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TERÇA-FEIRA, DIA 09 DE DEZEMBRO DE 2025

II semana do Advento
Cor Litúrgica roxa

Primeira leitura
Is 40,1-11
– Leitura do livro do profeta Isaías: 1Consolai o meu povo, consolai-o! – diz o vosso Deus. 2Falai ao coração de Jerusalém e dizei em alta voz que sua servidão acabou e a expiação de suas culpas foi cumprida; ela recebeu das mãos do Senhor o dobro por todos os seus pecados. 3Grita uma voz: “preparai no deserto o caminho do Senhor, aplainai na solidão a estrada do nosso Deus. 4Nivelem-se todos os vales, rebaixem-se todos os montes e colinas; endireite-se o que é torto e alisem-se as asperezas: 5a glória do Senhor então se manifestará, e todos os homens verão juntamente o que a boca do Senhor falou”. 6Dizia uma voz: “Grita!” E respondi: “Que devo gritar?” A criatura humana é feno, toda a sua glória é como flor do campo; 7seca o feno, murcha a flor ao soprar o Senhor sobre eles. Sim, o povo é feno. 8Seca o feno, murcha a flor, mas a palavra de nosso Deus fica para sempre. 9Sobe a um alto monte, tu, que trazes a boa nova a Sião; levanta com força a tua voz, tu, que trazes a boa nova a Jerusalém, ergue a voz, não temas; dize às cidades de Judá: “Eis o vosso Deus, 10eis que o Senhor Deus vem com poder, seu braço tudo domina: eis, com ele, sua conquista, eis à sua frente a vitória. 11Como um pastor, ele apascenta o rebanho, reúne, com a força dos braços, os cordeiros e carrega-os ao colo; ele mesmo tange as ovelhas-mães”.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl 96,1-2.3.10ac.11-12.13 (R: Is 40,9-10)
– Olhai e vede: o nosso Deus vem com poder!
R: Olhai e vede: o nosso Deus vem com poder!

Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome! Dia após dia anunciai sua salvação.
R: Olhai e vede: o nosso Deus vem com poder!

– Manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios! Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!” E os povos ele julga com justiça.
R: Olhai e vede: o nosso Deus vem com poder!

– O céu se rejubile e exulte a terra, aplauda o mar com o que vive em suas águas; os campos com seus frutos rejubilem e exultem as florestas e as matas. 
R: Olhai e vede: o nosso Deus vem com poder!

– Na presença do Senhor, pois ele vem, porque vem para julgar a terra inteira. Governará o mundo todo com justiça, e os povos julgará com lealdade. 
R: Olhai e vede: o nosso Deus vem com poder!

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
 – Está perto o dia do Senhor, ele mesmo virá para salvar-nos!
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 18,12-14
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
– Glória a vós, Senhor!
 – Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: 12Que vos parece? Se um homem tem cem ovelhas, se uma delas se perde, não deixa ele as noventa e nove nas montanhas, para procurar aquela que se perdeu? 13Em verdade vos digo, se ele a encontrar, ficará mais feliz com ela, do que com as noventa e nove que não se perderam. 14Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Juan Diego Cuauhtlatoatzin

Nossa Senhora de Guadalupe consagrou-se como a padroeira da América Latina
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Juan Diego era um índio asteca nascido em 1474 na atual Cidade do México. Era pobre e dedicava-se ao difícil trabalho no campo e à fabricação de esteiras. Possuía um pedaço de terra, onde vivia feliz com a esposa. Atraído pela doutrina dos padres franciscanos, converteu-se e foi batizado. Costumava caminhar de sua vila à Cidade do México, a catorze milhas de distância, para aprender a Palavra de Cristo.
Juan Diego ficou viúvo e então passou a dedicar-se ainda mais a religião. Um dia, voltando da igreja, no dia 09 de dezembro de 1531, o jovem índio presenciou a primeira aparição de Nossa Senhora de Guadalupe, que o chamou em sua língua nativa, dizendo: “Joãozinho meu queridinho”. A Virgem pediu a Juan que procurasse o bispo e pedisse que fosse construída uma Igreja naquele local. O Bispo, incrédulo, pediu provas concretas da aparição.
Na terça feira, 12 de dezembro, João Diego estava indo à cidade, quando a Virgem apareceu e o consolou. Em seguida pediu que ele colhesse flores. Apesar do frio inverno, ele encontrou lindas flores. Ela disse que as entregasse ao Bispo como prova da aparição. Diante do Bispo ele abriu sua túnica, as flores caíram e no tecido apareceu impressa a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe.
Juan Diego faleceu no dia 30 de maio de 1548, aos setenta e quatro anos, de morte natural.
Reflexão
Nossa Senhora de Guadalupe consagrou-se como a padroeira da América Latina, porque representa na sua simplicidade a vida do povo pobre e sofrido do continente. Que encontremos em Maria forças para lutar pela transformação da sociedade.
Oração
Ditoso Juan Diego, índio bondoso e cristão, nós te suplicamos que acompanhes a Igreja peregrina, para que seja cada dia mais evangelizadora e missionária. Encoraja os Bispos, sustenta os presbíteros, suscita novas e santas vocações, ajuda todas as pessoas que entregam a sua própria vida pela causa de Cristo e pela difusão do seu Reino.
A12 / Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
São Juan Diego Cuauhtlatoatzin, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 08 DE DEZEMBRO DE 2025

Imaculada Conceição Bem-aventurada Virgem Maria
Cor Litúrgica branca

Primeira leitura
Gn 3,9-15.20
– Leitura do livro do Gênesis: 9O Senhor Deus chamou Adão, dizendo: “Onde estás?”  10E ele respondeu: “Ouvi tua voz no jardim, e fiquei com medo porque estava nu; e me escondi”. 11Disse-lhe o Senhor Deus: “E quem te disse que estavas nu? Então comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer?” 12Adão disse: “A mulher que tu me deste por companheira, foi ela que me deu do fruto da árvore, e eu comi”. 13Disse o Senhor Deus à mulher: “Por que fizeste isso?” E a mulher respondeu: “A serpente enganou-me e eu comi”. 14Então o Senhor Deus disse à serpente: “Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais domésticos e todos os animais selvagens! Rastejarás sobre o ventre e comerás pó todos os dias de tua vida! 15Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”. 20E Adão chamou à sua mulher “Eva”, porque ela é a mãe de todos os viventes.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl 98,1.2-3ab.3bc-4 (R: 1a)
– Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios!
R: Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios!

– Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória. 
R: Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios!
– O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel. 
R: Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios!

– Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai! 
R: Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios!

Segunda leitura
Ef 1,3-6.11-12 
– Leitura da carta de São Paulo aos Efésios: 3Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele nos abençoou com toda a bênção do seu Espírito em virtude de nossa união com Cristo, no céu. 4Em Cristo, ele nos escolheu, antes da fundação do mundo, para que sejamos santos e irrepreensíveis sob o seu olhar, no amor. 5Ele nos predestinou para sermos seus filhos adotivos por intermédio de Jesus Cristo, conforme a decisão da sua vontade, 6para o louvor da sua glória e da graça com que ele nos cumulou no seu Bem-amado. 11Nele também nós recebemos a nossa parte. Segundo o projeto daquele que conduz tudo conforme a decisão de sua vontade, nós fomos predestinados 12a sermos, para o louvor de sua glória, os que de antemão colocaram a sua esperança em Cristo.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Maria, alegra-te, ó cheia de graça, o Senhor é contigo! (Lc 1,28)
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 1,26-38
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 26no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria. 28O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” 29Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. 30O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”.  34Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?” 35O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37porque para Deus nada é impossível”. 38Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Nossa Senhora da Imaculada Conceição, um dogma de fé

