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SÁBADO, DIA 15 DE NOVEMBRO DE 2025

XXXII SEMANA DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Sb 18,14-16.19,6-9
Leitura do Livro da Sabedoria 18,14-16; 19,6-9
14 Quando um tranquilo silêncio  envolvia todas as coisas e a noite chegava ao meio de seu curso,
15 a tua palavra onipotente, vinda do alto do céu, do seu trono real, precipitou-se, como guerreiro impiedoso, no meio de uma terra condenada ao extermínio; como espada afiada, levava teu decreto irrevogável;
16 defendendo-se, encheu tudo de morte e, mesmo estando sobre a terra, ela atingia o céu.
19,6 Então, a criação inteira, obediente às tuas ordens, foi de novo remodelada em cada espécie de seres, para que teus filhos fossem preservados de todo perigo.
7 Apareceu a nuvem para dar sombra ao acampamento, e a terra enxuta surgiu onde antes era água: o mar Vermelho tornou-se caminho desimpedido, e as ondas violentas  se transformaram em campo verdejante,
8 por onde passaram, como um só povo, os que eram protegidos por tua mão, contemplando coisas assombrosas.
9 Como cavalos soltos na pastagem e como cordeiros, correndo aos saltos, glorificaram-te a ti, Senhor, seu libertador.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Salmo responsorial
Sl 104(105),2-3.36-37.42-43 (R. 5a)
R. Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia.

2 Cantai, entoai salmos para ele, * publicai todas as suas maravilhas!
3 Gloriai-vos em seu nome que é santo, * exulte o coração que busca a Deus!  R.

36 Matou na própria terra os primogênitos, * a fina flor de sua força varonil.
37 Fez sair com ouro e prata o povo eleito, * nenhum doente se encontrava em suas tribos.  R.

42 Ele lembrou-se de seu santo juramento, * que fizera a Abraão, seu servidor.
43 Fez sair com grande júbilo o seu povo, * e seus eleitos, entre gritos de alegria.  R.

Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Pelo Evangelho o Pai nos chamou, 
    a fim de alcançarmos a glória 
    de nosso Senhor Jesus Cristo.

Evangelho
Lc 18,1-8
Deus fará justiça aos seus
escolhidos, que dia e noite gritam por ele.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 18,1-8

  Naquele tempo,
1 Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, e nunca desistir, dizendo:
2 “Numa cidade havia um juiz  que não temia a Deus, e não respeitava homem algum.
3 Na mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz, pedindo: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário!’
4 Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim, ele pensou: ‘Eu não temo a Deus,  e não respeito homem algum.
5 Mas esta viúva já me está aborrecendo. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha a agredir-me!'”
6 E o Senhor acrescentou: “Escutai o que diz este juiz injusto.
7 E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar?
8 Eu vos digo  que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?”
– Palavra da Salvação.
Glória a Vós, Senhor.

SANTO DO DIA
São Alberto Magno, bispo e doutor da Igreja, dominicano

Alberto, “Doutor universal” e grande reformador da Ordem Dominicana, recebeu, em sua existência, o apelido de Magno, isto é, Grande. Foi mestre de São Tomás de Aquino e dedicou toda a sua vida ao ensino, que preferia, e aos encargos que lhe foram atribuídos, até à sua morte em 1280.  
S. Alberto Magno, bispo e doutor da Igreja, dominicano
Alberto nasceu na Alemanha, por volta de 1200, no seio de uma família de condes, Bollstadt. Ao crescer, foi enviado para estudar em Pádua, uma cidade excelente de artes liberais, mas também em Bolonha e Veneza.
Como jovem estudante, era realmente brilhante, mas quando foi chamado para aprofundar o estudo de Teologia, em Colônia, encontrou muitas dificuldades, a ponto vacilar na fé. Sua salvação foi a grande devoção que nutria pela Virgem, que nunca o abandonou.
Chamada para a Ordem dos Pregadores
Na Itália, Alberto conheceu os Padres Dominicanos, a Ordem dos Pregadores, e percebeu que era aquela a sua estrada: recebeu o hábito religioso das mãos do Beato Jordano da Saxônia, sucessor imediato de São Domingos. Assim, foi enviado, primeiro, a Colônia e, depois, a Paris, onde, por alguns anos, ocupou a cátedra de Teologia e também conheceu seu aluno mais talentoso: Tomás de Aquino, que o levou consigo quando a Ordem o enviou, novamente, a Colônia, para dar início ao estudo teológico.
Amor pelo ensino e o encontro com Tomás
O ensino foi a maior paixão de Alberto, depois daquela pelo Senhor. Em Colônia, junto com Tomás, conseguiu fazer grandes coisas, tanto que recebeu o apelido de “Magno”, isto é, Grande. Ambos empreenderam o ambicioso projeto de comentar a obra de Dionísio, o Areopagita, e os escritos de Aristóteles sobre filosofia natural.
Desta forma, Alberto conseguiu descobrir o ponto de encontro entre os dois grandes estudiosos da antiguidade sobre a doutrina da alma: colocada por Deus na obscuridade do ser humano, ela se expressa no conhecimento e, precisamente nesta atividade complexa e maravilhosa, revela a sua natureza e a sua origem divina. Com esta síntese, entre a sabedoria dos Santos, o conhecimento humano e a ciência da natureza, Alberto deu um profundo impulso à orientação mística da Ordem, à qual pertencia, confiando a pesquisa filosófico-teológica ao fiel Tomás.
Em Roma, com o Papa
No Capítulo Geral dos Dominicanos, que se realizou em Valenciennes, em 1250, Alberto elaborou, com Tomás, normas para a direção dos estudos e a determinação do sistema de méritos no âmbito da Ordem. Por isso, quatro anos depois, deixou o ensino e foi “promovido” como Provincial na Alemanha.
Com este cargo, em 1256, foi a Roma para defender os direitos da Santa Sé e dos religiosos Mendicantes no Consistório de Anagni. O Pontífice ficou tão impressionado com ele, que o mandou ficar na cidade e a retomar o ensino, que tanto amava, atribuindo-lhe uma cátedra na Universidade Pontifícia.
Na cátedra, como Bispo, e seus últimos anos
Por sua surpresa, em 1260, o Papa nomeou Alberto novo Bispo de Regensburg. Ao voltar à sua pátria, o Santo empenhou-se, como assiduidade, para fortalecer a paz entre os povos.
Em 1274, o Papa Gregório X convidou-o, novamente, a participar do segundo Concílio de Lyon, mas, no caminho de volta, recebeu uma notícia, que jamais queria receber: o falecimento de Tomás, um duro golpe para Alberto, que o amava como um filho, sobre o qual teve apenas a força de comentar: “A luz da Igreja se apagou”.
Por isso, começou a pedir, com insistência, a Urbano IV, para isentá-lo do cargo pastoral e se retirar para Colônia. E o Papa lhe permitiu.
Continuando a escrever e a rezar, Alberto faleceu em 15 de novembro de 1280. Pio XI o canonizou em 1931 e o proclamou Doutor da Igreja. Dez anos depois, Pio XII o declarou Padroeiro dos cultores de Ciências naturais.
São Alberto Magno, bispo e doutor da Igreja, rogai por nós!

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SEXTA-FEIRA, DIA 14 DE NOVEMBRO DE 2025

XXXI SEMANA DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Sb 13,1-9
Leitura do Livro da Sabedoria 13,1-9
1 São insensatos por natureza todos os homens que ignoram a Deus, os que, partindo dos bens visíveis, não foram capazes de conhecer aquele que é; nem tampouco, pela consideração das obras, chegaram a reconhecer o Artífice.
2 Tomaram por deuses, por governadores do mundo, o fogo e o vento, o ar fugidio, o giro das estrelas, a água impetuosa,  os luzeiros do dia.
3 Se, encantados por sua beleza, tomaram estas criaturas por deuses, reconheçam quanto o seu Senhor está acima delas: pois foi o autor da beleza quem as criou.
4 Se ficaram maravilhados com o seu poder  e a sua atividade, concluam daí  quanto mais poderoso é aquele que as formou:
5 de fato, partindo da grandeza  e da beleza das criaturas, pode-se chegar a ver, por analogia, aquele que as criou.
6 Contudo, estes merecem menor repreensão: talvez se tenham extraviado procurando a Deus e querendo encontrá-lo.
7 Com efeito, vivendo entre as obras dele, põem-se a procurá-lo, mas deixam-se seduzir pela aparência, pois é belo aquilo que se vê!
8 Mesmo assim, nem a estes se pode perdoar:
9 porque, se chegaram a tão vasta ciência, a ponto de investigarem o universo, como é que não encontraram  mais facilmente o seu Senhor?
– Palavra do Senhor.

