receber a Primeira Comunhão com sete anos no convento das monjas Romitas de Santo Ambrósio no dia 16 de junho de 1998, em Perego.
Desde então, nunca faltou ao seu encontro diário com a Santa Missa e, antes ou depois da Celebração, fazia sua Adoração Eucarística. Ele também rezava o Rosário todos os dias. “Estar sempre unido a Jesus, este é o meu plano de vida”, escreveu ele quando tinha apenas sete anos, e permaneceu fiel a esse plano até o fim.
Carlo escreve que “quando você está diante do sol, você se bronzeia, mas quando você está diante de Jesus na Eucaristia, você se torna santo”. Ele dizia que a Eucaristia era o seu “caminho para o Céu” e também o meio mais poderoso para se tornar santo rapidamente.
Aos 12 anos, recebeu o Sacramento da Confirmação na sua paróquia, Santa Maria Segreta, no dia 24 de maio de 2003.
Kit para ser santo
Além das principais tarefas de sua vida como estudante e filho, ele conseguia encontrar tempo para dar aulas de catecismo às crianças que se preparavam para a Primeira Comunhão e o Crisma.
Para ajudar as crianças a quem ensina catecismo, Carlo formulou um “kit para se tornar santo”, com oito dicas:
1) Você deve desejá-lo de todo o coração e, se ainda não o deseja, deve pedi-lo insistentemente ao Senhor;
2) Procure ir à Santa Missa e receber a Sagrada Comunhão todos os dias;
3) Lembre-se de rezar o Santo Rosário todos os dias;
4) Leia um trecho da Bíblia todos os dias;
5) Se puder, passe algum tempo em Adoração Eucarística diante do Sacrário, onde Jesus está verdadeiramente presente, e verá como seu nível de santidade aumentará prodigiosamente;
6) Se puder, confesse-se toda semana, até mesmo os pecados veniais;
7) Faça, frequentemente, propósitos e votos ao Senhor e a Nossa Senhora para ajudar os outros;
8) Peça, continuamente, ajuda ao seu Anjo da Guarda, que deve se tornar seu melhor amigo.
Além de dar catequese, ele era voluntário no refeitório comunitário dos Capuchinhos e das Irmãs de Madre Teresa. Também buscava ajudar os pobres que moravam em seu bairro e ajudar crianças com dificuldades com as tarefas de casa.
Carlo gostava de tocar saxofone, jogar futebol, criar programas de computador, gostava de videogames, de assistir a filmes policiais e fazer filmes com seus cães e gatos.

Beber da fonte dos sacramentos
Uma famosa frase de Carlo Acutis é: “Todos nascem originais, mas muitos morrem como fotocópias”. E para evitar morrer como uma “cópia”, Carlo buscava beber da fonte dos Sacramentos que, para ele, são os meios mais poderosos para crescer na virtude e nos sinais eficazes da infinita misericórdia de Deus para conosco.
Na Eucaristia, Carlo fortaleceu heroicamente a virtude da fortaleza, que lhe dará coragem para ir “contra a corrente”. A Eucaristia também alimentou nele um profundo desejo de sintonizar-se constantemente com a voz do Senhor e de viver sempre em Sua presença.
“Estar na escola, numa pizzaria com os amigos, ou na praça para um jogo de futebol, ou usar o computador, torna-se um Evangelho vivo. Carlo conseguiu notavelmente, apesar de viver uma vida comum como a de tantos outros, dedicar sua vida, momento a momento, à meta mais elevada à qual todos os homens são chamados: a bem-aventurança eterna com Deus”, destaca o site oficial para a causa de canonização de Carlo Acutis.
Carlo experimentou a presença divina em sua vida e buscou de todas as maneiras compartilhá-la com os outros. Poucos meses antes de sua morte, ele criou um site para documentar e divulgar os Milagres Eucarísticos reconhecidos pela Igreja em vários países do mundo.
Sua morte
Em 2 de outubro de 2006, Carlo adoeceu. A princípio, parecia ser uma simples gripe, mas, dias depois, seu estado de saúde se agravou e ele foi levado para uma clínica em Milão, onde foi diagnosticada uma leucemia fulminante do tipo M3.
Em 9 de outubro, ele foi transferido para Monza para o Hospital San Gerardo. No dia seguinte, Carlo pediu para para receber a Unção dos Enfermos e a Santa Comunhão com a certeza de que morreria em breve.
No dia 11 de outubro, Carlo entrou em coma devido a uma hemorragia cerebral provocada pela leucemia. E no dia 12 de outubro de 2006, às 6h45 da manhã, ele faleceu. 
Seu funeral foi celebrado no dia 14 de outubro, na Paróquia de Santa Maria Segreta. A igreja ficou tão cheia, que muitos foram obrigados a acompanhar a cerimônia do lado de fora.
Em janeiro de 2007, o corpo de Carlo Acutis foi transferido do Cemitério Ternengo no Piemonte para o cemitério de Assis, Itália, segundo as disposições de Carlo.
Processo de Beatificação
A causa de beatificação e canonização de Carlo Acutis foi aberta oficialmente no dia 12 de outubro de 2012, dando início ao processo diocesano. Essa primeira etapa foi encerrada no dia 24 de novembro de 2016, quando toda documentação foi encaminhada ao Vaticano para a segunda fase do processo.
Em 5 de julho de 2018, o Papa Francisco o declarou venerável, um passo no processo em que são reconhecidas as virtudes heroicas do candidato a santo.
O primeiro milagre atribuído a Acutis, que foi reconhecido pela Igreja Católica, se refere à cura inexplicável de um menino brasileiro com doença congênita no pâncreas em 2013.
Carlo Acutis foi beatificado na Basílica de São Francisco, em Assis, Itália, no dia 10 de outubro de 2020, em cerimônia presidida pelo cardeal Agostino Vallini. Seu corpo está permanentemente exposto no Santuário do Despojamento em Assis. Em maio de 2024, o Papa Francisco reconheceu o segundo milagre atribuído ao jovem, levando à sua canonização. 
Ainda hoje, Carlo continua a interceder para que todos possam colocar Deus em primeiro lugar em suas vidas e dizer, como ele: “Não eu, mas Deus”; “Não o amor-próprio, mas a glória de Deus”; “A tristeza é olhar para si mesmo, a felicidade é olhar para Deus”.
Milagres atribuídos a Carlo
Em maio de 2024, foi reconhecido o segundo milagre atribuído à intercessão de Carlo Acutis, passo necessário para sua canonização. O milagre ocorreu no ano de 2022, em Florença, na Itália, com a jovem Valeria Valverde, natural de Costa Rica. Ela ficou em estado grave, com um traumatismo craniano, após um acidente. Ela se restabeleceu totalmente após sua mãe fazer uma peregrinação ao túmulo de Acutis pedindo a cura da filha.
O primeiro milagre atribuído a Carlo, que o levou à beatificação, ocorreu no Brasil, na cidade de Campo Grande (MS) no ano de 2013. Um menino chamado Matheus sofria com uma bifurcação no pâncreas, uma doença congênita que o impedia de fazer a digestão e absorver os alimentos que ingeria. Em uma Missa, no dia 12 de outubro, ele recebeu uma bênção com a relíquia de Acutis. Semanas depois a bifurcação desapareceu. O milagre foi aprovado pelo Vaticano em 2020.
São Carlo Acutis, rogai por nós!