Origens
A festa litúrgica que celebramos, hoje, exalta uma das grandes maravilhas da história de nossa salvação: a Imaculada Conceição de Maria. Durante toda a sua vida terrena, Maria foi livre da mancha do pecado. Essa verdade, reconhecida pela Igreja de Cristo, é muito antiga. “Entrando, o anjo disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo’” (Lucas 1,28). Muitos padres e doutores da Igreja Oriental, ao exaltarem a grandeza de Maria, Mãe de Deus, usavam expressões como: cheia de graça, lírio da inocência, mais pura do que os anjos.
A Repulsa
A Igreja Ocidental, que sempre amou a Santíssima Virgem, tinha uma certa dificuldade para a aceitação do mistério da Imaculada Conceição. Não por repulsa a Nossa Senhora, mas para conservar a doutrina da redenção operada por Cristo em favor de todos.
A Comprovação Teológica
Em 1304, o Papa Bento XI reuniu, na Universidade de Paris, uma assembleia dos doutores mais eminentes em Teologia, para terminar as questões de escola sobre a Imaculada Conceição da Virgem. Foi o franciscano João Duns Escoto quem solucionou a dificuldade ao mostrar que era sumamente conveniente que Deus preservasse Maria do pecado original, pois a Santíssima Virgem era destinada a ser mãe do seu Filho. Isso é possível para a Onipotência de Deus, portanto, o Senhor, de fato, a preservou, antecipando-lhe os frutos da redenção de Cristo.
Da repulsa da doutrina da Imaculada Conceição de Maria ao Calendário Romano
O Calendário Romano
Rapidamente, a doutrina da Imaculada Conceição de Maria, no seio de sua mãe Sant’Ana, foi introduzida no calendário romano. José de Anchieta foi o apóstolo que propagou essa doutrina no Brasil. Desde o início de sua colonização, dedicou igrejas a esse ministério.
A Medalha
A própria Virgem Maria apareceu, em 1830, a Santa Catarina Labouré pedindo que se cunhasse uma medalha com a oração: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Esta medalha, anunciada em todo o mundo, possibilitou a devoção a Maria Imaculada, induzindo os bispos a solicitarem ao Papa a definição do dogma, que já era vivenciado entre os cristãos.
O Dogma
Sendo assim, no dia 8 de dezembro de 1854, através da bula Ineffabilis Deus do Papa Pio IX, a Igreja oficialmente reconheceu e declarou solenemente como dogma: “Maria isenta do pecado original”.
A Confirmação
A própria Virgem Maria, na sua aparição em Lourdes, em 1858, confirmou a definição dogmática e a fé do povo dizendo para Santa Bernadette e para todos nós: “Eu sou a Imaculada Conceição”.
Minha oração
“ Mãezinha, fostes concebida sem a mancha do pecado, mas para além desse dom sobrenatural sob seguir o Cristo de modo perfeito, conceda a nós a força para vencer os pecados e nos tornarmos cada vez mais a imagem e semelhança de seu Filho Jesus. Amém.”
Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós!

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DOMINGO, DIA 07 DE DEZEMBRO DE 2025

Liturgia do dia 07 de Dezembro de 2025

II DOMINGO DO ADVENTO
Cor Litúrgica roxa

Primeira Leitura
— Is 11, 1-10
Leitura do Livro do Profeta Isaías
Naqueles dias, 1nascerá uma haste do tronco de Jessé e, a partir da raiz, surgirá o rebento de uma flor; 2sobre ele repousará o espírito do Senhor: espírito de sabedoria e discernimento, espírito de conselho e fortaleza, espírito de ciência e temor de Deus; 3no temor do Senhor, encontra ele seu prazer. Ele não julgará pelas aparências que vê nem decidirá somente por ouvir dizer; 4mas trará justiça para os humildes e uma ordem justa para os homens pacíficos; fustigará a terra com a força da sua palavra e destruirá o mau com o sopro dos lábios. 5Cingirá a cintura com a correia da justiça e as costas com a faixa da fidelidade. 6O lobo e o cordeiro viverão juntos, e o leopardo deitar-se-á ao lado do cabrito; o bezerro e o leão comerão juntos, e até mesmo uma criança poderá tangê-los. 7A vaca e o urso pastarão lado a lado, enquanto suas crias descansam juntas; o leão comerá palha com o boi; 8a criança de peito vai brincar em cima do buraco da cobra venenosa; e o menino desmamado não temerá pôr a mão na toca da serpente. 9Não haverá danos nem mortes por todo o meu santo monte: a terra estará tão repleta do saber do Senhor quanto às águas que cobrem o mar. 10Naquele dia, a raiz de Jessé se erguerá como um sinal entre os povos; hão de buscá-la as nações, e gloriosa será a sua morada.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.

Salmo Responsorial — Sl 71(72), 1-2. 7-8. 12-13. 17 (R. cf. 7)

℟. Nos seus dias a justiça florirá.

— Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os vossos pobres. ℟.

℟. Nos seus dias a justiça florirá.

— Nos seus dias a justiça florirá e grande paz, até que a lua perca o brilho! De mar a mar estenderá o seu domínio, e desde o rio até os confins de toda a terra! ℟.

℟. Nos seus dias a justiça florirá.

— Libertará o indigente que suplica, e o pobre ao qual ninguém quer ajudar. Terá pena do indigente e do infeliz, e a vida dos humildes salvará. ℟.

℟. Nos seus dias a justiça florirá.

— Seja bendito o seu nome para sempre! E que dure como o sol sua memória! Todos os povos serão nele abençoados, todas as gentes cantarão o seu louvor! ℟.

℟. Nos seus dias a justiça florirá.

Segunda Leitura
— Rm 15, 4-9
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos
Irmãos: 4Tudo o que outrora foi escrito, foi escrito para nossa instrução, para que, pela nossa constância e pelo conforto espiritual das Escrituras, tenhamos firme esperança.
5O Deus, que dá constância e conforto, vos dê a graça da harmonia e concórdia, uns com os outros, como ensina Cristo Jesus.6Assim, tendo como que um só coração e a uma só voz, glorificareis o Deus e Pai do Senhor nosso, Jesus Cristo.
7Por isso, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo vos acolheu, para a glória de Deus.
8Pois eu digo: Cristo tornou-se servo dos que praticam a circuncisão, para honrar a veracidade de Deus, confirmando as promessas feitas aos pais.
9Quanto aos pagãos, eles glorificam a Deus, em razão da sua misericórdia, como está escrito: “Por isso, eu vos glorificarei entre os pagãos e cantarei louvores ao vosso nome”.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.

℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas! Toda a carne há de ver a salvação do nosso Deus. (Lc 3, 4. 6) ℟.
Evangelho — Mt 3, 1-12
O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo Mateus 
℟. Glória a vós, Senhor.
Naqueles dias, apareceu João Batista, pregando no deserto da Judeia:
2“Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”.
3João foi anunciado pelo profeta Isaías, que disse: “Esta é a voz daquele que grita no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas!”
4João usava uma roupa feita de pelos de camelo e um cinturão de couro em torno dos rins; comia gafanhotos e mel do campo.
5Os moradores de Jerusalém, de toda a Judeia e de todos os lugares em volta do rio Jordão vinham ao encontro de João.6Confessavam seus pecados e João os batizava no rio Jordão.7Quando viu muitos fariseus e saduceus vindo para o batismo, João disse-lhes: “Raça de cobras venenosas, quem vos ensinou a fugir da ira que vai chegar?8Produzi frutos que provem a vossa conversão.9Não penseis que basta dizer: ‘Abraão é nosso pai’, porque eu vos digo: até mesmo destas pedras Deus pode fazer nascer filhos de Abraão.
10O machado já está na raiz das árvores, e toda árvore que não der bom fruto será cortada e jogada no fogo.
11Eu vos batizo com água para a conversão, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. Eu nem sou digno de carregar suas sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
12Ele está com a pá na mão; ele vai limpar sua eira e recolher seu trigo no celeiro; mas a palha ele a queimará no fogo que não se apaga”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