Salmo responsorial
Sl 18A(19),2-3.4-5 (R. 2a)
R. Os céus proclamam a glória do Senhor!
2 Os céus proclamam a glória do Senhor, * e o firmamento, a obra de suas mãos;

3 o dia ao dia transmite esta mensagem, * a noite à noite publica esta notícia.  

R. Os céus proclamam a glória do Senhor!

4 Não são discursos nem frases ou palavras, * nem são vozes que possam ser ouvidas;
5 seu som ressoa e se espalha em toda a terra, * chega aos confins do universo a sua voz. 

R. Os céus proclamam a glória do Senhor!

Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Levantai vossa cabeça e olhai, 
    pois, a vossa redenção se aproxima!

Evangelho
Lc 17,26-37
O mesmo acontecerá no dia em que o Filho do Homem for revelado.
– O Senhor esteja convosco;
– Ele está no meio de nós;
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 17,26-37
– Glória a Vos, Senhor. 
  Naquele tempo,  disse Jesus aos seus discípulos:
26 “Como aconteceu nos dias de Noé, assim também acontecerá  nos dias do Filho do Homem.
27 Eles comiam, bebiam, casavam-se e se davam em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca. Então chegou o dilúvio e fez morrer todos eles.
28 Acontecerá como nos dias de Ló: comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construíam.
29 Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, Deus fez chover fogo e enxofre do céu e fez morrer todos.
30 O mesmo acontecerá no dia em que o Filho do Homem for revelado.
31 Nesse dia, quem estiver no terraço, não desça para apanhar os bens  que estão em sua casa. E quem estiver nos campos não volte para trás.
32 Lembrai-vos da mulher de Ló.
33 Quem procura ganhar a sua vida, vai perdê-la; e quem a perde, vai conservá-la.
34 Eu vos digo: nessa noite, dois estarão numa cama; um será tomado e o outro será deixado.
35 Duas mulheres estarão moendo juntas; uma será tomada e a outra será deixada.
36 Dois homens estarão no campo; um será levado e o outro será deixado”.
37 Os discípulos perguntaram: “Senhor, onde acontecerá isso?” Jesus respondeu: “Onde estiver o cadáver,  aí se reunirão os abutres”.
– Palavra da Salvação.  
– Glória a Vós, Senhor.

SANTO DO DIA
SÃO SERAPIÃO

Nasceu em Londres em 1179. Ainda criança, participou com seu pai da terceira Cruzada de Ricardo Coração de Leão. Depois de várias peripécias, entrou para a Ordem dos Mercedários, dedicando-se ao resgate e à conversão de escravos na França, Espanha e Argel. Como missionário, trabalhou pela libertação de cristãos presos e escravizados. Recusou-se a negar sua fé cristã, foi preso e morto em 14 de novembro de 1240.
Foi canonizado no ano 1625 pelo Papa Urbano VIII.
SÃO SERAPIÃO, rogai por nós!

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QUINTA-FEIRA, DIA 13 DE NOVEMBRO DE 2025

XXXI SEMANA DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Leitura do Livro da Sabedoria 7,22-8,1
22
Na Sabedoria há um espírito inteligente, 
santo, único, múltiplo, 
sutil, móvel, perspicaz, imaculado,
lúcido, invulnerável, amante do bem, penetrante,
23
desimpedido, benfazejo, amigo dos homens,
constante, seguro, sem inquietação,
que tudo pode, que tudo supervisiona,
que penetra todos os espíritos,
os inteligentes, os puros, os mais sutis.
24
Pois a Sabedoria é mais ágil 
que qualquer movimento,
e atravessa e penetra tudo por causa da sua pureza.
25
Ela é um sopro do poder de Deus,
uma emanação pura da glória do Todo-poderoso;
por isso, nada de impuro pode introduzir-se nela:
26
ela é um reflexo da luz eterna,
espelho sem mancha da atividade de Deus
e imagem da sua bondade.
27
Sendo única, tudo pode;
permanecendo imutável, renova tudo;
e comunicando-se às almas santas 
de geração em geração,
forma os amigos de Deus e os profetas.
28
Pois Deus ama tão somente
aquele que vive com a Sabedoria.
29
De fato, ela é mais bela que o sol
e supera todas as constelações;
comparada à luz, ela tem a primazia:
30
pois a luz cede lugar à noite,
ao passo que, contra a Sabedoria, 
o mal não prevalece.
8,1
Ela se estende com vigor 
de uma extremidade à outra da terra
e com suavidade governa todas as coisas.
Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Salmo responsorial  Sl 118(119), 89,90.91.130.135.175 (R. 89a)
R. É eterna, ó Senhor, vossa palavra!

89
É eterna, ó Senhor, vossa palavra, *
ela é tão firme e estável como o céu.

R. É eterna, ó Senhor, vossa palavra!

90
De geração em geração, vossa verdade *
permanece como a terra que firmastes.

R. É eterna, ó Senhor, vossa palavra!

91
Porque mandastes, tudo existe até agora; *
todas as coisas, ó Senhor, vos obedecem!

R. É eterna, ó Senhor, vossa palavra!

130
Vossa palavra, ao revelar-se, me ilumina, *
ela dá sabedoria aos pequeninos.

R. É eterna, ó Senhor, vossa palavra!

135
Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo, *
e ensinai-me vossas leis e mandamentos!

R. É eterna, ó Senhor, vossa palavra!

175
Possa eu viver e para sempre vos louvar; *
e que me ajudem, ó Senhor, vossos conselhos! R.

R. É eterna, ó Senhor, vossa palavra!

Aclamação ao Evangelho  Jo 15,5
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Eu sou a videira e vós sois os ramos;     um fruto abundante vós haveis de dar.
– O Senhor esteja convosco;
– Ele está no meio de nós;
EVANGELHO
O Reino de Deus está entre vós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 17,20-25
– Glória a Vós, Senhor.
Naquele tempo,
20
os fariseus perguntaram a Jesus
sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus.
Jesus respondeu:
“O Reino de Deus não vem ostensivamente.
21
Nem se poderá dizer:
‘Está aqui’ou ‘Está ali’,
porque o Reino de Deus está entre vós”.
22
E Jesus disse aos discípulos:
“Dias virão em que desejareis ver
um só dia do Filho do Homem e não podereis ver.
23
As pessoas vos dirão:
‘Ele está ali’ou ‘Ele está aqui’.
Não deveis ir, nem correr atrás.
24
Pois, como o relâmpago brilha 
de um lado até ao outro do céu,
assim também será o Filho do Homem, no seu dia.
25
Antes, porém, ele deverá sofrer muito
e ser rejeitado por esta geração”.
Palavra da Salvação.
– Glória a Vós, Senhor.