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SÁBADO, DIA 11 DE OUTUBRO DE 2025

São João XXIII
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Jl 4,12-21
– Leitura da profecia de Joel: Assim fala o Senhor: 12“Levantem-se e ponham-se em marcha os povos, rumo ao Vale de Josafá; ali me sentarei como juiz para julgar todas as nações em redor. 13Tomai a foice, pois a colheita está madura; vinde calcar, que o lagar está cheio: as tinas transbordam, porque grande é a sua malícia. 14Povos e mais povos no Vale da Decisão: o dia do Senhor está próximo no Vale da Decisão. 15Escureceram o sol e a lua e as estrelas perderam o brilho. 16Desde Sião rugirá o Senhor, fará ouvir sua voz desde Jerusalém; tremerão céus e terra, mas o Senhor será refúgio para o seu povo, será a fortaleza dos filhos de Israel. 17Sabereis, então, que eu sou o Senhor, vosso Deus, que habito em Sião, meu santo monte; Jerusalém será lugar sagrado, por onde não mais passarão estranhos. 18Acontecerá naquele dia que os montes farão correr vinho, e as colinas manarão leite; aos regatos de Judá não há de faltar água, e da casa do Senhor brotará uma fonte, que irá alimentar a corrente de Setim. 19O Egito será devastado, e a Idumeia, devastada e deserta, por causa de suas atrocidades contra os filhos de Judá, derramando sangue inocente em suas terras. 20Judá será habitada para sempre, e Jerusalém, por todos os séculos. 21Vingarei meu sangue, não o deixarei sem castigo. O Senhor está habitando em Sião.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl 97,1-2.5-6.11-12 (R: 12a)
– Ó Justos, alegrai-vos no Senhor.
R: Ó Justos, alegrai-vos no Senhor.

– Deus é Rei! Exulte a terra de alegria, e as ilhas numerosas rejubilem! Treva e nuvem o rodeiam no seu trono, que se apóia na justiça e no direito.
R: Ó Justos, alegrai-vos no Senhor.

– As montanhas se derretem como cera ante a face do Senhor de toda a terra; e assim proclama o céu sua justiça, todos os povos podem ver a sua glória.
R: Ó Justos, alegrai-vos no Senhor.

– Uma luz já se levanta para os justos, e a alegria, para os retos corações. Homens justos, alegrai-vos no Senhor, celebrai e bendizei seu santo nome!
R: Ó Justos, alegrai-vos no Senhor.

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Feliz quem ouve e observa a Palavra de Deus! (Lc 11-28). 
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 11,27-28 
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 27enquanto Jesus falava, uma mulher levantou a voz no meio da multidão e lhe disse: “Feliz o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram”. 28Jesus respondeu: “Muitos mais felizes são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São João XXIII, o Papa do supremo zelo pastoral

Papa
Origens 
Angelo Giuseppe Roncalli nasceu em 25 de novembro de 1881, em Sotto il Monte, Província de Bérgamo, Itália. Passou a infância na cidade natal, crescendo numa família rural de origens humildes. Em 1892, entrou no seminário de Bérgamo. Em 1895, começou a escrever as “notas espirituais”, que depois fariam parte do Giornale dell’anima. 
Sacerdócio 
Em 1900, foi enviado a Roma, onde se formou em teologia; em 1904, recebeu a ordenação sacerdotal. No ano seguinte, foi chamado pelo bispo Radini Tedeschi a voltar para Bérgamo, tornando-se o seu secretário, permanecendo ao seu lado até 1914, assimilando a sua vivacidade pastoral e o seu espírito reformador.
Diretor Espiritual
Depois da experiência da guerra, tornou-se diretor espiritual no seminário maior. Em 1921, transferiu-se para Roma a fim de desempenhar o cargo de presidente do conselho central da Obra da propagação da fé.
Patriarca de Veneza
A 3 de março de 1925, Pio XI nomeou-o visitador apostólico na Bulgária. Recebeu a ordenação episcopal a 19 de março sucessivo, escolhendo como lema “Oboedientia et pax”. No dia 17 de novembro de 1934, tornou-se delegado apostólico na Turquia e Grécia; e no dia 23, administrador apostólico do vicariato de Constantinopla. Depois, a 23 de dezembro de 1944, foi transferido para a França, onde foi núncio apostólico durante oito anos. Na conclusão do seu mandato, a 12 de janeiro de 1953, Pio XII criou-o cardeal e três dias depois nomeou-o patriarca de Veneza.
São João XXIII: o início do Pontificado 
Eleito Papa
Em 1958, após a morte do Papa Pacelli, participou no Conclave que teve início a 25 de outubro. Já com 77 anos, depois de onze escrutínios, foi eleito Papa na tarde do dia 28, com uma escolha que foi interpretada no sinal da “transição” no final do longo e difícil pontificado do Papa Pacelli. 
Atualização do Código Canônico
Três meses depois, no dia 25 de janeiro de 1959, na basílica de São Paulo fora dos Muros, surpreendeu todos anunciando a intenção de convocar “um concílio ecumênico para a Igreja universal”, manifestando também a vontade de proclamar um Sínodo diocesano para Roma e de atualizar o Codex iuris canonici. Foi uma decisão inesperada e clamorosa, que suscitou uma repercussão vastíssima na opinião pública e orientou de modo preeminente todo o seu pontificado. 
Pontificado
São João XXIII se mostrou profundamente radicado na dimensão pastoral e episcopal do serviço papal. Em cinco anos, multiplicaram-se as visitas e os encontros com os fiéis de Roma. Além disso, consolidou-se a internacionalização do colégio cardinalício e valorizou-se cada vez mais o papel dos episcopados locais. 
O Final do Pontificado 
A última Encíclica 
São João XXIII dedicou também à paz a sua oitava e última encíclica Pacem in terris, publicada em abril de 1963. Precisamente naqueles meses as suas condições de saúde agravaram-se repentinamente devido ao aumento do tumor que lhe tinha sido diagnosticado no outono precedente. 
Páscoa
Faleceu na noite de 3 de junho de 1963. No dia 18 de novembro de 1965, durante a última fase do concílio, o Papa Montini anunciou o início da causa de beatificação. Foi proclamado beato por João Paulo II a 3 de setembro de 2000.
Legado
São João XXIII, homem dotado de extraordinária humanidade, procurou derramar sobre todos, com sua vida, suas obras e seu supremo zelo pastoral, a abundância da caridade cristã e promover a união fraterna entre os povos; particularmente atento à eficácia da missão da Igreja de Cristo no mundo, convocou o Concílio Ecumênico Vaticano II.
Minha oração
“ Ao modelo do Bom Pastor, tu foste, à Tua semelhança, um papa bom. Cuidai do nosso atual pastor assim como dos bispos e líderes religiosos. Conduzi cada um deles à santidade e à bondade como eficácia pastoral. Amém.”
São João XXIII, rogai por nós!