SANTO DO DIA
Santo Ambrósio, o grande bispo de Milão

Origens
Santo Ambrósio, de nobre e distinta família romana, nasceu em 340, em Tréveros, Alemanha, onde seu pai exercia o cargo de prefeito das Gálias. A mãe ficou viúva muito cedo e voltou a Roma levando seus três filhos: Marcelina, Sátiro e Ambrósio.
Homem Virtuoso
Muito cedo, Santo Ambrósio aprendeu a alimentar as virtudes cívicas e morais, ao ponto de ter sido, por volta do ano 370, governador das províncias da Emília e da Ligúria, com sede em Milão.
A Eleição
Com a morte do Bispo de Milão, chamado Ariano, Ambrósio foi para a eleição do novo Bispo, a fim de evitar grandes conflitos. Em meio à confusão, de repente uma criança grita: “Ambrósio, Bispo!”. O Clero e o povo aderiu e todos aclamaram: “Queremos Ambrósio Bispo!”. O povo teve que teimar durante uma semana, até que, vendo nisso a voz de Deus, Ambrósio, que ocupava alto cargo no Império Romano e somente era catecúmeno, cedeu à vontade do Senhor. 
Santo Ambrósio: Bispo Eleito pelo povo
Bispo de Milão
O 1° Concílio de Niceia, em 325, tinha proibido que subisse ao Episcopado qualquer neófito. Mas o Papa e o Imperador aprovaram a eleição. Depois de batizado, foi ordenado sacerdote e, logo em seguida, Bispo de Milão. Tudo isso no ano de 374.
Doutor e Padre do Cristianismo no Ocidente
Providencialmente, usou as qualidades de organizador e administrador para o bem da Igreja, podendo assim atuar no campo pastoral, político, doutrinal, litúrgico, a ponto de merecer o título de grande Doutor e Padre do Cristianismo no Ocidente. 
Figura Respeitada
Sua figura política ficou marcante, principalmente quando aplicou ao Imperador uma dura penitência pública comum, pois teria Teodósio, em busca de vingança, consentido uma invasão à cidade de Tessalônica, que resultou em muitas mortes.
Santo Ambrósio: Verdadeiro pastor e mestre dos fiéis
Buscava garantir a paz
Sua maior prioridade de vida foi garantir paz e concórdia ao povo sem jamais tolerar erros. Combateu o arianismo, que o levou a discordar de governantes e soberanos. No que diz respeito à Imperatriz Justina, que desejou restaurar a estátua da deusa Vitória, ele se opôs valentemente enquanto viveu.
Conversão de Santo Agostinho
Santo Ambrósio, como homem de Deus, partilhou sua riqueza material e espiritual com o povo, jejuava sempre, foi pai carinhoso e tão grande orador que teve papel importante na conversão de Santo Agostinho.
Páscoa
Incansável na oração, Ambrósio construiu basílicas, compôs hinos que mudaram a maneira de rezar. Deixou muitos escritos e morreu com 60 anos no dia 4 de abril de 397, após 23 anos de serviço ao seu amado Cristo, com estas palavras: “Não vivi de tal modo que tenha vergonha de continuar vivendo, mas não tenho medo de morrer, porque temos um Senhor que é bom”.
Minha oração
“Grande Ambrósio, responsável pela conversão de muitos santos e de grandes pecadores, a ti pedimos a mesma graça sobre os pecadores atuais, os mais longes de Deus, os mais perdidos. Conduzi-os para a vontade do Pai e a santificação do povo. Amém.”
Santo Ambrósio, rogai por nós!

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SÁBADO, DIA 06 DE DEZEMBRO DE 2025

I semana do advento
Cor Litúrgica roxa

Primeira leitura
Is 30,19-21.23-26
– Leitura do livro do profeta Isaías: Assim fala o Senhor, o Santo de Israel: 19Povo de Sião, que habitas em Jerusalém, não terás motivo algum para chorar: ele se comoverá à voz do teu clamor; logo que te ouvir, ele atenderá. 20O Senhor decerto dará a todos o pão da angústia e a água da aflição, não se apartará mais de ti o teu mestre; teus olhos poderão vê-lo 21e teus ouvidos poderão ouvir a palavra de aviso atrás de ti: “o caminho é este para todos, segui por ele”, sem desviar-vos à direita ou à esquerda. 23Ele te dará chuva para a semente que tiveres semeado na terra, e o fruto da terra será abundante e rico; nesse dia, o teu rebanho pastará em vastas pastagens, 24teus bois e os animais que lavram a terra comerão forragem salgada, limpa com pá e peneira. 25Haverá em toda montanha alta e em toda colina elevada arroio de água corrente, num dia em que muitos serão mortos com o desabamento de seus torreões. 26A lua brilhará como a luz do sol e o sol brilhará sete vezes mais, como a luz de sete dias, no dia em que o Senhor curar a ferida de seu povo e fizer sarar a lesão de sua chaga.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl 147A,1-2.3-4.5-6. (R: Is 30,18) 
–  Felizes são aqueles que esperam no Senhor!
R: Felizes são aqueles que esperam no Senhor!

– Louvai o Senhor Deus, porque ele é bom, cantai ao nosso Deus, porque é suave: ele é digno de louvor, ele o merece! O Senhor reconstruiu Jerusalém, e os dispersos de Israel juntou de novo; 
R: Felizes são aqueles que esperam no Senhor!

– Ele conforta os corações despedaçados, ele enfaixa suas feridas e as cura; fixa o número de todas as estrelas e chama a cada uma por seu nome.
R: Felizes são aqueles que esperam no Senhor!

– É grande e onipotente o nosso Deus, seu saber não tem medida nem limites. O Senhor Deus é o amparo dos humildes, mas dobra até o chão os que são ímpios. 
R: Felizes são aqueles que esperam no Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
 – É o Senhor o nosso juiz e nosso rei. O Senhor legislador nos salvará 
(Is 33,22)
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 9,35-10,1.6-8
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
– Glória a vós, Senhor!
 – Naquele tempo, 35Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o evangelho do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade. 36Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: 37“A Messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!” 10,1E, chamando os seus doze discípulos deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade. Enviou-os com as seguintes recomendações: 6“Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! 7Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar!”
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Nicolau de Mira, o padroeiro dos marinheiros

Origens
São Nicolau de Mira nasceu no ano 275 em Pátara, cidade marítima da Lícia, na Turquia meridional. Seus pais eram ricos e possuíam uma profunda vida de oração. Ainda muito jovem, tornou-se órfão. Recordando a passagem do “Jovem rico”, Nicolau é conhecido principalmente para com os pobres, já que, ao receber por herança uma grande quantia de dinheiro, livremente partilhou com os necessitados e pobres.
Sacerdócio
Educado no cristianismo, tornou-se sacerdote da diocese de Mira, onde, com amor, evangelizou os pagãos, mesmo no clima de perseguição que os cristãos viviam.
Salvou a vida de jovens meninas
Certa vez, ficou sabendo que um homem havia perdido todo o seu dinheiro. Ele tinha três filhas, as quais tinham idade suficiente para o casamento, mas não tinham os dotes para a celebração. Por isso, as filhas do pobre homem seriam vendidas como escravas, pois não poderiam viver na casa por mais tempo. Na noite antes da partida da filha mais velha que seria vendida, ela lavou suas meias e as colocou em frente ao fogo para que secassem. 
São Nicolau de Mira: salvou jovens e criou o mito do Papai Noel 
Os Presentes
Na manhã seguinte, a jovem viu que havia, dentro de sua meia, uma bolsinha com ouro. Daí que, nos países do Norte da Europa, usando da fantasia, viram em Nicolau o velho de barbas brancas que levava presentes às crianças no mês de dezembro.
Bispo Sucessor
Com a morte do bispo de Mira, Nicolau foi eleito seu sucessor. A obediência fez com que Nicolau abandonasse a solidão para assumir as responsabilidades de bispo. Conquistou a todos com sua caridade, zelo, espírito de oração e carisma de milagres em favor, sobretudo, dos enfermos.
A Prisão e a Tortura
Historiadores relatam que, ao ser preso, por causa da perseguição dos cristãos, Nicolau foi torturado e condenado à morte, mas, felizmente, salvou-se em 325, pois foi publicado o edito de Milão que concedia a liberdade religiosa.
Presenciou o arrependimento de um grande perseguidor
Concílio de Niceia
São Nicolau de Mira participou do Concílio de Niceia, onde, contra a heresia ariana, foi definida a divindade de Jesus, declarado consubstancial ao Pai. Nicolau presenciou uma cena indescritível: Constantino Magno, um grande perseguidor do povo cristão, ajoelhou-se para beijar as cicatrizes de Nicolau e de outros cristãos torturados na última perseguição.
Páscoa
São Nicolau de Mira faleceu em 343, na cidade de Mira, com fama de santidade e de instrumento de Deus para que muitos milagres chegassem ao povo. Após sua morte, seu túmulo em Mira se tornou um local de peregrinação. 
Relíquias
As relíquias de São Nicolau de Mira foram consideradas milagrosas devido a um misterioso líquido que saía de dentro, chamado “maná de São Nicolau”. São Nicolau de Mira é invocado contra os perigos de incêndios e é padroeiro dos marinheiros.
Minha oração
“São Nicolau, o modelo do Papai Noel, exemplo de bondade paterna assim como o Pai celeste, enriquecei os homens com os dons da mesma paternidade. Dai às famílias a graça da bondade e as virtudes para educar os filhos. Amém.”
São Nicolau, rogai por nós!