SANTO DO DIA
Santo Estanislau Kostka

O santo que lembramos com muito carinho neste dia nasceu na nobre e influente família dos Kostka, a qual possuía uma sólida vida de piedade familiar. Nasceu no castelo de Rostkow, na vila de Prasnitz (Polônia), em 28 de outubro de 1550. Seu pai era o príncipe Kotska, um líder militar muito ambicioso. Foi nesse ambiente que Estanislau cresceu na amizade e intimidade com Cristo, que para ele tinha outros desígnios.
Aos 14 anos, Estanislau foi enviado para Viena, juntamente com seu irmão mais velho, Paulo, para cursar os estudos superiores. Devido a uma ordem do Imperador Maximiliano I, o internato jesuíta onde estudavam foi fechado, sobrando como refúgio o castelo de um príncipe luterano que, com Paulo, promoveu o calvário doméstico de Estanislau. Em resposta às agressões do irmão, que também eram físicas, e às tentações da corte, o santo e penitente menino permanecia firme em seus propósitos cristãos: “Eu nasci para as coisas eternas e não para as coisas do mundo”.
Alimentando sua grande devoção a Virgem Maria, estudou sem cessar, vivendo intensamente o espírito do Evangelho e dando testemunho com a sua vida e seu trabalho. Participava diariamente da Missa, dedicava-se à oração e buscava na comunhão o alimento necessário para suas virtudes, a força na luta e a proteção para sua pureza angelical.
Diante da pressão sofrida, a saúde de Estanislau cedeu; e, ao pedir que providenciassem um sacerdote para que pudesse comungar o Corpo de Cristo, recebeu a negativa dos homens, mas não a de Deus. Santa Bárbara apareceu-lhe, na companhia de anjos, portando Jesus Eucarístico e, em seguida, trazendo-lhe a saúde física, surgiu a Virgem Maria com o Menino Jesus.
Depois desse fato, o jovem discerniu sua vocação à vida religiosa como jesuíta, por isso, enfrentou familiares e, ousadamente, fugiu sozinho, a pé, e foi parar na Companhia de Jesus. Acolhido pelo Provincial, que o ouviu e se encantou com sua história, com somente 18 anos de idade, viveu apenas 9 meses no Noviciado porque em 1568 adquiriu uma misteriosa febre e, antes de morrer, os sacerdotes ouviram do seus lábios sorridentes dizerem: “Maria veio buscar-me, acompanhada de virgens para me levar consigo”.
Santo Estanislau Kotska foi proclamado santo pelo Papa Bento XIII, em 13 de novembro de 1726, formando com Luiz Gonzaga e João Berchmans, uma tríade admirável de santos modelos de pureza para a juventude de todos os tempos. Santo Estanislau foi denominado Padroeiro dos noviços e de toda a juventude.
Na mensagem, por ocasião do 450º aniversário da morte de santo Estanislau, em 15 de agosto de 2018, Papa Francisco recorda: “Santo Estanislau ensina-lhes a liberdade, que não é uma corrida às cegas, mas a capacidade de discernir a meta e seguir os melhores caminhos de comportamento e de vida. Ensina-lhes sempre a buscar, antes de tudo, a amizade com Jesus; a ler e a meditar a sua Palavra; a acolher a sua presença misericordiosa e poderosa na Eucaristia, a fim de resistir aos condicionamentos da mentalidade mundana”.
Santo Estanislau Kostka, rogai por nós!

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QUARTA-FEIRA, DIA 12 DE NOVEMBRO DE 2025

SÃO JOSAFÁ, BISPO E MÁRTIR
Cor Litúrgica vermelha

Primeira leitura
Sb 6,1-11
Escutai, ó reis, para que aprendais a Sabedoria.
Leitura do Livro da Sabedoria 6,1-11
1 Escutai, ó reis, e compreendei. Instruí-vos, governadores dos confins da terra!
2 Prestai atenção, vós que dominais as multidões e vos orgulhais do número de vossos súditos.
3 Pois o poder vos foi dado pelo Senhor e a soberania, pelo Altíssimo. É ele quem examinará as vossas obras e sondará as vossas intenções;
4 apesar de estardes ao serviço do seu reino, não julgastes com retidão, nem observastes a Lei, nem procedestes conforme a vontade de Deus.
5 Por isso, ele cairá de repente sobre vós,  de modo terrível, porque um julgamento implacável  será feito sobre os poderosos.
6 O pequeno pode ser perdoado por misericórdia, mas os poderosos serão examinados com poder.
7 O Senhor de todos não recuará diante de ninguém nem se deixará impressionar pela grandeza, porque o pequeno e o grande, foi ele quem os fez, e a sua providência é a mesma para com todos;
8 mas para os poderosos, o julgamento será severo.
9 A vós, pois, governantes,  dirigem-se as minhas palavras, para que aprendais a Sabedoria  e não venhais a tropeçar.
10 Os que observam fielmente as coisas santas serão justificados; e os que as aprenderem vão encontrar sua defesa.
11 Portanto, desejai ardentemente minhas palavras, amai-as e sereis instruídos.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Salmo responsorial
Sl 81(82),3-4.6-7 (R. 8a)
R. Levantai-vos, ó Senhor, julgai a terra!
 
3 Fazei justiça aos indefesos e aos órfãos, * ao pobre e ao humilde absolvei!
4 Libertai o oprimido, o infeliz, * da mão dos opressores arrancai-os!

R. Levantai-vos, ó Senhor, julgai a terra!

6 Eu disse: “Ó juízes, vós sois deuses, * sois filhos todos vós do Deus Altíssimo!
7 E, contudo, como homens morrereis, * caireis como qualquer dos poderosos!”

R. Levantai-vos, ó Senhor, julgai a terra!

Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Em tudo dai graças, pois esta é a vontade 
    de Deus para convosco, em Cristo, o Senhor.

Evangelho
Lc 17,11-19
Não houve quem voltasse para dar glória
a Deus, a não ser este estrangeiro.
– O Senhor esteja convosco;
– Ele está no meio de nós;
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 17,11-19
– Glória a Vós, Senhor. 
11 Aconteceu que, caminhando para Jerusalém, Jesus passava entre a Samaria e a Galileia.
12 Quando estava para entrar num povoado, dez leprosos vieram ao seu encontro. Pararam à distância,
13 e gritaram:  “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!”
14 Ao vê-los, Jesus disse: “Ide apresentar-vos aos sacerdotes”. Enquanto caminhavam,  aconteceu que ficaram curados.
15 Um deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz;
16 atirou-se aos pés de Jesus,  com o rosto por terra, e lhe agradeceu. E este era um samaritano.
17 Então Jesus lhe perguntou: “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão?
18 Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?”
19 E disse-lhe:  “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”.
Palavra da Salvação.
– Glória a Vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Josafat Kuncewicz, bispo e mártir