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SEXTA-FEIRA, DIA 10 DE OUTUBRO DE 2025

XXVII semana do tempo comum
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Jl 1,13-15; 2, 1-2
– Leitura da profecia de Joel: 1,13Ponde as vestes e chorai, sacerdotes, gemei, ministros do altar. Entrai no templo, deitai-vos em sacos, ministros de Deus; a casa de vosso Deus está vazia de oblações e libações. 14Prescrevei o jejum sagrado, convocai a assembleia, congregai os anciãos e toda a gente do povo na casa do Senhor, vosso Deus, e clamai ao Senhor: 15“Ai de nós neste dia! O dia do Senhor está às portas, está chegando com a força devastadora da tempestade.
2,1Tocai trombeta em Sião, gritai alerta em meu santo monte; tremam os habitantes da terra, pois está chegando o dia do Senhor, ele está às portas. 2É um dia de escuridão fechada, dia de nuvens e remoinhos; como aurora espraiada nos montes, assim é um povo numeroso e forte, tal como jamais se viu algum outro nem jamais se verá, até os anos de gerações futuras”.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 9,2-3.6.16.8.9 (R: 9a)
– O Senhor há de julgar o mundo inteiro com justiça!
R: O Senhor há de julgar o mundo inteiro com justiça!
– Senhor, de coração vos darei graças, as vossas maravilhas cantarei! Em vós exultarei de alegria, cantarei ao vosso nome, Deus Altíssimo!
R: O Senhor há de julgar o mundo inteiro com justiça!
– Repreendestes as nações, e os maus perdestes, apagastes o seu nome para sempre. Os maus caíram no buraco que cavaram, nos próprios laços foram presos os seus pés.
R: O Senhor há de julgar o mundo inteiro com justiça!
– Mas Deus sentou-se para sempre no seu trono, preparou o tribunal do julgamento; julgará o mundo inteiro com justiça, e as nações há de julgar com equidade.
R: O Senhor há de julgar o mundo inteiro com justiça!

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
 – Agora o príncipe deste mundo há de ser lançado fora; quando eu for elevado da terra, atrairei para mim todo ser (Jo 12,31s).
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 11,15-26
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, Jesus estava expulsando um demônio. 15Mas alguns disseram: “É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios”.
16Outros, para tentar Jesus, pediram-lhe um sinal do céu. 17Mas, conhecendo seus pensamentos, Jesus disse-lhes: “Todo reino dividido contra si mesmo será destruído; e cairá uma casa por cima da outra. 18Ora, se até Satanás está dividido contra si mesmo, como poderá sobreviver o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que eu expulso os demônios. 19Se é por meio de Belzebu que eu expulso demônios, vossos filhos os expulsam por meio de quem? Por isso, eles mesmos serão vossos juízes.20Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então chegou para vós o Reino de Deus. 21Quando um homem forte e bem armado guarda a própria casa, seus bens estão seguros. 22Mas, quando chega um homem mais forte do que ele, vence-o, arranca-lhe a armadura na qual ele confiava, e reparte o que roubou. 23Quem não está comigo está contra mim. E quem não recolhe comigo dispersa. 24Quando o espírito mau sai de um homem, fica vagando em lugares desertos, à procura de repouso; não o encontrando, ele diz: ‘Vou voltar para minha casa de onde saí’. 25Quando ele chega encontra a casa varrida e arrumada. 26Então ele vai, e traz consigo outros sete espíritos piores do que ele. E, entrando, instalam-se aí. No fim, esse homem fica em condição pior do que antes”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Daniel Comboni, evangelizador e protetor do Continente Africano

Origens 
São Daniel Comboni nasceu em Limone (Itália) em 1831. Único sobrevivente de oito irmãos, aos dez anos ingressou num internato de Verona. Quando tinha dezessete anos, ouvindo contar as vicissitudes dos missionários na África, decidiu dedicar sua vida à evangelização dos africanos.
Em 1854, foi ordenado sacerdote aos 23 anos de idade. Depois de uma cuidadosa preparação, estudando árabe, medicina, música, partiu para África em 1857.
Os Escravos na África
Estando lá, impressionou-se com a terrível situação dos escravos. A prática do tráfico de escravos estava de tal maneira arraigada, que, no Egito e no Sudão, o único local onde os escravos encontravam asilo eram as missões de Daniel Comboni.
Regresso à Itália 
Após dois anos, teve de regressar à Itália. Porém, Comboni não desanima e idealiza um projeto que ele chamou “Plano para a regeneração da África”. A ideia central do projeto era salvar a África por meio dos próprios africanos. Propunha-se fundar escolas, hospitais e universidades ao longo de toda a costa africana. Nestes centros, se formariam os futuros cristãos, professores, enfermeiros, sacerdotes e religiosas, que depois penetrariam no interior, a fim de evangelizar as populações africanas e promover o seu desenvolvimento.
Fundador 
Fundou, em 1867, o Instituto para as Missões na África, que deu lugar ao que hoje são os Missionários Combonianos. As comunidades que fundou seguem o modelo das reduções jesuítas na América Latina.
Em 1877, foi ordenado Bispo da África Central e, logo a seguir, ordenou a sacerdote um antigo escravo, primeiro padre africano daquele lugar, quando, na Europa, alguns ainda negavam ao africano a evidência de ser pessoa.
São Daniel Comboni: Grande Missionário na África
Missão
Grande missionário, Comboni era capaz de atravessar o deserto para fundar um centro missionário no sul do Sudão, como também empenhava-se em falar para associações missionárias, Bispos, em Paris, Colônia (Alemanha), com o objetivo de arrecadar auxílio econômico e de pessoal, organizando grupos e equipes de missionários para a Missão na África Central.
Páscoa
Morreu aos 50 anos, a 10 de outubro de 1881, no meio desta gente que tanto amou. No momento da morte, abençoou os seus companheiros dizendo: “Não temais; eu morro, mas a minha obra não morrerá”. Beatificado por João Paulo II a 17 de março de 1996, São Daniel Comboni foi canonizado pelo mesmo Sumo Pontífice em 5 de outubro de 2003.
Minha oração
“Grande protetor da África, estendei o cristianismo em meio ao continente, cuidai dos povos e dos seus descendência para que se encontrem com Jesus. Atraí vocação para dar continuidade ao teu trabalho evangelizador. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.”
São Daniel Comboni, rogai por nós!