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SEXTA-FEIRA, DIA 05 DE DEZEMBRO DE 2025

I semana do advento
Cor Litúrgica roxa

Primeira leitura
Is 29,17-24
– Leitura do livro do profeta Isaías: Assim fala o Senhor Deus: 17Dentro de pouco tempo, não se transformará o Líbano em jardim? E não poderá o jardim tornar-se floresta? 18Naquele dia, os surdos ouvirão as palavras do livro e os olhos dos cegos verão, no meio das trevas e das sombras. 19Os humildes aumentarão sua alegria no Senhor, e os mais pobres dos homens se rejubilarão no Santo de Israel; 20fracassou o prepotente, desapareceu o trapaceiro, e sucumbiram todos os malfeitores precoces, 21os que faziam os outros pecar por palavras, e armavam ciladas ao juiz à porta da cidade e atacavam o justo com palavras falsas. 22Isto diz o Senhor à casa de Jacó, ele que libertou Abraão: “Agora, Jacó não mais terá de envergonhar-se nem seu rosto terá de enrubescer; 23quando contemplarem as obras de minhas mãos, hão de honrar meu nome no meio do povo, honrarão o Santo de Jacó, e temerão o Deus de Israel; 24os homens de espírito inconstante conseguirão sabedoria e os maldizentes concordarão em aprender”.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl 27,1.4.13-14 (R: 1a)
– O Senhor é minha luz e salvação.
R: O Senhor é minha luz e salvação.

– O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei? 
R: O Senhor é minha luz e salvação.

– Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor por toda a minha vida; saborear a suavidade do Senhor e contemplá-lo no seu templo.
R: O Senhor é minha luz e salvação.

– Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor! 
R: O Senhor é minha luz e salvação.

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
 – Eis que virá o nosso Deus com poder e majestade, e ele há de iluminar os olhos de seus servos! 
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 9,27-31
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 27partindo Jesus, dois cegos o seguiram, gritando: “Tem piedade de nós, filho de Davi!” 28Quando Jesus entrou em casa, os cegos se aproximaram dele. Então Jesus perguntou-lhes: “Vós acreditais que eu posso fazer isso?” Eles responderam: “Sim, Senhor”. 29Então Jesus tocou nos olhos deles, dizendo: “Faça-se conforme a vossa fé”. 30E os olhos deles se abriram. Jesus os advertiu severamente: “Tomai cuidado para que ninguém fique sabendo”. 31Mas eles saíram, e espalharam sua fama por toda aquela região.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Sabas

A vida comunitária dos monges era um reflexo da vida dos primeiros cristãos, que tudo deixavam para estar integralmente ao lado de Jesus
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Nascido em 439 na Capadócia e filho de uma família bárbara convertida ao cristianismo, Sabas teve uma infância difícil. A disputa dos parentes por sua herança o levou a procurar ajuda num mosteiro, onde foi acolhido apesar de ser ainda uma criança. Apesar de pouca instrução tornou-se um sábio na doutrina cristã.
Foi monge na solidão e experimentou também a vida comunitária. Dividiu tudo o que herdou entre os cristãos pobres e doentes. Trabalhou na conversão de seus conterrâneos e ajudando os cristãos perseguidos em sua pátria. Era caridoso e valente.
Fundou uma comunidade monástica na Palestina, onde anos mais tarde seria erguido o Mosteiro de São Sabas. A fama dos prodígios e também a grande sabedoria sobre a doutrina de Cristo, fizeram essa comunidade crescer muito. A eloquência da sua pregação do Evangelho atraia cada vez mais os pagãos à conversão.
Morreu em 05 de dezembro de 532, na Palestina, aos noventa e três anos de idade. Santo Sabas está presente na relação dos grandes sacerdotes fundadores do monarquismo da Palestina.
Reflexão
A vida monástica alimenta a Igreja desde tenra idade. Muitos monges e monjas santas ofereceram sua vida para o crescimento da fé. A vida comunitária dos monges era um reflexo da vida dos primeiros cristãos, que tudo deixavam para estar integralmente ao lado de Jesus. Rezemos hoje pelos monges e monjas espalhados pelo mundo afora.
Oração
Deus de Amor, cuja Providência conduz a história humana, dai-nos receber de Santo Sabas a coragem e a caridade necessárias para levar as pessoas a Boa Nova do Vosso Filho Jesus. Criai em nós um coração puro e um espírito missionário, que responda com fidelidade ao seu chamado de amor.
A12 / Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Santo Sabas, rogai por nós!

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QUINTA-FEIRA, DIA 04 DE DEZEMBRO DE 2025

I semana do Advento
Cor Litúrgica roxa

Primeira leitura
Is 26,1-6
– Leitura do livro do profeta Isaías: 1Naquele dia, cantarão este canto em Judá: “Uma cidade fortificada é a nossa segurança; o Senhor cercou-a de muros e antemuro. 2Abri as suas portas, para que entre um povo justo, cumpridor da palavra, 3firme em seu propósito; e tu lhe conservarás a paz, porque confia em ti. 4Esperai no Senhor por todos os tempos, o Senhor é a rocha eterna. 5Ele derrubou os que habitam no alto, há de humilhar a cidade orgulhosa, deitando-a por terra, até fazê-la beijar o chão. 6Hão de pisá-la os pés, os pés dos pobres, as passadas dos humildes”.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl 118,1.8-9.19-21.25-27a (R: 26a)
– Bendito é aquele que vem vindo em nome do Senhor.
R: Bendito é aquele que vem vindo em nome do Senhor.

– Dai graças ao Senhor porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!” É melhor buscar refúgio no Senhor, do que pôr no ser humano a esperança; é melhor buscar refúgio no Senhor, do que contar com os poderosos do mundo! ” 
R: Bendito é aquele que vem vindo em nome do Senhor.

– Abri-me vós, abri-me as portas da justiça; quero entrar para dar graças ao Senhor! “Sim, esta é a porta do Senhor, por ela só os justos entrarão!” Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes e vos tornastes para mim o Salvador! 
R: Bendito é aquele que vem vindo em nome do Senhor.

– Ó Senhor, dai-nos a vossa salvação, ó Senhor, dai-nos também prosperidade! Bendito seja, em nome do Senhor, aquele que em seus átrios vai entrando! Desta casa do Senhor vos bendizemos. Que o Senhor e nosso Deus nos ilumine! 
R: Bendito é aquele que vem vindo em nome do Senhor.

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Buscai o Senhor, vosso Deus, invocai-o enquanto está perto! (Is 55,6).
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 7,21.24-27
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. 24Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas ela não desabou, porque estava construída sobre a rocha. 26Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!”
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
SANTA BÁRBARA

Hoje é celebrada Santa Bárbara, virgem e mártir
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Segundo uma antiga tradição, Santa Bárbara foi uma jovem que se converteu nos primeiros séculos, foi encarcerada por seu pai pagão em seu castelo para forçá-la à apostasia. Vendo que suas tentativas não surtiam efeito, permitiu que a martirizassem cortando-lhe a cabeça com uma espada e ele mesmo morreu fulminado por um raio.
Nasceu na Nicomédia, perto do mar de Mármara, no começo do século III.
Não existem referências a Santa Bárbara contidas nas primeiras autoridades da Igreja, nem no martirológio de São Jerônimo. Entretanto, a veneração a esta santa era comum desde o século VII.
Por volta desta data, existiram as lendárias atas de seu martírio, que foram incluídas na coleção de Simon Metaphraste, um dos mais renomados hagiógrafos bizantinos.
É representada com manto vermelho, cálice do sangue de Cristo, ramo de oliveira, coroa e espada, todos símbolos do martírio.
A lenda de que seu pai foi fulminado por um raio fez com que, provavelmente, fosse considerada pelas pessoas comuns como a santa padroeira em tempos de perigo pelas tempestades e o fogo e, em seguida, por analogia, como protetora dos artilheiros e dos mineiros.
Também é invocada como intercessora para assegurar o recebimento da confissão e da Eucaristia na hora da morte.
SANTA BÁRBARA, rogai por nós.