Josafat Kuntsevytch, bispo de Polotsk, Rutênia, região que, na época, estava sob o domínio do Rei da Polônia, dedicou a sua vida para alcançar a unidade dos cristãos no seio da Igreja Católica em Roma. Por isso, foi martirizado, em 1623, por mãos dos ortodoxos.  
S. Josafat Kuncewicz, bispo e mártir
Josafat nasceu em uma família de ortodoxos cismáticos; ainda muito jovem, foi enviado a Vilnius, para se aprofundar no comércio, onde presenciou, pessoalmente, à luta entre Rutenos unidos e Dissidentes. Retirou-se para o mosteiro dos Basilianos da Santíssima Trindade, vivendo como eremita, por alguns anos; neste interim, consolidou suas posições, expressas em algumas obras escritas, para demonstrar a origem católica da Igreja Rutena e sua dependência primitiva à Santa Sé, bem como para estimular a reforma dos mosteiros de rito Bizantino e reafirmar o celibato do clero.
De eremita a “Apóstolo da Unidade”
Josafat Kuntsevytch aprofundou a doutrina dos Padres da Igreja, pelos quais ficou encantado, por serem depositários da Verdade. A partir deles, retomou seus estudos com maior convicção. Percebeu que o pensamento dos Padres da Igreja do Oriente não havia afetado a unidade da Igreja Católica, definida como Universal, porque dispunha de uma autêntica beleza espiritual. Logo, era uma só Igreja, um único rebanho, no qual as ovelhas se reuniam, e um só pastor, o Papa, que não é apenas homem, mas representa o Vigário de Cristo na terra. Eis a vontade de Deus contida na Palavra, a Palavra que é única: não sofre alterações e permanece para sempre.
Acusado de “roubar almas”
Tais convicções, descritas acima, orientaram o ministério de Josafat: primeiro, como monge e fundador dos mosteiros de Byten e Zyrowice; depois, como Bispo de Vitebsk e coadjutor de Polotsk, da qual se tornou Arcebispo, em 1618. Precisamente por suas convicções, os opositores começaram a acusá-lo de “ladrão de almas” da Igreja Ortodoxa. Não obstante, ele não passou à Liturgia em língua latina, mas manteve a Paleoslava, baseando seus ensinamentos, sobretudo, em dois fundamentos: a fidelidade à Sé de Pedro e a Tradição dos Padres. Ele queria levar a tais convicções os hereges e cismáticos e, por esta causa sagrada, aceitou o martírio: o bom pastor não deixa de sacrificar a própria vida para salvar as suas ovelhas. Em 12 de novembro de 1623, ao sair da igreja, após a celebração de um rito festivo, foi atacado por um grupo de ortodoxos, que o esfaquearam e balearam. Josafat Kuntsevytch foi canonizado por Pio IX, em 1867.
Contexto histórico-político
Josafat Kuntsevytch nasceu em Wolodymyr, Volnya, território da Ucrânia trans-carpática, que, na época, pertencia à Tchecoslováquia, depois anexada à União Soviética, após a Primeira Guerra Mundial. Neste contexto, ocorreu uma perseguição cruel contra a Igreja local, fiel a Roma – a Igreja Uniata – obrigada a se submeter ao Patriarcado de Moscou. O território em questão – também denominado Rutênia – era habitado por uma população, com fortes tendências autonomistas, que, em certo ponto, em 1938, parece ter-se unido para a criação de um governo ruteno ou ucraniano, em Uzhorod, apoiado pelos alemães. No entanto, após a Segunda Guerra Mundial, a Igreja Católica Ucraniana – apenas a que, com a partição da Polônia, em 1700, havia passado ao domínio da Áustria e sobrevivido – juntou-se ao Patriarcado de Moscou. Hoje, apenas os ucranianos, que emigraram ou escaparam das deportações soviéticas, puderam, livremente, manter suas tradições e professar sua fidelidade a Roma.
Oração ao Espírito Santo, por intercessão de São Josafat Kuntsevytch:
“Intensificai, Senhor, na vossa Igreja a ação do Espírito Santo,
que levou o bispo São Josafat a dar a vida pelo seu povo,
para que, fortificados pelo mesmo Espírito,
não hesitemos em dar a vida pelos nossos irmãos”.
São Josafat, rogai por nós!

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TERÇA-FEIRA, DIA 11 DE NOVEMBRO DE 2025

SÃO MARTINHO DE TOURS, BISPO
Cor Litúrgica Branca

Primeira leitura
Sb 2,23-3,9
Aos olhos dos insensatos parecem ter morrido;
mas eles estão em paz.
Leitura do Livro da Sabedoria 2,23-3,9
23 Deus criou o homem para a imortalidade e o fez à imagem de sua própria natureza;
24 foi por inveja do diabo que a morte entrou no mundo, e experimentam-na os que a ele pertencem.
3,1 A vida dos justos está nas mãos de Deus, e nenhum tormento os atingirá.
2 Aos olhos dos insensatos parecem ter morrido; sua saída do mundo foi considerada uma desgraça,
3 e sua partida do meio de nós, uma destruição; mas eles estão em paz.
4 Aos olhos dos homens parecem ter sido castigados, mas sua esperança é cheia de imortalidade;
5 tendo sofrido leves correções, serão cumulados de grandes bens, porque Deus os pôs à prova  e os achou dignos de si.
6 Provou-os como se prova o ouro no fogo e aceitou-os como ofertas de holocausto;
7 no dia do seu julgamento hão de brilhar, correndo como centelhas no meio da palha;
8 vão julgar as nações e dominar os povos, e o Senhor reinará sobre eles para sempre.
9 Os que nele confiam compreenderão a verdade, e os que perseveram no amor ficarão junto dele, porque a graça e a misericórdia são para seus eleitos.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Salmo responsorial
Sl 33(34),2-3.16-17.18-19 (R. 2a)
R. Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!
 
2 Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, * seu louvor estará sempre em minha boca.
3 Minha alma se gloria no Senhor; * que ouçam os humildes e se alegrem!

R. Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!

16 O Senhor pousa seus olhos sobre os justos, * e seu ouvido está atento ao seu chamado;
17 mas ele volta a sua face contra os maus, * para da terra apagar sua lembrança.

R. Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!

18 Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta * e de todas as angústias os liberta.
19 Do coração atribulado ele está perto * e conforta os de espírito abatido.

R. Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!

Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Quem me ama, realmente, guardará minha palavra, 
    e meu Pai o amará e a ele nós viremos.
Evangelho
Lc 17,7-10
Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer.
– O Senhor esteja convosco;
– Ele está no meio de nós;
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 17,7-10
– Glória a Vós, Senhor. 
  Naquele tempo, disse Jesus:
7 “Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: ‘Vem depressa para a mesa’?
8 Pelo contrário, não vai dizer ao empregado: ‘Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois disso tu poderás comer e beber?’
9 Será que vai agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado?
10 Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer'”.
– Palavra da Salvação.
– Glória a Vós, Senhor.

SANTO DO DIA
São Martinho, bispo de Tours

Martinho de Tours é um dos santos mais conhecidos da Igreja católica. Um dos seus títulos é “Apóstolo da Gália”. Foi soldado e, depois, monge e Bispo. Permaneceu fiel à escolha dos pobres, em nome de Cristo, a quem, certa noite, deu metade do seu manto na pessoa de um pobre.  
São Martinho, bispo de Tours
Seu gesto: poucos personagens podem ter sua história resumida em uma única ação, tão poderosa a ponto de permanecer indelével e profunda em uma vida.
São Martinho pertenceu a uma categoria especial de santos. Seu famoso manto é a antonomásia de um homem que nasceu em 316 ou 317, ao término do tardo Império Romano, na Panônia, hoje Hungria.
Filho de um tribuno militar, Martinho viveu em Pavia porque seu pai, um veterano do exército, havia recebido de presente um terreno naquela cidade.
Seus pais eram pagãos, mas a criança era atraída pelo cristianismo; com apenas 12 anos, queria ser asceta e retirar-se para o deserto. Mas, um edito imperial interpôs a farda e a espada ao seu sonho de oração em solidão. Por isso, Martinho teve que se alistar e acabou em um quartel na Gália.
Metade ao pobre Jesus
Seu gesto do manto ocorreu em torno do ano 335. Como membro da guarda imperial, o jovem soldado era muito requerido para as rondas noturnas. Em uma delas, durante o inverno, Martinho deparou-se, a cavalo, com um mendigo seminu. Movido de compaixão, tirou seu manto, o cortou em duas partes e deu a metade ao pobre. Na noite seguinte, Jesus apareceu-lhe em sonho, usando a metade do manto, dizendo aos anjos: “Este aqui é Martinho, o soldado romano não batizado: ele me cobriu com seu manto”. O sonho impressionou muito o jovem soldado, que, a festa da Páscoa seguinte foi batizado.
Por vinte anos, ele continuou a servir o exército de Roma, dando testemunho da sua fé em um ambiente tão distante dos seus sonhos de adolescente. Mas, ele ainda tinha uma longa vida para ser vivida.
Do mosteiro à púrpura
Logo que pôde, ao ser dispensado do exército, foi ter com o Dom Hilário, bispo de Poitiers, firme opositor da heresia ariana.
Esta oposição do purpurado custou-lhe o exílio, pois o imperador Constâncio II era um seguidor da doutrina de Ário. No entanto, Martinho tinha ido visitar a sua família na Panônia. Ao saber da notícia, retirou-se para um mosteiro perto de Milão.
Quando o Bispo voltou do exílio, Martinho foi visitá-lo, obtendo dele a permissão para fundar um mosteiro perto de Tours. Assim, vivendo uma vida austera em cabanas, o ex-soldado, – que havia dado seu manto a Jesus, – tornou-se pobre como desejava. Rezava e pregava a fé católica em terras francesas, onde ficou conhecido por muitos.
Sua popularidade transformou-se em nomeação como Bispo de Tours, em 371. Martinho aceitou, mas com seu estilo próprio de vida: não quis viver como príncipe da Igreja, para que as pessoas – pobres, presos e enfermos – continuassem a encontrar abrigo sob seu manto.
São Martinho viveu nas adjacências dos muros da cidade, no mosteiro de Marmoutier, o mais antigo da França. Dezenas de monges o seguiram, muitos deles, pertenciam à casta nobre.
Um verdadeiro cavaleiro
Em 397, em Condate, atual Candes de Saint-Martin, o Bispo de 80 anos partiu com a missão de reconstituir um cisma surgido entre o clero local. Em virtude do seu carisma, pacificou os ânimos. Mas, antes de regressar para Tours, foi acometido por uma série de febres violentas.
São Martinho de Tours faleceu, deitado na terra nua, conforme o seu desejo. Uma grande multidão participou do enterro de um homem tão querido, generoso e solidário como um verdadeiro cavaleiro de Cristo.
São Martinho de Tours, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 10 DE NOVEMBRO DE 2025