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QUINTA-FEIRA, DIA 09 DE OUTUBRO DE 2025

27ª Semana do Tempo Comum
Cor Litúrgica branca

Primeira leitura
(Ml 3,13-20a)
Leitura da Profecia de Malaquias.
13 “Vossas palavras são duras contra mim, diz o Senhor, e ainda perguntais: 14 ‘Que dissemos contra ti?` Vós estais dizendo: ‘É coisa inútil servir a Deus; que vantagem tivemos em observar seus preceitos e em levar uma vida severa na presença do Senhor dos exércitos? 15 Portanto, hoje os felizardos são os soberbos, pois consolidaram-se, praticando o mal, e, mesmo provocando a Deus, estão impunes'”. 16 Vieram, entretanto, a falar uns com os outros, os tementes a Deus. O Senhor prestou atenção e ouviu-os; em sua presença foi escrito um livro de feitos notáveis, aberto aos que temem o Senhor e têm seu nome no pensamento. 17 “Serão para mim o tesouro, diz o Senhor dos exércitos, para o dia que eu me reservar; hei de favorecê-los, como o pai ao filho que o serve. 18 De novo vereis a distância que há entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e o que não o serve. 19 Eis que virá o dia, abrasador como fornalha, em que todos os soberbos e ímpios serão como palha; e esse dia vindouro haverá de queimá-los, diz o Senhor dos exércitos, tal que não lhes deixará raiz nem ramo. 20a Para vós, que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo salvação em suas asas”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Responsório Sl 1,1-2.3.4 e 6 (R. Sl 39,5a)
– É feliz quem a Deus se confia!
– É feliz quem a Deus se confia!
– Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar. 

– É feliz quem a Deus se confia!

– Eis que ele é semelhante a uma árvore que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar, 
– mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte.

– É feliz quem a Deus se confia!

Evangelho (Lc 11,5-13)
– Aleluia, Aleluia, Aleluia.
– Abri-nos, ó Senhor, o coração, para ouvirmos a palavra de Jesus!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
-Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 5 “Se um de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: ‘Amigo, empresta-me três pães, 6 porque um amigo meu chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer’, 7 e se o outro responder lá de dentro: ‘Não me incomodes! Já tranquei a porta, e meus filhos e eu já estamos deitados; não me posso levantar para te dar os pães’; 8 eu vos declaro: mesmo que o outro não se levante para dá-los porque é seu amigo, vai levantar-se ao menos por causa da impertinência dele e lhe dará quanto for necessário. 9 Portanto, eu vos digo: pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. 10 Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra; e, para quem bate, se abrirá. 11 Será que algum de vós que é pai, se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? 12 Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? 13 Ora, se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!”
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

SANTO DO DIA
São Dionísio, o Apóstolo da Gália

Origem 
São Dionísio — de origem italiana —, era um jovem missionário enviado pelo Papa Fabiano para evangelizar a antiga Gália do norte em meados do ano 250, portanto no século III. 
Contra o imperador 
São Dionísio fundou a primeira comunidade católica em Lutécia, atual Paris, sendo eleito o seu primeiro bispo. O sucesso de sua missão, porém, começou a incomodar os magos gauleses e os romanos fiéis ao imperador Valeriano, que perseguia duramente os cristãos. Os gauleses acusaram-no de bruxaria e práticas maléficas, e os romanos prenderam-no porque São Dinis não reconhecia o imperador como um Deus. Forçado a negar a fé em Jesus Cristo, São Dinis preferiu a morte.
Epíscopo mártir em Paris
 Ao lado do bispo Dinis, o diácono Rústico e o sacerdote Eleutério, seus companheiros, também testemunharam sua fé cristã sendo decapitados. Logo depois, levou os restos mortais de seus companheiros para Paris onde também sofreu o martírio, sendo decapitado no local, hoje conhecido como Montmartre, isto é, “Colina do Mártir”. Santo Dionísio, popularmente conhecido como São Dinis de Paris e comemorado neste dia, foi venerado como único padroeiro da França durante muito tempo. 
São Dionísio: o Mártir Cefalóforo 
Páscoa
São Dionísio, ou Dinis, segue sendo aclamado pela mais antiga tradição cristã francesa, que o venera como um mártir cefalóforo, ou seja, carregador de cabeça. Esse nome se dá por causa do extraordinário acontecimento após sua decapitação. A tradição conta que ele se levantou, tomou sua cabeça nas mãos e saiu em direção a Montmartre, onde foi enterrado. Por outro lado, os corpos de seus companheiros haviam sido atirados no rio Sena, então foram resgatados e enterrados junto ao companheiro bispo. Sobre o túmulo em Montmartre, mais tarde, foi edificada uma basílica, junto à qual, no ano 630, o rei Dagoberto fundou uma abadia.
A Abadia e o império
A Abadia de Saint-Denis, em Paris, tornou-se tradicionalmente o local onde todos os reis da França, do séc. X ao XVIII, foram enterrados. Além disso, muitas rainhas escolheram ser coroadas nessa abadia. Nesse período medieval, a Igreja estava aliada com os francos, e por isso seus reis e rainhas buscavam lugares sagrados para serem enterrados ou coroados. Queriam encontrar, na intercessão do santo padroeiro da França, uma segurança para seu posto, patrocínio espiritual e honraria sagrada.
Devoção
Hoje, o “apóstolo da Gália” é invocado pelo povo cristão contra dores de cabeça e possessões demoníacas, além de ser homenageado como um dos primeiros pais da França. São Dionísio e seus companheiros demonstram a fidelidade a Cristo por meio do martírio, bem como esse espírito evangelizador que é capaz de desbravar e instalar a religião em novos lugares. Os trabalhos realizados naquele país geram frutos para as gerações futuras, deixando um testemunho para toda a França.
Minha oração
“Ao apóstolo da Gália, pedimos por aqueles que estão enfermos na mente, aqueles que tem grandes enxaquecas e diversas outras doenças. Rogamos com confiança sabendo que através do teu martírio podemos alcançar as graças de Jesus. Amém. ”
São Dionísio, rogai por nós!