São João Damasceno, o “São Tomás do Oriente”

Origens 
São João Damasceno, um santo Padre e Doutor da Igreja de Cristo. Nasceu em 675, em Damasco (Síria), num período em que o Cristianismo tinha uma certa liberdade. O pai de João era muito cristão e amigo dos Sarracenos, os quais, naquela época, eram senhores do país. Essa estima estendia-se também ao filho. Os raros talentos e méritos desse levaram o Califa a distingui-lo com a sua confiança e nomeá-lo prefeito (mansur) de Damasco.
Renúncia dos Bens
São João Damasceno, ainda jovem e ajudante, gozava de muitos privilégios financeiros do pai. Entretanto, ao crescer no amor ao Cristo pobre, deu atenção à Palavra, que mostra a dificuldade dos ricos (apegados) para entrarem no Reino dos Céus. Assim, num impulso para a santidade, renunciou a todos os bens e os deu aos pobres, concedeu liberdade aos servos e fez uma peregrinação a pé pela Palestina. Preferiu São João uma vida de maus tratos ao se entregar às “delícias venenosas” do pecado.
O Convento
Retirou-se para um convento de São Sabas, perto de Jerusalém, e passou a viver na humildade, caridade e alegria. Ordenado sacerdote, aceitou o cargo de pregador titular na Basílica do Santo Sepulcro em Jerusalém.
Início da Guerra
Uma herança, proveniente da tradição do Antigo Testamento, proibia toda e qualquer reprodução da imagem de Deus, sendo assim condenavam o uso de imagens nas Igrejas. O imperador bizantino Leão Isáurico empreendeu uma guerra contra o culto das imagens sagradas. Sendo assim, a pedido do Papa Gregório III, São João Damasceno assumiu o papel de defensor das imagens, travando uma luta contra os iconoclastas. 
A arma de São João Damasceno: a Teologia 
Teologia
Sua principal arma era a teologia, e sua principal tese foi um dos fundamentos da fé cristã: a Encarnação. Bento XVI, em sua catequese, na Audiência geral de 6 de maio de 2009, recordou:
 “João Damasceno foi o primeiro a fazer a distinção, no culto público e privado dos cristãos, entre a adoração e a veneração: a primeira pode ser dirigida somente a Deus; a segunda pode ser utilizada como imagem para se dirigir a uma pessoa à qual presta culto.”
As Obras
Escreveu inúmeras obras tratando de vários assuntos sobre teologia, dogmática, apologética e outros campos que fizeram de São João digno do título de Doutor da Igreja, declarado por Leão XIII, em 1890. Recebeu o apelido de “São Tomás do Oriente”, por sua contribuição dada à Igreja Oriental. Sua principal obra foi a “De Fide orthodoxa”, que enfatiza o pensamento da Patrística grega e as decisões doutrinais dos Concílios da época, sendo também um ponto de referência essencial para a teologia católica como para a ortodoxa.
São João Damasceno fez presente a doutrina sobre a Imaculada Conceição
Curado por Nossa Senhora
Certa vez, os hereges prenderam São João e cortaram a mão direita dele, a fim de não mais escrever. Por intervenção de Nossa Senhora, foi curado. Seu amor à Mãe de Jesus foi tão concreto, que foi São João quem tornou presente a doutrina sobre a Imaculada Conceição, Maternidade divina, Virgindade perpétua e Assunção de corpo e alma de Maria.
Páscoa
Este filho predileto da Mãe faleceu no dia 4 de dezembro de 749, no mosteiro de São Sebas, na Palestina.
Oração de São João Damasceno a Nossa Senhora:
“Saúdo-vos, Maria, esperança dos cristãos! Atendei a súplica de um pecador, que vos ama com ternura, que vos honra de modo particular e deposita em vós toda a esperança da sua salvação. Recebi de vós a vida. Vós me reconduzis à graça do vosso Filho e sois penhor seguro da minha salvação. Rogo-vos, pois, de livrar-me do peso dos meus pecados; dissipar as trevas do meu coração; reprimi as tentações dos meus inimigos e guiai a minha vida, de tal modo que eu possa, por vosso intermédio e sob a vossa proteção, chegar à felicidade eterna do Paraíso.”
Minha oração
“Ó santo defensor da doutrina e da fé católica, soube combater as heresias e ensinar a verdade, pedimos-te as graças, para que nós tenhamos a sede do conhecimento de Cristo, sede de compreendê-Lo e de amá-Lo, para que, assim, não caiamos nos erros e nas tentações. Amém.”
São João Damasceno, rogai por nós!

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QUARTA-FEIRA, DIA 03 DE DEZEMBRO DE 2025

São Francisco Xavier presbítero
Cor Litúrgica branca

Primeira leitura
Is 25, 6-10a
– Leitura do livro do profeta Isaías: Naquele dia, 6o Senhor dos exércitos dará neste monte, para todos os povos, um banquete de ricas iguarias, regado com vinho puro, servido de pratos deliciosos e dos mais finos vinhos. 7Ele removerá, neste monte, a ponta da cadeia que ligava todos os povos, a teia em que tinha envolvido todas as nações. 😯 Senhor Deus eliminará para sempre a morte e enxugará as lágrimas de todas as faces e acabará com a desonra do seu povo em toda a terra; o Senhor o disse. 9Naquele dia, se dirá: “Este é o nosso Deus, esperamos nele, até que nos salvou; este é o Senhor, nele temos confiado: vamos alegrar-nos e exultar por nos ter salvo”. 10aE a mão do Senhor repousará sobre este monte.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl 23,1-3a.3b-4.5.6 (R: 6cd)
– Na casa do Senhor habitarei pelos tempos infinitos.
R: Na casa do Senhor habitarei pelos tempos infinitos.

– O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Para as águas repousantes me encaminha, e restaura as minhas forças. 
R: Na casa do Senhor habitarei pelos tempos infinitos.

– Ele me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança!
R: Na casa do Senhor habitarei pelos tempos infinitos.

Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo; com óleo vós ungis minha cabeça e o meu cálice transborda.
R: Na casa do Senhor habitarei pelos tempos infinitos.

– Felicidade e todo bem hão de seguir-me, por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos. 
R: Na casa do Senhor habitarei pelos tempos infinitos.

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
 – Eis que o Senhor há de vir a fim de salvar o seu povo; felizes são todos aqueles que estão prontos para ir-lhe ao encontro.
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 15,29-37
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 29Jesus foi para as margens do mar da Galileia, subiu a montanha, e sentou-se. 30Numerosas multidões aproximaram-se dele, levando consigo coxos, aleijados, cegos, mudos, e muitos outros doentes. Então os colocaram aos pés de Jesus. E ele os curou. 31O povo ficou admirado, quando viu os mudos falando, os aleijados sendo curados, os coxos andando e os cegos enxergando. E glorificaram o Deus de Israel. 32Jesus chamou seus discípulos e disse: “Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que está comigo, e nada tem para comer. Não quero mandá-los embora com fome, para que não desmaiem pelo caminho”. 33Os discípulos disseram: “Onde vamos buscar, neste deserto, tantos pães para saciar tão grande multidão?” 34Jesus perguntou: “Quantos pães tendes?” Eles responderam: “Sete, e alguns peixinhos”. 35E Jesus mandou que a multidão se sentasse pelo chão. 36Depois pegou os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os, e os dava aos discípulos, e os discípulos, às multidões. 37Todos comeram, e ficaram satisfeitos; e encheram sete cestos com os pedaços que sobraram.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Francisco Xavier, grande propagador do Evangelho