SÃO LEÃO MAGNO, PAPA E DOUTOR DA IGREJA
Cor Litúrgica branca

Primeira leitura
Sb 1,1-7
A Sabedoria é o espírito que ama os homens;
o Espírito do Senhor enche toda a terra.
Início do Livro da Sabedoria 1,1-7
1 Amai a justiça, vós que governais a terra; tende bons sentimentos para com o Senhor e procurai-o com simplicidade de coração.
2 Ele se deixa encontrar pelos que não exigem provas, e se manifesta aos que nele confiam.
3 Pois os pensamentos perversos afastam de Deus; e seu poder, posto à prova, confunde os insensatos.
4 A Sabedoria não entra numa alma que trama o mal nem mora num corpo sujeito ao pecado.
5 O espírito santo, que a ensina, foge da astúcia, afasta-se dos pensamentos insensatos e retrai-se quando sobrevém a injustiça.
6 Com efeito, a Sabedoria é o espírito que ama os homens, mas não deixa sem castigo quem blasfema com seus próprios lábios, pois Deus é testemunha dos seus pensamentos, investiga seu coração segundo a verdade e mantém-se à escuta da sua língua;
7 porque o espírito do Senhor enche toda a terra, mantém unidas todas as coisas e tem conhecimento de tudo o que se diz.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Salmo responsorial
Sl 138(139),1-3.4-6.7-8.9-10 (R. 24b)

R. Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!
 
1 Senhor, vós me sondais e conheceis, *
2 sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensamentos, †

R. Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!

3 percebeis quando me deito e quando eu ando, * os meus caminhos vos são todos conhecidos.

R. Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!

4 A palavra nem chegou à minha língua, * e já, Senhor, a conheceis inteiramente.
5 Por detrás e pela frente me envolveis; * pusestes sobre mim a vossa mão.
6 Esta Verdade é por demais maravilhosa, * é tão sublime que não posso compreendê-la.

R. Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!

7 Em que lugar me ocultarei de vosso espírito? * E para onde fugirei de vossa face?
8 Se eu subir até os céus, ali estais; * se eu descer até o abismo, estais presente.

R. Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!

9 Se a aurora me emprestar as suas asas, * para eu voar e habitar no fim dos mares;
10 mesmo lá vai me guiar a vossa mão * e segurar-me com firmeza a vossa destra.

R. Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!

Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Como astros no mundo brilheis, 
    pregando a Palavra da vida!
Evangelho
Lc 17,1-6
Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes
vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo.
– O Senhor esteja convosco;
– Ele está no meio de nós;
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 17,1-6
– Glória a Vós, Senhor.
  Naquele tempo,
1 Jesus disse a seus discípulos: “É inevitável que aconteçam escândalos. Mas ai daquele que produz escândalos!
2 Seria melhor para ele que lhe amarrassem uma pedra de moinho no pescoço e o jogassem no mar, do que escandalizar um desses pequeninos.
3 Prestai atenção: se o teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se converter, perdoa-lhe.
4 Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti, dizendo:  ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo”.
5 Os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!”
6 O Senhor respondeu: “Se vós tivésseis fé,  mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria”.
– Palavra da Salvação.  
– Glória a Vós, Senhor.

SANTO DO DIA
São Leão Magno, papa e doutor da Igreja

“Um dos maiores Pontífices que honrou a Sé romana”: assim Bento XVI definiu São Leão Magno. Este Papa, que viveu no século V, passou para a história por ter inspirado o Concílio Ecumênico de Calcedônia e por ter detido Átila, chefe dos Hunos, que estava para invadir a Itália.  
S. Leão Magno, papa e doutor da Igreja
No ano 452 d.C., a península italiana tremia diante dos Hunos, liderados por Átila. Grande parte do norte já havia caído nas garras do invasor. As cidades de Aquileia, Pádua e Milão tinham sido conquistadas, saqueadas e arrasadas. Átila avançava na sua continua corrida e se encontrava perto de Mântua, no rio Mincio. Ali, a história se detém e se forma.
Leão Magno, eleito Papa doze anos antes, guiou uma delegação de Roma para se encontrar com Átila, o qual dissuadiu a continuar a guerra de invasão.
A lenda – retomada depois por Raphael, nos afrescos das “Salas do Vaticano” – narra que o líder dos hunos se retirou após ter visto aparecer, atrás de Leão, os Apóstolos Pedro e Paulo, armados de espadas.
Três anos depois, em 455, foi ainda o “Papa Magno”, embora desarmado, a deter, às portas de Roma, os Vândalos da África, guiados pelo rei Genserico. Graças à sua intervenção, a cidade foi saqueada, mas não incendiada. Permaneceram intactas as Basílicas de São Pedro, de São Paulo fora dos Muros e de São João em Latrão, nas quais a população encontrou abrigo e se salvou.
“Pedro falou pela boca de Leão”
A vida de Leão, porém, não consistiu apenas no seu compromisso com a paz, que levou adiante com coragem e sem cessar. O Pontífice dedicou-se muito também à defesa da doutrina. Foi ele que, de fato, inspirou o Concílio Ecumênico de Calcedônia – atual Kadiköy, na Turquia -, que reconheceu e afirmou a unidade de duas naturezas em Cristo: humana e divina; rejeitou a “heresia de Eutiques”, que negava a essência humana do Filho de Deus. A intervenção de Leão no Concílio foi feita através de um texto doutrinal fundamental: o “Tomo de Leão” contra Flaviano, bispo de Constantinopla. O documento foi lido publicamente aos 350 Padres conciliares, que o acolheram por aclamação, afirmando: “Pedro falou pela boca de Leão, que ensinou segundo a piedade e a verdade”.
Teólogo e pastor
Sustentador e promotor da Primazia de Roma, o “Pontífice Magno” deixou para a história quase 100 sermões e cerca de 150 cartas, nos quais demonstra ser teólogo e pastor, zeloso com a comunhão entre as várias Igrejas, sem jamais esquecer as necessidades dos fiéis. De fato, foi para eles que incentivou as obras de caridade em uma Roma dominada pela escassez, pobreza, injustiças e superstições pagãs; colocou em prática todas as ações necessárias – lê-se em seus escritos – para manter constantemente a justiça e “oferecer amorosamente a clemência, porque sem Cristo nada podemos fazer, mas com Ele tudo é possível”.
O 45º Papa da história
Natural da Toscana, tornou-se diácono da Igreja de Roma, por volta do ano 430; dez anos depois, Leão foi enviado pela imperatriz Plácida para pacificar a Gália, disputada pelo general Aécio e o prefeito pretoriano Albino. Após alguns meses, faleceu o Papa Sisto III. Leão, seu conselheiro, foi o Sucessor. Sua consagração como Pontífice – o 45º da história – ocorreu em 29 de setembro de 440.
Um Pontificado de “primazias”
Seu Pontificado, que durou vinte e um anos, colecionou várias primazias: foi o primeiro Bispo de Roma a ser chamado Leão; o primeiro Sucessor de Pedro a ser chamado “Magno”; o primeiro Papa, que por sua pregação, foi também um dos dois únicos Papas – o outro foi Gregório Magno – a receber, em 1754, por desejo do Papa Bento XIV, o título de “Doutor da Igreja”.
A morte de Leão Magno ocorreu em 10 de novembro de 461. Segundo alguns historiadores, ele foi também o primeiro Papa a ser sepultado na Basílica Vaticana. Suas relíquias, ainda hoje, são conservadas na Capela de “Nossa Senhora do Pilar, na Basílica de São Pedro”.
São Leão Magno, rogai por nós!