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QUARTA-FEIRA, DIA 08 DE OUTUBRO DE 2025

XXVII semana do tempo comum
Cor Litúrgica Verde

Primeira leitura
Jn 4,1-11
– Leitura da profecia de Jonas: 1Este desfecho causou em Jonas profunda mágoa e irritação; 2orou então ao Senhor, dizendo: “Peço-te me ouças, Senhor: não era isto que eu receava, quando ainda estava em minha terra? Por isso, antecipei-me, fugindo para Társis. Sabia que és um Deus benigno e misericordioso, paciente e cheio de bondade, e que facilmente perdoas a punição. 3E agora, Senhor, peço que me tires a minha vida, para mim é melhor morrer do que viver”. 4Disse o Senhor: “Achas que tens boas razões para irar-te?” 5Jonas saiu da cidade e estabeleceu-se na parte oriental e ali fez para si uma cabana, onde repousava à sombra, a ver o que ia acontecer à cidade.
6O Senhor fez nascer uma hera, que cresceu sobre a cabana, para dar sombra à cabeça de Jonas e abrandar seu aborrecimento. E Jonas alegrou-se grandemente por causa da hera. 7Mas, ao raiar do dia seguinte, Deus determinou que um verme atacasse a hera e ela secou. 8Quando o sol se levantou, mandou Deus do oriente um vento quente; e o sol bateu forte sobre a cabeça de Jonas, que se sentiu desfalecer; teve vontade de morrer, e disse: “Para mim é melhor morrer do que viver”. 9Disse Deus a Jonas: “Achas que tens boas razões para irar-te por esta hera?”  “Sim”, respondeu ele, “tenho razão até para morrer de raiva”. 10O Senhor replicou-lhe: “Tu sofres por causa desta planta, que não te custou trabalho e não fizeste crescer, que nasceu numa noite e na outra morreu. 11E eu não haveria de salvar esta grande cidade de Nínive, em que vivem cento e vinte mil seres humanos, que não sabem distinguir a mão direita da esquerda, e um grande número de animais?”
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl 86,3-4.5-6.9-10 (R: 15b)
– Ó Senhor, sois amor, paciência e perdão.
R: Ó Senhor, sois amor, paciência e perdão.

– Piedade de mim, ó Senhor, porque clamo por vós todo o dia! Animai e alegrai vosso servo, pois a vós eu elevo a minha alma.
R: Ó Senhor, sois amor, paciência e perdão.

– Ó Senhor, vós sois bom e clemente, sois perdão para quem vos invoca. Escutai, ó Senhor, minha prece, o lamento da minha oração!
R: Ó Senhor, sois amor, paciência e perdão.

– As nações que criastes virão adorar e louvar vosso nome. Sois tão grande e fazeis maravilhas: vós somente sois Deus e Senhor!
R: Ó Senhor, sois amor, paciência e perdão.

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Recebestes um espírito de adoção, no qual clamamos Aba! Pai! (Rm 8,15). 
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 11,1-4 
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!
– 1Um dia, Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos”. 2Jesus respondeu: “Quando rezardes, dizei: ‘Pai, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. 3Dá-nos a cada dia o pão nosso de que precisamos, 4e perdoa-nos os nossos pecados, pois nós também perdoamos a todos os nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação’”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santa Pelágia, preservou a sua castidade até o fim

Origens
O martirológio romano apresenta-nos quatro santas com este nome de Pelágia. Esta, de hoje, era uma jovem de quinze anos, que, no princípio da perseguição do imperador Diocleciano, em 302, testemunhou de modo muito esquisito sua fidelidade a Cristo: preferiu morrer por amor a Cristo do que entregar sua virgindade, por isso a Igreja reconhece e louva seu heroísmo.
Guardiã da Virgindade
Quando os soldados do imperador foram à sua casa para levá-la ao tribunal, que certamente a condenaria porque era cristã, Pelágia recebeu-os bem, e quando se propuseram levá-la dando voz de prisão, pediu-lhes permissão para que fosse trocar de roupa. Dado o consentimento pelo chefe da escolta, Pelágia dirigiu-se ao quarto e, desejosa de escapar dos ultrajes que a esperavam, infalíveis, e a temer pela virgindade que consagrara a Deus, não titubeou: subiu ao mais alto da casa em que vivia, em Antioquia, e de lá atirou-se ao chão, falecendo quase que instantaneamente.
O Martírio para a preservação de sua virgindade 
Irmãs pelo martírio
Santo Ambrósio de Milão, no seu Tratado Das Virgens, apresenta-nos esta Santa Pelágia como irmã dos mártires Berniceia e Prosdoceia. Santa Pelágia ligou-se àquelas santas, porque Berniceia e Prosdoceia também tiraram a própria vida para escapar do horror; presas, iam sendo levadas ao cárcere. Em dado momento, a meio caminho, quando chegaram perto dum rio, solicitaram licença aos soldados para afastar-se um pouco, o que lhes foi concedido. Destarte, sem que pudessem ser impedidas, atiraram-se, de comum acordo à correnteza.
Suicídio ou virtude?
Pergunta-se: cometeram suicídio? Não, pois isso seria tirar a própria vida por desgosto, por perda de sentido ou qualquer motivo leviano. Na verdade, essas pessoas preferiam morrer do que cometer um pecado, por isso são mártires. Lembremos de São Domingos Sávio: “Antes morrer do que pecar”. 
A Virtude da Castidade 
Pelágia e tantos outros santos tinham a mesma convicção, e por isso não hesitaram em entregar a sua vida, afinal é melhor morrer para esse mundo do que padecer a eternidade no inferno. Essas mulheres, mártires por virtude da castidade, foram honradas com um culto público, porque aquele tirar-se a vida foi considerado como um ato de obediência a Deus. 
Muitas santas virgens assim agiram, como vimos e veremos no transcorrer dos dias e dos meses. Salvaram com a morte sua castidade. Essa atitude exalta a beleza e a virtude de modo heroico, enquanto, nos nossos dias, tantas pessoas se entregam aos prazeres da carne ou se deixam convencer a perder a sua virgindade para provarem que amam. Santa Pelágia preferiu provar seu amor a Jesus, e ali gozar das riquezas e prazeres celestes.
Minha oração
“Ó querida Pelágia, mesmo jovem, seu coração já estava maduro para compreender o valor da castidade, por isso pedimos a tua virtude sobre nós para que possamos viver reta e conscientemente. Que um dia cheguemos a amar a castidade mais que a nossa vida! Amém.”
Santa Pelágia, rogai por nós!