Origens
A Igreja, que na sua essência é missionária, teve um grande impulso do Espírito Santo para evangelizar a América e o Oriente no século XV e XVI. No Oriente, São Francisco Xavier destacou-se com uma santidade que o levou à ousadia de fundar várias missões, a ponto de ser conhecido como “São Paulo do Oriente”. Francisco Xavier nasceu no castelo de Xavier, em Navarra, norte da Espanha, em 7 de abril de 1506. De família nobre, seu pai era presidente do Conselho Real de Navarra.
A Conversão por Inácio de Loyola
Em 1525, com dezoito anos, foi para Paris dedicar-se aos estudos universitários. No ano de 1530, tornou-se “Magister Artium”, pronto para a carreira acadêmica. Vaidoso e ambicioso, buscava a glória de si até conhecer Inácio de Loyola, que também estudava no Colégio de Santa Bárbara. A relação dos dois foi complicada de início, tanto que o próprio Inácio definiu Francisco como “o pedaço de massa mais difícil que amassou”. Com o tempo e a intercessão de Inácio, o coração de Francisco foi cedendo ao amor de Jesus, até que entrou no verdadeiro processo de conversão. O resultado se vê no fato de ter se tornado cofundador da Companhia de Jesus, fundada em 1539.
A Primeira Partida
Já como padre e empenhado no caminho da santidade, São Francisco Xavier foi designado a ir em missão para o Oriente. Foi o primeiro jesuíta que partiu de Lisboa para as missões nas Índias em 7 de abril de 1541. Fez um frutuoso trabalho de evangelização que abrangeu todas as classes e idades.
São Francisco Xavier: Patrono Universal das Missões
De Portugal à Índia
A viagem de Lisboa a Goa (Estado indiano) durou, aproximadamente, treze meses; uma viagem fatigante devido à falta de comida, ao calor intenso e às tempestades. Chegou a Goa, em 1542, escolhendo como casa o hospital da cidade; sua cama era ao lado de pacientes em situação grave. Seu ministério, a partir desse momento, foi dedicar-se à assistência dos excluídos da sociedade. No ensinamento com as crianças, adotou um novo método, ensinando o Catecismo com o auxílio de um sininho, que tocava pelas ruas, a fim de reunir as crianças na igreja. Traduziu os princípios da Doutrina Católica em versos e, para facilitar o aprendizado, cantava-os.
Lançou-se para o mundo
Entre os anos de 1545 e 1547, Francisco conseguiu avançar para outras regiões. Chegou em Malaca, arquipélago das Molucas, e às Ilhas do Moro, sem se preocupar com qualquer perigo, pois confiava em Deus.
O desejo de Evangelizar o Japão
No ano de 1547, sua vida teve uma reviravolta, encontrou Hanjiro, um fugitivo japonês, ansioso em converter-se ao cristianismo. Este encontro acendeu em seu coração o desejo de anunciar o Evangelho à terra do “Sol levante”. Chegou no Japão em 1549, embora soubesse da pena de morte para quem administrasse o sacramento do Batismo, submeteu-se a aprender a língua e os seus costumes, a fim de anunciar um Cristo encarnado.
O final de uma vida dedicada às missões
Missão na China
Ambicionando a China para Cristo, Francisco encarou o país como uma nova terra de missão. Em 1552, chegou à ilha de Shangchuan, onde tentou embarcar para a cidade de Cantão, mas foi acometido por uma forte febre e cansaço. 
Páscoa
Faleceu no dia 3 de dezembro de 1552. Dois anos após sua morte, seu corpo íntegro foi trasladado para a igreja de Bom Jesus de Goa, Índia, onde é venerado.
Esse grande santo missionário entrou no Céu com 46 anos e percorreu grandes distâncias para anunciar o Evangelho. Sua missão foi grandiosa, que se colocássemos em uma linha suas viagens, daríamos três vezes a volta na Terra. 
São Francisco Xavier, com dez anos de apostolado, tornou-se merecidamente o Patrono Universal das Missões ao lado de Santa Teresinha do Menino Jesus em 1927.
Via de Santificação
Foi beatificado, em 1619, por Paulo V, e canonizado, em 1622, por Gregório XV. Seu pensamento pode ser resumido em uma oração que ele sempre rezava: “Senhor, eu vos amo, não porque me podeis dar o céu ou me condenar ao inferno, mas porque sois meu Deus! Amo-vos porque vós sois vós”!
Minha oração
“ Grande arauto do Evangelho, anunciador e propagador da Palavra àqueles que mais necessitam, te rogamos que conduza a Igreja onde ainda não há evangelização. E aos pregadores e missionários, dai saúde e sabedoria para viver a sua vocação. Que cada um de nós tenha esse poder de inculturação, a fim de que Cristo seja amado em todos os cantos do mundo. Amém”
São Francisco Xavier, rogai por nós!

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TERÇA-FEIRA, DIA 02 DE DEZEMBRO DE 2025

I semana do Advento ano a
Cor Litúrgica roxa

Primeira leitura
Is 11,1-10
– Leitura do livro do profeta Isaías: Naquele dia, 1nascerá uma haste do tronco de Jessé e, a partir da raiz, surgirá o rebento de uma flor. 2Sobre ele repousará o espírito do Senhor: espírito de sabedoria e discernimento, espírito de conselho e fortaleza, espírito de ciência e temor de Deus; 3no temor do Senhor encontra ele seu prazer. Ele não julgará pelas aparências que vê nem decidirá somente por ouvir dizer; 4mas trará justiça para os humildes e uma ordem justa para os homens pacíficos; fustigará a terra com a força da sua palavra e destruirá o mau com o sopro dos lábios. 5Cingirá a cintura com a correia da justiça e as costas com a faixa da fidelidade. 6O lobo e o cordeiro viverão juntos e o leopardo deitar-se-á ao lado do cabrito; o bezerro e o leão comerão juntos e até mesmo uma criança poderá tangê-los. 7A vaca e o urso pastarão lado a lado, enquanto suas crias descansam juntas; o leão comerá palha como o boi; 8a criança de peito vai brincar em cima do buraco da cobra venenosa; e o menino desmamado não temerá pôr a mão na toca da serpente. 9Não haverá danos nem mortes por todo o meu santo monte; a terra estará tão repleta do saber do Senhor quanto as águas que cobrem o mar. 10Naquele dia, a raiz de Jessé se erguerá como um sinal entre os povos; hão de buscá-la as nações, e gloriosa será a sua morada.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus. 

Salmo Responsorial: Sl 72,1-2.7-8.12-13.17 (R: 7)
– Nos seus dias, a justiça florirá e a paz em abundância, para sempre.
R: Nos seus dias, a justiça florirá e a paz em abundância, para sempre.

– Dai ao rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça aos descendentes da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os vossos pobres. 
R: Nos seus dias, a justiça florirá e a paz em abundância, para sempre.

– Nos seus dias, a justiça florirá e grande paz, até que a lua perca o brilho! De mar a mar estenderá o seu domínio, e desde o rio até os confins de toda a terra!
R: Nos seus dias, a justiça florirá e a paz em abundância, para sempre.

– Libertará o indigente que suplica e o pobre ao qual ninguém quer ajudar. Terá pena do indigente e do infeliz, e a vida dos humildes salvará. 
R: Nos seus dias, a justiça florirá e a paz em abundância, para sempre.

– Seja bendito o seu nome para sempre! E que dure como o sol sua memória! Todos os povos serão nele abençoados, todas as gentes cantarão o seu louvor!
R: Nos seus dias, a justiça florirá e a paz em abundância, para sempre.

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
 – Eis que virá o nosso Deus com poder e majestade. E ele há de iluminar os olhos dos seus servos. 
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 10,21-24
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
– Glória a vós, Senhor!
 – 21Naquele momento Jesus exultou no Espírito Santo e disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 22Tudo me foi entregue pelo meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho, a não ser o Pai; ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”.23Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em particular: “Felizes os olhos que veem o que vós vedes!24Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santa Bibiana

Ela é padroeira da belíssima cidade de Sevilha, na Espanha, e também protege a diocese de Los Angeles, nos EUA
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Era ano de 361. O imperador Juliano, que havia renegado a religião começa uma perseguição implacável aos cristãos. Começou substituindo todos os cristãos que ocupavam empregos civis por pagãos, e quando a situação agravou-se, passou a torturar e matar os fiéis.
A família de Bibiana foi toda executada. Seu pai recebeu uma marca de escravo na testa e sua mãe foi decapitada. Suas irmãs, levadas a prisão foram violentadas.
Por último foi o martírio de Bibiana. Foi levada a um bordel de luxo para abandonar a religião ou ser prostituída. Mas os homens não conseguiam se aproveitar de sua beleza, pois a um simples toque, eram tomados por um surto de loucura. Bibiana então foi transferida para um asilo de loucos e lá ocorreu o inverso, os doentes eram curados.
Diante destes prodígios, o imperador exigiu sua morte, e ela foi chicoteada até falecer. Seu corpo foi jogado aos cães selvagens, mas estes não tocaram no corpo. Finalmente alguns cristãos buscaram o corpo e deram digna sepultura.
Reflexão
Santa Bibiana passou a ser invocada contra os males de cabeça, as doenças mentais e a epilepsia. O seu túmulo tornou-se meta de peregrinação. A veneração era tão intensa que o Papa Simplício, mandou construir sob sua sepultura uma pequena igreja dedicada a ela, no ano 407. Além de ser uma das padroeiras da belíssima cidade de Sevilha, na Espanha, Santa Bibiana é também protege a diocese de Los Angeles, nos Estados Unidos.
Oração
Senhor, eu vos peço, pelos méritos de Santa Bibiana, aumentai a minha fé. Dai-me total confiança e abandono na Vossa Divina Providência, para que, na Esperança, eu siga praticando a verdadeira Caridade. Amém.
A12 / Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Santa Bibiana, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 01 DE DEZEMBRO DE 2025

I semana do advento
Cor Litúrgica roxa

Primeira leitura
Is 4,2-6
– Leitura do livro do profeta Isaías: 2Naquele dia, o povo do Senhor terá esplendor e glória, e o fruto da terra será de grande alegria para os sobreviventes de Israel. 3Então, os que forem deixados em Sião, os sobreviventes de Jerusalém, serão chamados santos, a saber, todos os destinados à vida em Jerusalém. 4Quando o Senhor tiver lavado as imundícies das filhas de Sião, e limpado as manchas de sangue dentro de Jerusalém,
com espírito de justiça e de purificação, 5 ele criará em todo lugar do monte Sião e em suas assembleias uma nuvem durante o dia, e fumaça e clarão de chamas durante a noite: e será proteção para toda a sua glória, 6uma tenda para dar sombra contra o calor do dia, abrigo e refúgio contra a ventania e a chuva.
– Palavra do Senhor. 
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 122,1-2.3-4a.4b-5.6-7.8-9 (R: 1)
– Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”
R: Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