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DOMINGO, DIA 09 DE NOVEMBRO DE 2025

Dedicação à Basílica de Latrão em Roma
Cor Litúrgica Branca

Primeira Leitura
(Ez 47,1-2.8-9.12)
Leitura da Profecia de Ezequiel.
Naqueles dias, 1 o homem fez-me voltar até a entrada do Templo e eis que saía água da sua parte subterrânea na direção leste, porque o Templo estava voltado para o oriente; a água corria do lado direito do Templo, ao sul do altar. 2 Ele fez-me sair pela porta que dá para o norte, e fez-me dar uma volta por fora, até à porta que dá para o leste, onde eu vi a água jorrando do lado direito. 8 Então ele me disse: “Estas águas correm para a região oriental, descem para o vale do Jordão, desembocam nas águas salgadas do mar, e elas se tornarão saudáveis. 9 Onde o rio chegar, todos os animais que ali se movem poderão viver. Haverá peixes em quantidade, pois ali desembocam as águas que trazem saúde; e haverá vida onde chegar o rio. 12 Nas margens junto ao rio, de ambos os lados, crescerá toda espécie de árvores frutíferas; suas folhas não murcharão e seus frutos jamais se acabarão: cada mês darão novos frutos, pois as águas que banham as árvores saem do santuário. Seus frutos servirão de alimento e suas folhas serão remédio”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial
 Sl 45(46),2-3.5-6.8-9 (R. 5) )
Responsório Sl 45(46),2-3.5-6.8-9 (R. 5) )
– Os braços de um rio vêm trazer alegria à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.
– Os braços de um rio vêm trazer alegria à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.
– O Senhor para nós é refúgio e vigor, sempre pronto, mostrou-se um socorro na angústia; assim não tememos, se a terra estremece, se os montes desabam, caindo nos mares. 

– Os braços de um rio vêm trazer alegria à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.

– Os braços de um rio vêm trazer alegria à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo. Quem a pode abalar? Deus está no seu meio! Já bem antes da aurora, ele vem ajudá-la.

– Os braços de um rio vêm trazer alegria à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.

– Conosco está o Senhor do universo! O nosso refúgio é o Deus de Jacó! Vinde ver, contemplai os prodígios de Deus e a obra estupenda que fez no universo: reprime as guerras na face da terra.

– Os braços de um rio vêm trazer alegria à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.

Segunda Leitura
3,9c-11.16-17
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.
Irmãos, 9c vós sois lavoura de Deus, construção de Deus. 10 Segundo a graça que Deus me deu, eu coloquei — como experiente mestre de obra — o alicerce, sobre o qual outros se põem a construir. Mas cada qual veja bem como está construindo. 11 De fato, ninguém pode colocar outro alicerce diferente do que está aí, já colocado: Jesus Cristo. 16 Acaso não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus mora em vós? 17 Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá, pois o santuário de Deus é santo, e vós sois esse santuário.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Evangelho
Jo 2,13-22
Evangelho (Jo 2,13-22)
– Aleluia, Aleluia, Aleluia.
– Esta casa eu escolhi e santifiquei, para nela estar meu nome para sempre.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
-Glória a vós, Senhor.
13 Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. 14 No Templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados. 15 Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. 16 E disse aos que vendiam pombas: “Tirai isto daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!” 17 Seus discípulos lembraram-se, mais tarde, que a Escritura diz: “O zelo por tua casa me consumirá”. 18 Então os judeus perguntaram a Jesus: “Que sinal nos mostras para agir assim?” 19 Ele respondeu: “Destruí, este Templo, e em três dias o levantarei”. 20 Os judeus disseram: “Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?” 21 Mas Jesus estava falando do Templo do seu corpo. 22 Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele.
– Palavra da Salvação.
– Glória a vós, Senhor.

SANTO DO DIA
Dedicação da Basílica de Latrão, a Mãe de todas as Igrejas

Origens 
Sob o Pontificado de Bento XIII, em 1724, houve a criação da Festa que hoje celebramos. Desde então, ela foi estendida a toda a cristandade. Bento reconsagrou a Basílica depois dela ser várias vezes destruída e reconstruída, tendo a sua última atualização nesta data. Na Igreja Latina, essa data é sinal de amor e unidade ao Papa. O dia é dedicado para rezar pelo Papa e fazer memória de sua importância religiosa particular e mundial. E ainda dia de louvor e agradecimento pelo local físico (Igreja, capela, Matriz), no qual cada um frequenta como patrimônio e fonte de união eclesial.
Liberdade aos Cristãos
Quando o imperador Constantino deu plena liberdade aos cristãos (ano 313), estes não pouparam esforços para construir templos ao Senhor. Por isso, muitas igrejas foram construídas naquela época.
O próprio imperador doou ao Papa Melquíades a antiga propriedade da família Lateranense. Ali, se construiu a Basílica, o Batistério e a “Patriarquia”, ou seja, a residência do Bispo de Roma. Onde os papas habitaram até o período de Avinhão. 
Basílica do Santíssimo Salvador e dos Santos João Batista e João Evangelista de Latrão
A Dedicação
O Papa Silvestre I dedicou-a ao Santíssimo Salvador (318 ou 324). Só no século VI foram acrescentados os títulos dos santos São João Batista e João Evangelista. Ali, foi construída uma Capela dedicada a São João Batista, que servia de batistério. No século IX, o Papa Sérgio III confirmou a dedicação a João Batista. Por fim, no século XII, Papa Lúcio II também a dedicou a São João Evangelista. Daí a denominação da Basílica Papal do Santíssimo Salvador e dos Santos João Batista e Evangelista de Latrão. A Basílica é considerada pelos cristãos como a principal, “a mãe e cabeça de todas as igrejas da cidade e do mundo”.
A Importância dos Edifícios Materiais
Bento XVI expressou essa data da seguinte forma: “Queridos amigos, a festa de hoje celebra um Mistério sempre atual, isto é, Deus quer edificar no mundo um templo espiritual, uma comunidade que o adore em espírito e verdade (cf. Jo 4, 23-24). Mas esta celebração recorda também a importância dos edifícios materiais, nos quais as comunidades reúnem para celebrar o louvor de Deus. Cada comunidade tem, portanto, o dever de conservar com cuidado os próprios edifícios sagrados, que constituem um preciosos patrimônio religioso e histórico. Invoquemos então a intercessão de Maria Santíssima, para que nos ajude a tornar-nos como ela, ‘casa de Deus’, templo vivo do seu amor”. (Angelus, 9 de novembro de 2008).
Somos morada do Jesus Ressuscitado 
Somos a casa de Deus
Assim, cada um de nós também é a “casa de Deus”, em Jesus ressuscitado, porque o Espírito mora em mim, em cada um de nós (1Cor 3,16). Por um lado, o simples fato de estarmos cientes disso, leva-nos a louvar o Senhor e, por outro, a dizer, às vezes, de modo excessivo: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa…” (Mt 8,8), esquecendo que Ele já está em nós, nos acolhe e nos ama, não como gostaríamos de ser, mas como somos, aqui e agora. 
Tenhamos o olhar fixo em Jesus
As distrações, presentes em nós, tornam desfocada a face do Senhor! Quando aprendermos a manter o nosso olhar fixo em Jesus, autor e aperfeiçoador da nossa fé e da nossa amizade com Ele (Cf. Hb 12,1-4), então o nosso rosto brilhará com a luz, que brota de um coração “unificado”. O equilíbrio exigido não deve ser coisa passageira, mas todo um caminho de vida, um contínuo entrar em nós mesmos em vista da “morada do Rei” (Cf. Castelo Interior, Santa Teresa de Ávila).
Minha oração
“ Ao festejar essa basílica, pedimos ao Senhor que sejamos templos vivos de Deus e saibamos cuidar tanto do templo feito de tijolos quanto aqueles de carne. Que vejamos o sagrado nos objetos e nas pessoas que nos circundam. Amém.”
Todos os Santos e Santas de Deus, roguem a Deus por nós!