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TERÇA-FEIRA, DIA 07 DE OUTUBRO DE 2025

Nossa Senhora Do Rosário
Cor Litúrgica branca

Primeira leitura
At 1,12-14
– Leitura dos Atos dos Apóstolos – Depois que Jesus subiu ao céu, 12os apóstolos voltaram para Jerusalém, vindo do monte das Oliveiras, que fica perto de Jerusalém, a mais ou menos um quilômetro. 13Entraram na cidade e subiram para a sala de cima, onde costumavam ficar. Eram Pedro e João, Tiago e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão Zelota e Judas, filho de Tiago. 14Todos eles perseveravam na oração em comum, junto com algumas mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Lc 1,46-47.48-49.50-51.52-53.54-55 (R: Lc 1,49)
– O poderoso fez por mim maravilhas, e santo é o seu nome.
R: O poderoso fez por mim maravilhas, e santo é o seu nome.

– A minha alma engrandece ao Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador.
R: O poderoso fez por mim maravilhas, e santo é o seu nome.

– Pois ele viu a pequenez de sua serva, desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita. O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome!
R: O poderoso fez por mim maravilhas, e santo é o seu nome.

– Seu amor, de geração em geração, chega a todos que o respeitam. Demonstrou o poder de seu braço, dispersou os orgulhosos.
R: O poderoso fez por mim maravilhas, e santo é o seu nome.

– Derrubou os poderosos de seus tronos e os humildes exaltou. De bens saciou os famintos e despediu, sem nada, os ricos.
R: O poderoso fez por mim maravilhas, e Santo é o seu nome.

– Acolheu Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido aos nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.
R: O poderoso fez por mim maravilhas, e Santo é o seu nome.

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Maria, alegra-te, ó cheia de graça, o Senhor é contigo; és bendita entre todas as mulheres da terra! (Lc 1,28).
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 1,26-38.
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 26o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria. 28O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” 29Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. 30O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”. 34Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?” 35O anjo respondeu: “O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37porque para Deus nada é impossível”. 38Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Nossa Senhora do Rosário, o meio de alcançar almas para Deus

Origens 
A origem do Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas (eremitas dos primeiros séculos do cristianismo) usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais. Dessa forma, nos conventos medievais, os irmãos leigos dispensados da recitação do Saltério (pela pouca familiaridade com o latim), completavam suas práticas de piedade com a recitação de Pai-Nosso e, para a contagem. Doutor da Igreja São Beda, chamado de “o Venerável” (séc. VII-VIII), havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados em um barbante.
História do Rosário 
O Santo Rosário foi sendo transformado com o decorrer dos anos, porém, no ano de 1214, a Santa Igreja o estabeleceu na forma e método que hoje é usado. Antes, as Ave-Marias não eram como agora, nem mesmo os mistérios contemplados entre outros ingredientes da oração. Sua origem se deu com a revelação divina de Nossa Senhora do Rosário a São Domingos de Gusmão, fundador dos dominicanos (O.P.). Por meio das citações referidas ao Bem-aventurado Alano de La Roche em seu livro “De Dignitate Psalterri”, São Luís Maria Grignion de Montfort relata a origem do Rosário.
São Domingos e o Rosário
A tradição espiritual conta com a revelação. São Domingos se preocupava em converter os albigenses, também conhecidos como cátaros (puros), que eram um grupo de hereges de caráter gnóstico e maniqueísta, sendo até mesmo protegida por bispos e nobres da época. Essa doutrina negava a existência de um único Deus, negava a divindade de Jesus, direcionava a salvação através do conhecimento etc.
Rosário: a chave para alcançar as almas endurecidas 
Essas realidades entraram em choque com o catolicismo. Desse modo, o santo procurava converter os heréticos e enfrentava grande resistência. Certa vez, procurou retirar-se em uma floresta para rezar e ali recebeu a orientação da Nossa Senhora do Rosário: “Querido Domingos, você sabe de que arma a Santíssima Trindade quer usar para mudar o mundo? [ … ] a principal peça de combate tem sido sempre o Saltério Angélico que é a pedra fundamental do Novo Testamento. Quero que alcances estas almas endurecidas e as conquiste para Deus, com a oração do meu Saltério” (MONTFORT, 2019, p. 42-43).
Do Saltério Angélico ao Santo Rosário
A propagação do Rosário por São Domingos
A partir dessa situação, São Domingos começou a pregar o Santo Rosário, ou como foi dito, em revelação, “Saltério Angélico”. Assim expresso, pois naquela época poucas pessoas eram alfabetizadas e não conheciam a Sagrada Escritura. Por outro lado, os monges costumavam recitar em oração os 150 Salmos, rezando a “liturgia das horas”. Desse modo, os cristãos poderiam imitar a oração e se aproximar dos mistérios de Deus ao recitar 150 Ave-Marias, conhecida como a saudação angélica já que foi dita pelos Anjos e relatava nas Escrituras. Assim, tornou-se o “Saltério Angélico” (Salmos Angélicos). 
Os Mistérios:  Gozosos, Dolorosos e Gloriosos
Em um segundo momento, ao esfriar a devoção do Saltério Angélico, em nova aparição, Nossa Senhora do Rosário apareceu ao Beato Alano (1428 – 1475) lhe pedindo que reavivasse a prática. Assim ele formou os agrupamentos de 50 Ave-Marias e seus mistérios, conhecidos como: Gozosos, Dolorosos e Gloriosos. Ela lhe disse que muitas graças e milagres seriam alcançados por meio desse modo e reafirmou os ditos a São Domingos.
A Intercessora pela Igreja do Ocidente
Intercessão de Nossa Senhora do Rosário 
Logo após, houve a batalha de Lepanto (Grécia, junto ao porto de Corinto) comandada por João da Áustria, em 7 de Outubro de 1571. O Papa Pio V procurava conter os avanços dos turcos na Europa e, antes disso, convocou os cristãos para que rezassem o rosário através da Carta Breve Consueverunt (1569). Era uma batalha extremamente importante, pois dela dependia a preservação do cristianismo e da cultura ocidental.
Instituição da Festa
Com a vitória adquirida, ele instituiu a festa de Nossa Senhora do Rosário no mesmo dia da batalha e reconheceu que a vitória veio por meio das orações do Rosário. Sendo este Papa da ordem dos dominicanos, por isso, seguiu a inspiração do fundador. O Pontífice instituiu a festa, inicialmente chamada de Santa Maria da Vitória. 
Rainha do Sacratíssimo Rosário
Festa Mariana Obrigatória
Em 1573, o Papa Gregório XIII tornou a festa mariana obrigatória para a diocese de Roma e para as Confrarias do Santo Rosário, sob o título de Santíssimo Rosário da Bem-aventurada Virgem Maria. Em 1716, o Papa Clemente XI inscreveu a festa no calendário romano, estendendo-se para toda a Igreja. A celebração ocorria em datas diferentes, conforme os costumes locais. O Papa Leão XIII inscreveu a invocação “Rainha do Sacratíssimo Rosário” na Ladainha Lauretana em 10 de dezembro de 1883. Em 1913, o Papa Pio X fixou a data da celebração da festa em 7 de outubro.
O Quarto Mistério
Por fim, após anos de estímulo e devoção por parte dos papas e dos santos, São João Paulo II, em sua carta “Rosarium Virginis Mariae” (2002), institui o quarto mistério. Foi reconhecido como “luminoso”. Formando, então, o Rosário com quatro terços meditando os mistérios de Cristo. Assim, deu-se o formato daquilo que se conhece atualmente por Santo Rosário.
Minha oração
“Ó Mãe do rosário, consegui junto a Jesus aquilo que não podemos, combatei por nós e consolai-nos das intempéries da vida. Entregamos a nossa existência a Ti e de Ti tudo esperamos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!”
Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 06 DE OUTUBRO DE 2025