– Que alegria, quando ouvi que me disseram: “Vamos à casa do Senhor!” E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas.
R: Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

– Jerusalém, cidade bem edificada num conjunto harmonioso; para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor.
R: Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

– Para louvar, segundo a lei de Israel, o nome do Senhor. A sede da justiça lá está e o trono de Davi.
R: Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

– Rogai que viva em paz Jerusalém, e em segurança os que te amam! Que a paz habite dentro dos teus muros, tranquilidade em teus palácios!
R: Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

– Por amor a meus irmãos e meus amigos, peço: “A paz esteja em ti!” Pelo amor que tenho à casa do Senhor, eu te desejo todo bem! 
R: Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
 – Ó vindes libertar-nos, Senhor e nosso Deus; mostrai a vossa face e nós seremos salvos! (Sl 79,4)
Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 8,5-11
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 5quando Jesus entrou em Carfanaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: 6“Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia”. 7Jesus respondeu: “Vou curá-lo”. 😯 oficial disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. 9Pois eu também sou subordinado e tenho soldados sob minhas ordens. E digo a um: ‘Vai! e ele vai; e a outro: ‘Vem! e ele vem; e digo a meu escravo: ‘Faze isto! e ele o faz”. 10Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: “Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. 11Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesano Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Charles de Foucauld , Presbítero

Local: Tamanrasset, Argélia
Data: 01 de Dezembro † 1916
Charles de Foucauld nasceu em 15 de setembro de 1858 em Estrasburgo (França) em uma família muito cristã. Foi batizado dois dias após seu nascimento e, em 28 de abril de 1872, recebeu sua primeira comunhão e confirmação. Ele perdeu os pais quando tinha apenas 6 anos. Charles e sua irmã Maria são confiados ao avô materno. Aos 12 anos, depois que a Alemanha anexou a Alsácia, a família mudou-se para Nancy.
Extremamente inteligente, dotado de um espírito curioso, desenvolveu desde muito cedo a paixão pela leitura. Ele se deixa dominar pelo ceticismo religioso e pelo positivismo que marcam seu tempo. Logo, de acordo com suas próprias palavras, ele perde a fé e mergulha em uma vida mundana de prazer e desordem que, no entanto, o deixa insatisfeito.
Em 1876, Charles ingressou na Saint-Cyr por dois anos. Policial aos 20 anos, foi mandado para a Argélia. Três anos depois, não encontrando o que procurava, renunciou a empreender, com risco de vida, uma viagem de exploração no Marrocos, então fechado aos europeus; exploração científica, que ele descreverá no livro Reconnaissance au Maroc, 1883-1884, e que lhe dará a glória reservada aos exploradores do século XIX.
A descoberta da fé muçulmana, a busca interior da verdade, a bondade e a amizade discreta de seu primo, a ajuda de Abbé Huvelin o farão redescobrir a fé cristã. No final de outubro de 1886 foi ao Abbé Huvelin na Igreja de Sant Agostino em Paris: ele se confessou e recebeu a comunhão. Essa conversão, sem dúvida latente há algum tempo, torna-se total e definitiva.
Completamente renovado por esta conversão, alimentada pela Eucaristia e pela Sagrada Escritura, Charles de Foucauld compreendeu então que «não poderia deixar de viver para Deus» a quem deseja consagrar toda a sua vida e assim «exalar na pura perda de si mesmo na cara de Deus». Durante três anos, auxiliado pelo Abade Huvelin, tentará compreender como realizar concretamente a sua vocação de consagração total a Deus. Aquele que conheceu a riqueza e uma vida confortável e que foi possuído por uma grande vontade de poder, quer imitar Jesus. – Pobre que tomou “o último lugar”.
Depois de uma peregrinação à Terra Santa (1888-1889), onde, «caminhando pelas ruas de Nazaré em que repousavam os pés de Jesus, pobre artesão», descobre o mistério de Nazaré, que será doravante o coração da sua espiritualidade, entra na armadilha de Nossa Senhora das Neves, na diocese de Viviers na França e, depois de alguns meses, será enviado à Síria, na armadilha de Nossa Senhora do Sagrado Coração, uma pobre Trappa, perto de Akbès.
Ele vai morar lá por 7 anos, se permitindo formar na escola monástica e buscando a mais perfeita imitação de Jesus que vive em Nazaré. Mas não encontrando a radicalidade que desejava, mesmo que “todos o venerassem como um santo”, pediu para deixar a Trappa. Em janeiro de 1897, o Padre Abade Geral o liberta de seus compromissos trapistas temporários e o deixa livre para seguir sua vocação pessoal.
Charles partiu para a Terra Santa e foi viver em Nazaré como servo das Clarissas (1897-1900). No serviço, no trabalho mais humilde, na meditação do Evangelho aos pés do Tabernáculo, ele tentará viver “a existência humilde e sombria do divino operário de Nazaré”, como irmãozinho de Jesus na casa sagrada de Nazaré entre Maria e José. Meditando sobre o mistério da Visitação, quem recebeu «a vocação à vida oculta e silenciosa e não a do homem das palavras» descobre que também ele pode participar na obra da salvação imitando «a Virgem Santíssima no mistério da Visitação, levando, no silêncio, Jesus e a prática das virtudes evangélicas […] entre os povos infiéis, para santificar estes infelizes filhos de Deus com a presença da Sagrada Eucaristia e com o exemplo das virtudes cristãs ”.
Consolado pela certeza de que “nada glorifica tanto a Deus aqui embaixo como a presença e a oferta da Eucaristia”, recebeu a ordenação sacerdotal em 9 de junho de 1901 em Viviers, após ter passado um ano de preparação no mosteiro de Nossa Senhora das Neves, ele acolheu no início de sua vida consagrada.
«Os meus retiros de diaconato e sacerdócio mostraram-me que esta vida de Nazaré, que me parecia ser a minha vocação, devia ser vivida não na Terra Santa, tão amada, mas entre as almas mais doentes, as ovelhas mais abandonadas».
Em 1901 Charles de Foucauld foi assim para a fronteira com Marrocos, na Argélia, e colocou-se ao serviço do Prefeito Apostólico do Sahara, Mons. Guérin, residente no oásis de Beni-Abbès (1901-1904). Lá ele tentará trazer a Cristo todos os homens que encontrar “não com palavras, mas com a presença do Santo dos Santos. Sacramento, a oferta do sacrifício divino, a oração, a penitência, a prática das virtudes evangélicas, a caridade, uma caridade fraterna e universal, compartilhando até a última mordida no pão com cada pobre, cada hóspede, cada estrangeiro que se apresenta e recebendo cada homem como irmão amado”.
Ele constrói um eremitério e se dá um regulamento detalhado, como um monge. Mas seu desejo de receber todos que batem em sua porta logo transforma o eremitério em uma colmeia de manhã à noite. Ele escreve: “Quero acostumar todos os habitantes, cristãos, muçulmanos, judeus, a me olharem como seu irmão, o irmão universal. Começam a chamar a casa de “fraternidade” e gosto muito disso”.
Devido ao fechamento das fronteiras com o Marrocos, e ao receber um convite para o Hoggar – nenhum padre poderia ser autorizado a residir lá, devido à política anticlerical do governo francês – ele se volta para os tuaregues. Por isso, em 1905, Charles foi morar no coração do Saara, em Tamanrasset. Pobre entre os pobres por fidelidade à sua vocação de imitar a vida oculta de Jesus em Nazaré que se fez pequeno para dar um rosto humano a Deus, Carlos se faz pequeno entre os pobres para revelar o rosto de um Deus que é Amor: “Amar uns aos outros, como Jesus nos amou, é fazer da salvação de todas as almas a obra da nossa vida, dando, em caso de necessidade, o nosso sangue por ele, como Jesus fez”.
O amor o leva a dar a vida em 1 de dezembro de 1916, assassinado por invasores, em uma expropriação extrema.
Na morte, ele cumpriu perfeitamente a sua vocação: “Silenciosamente, secretamente como Jesus em Nazaré, obscuramente como Ele, passando desconhecido na terra como um viajante na noite […] pobremente, laboriosamente, desarmado e mudo diante da injustiça como Ele, deixando-me como o Cordeiro divino para tosquiar e sacrificar sem resistir nem falar, imitando Jesus em tudo em Nazaré e Jesus na Cruz”.
Assim se realizou um dos desejos mais tenazes: o desejo de imitar Jesus na sua morte dolorosa e violenta, de lhe dar o sinal do amor maior e assim completar a união, a fusão daquele que ama naquele que é amado.
O Irmãozinho Charles de Foucauld não é um fundador no sentido estrito da palavra, mas um iniciador, um irmão mais velho que abriu o caminho a muitos outros que querem caminhar como ele, seguindo Jesus de Nazaré.
Foi canonizado no dia 15 de maio de 2022 pelo Papa Francisco.
Fonte: causesanti.va (adaptado)
São Charles de Foucauld, rogai por nós!