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SÁBADO, DIA 08 DE NOVEMBRO DE 2025

XXI semana do tempo comum
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Rm 16,3-9.16.22-27
– Leitura da carta de São Paulo aos Romanos: Irmãos, 3saudai Prisca e Áquila, colaboradores meus em Cristo Jesus, 4os quais expuseram a sua própria vida para salvar a minha. Por isso, eu lhes sou agradecido; não somente eu, mas também todas as Igrejas do mundo pagão. 5Saudai igualmente a Igreja que se reúne na casa deles. Saudai meu muito estimado Epêneto, que faz parte dos primeiros frutos da Ásia para Cristo. 6Saudai Maria, que trabalhou muito em proveito vosso. 7Saudai Andrônico e Júnias, meus parentes e companheiros de prisão, apóstolos notáveis e que se tornaram discípulos de Cristo antes de mim. 8Saudai Ampliato, a quem estimo muito no Senhor. 9Saudai Urbano, nosso colaborador em Cristo, e a meu caríssimo Estaquis. 16Saudai-vos uns aos outros com o beijo santo. Todas as Igrejas de Cristo vos saúdam. 22Saúdo-vos eu, Tércio, que escrevo esta epístola no Senhor. 23Saúda-vos Caio, meu hóspede e de toda a Igreja. 24Saúda-vos Erasto, tesoureiro da cidade, e o irmão Quarto. 25Glória seja dada àquele que tem o poder de vos confirmar na fidelidade ao meu evangelho e à pregação de Jesus Cristo, de acordo com a revelação do mistério mantido em sigilo desde sempre. 26Agora este mistério foi manifestado e, mediante as Escrituras proféticas, conforme determinação do Deus eterno, foi levado ao conhecimento de todas as nações, para trazê-las à obediência da fé. 27A ele, o único Deus, o sábio, por meio de Jesus Cristo, a glória, pelos séculos dos séculos. Amém!
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl 145,2-3.4-5.10-11 (R: 1b)
– Bendirei o vosso nome pelos séculos, Senhor!
R: Bendirei o vosso nome pelos séculos, Senhor!

– Todos os dias haverei de bendizer-vos, hei de louvar o vosso nome para sempre. Grande é o Senhor e muito digno de louvores, e ninguém pode medir sua grandeza. 
R: Bendirei o vosso nome pelos séculos, Senhor!

– Uma idade conta à outra vossas obras e publica vossos feitos poderosos; proclamam todos o esplendor de vossa glória e divulgam vossas obras portentosas!
R: Bendirei o vosso nome pelos séculos, Senhor!

– Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!
R: Bendirei o vosso nome pelos séculos, Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Jesus Cristo, Senhor nosso, embora sendo rico, para nós se tornou pobre, a fim de enriquecer-nos mediante sua pobreza. (2Cor 8,9)
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 16,9-15 
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 9“Usai o dinheiro injusto para fazer amigos, pois, quando acabar, eles vos receberão nas moradas eternas. 10Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes. 11Por isso, se vós não sois fiéis no uso do dinheiro injusto, quem vos confiará o verdadeiro bem? 12E se não sois fiéis no que é dos outros, quem vos dará aquilo que é vosso? 13Ninguém pode servir a dois senhores: porque ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro”. 14Os fariseus, que eram amigos do dinheiro, ouviam tudo isso e riam de Jesus. 15Então Jesus lhes disse: “Vós gostais de parecer justos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações. Com efeito, o que é importante para os homens, é detestável para Deus”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Godofredo

Condenou com veemência os abusos do clero e procedeu à reforma das comunidades religiosas
Godofredo, cujo nome significa “paz de Deus”, nasceu em 1066, filho de família nobre francesa. Com cinco anos foi entregue para ser educado pelos monges beneditinos. Ordenou-se sacerdote aos vinte e cinco anos de idade.
A sua integridade de caráter, profundidade nos conhecimentos dos assuntos da fé, bem como a visão social que demonstrava, logo chamaram a atenção dos superiores. Foi nomeado abade, com a delicada missão de restabelecer as regras disciplinares dos monges, muito afastados do ideal da vida cristã.
Ele próprio viveu uma vida simples e dedicada ao seguimento de Cristo. Era comum ver os mendigos e leprosos participando da sua mesa, pois acolhia todos os necessitados com abrigo e esmolas fartas. Suas virtudes levaram o povo e o clero a eleger Godofredo como Bispo de Amiens.
Nesta diocese enfrentou os ricos e poderosos, que viviam apegados ao vício e aos prazeres corporais. Sua pregação era dura e acabou atraindo para si a ira de muitas pessoas. Houve uma ocasião em que tentaram envenená-lo.
Godofredo ainda viveu longo tempo como pastor e reformador da sua diocese. Morreu no dia 08 de novembro de 1115.
Reflexão
Godofredo foi um homem do povo. Sua simplicidade cativava homens e mulheres que o procuravam para conselhos espirituais. Colocou-se ao lado do povo simples, defendendo-o contra a ganância dos poderosos. Condenou com veemência os abusos do clero e procedeu à reforma das comunidades religiosas. Sua persistência custaram-lhe a vida, mas como prêmio recebeu a coroa da imortalidade ao lado de Deus.
Oração
Deus, nosso Pai, ficai conosco, dissipai todo o medo e apaziguai os nossos corações, para que, mediante vossa ação libertadora em nós, a luz da fé renasça em nossas vidas. A exemplo de Godofredo, dai-nos a calma tranquilidade para enfrentar as dificuldade do dia-a-dia. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
A12 / Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
São Godofredo, rogai por nós!

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SEXTA-FEIRA, DIA 07 DE NOVEMBRO DE 2025

XXXI semana do tempo comum
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Rm 15,14-21
– Leitura da carta de São Paulo aos Romanos: Meus irmãos, 14de minha parte, estou convencido, a vosso respeito, que vós tendes bastante bondade e ciência, de tal maneira que podeis admoestar-vos uns aos outros. 15No entanto, em algumas passagens, eu vos escrevo com certa ousadia, como para reavivar a vossa memória, em razão da graça que Deus me deu. 16Por esta graça eu fui feito ministro de Jesus Cristo entre os pagãos e consagrado servidor do Evangelho de Deus, para que os pagãos se tornem uma oferenda bem aceite santificada no Espírito Santo. 17Tenho, pois, esta glória em Jesus Cristo no que se refere ao serviço de Deus: 18Não ouso falar senão daquilo que Cristo realizou por meu intermédio, para trazer os pagãos à obediência da fé, pela palavra e pela ação, 19por sinais e prodígios, no poder do Espírito de Deus. Assim, eu preguei o Evangelho de Cristo, desde Jerusalém e arredores até a Ilíria, 20tendo o cuidado de pregar somente onde Cristo ainda não fora anunciado, para não acontecer de eu construir sobre alicerce alheio. 21Agindo desta maneira, eu estou de acordo com o que está escrito: “Aqueles aos quais ele nunca fora anunciado, verão; aqueles que não tinham ouvido falar dele, compreenderão”.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl 98,1.2-3ab.3cd-4 (R: 2b)
– O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.
R: O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.

– Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
R: O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.