XXVII semana do tempo comum
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Jn 1,1-2,1.11
– Início da profecia de Jonas: 1,1A palavra do Senhor foi dirigida a Jonas, filho de Amati, que dizia: 2“Levanta-te e põe-te a caminho da grande cidade de Nínive e anuncia-lhe que sua perversidade subiu até a minha presença”.
3Jonas pôs-se a caminho, a fim de fugir para Társis, longe da presença do Senhor; desceu a Jope e encontrou um navio com destino a Társis, adquiriu passagem e embarcou com os outros passageiros para essa cidade, para longe da presença do Senhor. 4Mas o Senhor mandou um vento violento sobre o mar, levantando uma grande tempestade, que ameaçava destruir o navio. 5Tomados de pavor, os marinheiros começaram a gritar, cada qual a seu deus, e a lançar ao mar a carga do navio para o aliviar. Jonas havia descido ao porão do navio, deitara-se e dormia a sono solto. 6O chefe do navio foi vê-lo e disse: “Como! Tu dormes? Levanta-te e reza ao teu deus; talvez ele se lembre de nós, e não morramos”. 7Disseram entre si os marinheiros: “Vamos tirar a sorte, para saber por que nos acontece esta desgraça”. Lançaram a sorte, e esta caiu sobre Jonas. 8Disseram-lhe: “Explica-nos, por culpa de quem nos acontece esta desgraça? Qual é a tua ocupação e donde vens? Qual é a tua terra, de que povo és?” 9Ele respondeu: “Eu sou hebreu e temo o Senhor, Deus do céu, que fez o mar e a terra firme”. 10Aqueles homens ficaram possuídos de grande medo, e disseram: “Como é que fizeste tal coisa?” Pelas palavras dele, acabavam de saber que estava fugindo da presença do Senhor. 11Disseram então: “Que faremos contigo, para acalmar o mar?” Pois o mar enfurecia-se cada vez mais. 12Respondeu Jonas: “Tomai-me e lançai-me ao mar, e o mar vos deixará em paz: eu sei que, por minha culpa, se desencadeou sobre vós esta grande borrasca”.  13Os marinheiros, à força de remar, tentavam voltar à terra, mas em vão, porque o mar cada vez mais se encapelava contra eles.
14Então invocaram o Senhor e rezaram: “Suplicamos-te, Senhor, não nos deixes morrer em paga pela vida deste homem, não faças cair sobre nós este sangue inocente; fizeste, Senhor, valer tua vontade”. 15Então, tomaram Jonas e atiraram-no ao mar; e cessou a fúria do mar. 16Invadiu esses homens um grande temor do Senhor, ofereceram-lhe sacrifícios e fizeram-lhe votos. 2,1Determinou o Senhor que um grande peixe viesse engolir Jonas; e ele ficou três dias no ventre do peixe. 11Então o Senhor fez o peixe vomitar Jonas na praia.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl (Jn) 2,2.3.4.5.8 (R: 7c)
– Retirastes minha vida do sepulcro, ó Senhor!
R: Retirastes minha vida do sepulcro, ó Senhor!

– Do fundo do abismo, do ventre do peixe, Jonas rezou ao Senhor, o seu Deus, a seguinte oração:
R: Retirastes minha vida do sepulcro, ó Senhor!

– Na minha angústia clamei por socorro, pedi vossa ajuda do mundo dos mortos e vós me atendestes.
R: Retirastes minha vida do sepulcro, ó Senhor!

– Senhor, me lançastes no seio dos mares, cercou-me a torrente, vossas ondas passaram com furor sobre mim.
R: Retirastes minha vida do sepulcro, ó Senhor!

– Então, eu pensei: eu fui afastado para longe de vós; nunca mais hei de ver vosso Templo sagrado.
R: Retirastes minha vida do sepulcro, ó Senhor!