Publicado em

DOMINGO, DIA 30 DE NOVEMBRO DE 2025

Primeiro domingo do advento
Cor Litúrgica roxa

Primeira leitura
— Is 2, 1-5
Leitura do Livro do Profeta Isaías
Visão de Isaías, filho de Amós, sobre Judá e Jerusalém.
2Acontecerá, nos últimos tempos, que o monte da casa do Senhor estará firmemente estabelecido no ponto mais alto das montanhas e dominará as colinas. A ele acorrerão todas as nações, 3para lá irão numerosos povos e dirão: “Vamos subir ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que ele nos mostre seus caminhos e nos ensine a cumprir seus preceitos”; porque de Sião provém a lei e de Jerusalém, a palavra do Senhor.
4Ele há de julgar as nações e arguir numerosos povos; estes transformarão suas espadas em arados e suas lanças em foices; não pegarão em armas uns contra os outros e não mais travarão combate. 5Vinde, todos da casa de Jacó, e deixemo-nos guiar pela luz do Senhor.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.

Salmo Responsorial — Sl 121(122), 1-2. 4-5. 6-7. 8-9 (R. cf. 1)

℟. Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

— Que alegria, quando ouvi que me disseram: “Vamos à casa do Senhor!” E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas. ℟.

Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

— Para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor. Para louvar, segundo a lei de Israel, o nome do Senhor. A sede da justiça lá está e o trono de Davi. ℟.

Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

— Rogai que viva em paz Jerusalém, e em segurança os que te amam! Que a paz habite dentro de teus muros, tranquilidade em teus palácios! ℟.

Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

— Por amor a meus irmãos e meus amigos, peço: “A paz esteja em ti!” Pelo amor que tenho à casa do Senhor, eu te desejo todo bem! ℟.

Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

Segunda leitura
— Rm 13, 11-14a

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos

Irmãos: 11Vós sabeis em que tempo estamos, pois já é hora de despertar. Com efeito, agora a salvação está mais perto de nós do que quando abraçamos a fé.
12A noite já vai adiantada, o dia vem chegando: despojemo-nos das ações das trevas e vistamos as armas da luz.
13Procedamos honestamente, como em pleno dia; nada de glutonerias e bebedeiras, nem de orgias sexuais e imoralidades, nem de brigas e rivalidades. 14Pelo contrário, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.

℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade e a vossa salvação nos concedei! (Sl 84, 8) ℟.
Evangelho — Mt 24, 37-44

℣. O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo Mateus 
℟. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos: 37“A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé. 38Pois nos dias, antes do dilúvio, todos comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. 39E eles nada perceberam, até que veio o dilúvio e arrastou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem.
40Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado e o outro será deixado. 41Duas mulheres estarão moendo no moinho: uma será levada e a outra será deixada.
42Portanto, ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor.
43Compreendei bem isso: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada.
44Por isso, também vós ficai preparados! Porque, na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

SANTO DO DIA
Santo André Apóstolo (Festa)

O Novo Testamento oferece poucas notícias sobre Santo André. Os Evangelhos informam que ele era filho de Jonas, irmão de Simão Pedro e pescador como ele, natural de Betsaida, a nordeste do lago de Tiberíades. No entanto, ele está presente em todo o decurso da pregação de Cristo e vem mencionado ainda na relação dos Apóstolos nos Atos dos Apóstolos (cf. At 1, 13).
A Liturgia grega o chama “Protocleto”, isto é, “Primeiro chamado”; é o primeiro nome de apóstolo citado no Evangelho de São João. Era discípulo de João Batista, junto com João Evangelista, ao ser convidado por Jesus para segui-lo. Conta João em seu Evangelho que, quando Jesus se apresentou pela segunda vez na região do Jordão onde João Batista batizava, este exclamou: Eis o cordeiro de Deus (Jo 1, 36). Ouvindo estas palavras, André e João deixaram de seguir a João Batista para acompanhar o próprio Cristo. Jesus, voltando-se para trás e vendo que o seguiam, disse-lhes: Que buscais? Eles disseram: Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras? Disse-lhes Jesus: Vinde e vede. Foram, pois, e viram onde habitava e ficaram com Ele aquele dia (cf. Jo 1, 38-40).
André se torna, dentre os Apóstolos, o primeiro mensageiro, o primeiro evangelizador. André foi logo encontrar seu irmão Simão e lhe disse: Encontramos o Messias, que quer dizer o Cristo. Ele o levou até Jesus (cf. Jo 1, 41 42). Contudo, na ocasião, André e Pedro não ficaram definitivamente com o Divino Mestre. Certamente, voltaram às suas ocupações de pescadores. Algum tempo depois, Jesus, passando pelas margens do lago de Tiberíades, pelas bandas de Cafarnaum, tendo-os encontrado quando lavavam as redes, disse-lhes: Segui-me, e eu vos farei pescadores de homens. Eles, deixando imediatamente as redes, o seguiram (cf. Mt 4, 18-22).
Também durante os anos da vida pública de Jesus temos algumas alusões a André, que aparece como mediador ou como aquele que, com senso prático, busca saídas em situações embaraçosas. Quando Jesus interpelou Filipe sobre a possibilidade de dar de comer a toda aquela multidão, André interveio, dizendo: Está aqui um menino que tem cinco pães e dois peixes; mas que é isto para tanta gente? (Jo 6. 9). Uma segunda intervenção de André deu-se nos últimos dias da vida do Mestre. Havia alguns gentios que desejavam ver Jesus de perto e se aproximaram de Filipe, dizendo: Senhor, queremos ver Jesus. Filipe falou isto para André. Então, André e Filipe foram dizer isso a Jesus (Jo 12, 21-22). Por fim, André era um dos interessados, com outros três Apóstolos, pelos sinais precursores do fim do mundo (cf. Mc 13, 1-4).
Assim, além da mensagem, comum de todos os Apóstolos, André apresenta uma mensagem própria. É o apóstolo mediador, o apóstolo da ação prática e ágil na solução de dificuldades no relacionamento e em comunicar suas descobertas aos outros. É o primeiro chamado, o primeiro mensageiro de Cristo, o que toma a iniciativa de providenciar ao menos alguns pães e peixes, isto é, a colaborar com Cristo a matar a fome da multidão.
Nada mais se sabe, de certo, sobre a vida deste grande Apóstolo depois do dia de Pentecostes. Uma veneranda tradição diz que, por ocasião da dispersão dos Apóstolos, André teria viajado pela região dos mares Cáspio e Negro. Por último, teria fundado a Igreja em Patras, na Acaia, que foi uma das mais florescentes dos tempos apostólicos.
Esta mesma tradição diz que Santo André morreu crucificado em Patras, na Acaia, no dia 30 de novembro. A ele está relacionada a Cruz de Santo André em forma de X. Ao vê-la, antes do suplício, teria dito o Apóstolo: “Salve, santa Cruz, tão desejada, tão amada. Tira-me do meio dos homens e entrega-me ao meu Mestre e Senhor, para que eu de ti receba o que por ti me salvou”.
Depois das perseguições romanas, as relíquias do santo foram transportadas para Constantinopla e, pelo ano 1460, transferidas para Amalfi na Itália e, em parte, para Roma.
O papa Paulo VI, querendo simbolizar a união de fraternidade com a Igreja Ortodoxa, devolveu as relíquias de Santo André à Igreja de Constantinopla.
Os textos litúrgicos da Missa e da Liturgia das Horas procuram usar as notícias de fonte bíblica que caracterizam esse apóstolo. Assim, ele aparece sobretudo como protagonista das narrativas de vocação. Vemo-lo na Antífona da entrada e na Antífona da Comunhão.
A Oração coleta realça Santo André como pregador do Evangelho e pastor da Igreja de Deus. A Oração depois da Comunhão lembra a cruz de Cristo abraçada por André no seu martírio.
Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.
Santo André Apóstolo, rogai por nós!