– O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.
R: O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.

– Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!
R: O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– O amor de Deus se realiza em todo aquele que guarda sua Palavra fielmente (1Jo 2,5)
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 16,1-8 
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 1Jesus disse aos discípulos: “Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. 2Ele o chamou e lhe disse: ‘Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens’. 3O administrador então começou a refletir: ‘O senhor vai me tirar a administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. 4Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração’. 5Então ele chamou cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu patrão?’ 6Ele respondeu: ‘Cem barris de óleo!” O administrador disse: ‘Pega a tua conta, senta-te, depressa, e escreve cinquenta!’ 7Depois ele perguntou a outro: ‘E tu, quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. O administrador disse: ‘Pega tua conta e escreve oitenta’. 8E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. “Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Vilibrordo, o bispo de Utrecht

Origens 
São Vilibrordo nasceu em Nortúmbria, Alemanha, em 658. Pertencente a uma família cristã, foi enviado pelo pai como oblato, aos cinco anos, para o mosteiro de York, Inglaterra. Crescido, decidiu dedicar-se ao estado monástico. Ingressou para a Irlanda para aperfeiçoar sua cultura teológica sob guia do abade Egberto. Após nove anos de estudos, foi ordenado sacerdote.
Missionário na Holanda
No ano de 690, foi enviado como missionário acompanhado de onze companheiros para a Frísia, para a evangelização de bárbaros que viviam na Holanda. Escolhido pelo rei Franco Pepino, foi-lhe confiado como campo de apostolado a região ao leste, onde viviam povos hostis ao Evangelho e estavam em frequentes revoltas.
Tornou-se Bispo pelo Papa Sérgio I
Realizou uma viagem para Roma, após sua experiência de apostolado, com o intuito de receber o apoio do Papa Sérgio I, que muito o animou e o presenteou com as relíquias de santos mártires para serem colocadas nas futuras igrejas. Voltou para Roma alguns anos mais tarde, a fim de relatar ao Papa seus sucessos, suas dificuldades e seus planos. Contente com seu empenho, o Papa decidiu torná-lo bispo, acrescentando ao seu nome um nome latino: Clemente.
São Vilibrorbo: o fundador de sedes episcopais e mosteiros
Sede episcopal em Utrecht
Em seu árduo apostolado, São Vilibrordo fundou sua primeira sede episcopal em Utrecht, conquistou a catedral, dedicando-a ao Santíssimo Redentor. Fez progressos na conversão da Frísia e, em seguida, na Dinamarca e na região da Turíngia.
O Afastamento de Frísia
Com a morte do rei Pepino, seu protetor, duque Ratbodo reconquistou parte do território que havia perdido na Frísia, obrigando São Vilibrordo a se afastar da região, ficando retirado perto de Treves, onde anteriormente havia fundado um mosteiro.
O Retorno
Retornou para a Frísia um tempo depois, após a morte de Ratbodo, ajudou São Bonifácio alguns anos no apostolado da Alemanha, conseguindo consolidar a evangelização entre os povos do norte da Europa.
Grande Homem
Descrito por muitos biógrafos com pequena estatura,  São Vilibrordo foi um homem grandioso em suas ações, sobretudo um grande organizador, com destacado senso de comando que lhe permitiu graças também à formação de muitos bispos.
Páscoa
Cansado pelas fadigas apostólicas  e debilitado pela idade, afastou-se no mosteiro de Echternach, onde faleceu no dia 7 de novembro de 739.
Minha oração
“Com grande alma formativa, soubeste ensinar o evangelho aos líderes tanto quanto aos mais simples, educai-nos para uma vida entregue a Deus na formação das nossas almas, assim como a daqueles que necessitam de orientação. Que sejamos fiéis conselheiros, sem medo da verdade e da caridade. Amém.”
São Vilibrordo, rogai por nós!

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QUINTA-FEIRA, DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2025

XXXI semana do tempo comum
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Rm 14,7-12
– Leitura da carta de São Paulo aos Romanos: Irmãos, 7ninguém dentre nós vive para si mesmo ou morre para si mesmo. 8Se estamos vivos, é para o Senhor que vivemos; se morremos, é para o Senhor que morremos. Portanto, vivos ou mortos, pertencemos ao Senhor. 9Cristo morreu e ressuscitou exatamente para isto, para ser o Senhor dos mortos e dos vivos. 10E tu, por que julgas o teu irmão? Ou, mesmo, por que desprezas o teu irmão? Pois é diante do tribunal de Deus que todos compareceremos. 11Com efeito, está escrito: “Por minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim e toda língua glorificará a Deus”. 12Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl 27,1.4.13-14 (R: 13)
– Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver, na terra dos viventes.
R: Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver, na terra dos viventes.

– O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei?
R: Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver, na terra dos viventes.

– Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor por toda a minha vida; saborear a suavidade do Senhor e contemplá-lo no seu templo.
R: Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver, na terra dos viventes.

– Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!
R: Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver, na terra dos viventes.

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o Senhor (Mt 11,28). 
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 15,1-10.
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 1os publicanos e pecadores aproximaram-se de Jesus para o escutar. 2Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus. “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. 3Então Jesus contou-lhes esta parábola: 4“Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto, e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la? 5Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria, 6e, chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!’ 7Eu vos digo: Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão. 8E se uma mulher tem dez moedas de prata e perde uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e a procura cuidadosamente, até encontrá-la? 9Quando a encontra, reúne as amigas e vizinhas, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a moeda que tinha perdido!’ 10Por isso, eu vos digo, haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Leonardo de Noblac

Local: Noblac, França
Data: 06 de Novembro † c. s. VI
É dos santos mais populares na Europa central. Diz de fato um estudioso que em sua honra foram erigidas nada menos que seiscentas igrejas e capelas, e seu nome se encontra frequentemente na toponomástica e no folclore. O mesmo estudioso acrescenta que ele “com especial devoção sacudiu a época das cruzadas e entre os devotos sobressaiu o príncipe Boemundo de Antioquia, que, prisioneiro dos infiéis no ano 1100, atribuiu a sua libertação em 1103 ao santo, e voltando à Europa, doou ao santuário de são Leonardo de Noblac, como voto, corrente de prata, parecida com as que o amarraram durante sua prisão”. São Leonardo de Noblac (ou de Limoges) é santo descoberto no início do século XI, e é a esse período que remontam as primeiras biografias, bastante lendárias.
Com o seu costumeiro senso crítico, os balandistas declararam cheia de fábulas a Vida de são Leonardo escrita pouco depois de 1030. É ainda dessa fonte, na verdade pouco genuína, que tiramos as notícias seguintes: Leonardo nasceu na Gália no tempo do imperador Anastácio, isto é, entre 491 e 518, sendo seus pais, além de nobres, também amigos íntimos de Clóvis, o grande chefe dos francos. Tornando-se moço, Leonardo não quis seguir a carreira das armas e preferiu pôr-se no seguimento de são Remígio, que se tornara bispo de Reims.
Como são Remígio, aproveitando-se da sua amizade com o rei, conseguira o privilégio de conceder a liberdade a todos os prisioneiros com os quais se encontrasse, também Leonardo pediu e obteve poder análogo, que exerceu frequentemente. O rei sentiu-se no direito de oferecer outra coisa, a dignidade episcopal. Mas Leonardo, que não aspirava a glórias humanas, preferiu retirar-se primeiro para junto de são Maximino em Micy e depois para as proximidades de Limoges, bem no meio de uma floresta denominada Pavum.
Sua solidão foi interrompida um dia com a chegada de Clóvis que caçava com os seus seguidores. Com o rei estava até a rainha, que precisamente naquela ocasião começou a sentir dores de parto. As orações e os cuidados de são Leonardo propiciaram-lhe um feliz parto, e então o rei fez com Leonardo um pacto singular: dar-lhe-ia de presente, para edificar ali um mosteiro, todo o terreno que ele conseguisse percorrer montado num burro.
Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.
São Leonardo de Noblac, rogai por nós!