– E quando minhas forças em mim acabavam, do Senhor me lembrei, chegando até vós a minha oração. 
R: Retirastes minha vida do sepulcro, ó Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
 – Eu vos dou um novo preceito: que uns aos outros vos ameis, como eu vos tenho amado (Jo 13,34)
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lucas 10,25-37
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 25um mestre da Lei se levantou e, querendo pôr Jesus em dificuldade, perguntou: “Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?” 26Jesus lhe disse: “Que está escrito na Lei? Como lês?” 27Ele então respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e a teu próximo como a ti mesmo!” 28Jesus lhe disse: “Tu respondeste corretamente. Faze isso e viverás”. 29Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: “E quem é o meu próximo?” 30Jesus respondeu: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no, e foram-se embora deixando-o quase morto. 31Por acaso, um sacerdote estava descendo por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado. 32O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado. 33Mas um samaritano que estava viajando, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão. 34Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e levou-o a uma pensão, onde cuidou dele. 35No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e entregou-as ao dono da pensão, recomendando: “Toma conta dele! Quando eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais”. E Jesus perguntou: 36“Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” 37Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze a mesma coisa”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Bruno, um dos fundadores da Ordem dos Cartuxos

Origens 
São Bruno, filho de uma família nobre de Colônia (Alemanha), nasceu em 1030. Quando alcançou idade, ele foi chamado pelo Senhor ao sacerdócio e se deixou seduzir. Amigo e admirado pelo Arcebispo de Reims, Bruno, inteligente e piedoso, começou a dar aulas na escola da Catedral desse local e chegou a estudar na escola catedralícia de Reins.
Adquirido o grau de doutor e nomeado Cônego do Capítulo da catedral, foi designado, em 1056, escolaster, isto é, Reitor da Universidade. Foi um dos maestros mais renomados de seu tempo : “(…)um homem prudente, de palavra profunda”.
São Bruno encontra-se cada vez menos à vontade numa cidade onde existem muitos motivos de escândalo por parte do alto clero e, inclusive, do Arcebispo. Depois de ter lutado com sucesso contra esses problemas, Bruno experimenta o desejo de uma vida mais entregue exclusivamente a Deus. 
São Bruno possuía o desejo de doar a sua vida exclusivamente a Deus
O convite 
Em 1080, Concílio de Lyon, a ordem de Gregório VII, o Papa destitui definitivamente o arcebispo Manasés e ordena a sua expulsão de Reims. Ao voltar para sua cidade, Bruno recebe o convite para o arcebispado, mas recusa o cargo. Tornando-se cinquentenário e cônego, ele amadureceu na inspiração de servir a uma Ordem religiosa. 
O Retiro em Cartuxa
Após curto estágio num mosteiro beneditino, retirou-se para uma região chamada Cartuxa. Retirou-se com a aprovação e bênção de São Hugo, Bispo de Grenoble, o qual lhe ofereceu um lugar. No mês de junho de 1084, o mesmo bispo conduziu Bruno e seus seis colegas (fundadores da Ordem) ao deserto do maciço montanhoso de Chartreuse (Cartuxa), que dará seu nome à Ordem. Ali constroem seu eremitério formado com algumas casinhas de madeira que se abrem a um corredor largo e comprido, que permite acesso, sem sofrer muito com as mudanças de clima e tempo, aos lugares de vida comunitária: a igreja, o refeitório e o Capítulo.
O sonho
Assim, eles viveriam isolados em quartos chamados “celas”, mas com esse corredor que dava acesso aos ambientes comuns. São Hugo os levou para esse local por conta de um sonho que ele teve. Nesse sonho, apareciam-lhe sete estrelas que caíam aos seus pés para, logo em seguida, levantarem-se e desaparecerem no deserto montanhoso. 
O sonho e o início da  Ordem dos Cartuxos
Após esse sonho, o Bispo recebeu a visita de Bruno, que estava acompanhado por seis companheiros monges. Ao ver os sete homens, o Bispo Hugo reconheceu imediatamente neles as sete estrelas do sonho e concedeu-lhes as terras. Nelas, São Bruno iniciou a Ordem gloriosa da Cartuxa, com o coração abrasado de amor por Jesus e pelo Reino de Deus.
O lema da Ordem
Com os monges companheiros, observava-se absoluto silêncio, a fim do aprofundamento na oração e meditação das coisas divinas, nos ofícios litúrgicos comunitários, na obediência aos superiores, nos trabalhos agrícolas, na transcrição de manuscritos e livros piedosos. O lema da Ordem é: “Stat Crux dum volvitur orbis” (A Cruz permanece intacta enquanto o Mundo dá sua órbita), o que nos faz perceber que tudo passa nessa vida menos a salvação de Cristo na cruz, o mundo gira, mas a cruz permanece.
O Mosteiro de Santa Maria da Torre
Quando um dos discípulos de São Bruno tornou-se Papa (Urbano II), em 1088, logo o chamou para assessor e conselheiro em 1090. Além disso, quis lhe fazer arcebispo, porém, o santo recusou novamente. Um ano depois, pediu com insistência ao Sumo Pontífice e conseguiu voltar à vida religiosa, quando, juntamente com amigos de Roma, fundou, no sul da Itália, o Mosteiro de Santa Maria da Torre, nos bosques da Calábria. 
Páscoa
Lá, veio a falecer, no dia 6 de outubro de 1101, tendo suas últimas palavras uma profissão de fé Eucarística: “Eu creio nos Santos Sacramentos da Igreja Católica, em particular, creio que o pão e o vinho consagrados, na Santa Missa, são o Corpo e Sangue verdadeiros de Jesus Cristo”. O corpo foi enterrado no cemitério de Nossa Senhora da Torre e foi encontrado incorrupto em 1515. Em 1514, Leão X autorizou aos Cartuxos o culto do fundador. Logo, em 1623, Gregório XV libera o culto a toda a Igreja. 
Legado
São Bruno tornou-se o fundador da Ordem dos Cartuxos com seus seis companheiros. Essa Ordem é considerada a mais rígida de todas as Ordens da Igreja, pelo exercício do silêncio, solidão, jejuns, penitências e orações, e que atravessou a história sem reformas e perdura até hoje na mesma radicalidade. 
Minha oração
“Ó mestre da espiritualidade monástica, intercedei pela atuais e novas vocações para a clausura, que seja desperta as almas com o desejo de entrega total. Quanto aos que vivem em meio ao mundo, seja espelho e testemunho de fé e santidade. Amém!”
São Bruno, rogai por nós!